Sobel pede desculpas pelo transtorno que criou

O rabino Henry Sobel, internado nesta sexta-feira (30) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, concedeu uma rápida entrevista coletiva na tarde deste sábado(31) na sala de imprensa do hospital. Sem entrar em detalhes sobre a notícia de que foi detido na sexta-feira, dia 23, nos Estados Unidos, após ter sido acusado de furtar gravatas, Sobel pediu desculpas 'pelo transtorno' que criou para todos.

O rabino chegou à sala de imprensa do Hospital Albert Einsten por volta às 16h50. Com aparência calma, cumprimentou, um por um, todas as pessoas que o aguardavam no local. Foi a primeira aparição pública do rabino, que se afastou da presidência do rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP), desde a divulgação da notícia de sua detenção em Palm Beach, na Flórida. Sobel admitiu o uso dos medicamentos, sem permissão médica.

"Eu não sei como começar. Estou tomando medicamentos relativamente fortes. Quanto ao ocorrido, é muito difícil para mim explicar o inexplicável. Não possuo conhecimentos científicos e psicológicos para compreender, explicar e, menos ainda, justificar aquilo que aconteceu, mas uma coisa eu sei: o Henry Sobel que cometeu aquele ato não é o Henry Sobel que vocês conhecem" , disse o rabino.

"Eu quero terminar com um pedido de desculpas, e por extensão, quero assumir um compromisso. Quero pedir desculpas pelo transtorno que eu criei, principalmente por ter tomado medicamentos sem permissão médica. Quero pedir desculpas pelo transtorno que criei para todos, e quero assumir um compromisso solene: pretendo continuar a defender todos os valores morais e éticos que sempre defendi, como judeu, como homem e como rabino", concluiu.

Depois da declaração, encerrada com um 'sem mais', deixou o local, voltando para seu quarto, no 7º andar do hospital.

Fonte: G1

O CALVÁRIO DO RABINO
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O que fez com que uma atriz de renome como Winona Ryder entrasse numa das lojas da rede Saks, em Beverly Hills, na Califórnia e roubasse itens no valor de US$ 5.500? O que fez com que o rabino Henry Sobel entrasse na loja da grife Louis Vuitton, em Palm Beach, e pegasse uma gravata deixando a loja sem pagar pela mercadoria? No caso dele, pelas mercadorias, porque, se descobriu depois, furtou ainda mais quatro gravatas de lojas elegantes, localizadas num dos endereços mais valorizados do planeta: a Worth Avenue, na sofisticada ilha de Palm Beach, na Flórida.

Tanto num caso como no outro fica claro que os valores envolvidos são insignificantes para o status das pessoas. Em sã consciência, ninguém pode taxar a atriz ou o rabino de meliantes. Eles devem mesmo ser vítimas da doença chamada cleptomania.

Sei que essa afirmação provocará muitas reações negativas. Os mais afoitos farão o discurso politicamente correto de que esta é uma visão elitista, ou seja, se fossem pobres por certo deveriam ser condenados inapelavelmente e cumprir pena nos presídios. Como são pessoas de projeção na sociedade e de posses podem recorrer ao velho chavão de “doentes, vítimas da cleptomania”.

Sobel vem sendo crucificado inapelavelmente pela opinião pública. Sem dúvida, de acordo com o boletim de ocorrência, ele agiu de maneira dissimulada, negando inicialmente ter pegado a gravata. Depois de confrontado pela policial que o prendeu, admitiu ter surrupiado a mercadoria, assim como as outras gravatas – itens que, no total, foram avaliados em US$ 680.

Apesar das gravatas serem de excelente qualidade, fica difícil entender porque alguém com uma reputação ilibada a zelar arriscou tanto em troca de tão pouco. Seria o prazer lúdico de ludibriar a vigilância? Ficamos a imaginar se não houve outras vezes em que tentou e foi bem-sucedido. Seria a adrenalina de conseguir coisas sem precisar pagar por elas? Ou seria apenas um ato de ladrão comum?

Não sou doutorado em psicologia, mas não parece difícil identificar um problema psíquico nesta atitude em vez de um desvio de conduta moral. O rabino, que já pediu seu afastamento da Congregação Israelita Paulista, precisa agora tentar preservar a imagem de figura pública respeitada construída ao longo de mais de três décadas que este americano de New York vive no Brasil.

O primeiro julgamento de Sobel está marcado para o dia 23 de abril deste ano no condado de Palm Beach, na Flíorida, na corte da juíza Lucy Chernow Brown. Obviamente, ele comparecerá acompanhado de seu advogado, o qual tentará mostrar à juíza que seu cliente é uma pessoa doente e precisa de tratamento em vez de cumprir pena numa prisão.

Acredito que a punição deverá resumir-se a penas pecuniárias e a serviços comunitários a serem cumpridos no condado. Porém, a maior pena ele já recebeu: a execração pública. E esta pena é difícil de ser paga. De nada adiantou seu passado de integridade moral. Uma simples gravata surrupiada derrubou o maior ícone da comunidade religiosa judaica no Brasil.

Como lembrança aos seus detratores, vale recorrer a uma passagem da Bíblia, no Novo Testamento, quando Jesus Cristo proferiu, em defesa da prostituta Maria Madalena, no momento em que estava sendo apedrejada pelos populares: “Que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”.

Parece que a maioria das pessoas precisa de um exame de consciência. Ou será que somos hipócritas e somente realçamos os erros e os defeitos alheios?

Fonte: "Direto da redação"

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