Escuta flagra ministro do STJ antecipando voto

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina pode ter antecipado seu voto e até orientado advogados para interesses particulares. É o que mostra uma das conversas gravadas pela Polícia Federal que deram origem à Operação Furacão (Hurricane, em inglês), divulgada pelo jornal "O Globo" nesta terça-feira.

Medina aparece conversando com o advogado Paulo Eduardo Almeida de Mello, ex-diretor do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, sobre como decidiria sobre um pedido de habeas-corpus feito para um diretor do Minas Tênis Clube, de uma família tradicional do Estado, acusado de uso de uma carteira de policial falsa.

O caso seria votado no dia seguinte e Medina era o relator do processo. A gravação foi feita no dia 1º de dezembro do ano passado, quando o ministro já estava grampeado pela PF.

O irmão do ministro Paulo Medina, Virgílio Medina foi preso juntamente com mais 26 pessoas na Operação Furacão. A Operação foi deflagrada no dia 13 de abril e resultou na prisão de 25 suspeitos acusados de participarem de uma extensa rede de corrupção que envolveria juízes, delegados e contraventores na exploração do jogo ilegal e lavagem de dinheiro. Mais duas pessoas foram detidas posteriormente.

Investigações

A investigação começou há um ano na 6ª Vara Federal do Rio e, em setembro de 2006, foi remetida para o Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do surgimento, nos relatórios, do nome do ministro do STF Paulo Medina. A partir de então, o inquérito passou a ser presidido pelo ministro do STF Cézer Peluso.

Entre os presos estão dois desembargadores do Tribunal Regional Federal do Rio, um juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, um procurador regional da República no Rio, dois delegados federais e o advogado Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça, assim como Aniz Abraão David, o Anísio, presidente de honra da Beija-Flor, campeã do carnaval carioca, suspeito de ter usado recurso do jogo do bicho para manipular o resultado do carnaval carioca.

Depoimentos

Mais três presos pela Operação Furacão, acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, negaram, em depoimento na última segunda-feira na 6ª Vara Criminal Federal, no Rio de Janeiro, que tivessem envolvimento com os atos ilegais investigados. Até o dia 07 de maio todos os detidos devem ser ouvidos pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho.

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