Foi protocolado na tarde desta quarta-feira o pedido de prisão temporária de Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 anos, respectivamente pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, 5 anos, que caiu do 6º andar de um prédio na noite do sábado, na Zona Norte da Capital. A informação é da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O pedido foi feito pela Polícia Civil no Fórum de Santana, na Zona Norte. Ainda nesta quarta-feira, a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, deixou o 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, após prestar depoimento e não quiser dar declarações à imprensa.
Na segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo confirmou que a morte de Isabella foi um assassinato. Segundo o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º Distrito Policial (DP), a prova determinante é que a tela de proteção da janela foi cortada. Havia marcas de sangue no quarto da criança, reforçando a tese de que ela foi agredida antes de ser jogada pela janela.
Alexandre Nardoni, pai da vítima, teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças, respectivamente de 3 anos e 11 meses, e, ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos, de acordo com o depoimento do pai.
Nardoni atribuiu o crime a algum desafeto que teria a chave do apartamento, o que seria possível, segundo ele, por ser um prédio recém-construído. O delegado, no entanto, diz desconfiar desta versão, porque nenhum objeto foi furtado da casa.
Ana Carolina Cunha de Oliveira, de 23 anos, mãe de Isabella Nardoni, de 5 anos, que teria sido jogada do sexto andar de um prédio na zona norte da capital paulista, deixou no início da tarde desta quarta-feira o 9º Distrito Policial, no Carandiru, sem falar com a imprensa. Ela chegou ao local de manhã acompanhada do namorado e de uma policial civil, e enfrentou um grande tumulto na entrada da delegacia, onde se concentravam os jornalistas. Nesse tumulto, ela teria sido machucada, e essa foi a razão alegada para não dar declarações à imprensa na saída.
Os pais de Ana Carolina, Rosa Maria Cunha de Oliveira e José Arcanjo de Oliveira, chegaram um pouco antes para também prestar depoimentos. Uma testemunha levada pelo advogado do pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, também será ouvida hoje. A polícia ainda deve tomar outros quatro depoimentos até o fim do dia.
Isabella foi encontrada morta pelo pai no sábado à noite, no jardim do prédio onde ele mora com a mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, e os dois filhos do casal. O delegado titular do 9º DP, Calixto Calil Filho, afirmou, um dia após a morte da menina, que trabalhava com a hipótese de homicídio, apontando que há fortes indícios de que a criança tenha sido arremessada por alguém. Havia vestígios de sangue no apartamento do casal e a tela de proteção da janela do quarto onde estava Isabella foi cortada.
“Que a Justiça seja feita”, diz mãe de menina que caiu de prédio
A mãe da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, que caiu do sexto andar de um prédio, deixou o 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, por volta das 14h15 desta quarta-feira após prestar depoimento. Acompanhada do namorado, a bancária Ana Carolina de Oliveira não quis dar entrevista e afirmou apenas: "Não tenho nada a declarar, já dei meu depoimento, que a Justiça seja feita agora". A mãe enfrentou tumulto na entrada do local, devido ao assédio da imprensa. Os avós da criança também estão no distrito. Por volta das 10h30, o advogado do pai e da madrasta da menina também esteve no local. Ele conduziu para dentro do distrito uma mulher e escondeu seu rosto com o paletó. Orkut Na terça-feira, podiam ser lidas mensagens da mãe de Isabella no site de relacionamentos Orkut. Ela agradeceu a solidariedade dos amigos. “Quero agradecer a todas as pessoas que estão me escrevendo e, de uma maneira ou de outra, se solidarizando com o caso. Não tenho condições de respondê-las. Apenas de dizer que são muito importantes. Abraços a todos". Chaves O advogado do pai e da madrasta da menina informou na terça que uma das chaves do apartamento estava perdida. Ele disse que não foi feito um boletim de ocorrência. Segundo o advogado, as chaves de todos os apartamentos ficam na portaria do edifício. O delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, disse no entanto que o porteiro negou essa informação em depoimento e afirmou que as chaves dos apartamentos só ficavam na portaria durante a construção do prédio. O delegado declarou ainda que o casal não informou sobre a perda da chave no depoimento prestado no domingo. Uma mensagem para Isabella também foi deixada no Orkut da mãe: "Filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei para conquistar tudo nessa vida em nosso nome. Te amarei para sempre". Investigações A Polícia Civil investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes do corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina deve passar por uma nova perícia. Os peritos estão fazendo exames mais detalhados, com produtos químicos. "Vamos pedir uma nova perícia mais detalhada no apartamento porque nos dias dos fatos pode ter passado algo despercebido", afirmou o delegado, durante entrevista coletiva. Entre os produtos que auxiliam a polícia está o luminol, substância que detecta manchas de sangue mesmo em locais que foram lavados. A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança, um consultor jurídico, que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.
AE / Werther Santana
Reprodução de foto de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos. A polícia de São Paulo pode prender a qualquer momento uma ou mais pessoas suspeitas pela morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, que, na noite do último sábado (29), teria sido jogada do sexto andar de um edifício no bairro Parada Inglesa, zona norte da capital paulista.
Ontem, os peritos informaram que marcas encontradas no corpo da menina indicam que ela foi asfixiada antes da queda. Até o momento, seis pessoas já prestaram depoimento. Segundo a polícia, informações da vizinhança tem ajudado no esclarecimento do crime.
A mãe da garota, a bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira, de 23 anos, deve depor nesta quarta-feira (2), no 9º Distrito Policial, responsável pelas investigações sobre a morte da menina.
O pai e a madrasta da garota também devem voltar à delegacia, assim como a médica que atendeu Isabella. O delegado Calixto Calil Filho pediu ao Corpo de Bombeiros e à PM os registros das ligações feitas pelo casal e por moradores do prédio após a queda da menina. Tudo o que a polícia fez na terça-feira, 1, foi investigar o casal Alexandre Alves Nardoni, de 29, e sua mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24. Oficialmente, eles são chamados de "averiguados", mas as ações da polícia apontam que o casal é o principal foco da investigação.
A polícia tem se ocupado em colher provas periciais para reforçar o inquérito. Os peritos criminais irão voltar ao apartamento da Rua Santa Leocádia, zona norte de São Paulo. Na busca por novos indícios, terão a ajuda de reagentes químicos. Os policiais querem verificar se há outros vestígios de sangue no lugar. As manchas de sangue encontradas no corredor da sala, no lençol e na tela de proteção da janela em que a garota teria sido jogada já estão sendo analisadas pelo Instituto de Criminalística (IC). Os dois veículos do casal - um Ford Ka e um Vectra - também serão submetidos a perícias. Com informações da Agência Estado.
Pai de menina que caiu de prédio perdeu uma das chaves de casa, diz advogado
De A Tribuna On-line
O advogado do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, que caiu do prédio onde o casal morava, informou na terça-feira que uma das chaves do apartamento estava perdida. Ele disse que não foi feito um boletim de ocorrência. Segundo o advogado, as chaves de todos os apartamentos ficam na portaria do edifício. O delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, informou, porém, que o porteiro contou em depoimento que as chaves dos apartamentos só ficavam na portaria durante a construção do prédio. Nesta quarta-feira, a mãe da menina deve prestar depoimento à polícia no 9º Distrito Policial, do Carandiru. Ela deixou mensagens de agradecimento à solidariedade dos amigos no site de relacionamentos Orkut. Na terça-feira, podia ser lida no site a seguinte mensagem: “Quero agradecer a todas as pessoas que estão me escrevendo e, de uma maneira ou de outra, se solidarizando com o caso. Não tenho condições de respondê-las. Apenas de dizer que são muito importantes. Abraços a todos". Uma mensagem para Isabella também foi deixada: "Filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei para conquistar tudo nessa vida em nosso nome. Te amarei para sempre". Investigações A Polícia Civil investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes do corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina passará por uma nova perícia. Os peritos estão fazendo exames mais detalhados, com produtos químicos. "Vamos pedir uma nova perícia mais detalhada no apartamento porque no dia dos fatos pode ter passado algo despercebido", afirmou o delegado, durante entrevista coletiva. Entre os produtos que auxiliam a polícia está o luminol, substância que detecta manchas de sangue mesmo em locais que foram lavados. A polícia trabalha com informações do pai da criança, um consultor jurídico, que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.
Grito indica que pai fez algo errado, diz delegado
O advogado do pai de Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, que morreu sábado quando possivelmente foi jogada do 6º andar de prédio em São Paulo, disse nesta terça-feira que a frase "Pára, pai!", ouvida por duas testemunhas, na verdade seria "Pára! Pai!" - um protesto seguido de pedido de socorro ao pai. No entanto, o delegado Calixto Calil Filho, que investiga o caso, manteve o consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, como "candidato a suspeito". "O fato de o advogado dizer que o grito pode ter sido um modo de interpretação é um direito dele, e nós não vamos contestar. Agora, 'Pára, pai!' é uma indicação clara de que o pai estava fazendo alguma coisa de errado", afirmou o delegado.
Peritos do Instituto Médico Legal suspeitam que Isabella nem tenha sido jogada do apartamento, mas colocada sobre a grama após asfixia. Para eles, é improvável que alguém caia de quase 20 metros e sofra apenas uma lesão no punho direito. O coração e o pulmão da menina apresentavam manchas, ela estava com a língua para fora, e a nuca tinha alguns hematomas, possivelmente feitos pelos dedos do agressor. O laudo conclusivo deve ficar pronto em 30 dias, e nova perícia deve ser feita hoje no apartamento, onde há manchas de sangue.
Nesta terça-feira a polícia ouviu seis pessoas, incluindo um policial. Uma vizinha disse que viu Alexandre e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, subindo com as três crianças pelo elevador, contrariando depoimento do pai de Isabella. Um vizinho contou que ouviu brigas do casal. Moradores e funcionários de outro condomínio, onde Alexandre e Anna Carolina moraram por três anos, disseram que os conflitos eram constantes, com agressões físicas e ameaças, principalmente nos fins de semana em que Isabella os visitava.
Advogado diz que pai de Isabella provará inocência
Os advogados de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, pai e madrasta de Isabella Oliveira Nardoni, 5, afirmaram ontem que vão provar a inocência do casal no inquérito que apura a morte da menina.
No último sábado, Isabella foi achada deitada no jardim do prédio onde seu pai mora, no Carandiru, na zona norte de São Paulo. A menina era filha dele com Ana Carolina Cunha de Oliveira, 23, e passava o fim de semana com o pai. Anna Carolina era sua madrasta --Nardoni tem dois filhos com ela.
Quando os bombeiros chegaram ao local, Isabella estava com parada cardiorrespiratória. Por 34 minutos a equipe tentou reanimar seu coração, mas não conseguiu. Em depoimento à polícia, o pai disse suspeitar que a filha tenha sido atirada do sexto andar do prédio por algum desafeto seu.
"A família está muito abalada, dada à repercussão desse caso", disse o advogado do casal, Ricardo Martins de São José Filho que trabalha com o defensor Jairo Neves de Souza.
"Eles são totalmente, absolutamente, inocentes", disse São José Filho. A defesa do pai e da madrasta de Isabella se refere ao comentário da delegada [Maria José Figueiredo, do 9º Distrito Policial] que chamou Nardoni de "assassino" após ele prestar depoimento no domingo, como revelou a Folha. O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, disse que a declaração dela será apurada.
O advogado também afirmou que a relação entre Nardoni e Anna sempre foi tranqüila. "Não existe informação sobre brigas. A relação deles é normal", disse São José Filho. O avô materno e a mãe relataram à Folha anteontem que o pai, a filha e a madrasta tinham uma boa relação.A polícia, porém, diz que quatro testemunhas declararam que houve discussão no apartamento.
Um policial que não quis se identificar disse que duas testemunhas (que moram no prédio vizinho ao do casal) afirmaram ontem, em depoimento, ter ouvido discussões e ofensas entre o casal, cerca de 15 minutos antes de Isabella ter sido encontrada no gramado.
Investigação
O delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP, disse que vai apurar se a madrasta subiu com o marido ao apartamento. Em sua versão inicial dada à polícia, Nardoni disse ter chegado de carro ao prédio. Como os três filhos dormiam, levou Isabella sozinho ao apartamento e voltou para ajudar a mulher a trazer os outros dois filhos. Ao retornar ao apartamento, constatou que a menina não estava mais lá.
À polícia, Nardoni dissera que a menina teria sido jogada por um buraco feito numa tela de proteção no quarto dos meninos. Manchas de sangue foram encontradas no corredor do apartamento, no quarto dos filhos e na grade.
O delegado Calil Filho, --que já afirmara anteontem que o pai e madrasta são "candidatos a suspeitos"--, também disse ontem que duas outras testemunhas, um casal de advogados que mora no 1º andar, disseram ter ouvido gritos de "pára, pai" no sexto andar. Os gritos dariam a entender que a filha de Nardoni era agredida.
A defesa do casal alega, no entanto, que a suposta frase ouvida pelas duas testemunhas foi mal interpretada. Segundo São José Filho, a criança poderia estar sendo atacada por uma terceira pessoa e pedindo para ela parar e ao mesmo tempo gritando por socorro ao pai. "A advogada [testemunha] disse que escutou aos berros a frase "pára, pai" no horário em que a menina morreu", disse o delegado, que pedirá uma nova perícia no apartamento.
A mãe da menina deve depor hoje. Em sua página na internet, escreve "filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei pra conquistar tudo nessa vida em nosso nome".
Laudos do IML apontando a causa da morte da menina devem ficar prontos em 30 dias.
A Folha revelou ontem que peritos do IML encontraram indícios de que a menina possa ter sido asfixiada e que suspeitam que ela possa nem sequer ter sido jogada do prédio.
Foto G1