Paraíba .com
AE
O advogado Roberto Rinaldi, que representa a creche Pedacinho da Lua, onde morreu Gabriel, 7 meses, afirmou que uma eventual culpa pela morte da criança seria dos pais. Ele reafirmou que o casal não comunicou à escola o problema de refluxo gástrico e que isto pode ter sido determinante na morte da criança. "Não há nenhuma das modalidades de culpa (para a escola), nem imprudência, nem imperícia, nem negligência. Se há (culpa), esta recairia sobre os pais, que não informaram da patologia", disse.
A dona da creche, Suzana de Sarro Leão, além de 11 funcionárias, depuseram nesta quarta-feira à polícia no 90º Distrito Policial (Parque Novo Mundo), na zona norte de São Paulo. Entre elas estavam as duas profissionais que estavam com Gabriel e outros seis bebês no berçário. Rinaldi relatou que Suzana, em depoimento à polícia, disse terem sido adotados todos os procedimentos de segurança e voltou a afirmar que a morte do bebê foi uma fatalidade.
O advogado apresentou documentos que, segundo ele, comprovariam que a escola não tinha informação sobre o refluxo gástrico de Gabriel. Ele disse que, caso a escola soubesse do problema, daria um tratamento diferente ao menino. "Há outras crianças com refluxo na creche e elas são colocadas em posição de ângulo de 30 graus, como é recomendado", afirmou.
Foto: globo.com |
Mais cedo, o pai do bebê, Júlio César Ribeira, disse que a morte "não foi uma fatalidade" e que seu filho não foi socorrido. "Eu gostaria de dizer que o problema não é o refluxo, se o meu filho tinha alguma doença ou não tinha. O meu filho estava com saúde. O problema é: não houve atendimento para o meu filho. Não houve resgate, nem pessoa para dar os primeiros socorros. Por favor, parem de falar no refluxo. Pois o refluxo não teve influência nenhuma na morte do meu filho", afirmou Ribeira.
Mario Ângelo/ AE
Fonte: Terra
Médicos que atenderam Gabriel vão depor nesta quinta
Pai culpa creche pela morte e diz que bebê não foi socorrido; advogado diz que ficha não citava doença
Solange Spigliatti e Camilla Haddad - estadao.com.br e Jornal da Tarde
Júlio César Ribeira, pai do bebê, disse na quarta-feira, 30, que seu filho morreu por falta de socorro e não por causa de refluxo. Gabriel sofreu uma parada cardiorrespiratória no último dia 25, após ficar por três horas na creche. Até terça-feira, a família do bebê afirmava ter avisado a creche de que a criança tinha refluxo - que poderia ter causado a morte.
"O problema foi falta de atendimento. Lá (creche) não tinha gente preparada. Se tivesse alguém para dar os primeiros socorros ao meu filho a tempo, nada disso teria acontecido, eu estaria com ele feliz em casa", disse Ribeira. Ele esteve no 90º Distrito Policial (Parque Novo Mundo), onde foram ouvidas pela manhã a dona da creche, Suzana Sarro Leão, e outras sete funcionárias. Suzana prestou depoimento durante duas horas.
Foto: Mario Ângelo/AE
Um dos advogados da proprietária, Alberto Brito Rinaldi, chegou ao DP às 9h30. "Também viemos aqui entregar o diário de Gabriel, onde eram escritos os recados para a família e ainda trouxe a ficha de saúde dele", disse. "No diário não existe alerta da família sobre refluxo." O pai da criança acusou a creche de ter alterado o diário. "Isso é absurdo. Veja que ele (Júlio) já mudou a versão", disse Rinaldi, que se propôs a entregar o diário para o pai do bebê avaliar possível alteração.
Foto: globo.com
O que é Cadeira anti-refluxo?
Produtos - Apoio - Mobiliário hospitalar laboratorial | |||
Cadeira Anti-refluxo Gastresofagiano Cadeira Anti-refluxo Gastresofagiano Fabricante: Fundação Oswaldo Cruz / DIRAC / DPO | |||
|