Sargento admite que viu jovem apanhando de traficantes
Ao ser interrogado pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Granado, o sargento do Exército Renato Alves admitiu hoje que, no momento em que saíam do Morro da Mineira, no sábado, dia 14 de junho, após a entrega de três moradores do Morro da Providência aos traficantes locais, ele viu um dos rapazes começar a ser espancado. No depoimento, ele disse que tentou convencer o tenente Vinícius Guidhetti, que comandava o grupo, a liberar os jovens, mas que o militar não quis rever sua decisão de entregar os jovens aos traficantes.
O sargento disse que procurou seu colega de patente Maia, que tinha anteriormente conversado com os traficantes. "Pede para liberar os rapazes que estão sendo espancados". Ele afirmou que ouviu do sargento que os jovens seriam liberados. Não satisfeito, Alves procurou o tenente Guidhetti, a quem alertou: "Isto aqui vai dar merda. Vai dar merda". Em resposta, o tenente recomendou: "Caga, caga!". Questionado pelo juiz o que significava suas palavras, ele explicou que, para os jovens, poderia significar a morte por espancamento.
O sargento, que caiu em algumas contradições, também narrou ao juiz ter tomado conhecimento 20 minutos antes do início do interrogatório, por intermédio de um outro sargento do Exército que mora no Morro da Providência, que os traficantes da comunidade, ligados ao Comando Vermelho, estariam oferecendo R$ 10 mil pelas cabeças dos 11 militares envolvidos na morte dos três jovens. Porém, o juiz não se mostrou muito convencido ao questionar o motivo de os traficantes quererem vingar a morte dos jovens.
O juiz admitiu que entre os 11 militares pode ter algum "que entrou nessa história de gaiato", mas explicou ao sargento que a prisão de todos foi decretada por conta das contradições que eles têm caído. "É preferível dizer a verdade, mas se a verdade não for possível, que mentira seja pelo menos coerente", disse, ironicamente, Granado.
O sargento disse que procurou seu colega de patente Maia, que tinha anteriormente conversado com os traficantes. "Pede para liberar os rapazes que estão sendo espancados". Ele afirmou que ouviu do sargento que os jovens seriam liberados. Não satisfeito, Alves procurou o tenente Guidhetti, a quem alertou: "Isto aqui vai dar merda. Vai dar merda". Em resposta, o tenente recomendou: "Caga, caga!". Questionado pelo juiz o que significava suas palavras, ele explicou que, para os jovens, poderia significar a morte por espancamento.
O sargento, que caiu em algumas contradições, também narrou ao juiz ter tomado conhecimento 20 minutos antes do início do interrogatório, por intermédio de um outro sargento do Exército que mora no Morro da Providência, que os traficantes da comunidade, ligados ao Comando Vermelho, estariam oferecendo R$ 10 mil pelas cabeças dos 11 militares envolvidos na morte dos três jovens. Porém, o juiz não se mostrou muito convencido ao questionar o motivo de os traficantes quererem vingar a morte dos jovens.
O juiz admitiu que entre os 11 militares pode ter algum "que entrou nessa história de gaiato", mas explicou ao sargento que a prisão de todos foi decretada por conta das contradições que eles têm caído. "É preferível dizer a verdade, mas se a verdade não for possível, que mentira seja pelo menos coerente", disse, ironicamente, Granado.