Prédio da antiga Antártica de RP é colocado à venda

Prédio da antiga Antártica de RP é colocado à venda

Um shopping e uma rede de supermercados estão interessados no local


J.F.PIMENTA

Prédio da antiga Antártica de RP é colocado à venda
DONO É DE FORA
prédio hoje pertence à empresa mexicana Femsa

O prédio da Antártica, na área central de Ribeirão Preto, está à venda. A informação, publicada no A Cidade de ontem, foi confirmada pela assessoria de imprensa da Coca-Cola Femsa, atual proprietária do imóvel, de 53 mil metros quadrados.

A assessoria da empresa não divulga quem está interessado em comprar a área e nem o valor pedido, mas corretores consultados pela reportagem afirmaram que um prédio de área semelhante no Centro pode ser comercializado por R$ 21 milhões.

A reportagem apurou que uma empresa de empreendimentos imobiliários, um shopping e uma rede de supermercados estão interessados no local, mas as negociações não foram fechadas.


“Fiquei sabendo que um shopping tinha interesse na área, mas as negociações não prosperaram”, diz Edgard de Castro, do estúdios Kaiser de Cinema, vizinho do prédio.

Demolição

Um dos interessados na compra do prédio enviou a Ribeirão, no dia 22 de dezembro, dois homens para avaliar o local. Francisco e Marcelo Bellini foram acompanhados por funcionários da Demolidora Jabaquara. Segundo o dono da demolidora, Telmisse de Oliveira, no segundo semestre foi feito um orçamento sobre o valor da demolição. “Não temos resposta. Voltamos em dezembro para falar sobre o orçamento, mas não posso dizer mais nada, porque as informações são confidenciais”, disse.

Imóvel está desativado há quatro anos

A Companhia de Cervejaria Antártica foi inaugurada em 1911, em Ribeirão Preto, e praticamente todo morador da cidade sonhava em trabalhar na empresa.

Em 1997, a Antártica fechou a unidade em Ribeirão Preto e a produção foi transferida para Jaguariúna.Após a compra da empresa pela Molson, a Bavária chegou a ser produzida na cidade, mas, em 2004, toda a linha de produção foi fechada e o prédio foi desativado.

Para Carlos Rodrigo Balera, 31 anos, o prédio vazio é um desperdício. “Aqui era o maior movimento e tinha muita gente empregada. Não pode ficar aqui. É preciso montar uma indústria ou fazer lojas para ter emprego”, afirmou.


JUCIMARA DE PAUDA
jucimara@jornalacidade.com.br

A Cidade