Anderson Ramos
Direto do Rio de Janeiro
A advogada Paula Maria de Lacerda, que defende a menina Lara Modesto da Fonseca, 10 anos, afirmou nesta manhã que pretende entrar com uma ação indenizatória contra a prefeitura do Rio de Janeiro. A garota teve um dedo parcialmente decepado, na escola municipal Roma, em Copacabana, em agosto do ano passado. Um professor teria batido a porta da sala de aula contra a mão da menina para impedir que ela fosse ao banheiro.
Segundo a advogada, o município tem responsabilidade sobre o fato. Ela disse ainda que após o incidente a criança ficou com vergonha de voltar ao colégio. "Ela ficou um mês afastada e está morrendo de vergonha de voltar para a escola", destacou Lacerda.
O professor Aliomar Baeeleiro Filho foi convocado para prestar depoimento nesta segunda-feira. Ele chegou à 12ª Delegacia (Copacabana) por volta das 10h50. A polícia ouviu a aluna, a mãe dela e a diretora da escola.
A responsável pelo colégio comunicou que o professor não fazia parte do quadro de funcionários. Ele era voluntário e dava aulas de matemática entre 12h e 13h.
A delegada Marta Rocha informou que o acusado deve ser indiciado por lesão corporal dolosa, ou seja, quando há intenção de ferir. A pena para o crime varia de um a cinco anos de prisão.
Redação Terra
Aluna perde parte do dedo durante discussão com professor em escola pública do Rio
http://extra.globo.com/rio/materias/2009/01/07/aluna-perde-parte-do-dedo-durante-discussao-com-professor-em-escola-publica-do-rio-587939129.aspIsabel Boechat - Extra
RIO - Um professor de matemática é acusado de aplicar um castigo a uma aluna, de apenas 10 anos, que deixa a antiga punição por palmatória no chinelo. O professor Aliomar Baleiro Filho, decepou o dedo da pequena Lara Modesto da Fonseca - que queria ir ao banheiro à revelia do educador - dentro da sala de aula, na Escola Municipal Roma, em Copacabana ( assista: Lara conta como foi a discussão com o professor ).
Segundo Lara, ela pediu duas vezes para ir ao banheiro e não teve o seu pedido atendido pelo professor de matemática.
- Na primeira vez que pedi, ele disse não. Na segunda não me respondeu uma palavra. Eu me levantei porque precisava muito ir ao banheiro. Quando cheguei na porta, levei um susto porque ele a fechou e prendeu o meu dedo. Avisei que o meu dedo estava preso e ele continuou batendo com as costas na porta pressionando o meu dedo. Caí no chão com a mão sangrando e ele disse: eu avisei que você iria sair da porta - lembrou a menina.
Os pais da criança, os auxiliares de serviços gerais, Marco Aurélio Teixeira da Fonseca e Suzana Modesto da Silva, ambos com 39 anos, estão revoltados com a escola e com o professor e querem justiça. Marco Aurélio registrou queixa na 12ª DP (Copacabana) e entrarão com um processo civil contra o estado e o professor.
- O que ele fez foi brutal. Eu não o perdoo. Queremos que ele seja punido por esta barbaridade. Mesmo que ela tivesse feito alguma desobediência, ele não poderia ter agredido a minha filha.