Danilo Miranda, Diretor do Sesc-SP é o entrevistado: 'classe artística nunca foi tão desprestigiada no Brasil'

quarta-feira 23 de junho de 2021 01∶30 
Globo - Conversa com Bial

Diretor do Sesc-SP diz que classe artística nunca foi tão desprestigiada no Brasil: ‘Torcer pra que passe essa onda’

Danilo Miranda é o entrevistado do programa de terça-feira, 22/6


Diretor do Sesc-SP diz que classe artística nunca foi tão desprestigiada no Brasil: ‘Torcer pra que passe essa onda’

Diretor do Sesc-SP participa do 'Conversa com Bial' — Foto: Reprodução/TV Globo

O braço paulista do Sesc (Serviço Social do Comércio), que completa 75 anos em setembro, recebeu em 2019 mais de 30 milhões de pessoas em suas 44 unidades. Elas foram ver shows, peças teatrais, espetáculos de dança, exposições, seminários, cursos – ou praticar esportes, ler nas bibliotecas, se alimentar, tomar sol à beira das piscinas, se divertir. O Conversa com Bial de terça-feira, 22/6, recebe o gestor que há 37 anos está à frente do Sesc-SP defendendo essa ideia de cidadania, Danilo Miranda.

O programa conta com depoimentos de artistas como Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Emicida, que testemunham sobre a importância comunitária do Sesc e do sistema S, programa de educação e bem-estar social que auxilia o Estado, mas é financiado por contribuições empresariais. Aos 78 anos, Danilo afirma que nunca viu o setor cultural do país tão desprestigiado:

"Não é uma coisa apenas de recursos públicos, ou provenientes do Estado em geral", explica, "É um aspecto prejudicado importante, mas não é o único. O problema é o desprestígio, a desconsideração, que começa na destituição do Ministério [da Cultura, que se tornou uma secretaria vinculada ao Turismo]."

Ele enfatiza que a cultura e o mundo das artes nunca vão acabar: "Não tem como eliminar, não tem saída, vai persistir quer queira ou quer não", enfatiza. "Diante desses fatos todos que estamos enfrentando, nós temos que torcer para que passe essa onda. Para que volte uma normalidade no tratamento, na educação das pessoas, para que esse mundo volte a ser considerado importante, além de ser criador de emprego."


A conversa é hoje, depois do Jornal da Globo.