Moscou, 29 out (EFE).- A Justiça russa condenou hoje à prisão perpétua o assassino em série Alexander Pichushkin, conhecido como "Maníaco do Martelo", por 48 homicídios e três tentativas de assassinato.
"A fim de restabelecer a justiça social e evitar a execução de novos crimes, esta Corte condena Pichushkin à prisão perpétua", afirma a decisão do Tribunal Urbano de Moscou, segundo as agências russas.
O juiz Vladimir Usov justificou o veredicto pela "extraordinária periculosidade para a sociedade" do assassino em série.
Em 24 de outubro, um júri popular tinha declarado Pichushkin culpado de 48 assassinatos, na maioria cometidos no parque de Bittsa, em Moscou, com a ajuda de um martelo, segundo as agências russas.
Pichushkin, ex-funcionário de um supermercado de 33 anos, reconhece sua culpa, mas não se arrepende e insiste em que assassinou no total 60 pessoas, o que ainda está sendo investigado pela Promotoria.
Além disso, a pedido do procurador de Moscou, Yuri Siomin, o juiz estabeleceu que o condenado terá que fazer um tratamento psiquiátrico obrigatório.
No entanto, o juiz ressaltou que Pichushkin estava em pleno uso de suas faculdades mentais quando cometeu os assassinatos.
Durante o processo, o maníaco confessou que queria chegar a 64 assassinatos, o mesmo número das casas de um tabuleiro de xadrez.
Pichushkin cometeu a maioria de seus crimes com a ajuda de um martelo, com o qual batia em suas vítimas até a morte, e depois jogava o corpo em poços de águas e esgoto.
Seu primeiro assassinato foi cometido em 1992, quando, com 18 anos recém-completados, empurrou pela janela um amigo do colégio, com quem disputava o amor de uma colega, e o último foi em junho do ano passado, quando matou uma conhecida.
A Polícia chegou a Pichushkin poucos dias depois, graças à mensagem de uma secretária eletrônica na qual uma das vítimas dizia ao filho com quem e onde ia passear, e dava o número de telefone de seu acompanhante, que seria o assassino.
"Se não tivessem me pegado, nunca teria parado. Salvaram a vida de muitas pessoas", disse o russo durante o processo. EFE io-si an
Tribunal de Moscou condenou "Maníaco do Martelo" à pena maior
O Tribunal de Moscou condenou nesta segunda-feira (29) à prisão perpétua o assassino em série Alexander Pichushkin, conhecido como "Maníaco do Martelo" e "Assassino do Xadrez", por 48 homicídios e três tentativas de assassinato.
Em 24 de outubro, um júri popular tinha declarado Pichushkin culpado de 48 assassinatos, na maioria cometidos no parque de Bittsa, em Moscou, com a ajuda de um martelo, segundo as agências russas.
Pichushkin afirmou no último dia 25 que foi "juiz, promotor e carrasco" de suas vítimas e insistiu em que matou mais de 60 pessoas até ser detido.
"Faz 500 dias que estou preso e que meu destino está sendo decidido. Até agora, eu só decidi o destino de 60 pessoas: fui juiz, promotor e carrasco", disse Pichushkin, citado pela agência russa "Interfax", em sua última palavra no julgamento no Tribunal de Moscou, que entrou em recesso para definir sua sentença.
O assassino, de 33 anos, trabalhava em um supermercado. Ele criou polêmica com o júri que, na quarta-feira, o considerou culpado de cometer seus crimes com requintes de crueldade e, por isso, decidiu que não merecia clemência.
"Era uma espécie de ritual, meu estilo, minha marca. Nem os promotores nem os investigadores sabem o que ocorreu entre nós (entre ele e suas vítimas) na floresta", afirmou.
Durante o julgamento, ele confessou ser autor de todos os assassinatos e disse várias vezes que não se arrependia. Além disso, pretendia chegar a 64 vítimas - o mesmo número de casas em um tabuleiro de xadrez.
A maior parte dos crimes foi cometida no mesmo local, o Parque Bitsa, em Moscou. Ele quase sempre batia com um martelo em suas vítimas até a morte. Em seguida, jogava os corpos em poços d'água e no esgoto.
O primeiro assassinato de Pichushkin foi cometido em 1992. Na época, com 18 anos recém-completos, ele empurrou um amigo do colégio pela janela por causa de uma disputa amorosa. A última morte ocorreu em junho do ano passado, quando matou uma colega.
A polícia começou a seguir os rastros dele graças a uma mensagem de uma vítima que dizia ao filho com quem sairia e para onde iria, dando também o número do telefone Pichushkin.
"Se não tivessem me prendido, nunca teria parado. Nunca. Salvaram a vida de muitas pessoas", disse o homicida durante o julgamento.
http://port.pravda.ru/russa/29-10-2007/19997-prisao-0
«Есть случаи, когда люди совершают преступления, в том числе убийства, чтобы спасти свою жизнь. Или чтобы обогатиться, добиться повышения по службе, в силу личных конфликтов. Я не вижу никаких обстоятельств, которые бы объяснили действия Пичушкина. Те люди, которых он убил, ничем ему не мешали. И я прошу вас от имени государства на вопрос, заслуживает ли убийца снисхождения, ответить «нет».
С ТАКОЙ речью обратился к присяжным заседателям прокурор Москвы Ю. Сёмин, который выступил на процессе по делу битцевского маньяка государственным обвинителем.
«Помянуть собачку»
НАПОМНИМ, что следствие доказало 48 эпизодов убийств, совершённых 33-летним грузчиком продуктового магазина А. Пичушкиным, и 3 покушения на убийства, когда жертвам удалось выжить. Присяжные, среди которых большинство — люди средних лет или пенсионеры, рассмотрели молоток, гвоздодёр и стреляющую авторучку. С помощью этих предметов убийца расправлялся со своими жертвами. Предъявили их вниманию и ту самую шахматную доску, клетки которой символизировали количество людей, которых бывший пэтэушник отправил на тот свет. А в доске он хранил шахматные фигурки, крышки от бутылок с водой и брелок в виде зелёной обезьянки. Всё это он тоже собирал в память о каждой жертве. Ими стали 45 мужчин и 3 женщины. Часть из них — его приятели, знакомые и сослуживцы. Остальных он просто высматривал в толпе. Выходил на улицу недалеко от своего дома или работы, подходил к человеку, завязывал беседу и звал выпить в лес — помянуть собачку. Почти все погибшие выпивали, имели проблемы с работой и здоровьем, некоторые состояли на учёте у наркологов и психиатров. На процессе Пичушкин выдвинул идею о том, что вершил их судьбы: специально узнавал подробности жизни, даты рождения, выведывал их планы и мечты, чтобы отнять у них всё это. «Жизнь — это самое дорогое. Деньги, «мерседесы», особняки — даже рядом не стояли. Я не разменивался на мелочи», — пафосно заявил он присяжным и родным убитых им людей.
Убил, чтобы дать знак милиции
ОН ВООБЩЕ постарался превратить этот процесс в некое зрелище. Строил из себя некое высшее существо, перед которым все люди — букашки. «Зачем я убивал? — удивился он как-то вопросу судьи. — Чтобы жить самому. Ведь стоит убить, сразу понимаешь, как хочется жить. Это придаёт большое вдохновение».
Пожалуй, единственное, на что он имел право, — «пройтись» насчёт милиции, которая не могла его столько времени обнаружить. Первую жертву — своего сокурсника — он убил в 1992 году, когда ему было 18. «Серия» началась спустя 9 лет, в 2001 году. За это время он понял одно: нет тела — нет дела, потому что его сокурсник так и считался пропавшим без вести. Поэтому 30 (!) жертв он убил и сбросил в канализационные колодцы на территории Битцевского парка. Из них были обнаружены 16 трупов, но почти все они оказались «висяками»: местная милиция, посчитав, что это бомжи или алкоголики, не удосужилась связать все убийства в одну цепочку. Остальные 14 исчезли навсегда в канализационных лабиринтах.
И это убедило его в своей безнаказанности. Ему стало скучно убивать «тайно». И тогда он двух человек застрелил из стреляющей авторучки, одного сбросил с балкона 16-го этажа, других стал убивать молотком. Наконец, спустя 4 года, за которые Битцевский парк превратился чуть ли не в братскую могилу окрестных жителей (а почти все жертвы жили на двух соседних улицах), в милиции создали оперативный штаб по поимке маньяка. Когда взяли одного подозреваемого и об этом написали газеты, Пичушкин почти в открытую совершил несколько убийств, чтобы доказать, что он, настоящий маньяк, всё ещё на свободе. Последнее убийство, своей сослуживицы, прекратило эту кровавую жатву. Женщина сообщила сыну, с кем встречается, и оставила его телефон. Маньяка взяли через три дня.
Ни одна экспертиза, проводимая по этому делу, так и не дала ответа на вопрос: как ничем не примечательный человечишко превратился в серийного убийцу. Но он сам не раз ответил на этот вопрос — слишком безнаказанно он убивал, так что причин останавливаться не было. После его преступлений это самое страшное в деле о битцевском маньяке.
http://www.peoples.ru/state/criminal/manyak/bitzevsky_manyak/
"Serial killer do xadrez" é julgado por 49 mortes
A polícia precisou de 14 anos para resolver os misteriosos assassinatos que o último maníaco da Rússia tramava em sua cabeça enferma. Quando policiais invadiram o apartamento deteriorado em que Alexander Pichushkin vivia com a mãe, em Moscou, no ano passado, as coisas logo se tornaram claras. A polícia encontrou um tabuleiro de xadrez no qual Pichushkin, 33 anos, havia inscrito um número para cada vítima.
Esta semana, teve início o julgamento no qual ele é acusado de 49 assassinatos, ainda que o total que lhe é atribuído seja de 62. Ao que parece, o último maníaco da Rússia tinha dois objetivos. O primeiro era tirar a vida de 64 pessoas, tantas quanto as casas de um tabuleiro de xadrez, como ele mesmo disse. O segundo era competir com o assassino serial mais famoso do país, Andrei Chikatilo, que em 12 anos matou 52 crianças e mulheres jovens.
A polícia presume que Pichushkin tenha matado a maioria de suas vítimas com golpes de martelo ou garrafas de vodca contra a cabeça. Esta última técnica foi utilizada contra os moradores de rua que ele atraía ao parque Bittsa sob o pretexto de lhes oferecer um trago. "Para mim, uma vida sem assassinato é como uma vida sem comida", ele declarou em confissão diante de câmeras de TV.
"Sinto-me como um pai para essas pessoas, pois fui eu quem lhes abriu as portas para o outro mundo". Na saída do primeiro dia de julgamento, segunda-feira, os jornalistas perguntaram por que ele havia cometido os crimes, e a resposta foi lacônica, sem emoção; "Era assim que eu me sentia".
Pichushkin não foi capaz de concluir seu plano macabro porque a última de suas vítimas intuiu a cilada. O assassinato do tabuleiro trabalhava como vendedor em uma loja de alimentos, e um dia convidou uma colega de trabalho para um passeio no parque. Foi em 5 de junho de 2006. Ela deixou um bilhete ao filho explicando aonde pretendia ir, e em companhia de quem. A polícia encontrou o papel e, 10 dias mais tarde, deteve Pichushkin.
Ainda que inicialmente ele negasse os indícios, terminou confessando depois que policiais mostraram uma gravação de câmeras de segurança do metrô que o mostrava em companhia da mais recente vítima. Alexander Pichushkin não parece humano, e sim um maníaco de cinema. Não lhe custou muito começar a revelar todos os seus crimes, e até vangloriar-se deles. Em 2005, quando a cidade viveu um pânico devido às suas numerosas ações, a polícia deteve um homem erroneamente.
Pichushkin assassinou duas pessoas na mesma semana, para demonstrar que não haviam conseguido detê-lo. Acompanhava com atenção o que a imprensa publicava sobre seus crimes, e se irritava muito quando detalhes que considerava essenciais estavam ausentes dos relatos. De acordo com o suposto maníaco, seu truculento torneio de xadrez começou em 1992, com o assassinato de um colega da escola onde estudava.
A polícia o interrogou, então, mas não foram movidas acusações contra ele. Aquele foi exatamente o ano em que Chikatilo foi condenado. Depois dessa primeira experiência, Pichushkin só voltou a atuar uma década mais tarde. Em 2005 e 2006, seus ataques se tornaram mais freqüentes, e talvez por isso tenha saído derrotado.
Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
La Vanguardia
http://noticias.terra.com.br/jornais/interna/0,,OI1833614-EI8253,00.html
Maníaco russo diz que matar é como o amor
MOSCOU (Reuters) - Um russo acusado pelo assassinato de 49 pessoas pediu a um tribunal na terça-feira que acrescente mais 11 vítimas a seu total, e contou ao júri que, quando estrangulou um homem pela primeira vez, foi como se fosse seu primeiro amor.
Alexander Pichushkin, 33, funcionário de um supermercado, foi apelidado de o "assassino do tabuleiro de xadrez" pelos jornais russos, porque queria preencher cada uma das 64 casas do tabuleiro com uma moeda, uma para cada assassinato.
"O primeiro assassinato é como o primeiro amor. Não se esquece", disse ele no tribunal, dentro de uma cela, ao explicar como começou a matar, aos 18 anos, com o assassinato de um colega.
Pichushkin disse que sugeriu ao colega que eles matassem alguém, mas, como o amigo disse não, "mandou-o para o céu". Em seguida, deu um sorrisinho para o júri.
"Quanto mais próxima é a pessoa de você, quanto melhor você a conhece, mais prazeroso é matá-la", disse ele. "Em todos os casos matei por um único motivo. Matei para viver, porque, quando se mata, se quer viver."
Com uma postura frequentemente agressiva no tribunal, Pichushkin fez gestos para mostrar como estrangulava as vítimas e as marcas que elas deixavam em suas mãos, tentando se salvar.
A promotoria acusa Pichushkin de 49 homicídios e três tentativas de homicídio, mas ele pediu ao tribunal que leve em conta mais 11 assassinatos. "Achei que não seria justo esquecer as outras 11 pessoas," disse ele no tribunal.
Os promotores afirmaram que ele atraía a maioria das vítimas a locais afastados dentro do parque Bitsevsky, em Moscou, onde lhes dava vodca e depois esmagava suas cabeças com um martelo.
Outras vítimas foram estranguladas, afogadas no esgoto ou jogadas de suas sacadas. Ele disse que a polícia o interrogou na época do primeiro homicídio, mas o liberou por falta de provas.
http://br.news.yahoo.com/s/reuters/mundo_odd_maniacorusso_foto_pol