Manchetes de hoje nos jornais - 04/09/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 4set2008
quinta-feira, 04 de setembro de 2008

Folha de S. Paulo

CPI pede quebra de sigilo de operações da Polícia Federal

A CPI dos Grampos da Câmara aprovou ontem pedido de quebra de sigilo das Operações Satiagraha, que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas, e da Chacal, que investigou suposta espionagem feita pela empresa Kroll. Os deputados também aprovaram a convocação do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para que ele explique, na quarta-feira, a informação levada ao presidente Lula de que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) comprou maletas de interceptações telefônicas, como revelou a Folha ontem. As informações sigilosas da Satiagraha foram pedidas ao juiz Fausto Martins De Sanctis, que autorizou a prisão, entre outros, de Dantas, Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta, e as da Chacal ao juiz Luiz Renato Pacheco, especialmente sobre dados relacionados aos grampos e pessoas interceptadas. O compartilhamento de dados da Chacal já foi pedido anteriormente, mas negado pelo STF. O relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA), alega que agora o seus requerimentos estão discriminados e que por isso os juízes não têm como negar.

Justiça de SP deve rejeitar pedido de CPI

A Justiça Federal de São Paulo deverá rejeitar os dois pedidos aprovados ontem pela CPI dos Grampos, que quer ter acesso a dados sigilosos das operações Satiagraha e Chacal, que investigaram o banqueiro Daniel Dantas. Segundo a Folha apurou, deverá predominar o entendimento do próprio Supremo Tribunal Federal, que, há cerca de 20 dias, proibiu a CPI de receber informações em segredo de Justiça. À época, o Congresso queria que as teles revelassem os números telefônicos grampeados na Satiagraha.

Grampo foi banalizado, diz presidente do STJ

No dia de sua posse, o novo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Cesar Asfor Rocha, afirmou que o Brasil vive "um estado de absoluta insegurança", referindo-se à interceptação telefônica ilegal de uma conversa entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "É trágico dizer que não temos mais segurança de falar [ao telefone]. Nós não podemos nos conformar com isso. Infelizmente vivemos num estado de absoluta insegurança, que foi constatada com a existência de quebra de sigilo de uma conversa entre um ministro do STF e um senador da República." Ele também criticou o que chamou de "banalização da quebra do sigilo telefônico".

Preocupação é que Estado não se torne "Grande Irmão", diz Tarso

Ministro da Justiça e chefe da Polícia Federal, Tarso Genro admitiu ontem que é "muito mais difícil" controlar grampo ilegal produzido por particulares do que uma eventual gravação feita por agentes do Estado. A situação, disse, fica ainda mais complicada e fora de controle por causa da "tecnologia disponível" atualmente, que permite que indivíduos, "criminosos ou não", invadam a privacidade das pessoas. "Nossa preocupação é a de que o Estado não use esses meios, não se torne um "Grande Irmão". Deve-se combater isso como se combate a criminalidade", afirmou o ministro, referindo-se aos equipamentos eletrônicos usados para escutas que entram no país por "contrabando" ou importados "até de forma legal".

Lacerda atribui afastamento da Abin a Jobim

Diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) afastado, o delegado da Polícia Federal Paulo Lacerda acha que foi decisiva para sua saída do cargo a intervenção do ministro Nelson Jobim (Defesa) na reunião de coordenação do governo, na última segunda-feira, ao dizer que a agência havia comprado maletas capazes de fazer escutas telefônicas e que, portanto, poderia ter sido efetivamente responsável por grampear o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes.

Procuradoria vai apurar uso ilegal de maleta

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão investigar se há uso ilegal por órgãos do governo de maletas de interceptação telefônica, entre elas as adquiridas pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que, por lei, é proibida de fazer escutas. O equipamento é capaz de grampear celulares sem depender de operadoras e, em tese, de autorização judicial. As investigações são separadas e independentes.

Comissão quer Orçamento participativo

No mês em que o governo federal contabiliza o maior montante de investimentos dos últimos oito anos (R$ 14 bilhões de janeiro a agosto), a Comissão de Orçamento do Congresso se prepara para criar uma nova modalidade de emenda. Além das emendas parlamentares individuais e coletivas, haverá a emenda popular para a proposta orçamentária. A comissão quer instituir o Orçamento participativo federal. A idéia é fazer votações com os cidadãos que participam das audiências públicas no país para definir investimentos locais.

Congressistas já demitiram 30 parentes após decisão do STF

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo provocou demissões no Congresso. Pelo menos 30 parentes de deputados federais e de senadores já foram demitidos desde a publicação da súmula que impediu a contratação de parentes até terceiro grau nos três Poderes. Boletim administrativo da Câmara dos Deputados divulgado ontem revelou que, pelo menos, 14 parentes foram exonerados na última semana. Já no Senado Federal, ontem foram demitidos mais dois parentes.

Correio Braziliense

Uma pizza terceirizada

A decisão da procuradora da República Luciana Marcelino Martins de não aprofundar a investigação sobre os elos entre o primeiro-secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB), e o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira será o argumento usado pelo parlamentar para que o caso seja enterrado pelo corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP). Tuma vem sendo pressionado a arquivá-lo nos próximos dias, apesar das relações suspeitas entre Efraim e o lobista, acusado formalmente pelo Ministério Público de negociar em 2006 o resultado das concorrências públicas para o fornecimento de mão-de-obra terceirizada no Senado. No primeiro semestre deste ano, Efraim prorrogou esses contratos até 2009. Tuma era o primeiro-secretário em 2004, quando essas empresas chegaram à Casa pela primeira vez. Aliados de Efraim ameaçaram arrastar o senador paulista ao centro da crise. O entendimento da procuradora Luciana Marcelino, divulgado durante a semana, caiu como uma luva para o corregedor.

Varredura na Esplanada

A Polícia Federal não descarta fazer uma varredura geral nos telefones dos principais ministérios da Esplanada, dentro da ação que apura escutas clandestinas supostamente instaladas no Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração vai começar com uma perícia nas instalações do Senado, de onde partiu a ligação para o STF. Ontem, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, se reuniu com o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), para explicar como será feito o trabalho e recebeu a garantia de que haverá colaboração da Mesa Diretora. A PF vai adotar três linhas de investigação, incluindo a possibilidade de vazamento de alguma interceptação feita durante a Operação Satiagraha.

Maleta da Abin é a nova crise

O diretor-geral adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), José Milton Campana, admitiu ontem, em depoimento à CPI dos Grampos da Câmara, que o equipamento comprado pela agência em conjunto com o Exército em 2007 pode fazer escutas ambientais. Entretanto, Campana afirmou que o equipamento, adquirido nos Estados Unidos por US$ 20 mil, foi usado para fazer uma varredura antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. “A Abin necessita ter um equipamento confiável para se fazer ações de prevenção de autoridades”, afirmou. Em auxílio ao número dois da Abin, o diretor do Centro de Pesquisa para Segurança das Comunicações da Abin, Otávio Cunha, afirmou que “muito dificilmente” esse equipamento seria usado para fazer uma escuta telefônica em celulares, uma vez que os dados são criptografados.

Governo tem projeto para demitir vazadores

O servidor que vazar interceptações telefônicas mantidas em sigilo vai ser demitido da administração pública. Essa deve ser a principal medida que o governo vai adotar para impedir o uso ilegal de escutas telefônicas ou ambientais. A punição é um dos itens que constam na minuta de um projeto de lei elaborado pelo Ministério da Justiça a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última segunda-feira, durante a reunião da coordenação política, Lula disse que o Executivo precisava agir rápido para enquadrar agentes que realizam interceptações ilegais ou que divulgam conteúdo de grampos realizados durante investigações. “Quero isso para ontem”, disse Lula ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Até a tarde de ontem, técnicos do ministério ainda discutiam a possibilidade de haver punições para integrantes da imprensa pela divulgação das escutas. Apesar de o ministro Tarso Genro ter garantido que o projeto não vai prever quaisquer restrições ao trabalho jornalístico, alguns especialistas da pasta defendem há anos a elaboração de uma lei que puna autores de reportagens com conteúdo de investigações policiais em andamento.

O Estado de S. Paulo

Exército possui aparelho para grampo, diz Abin

A crise do grampo abriu a caixa-preta dos serviços secretos do governo. Integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmaram ontem ao Estado que o Exército possui parte do arsenal de aparelhos eletrônicos utilizado pelos arapongas. Foi um contra-ataque ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que durante a reunião de coordenação política do governo acusou a Abin de possuir equipamentos que permitem a realização de grampos. Integrantes da agência, de vários níveis hierárquicos, apresentaram o seguinte argumento: se a Abin tem equipamentos que permitem que se façam grampos, o Exército também tem e poderia da mesma forma realizar escutas.

Lula manda PF investigar equipamento da agência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Polícia Federal investigue se os equipamentos comprados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) são destinados a fazer escutas telefônicas clandestinas. A ordem foi dada na reunião de coordenação política do governo, na segunda-feira, quando Lula decidiu afastar a cúpula da Abin. "Vamos avaliar todo o quadro da Abin, se houve grampo ou se não houve e, dentro desse contexto, os equipamentos serão considerados e balanceados", afirmou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Dilma se recusou a responder se a compra de equipamentos de interceptação telefônica pela Abin era considerada grave, já que a agência não pode fazer escutas . "Eu não vou avaliar se é grave a compra de um equipamento ou não", afirmou, em tom ríspido. Acrescentou, depois, que a preocupação do governo é descobrir a autoria do grampo.

Delegado da Operação Satiagraha teve gasto secreto de R$ 64 mil

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, recebeu neste ano R$ 64 mil em despesas sigilosas. O escrivão da PF que trabalhou com ele na operação, Amadeu Ranieri Bellomusto, gastou outros R$ 96 mil. Os recursos foram disponibilizados entre fevereiro e abril, durante as investigações, encerradas em julho. Os dados constam de levantamento do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Na última terça-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reconheceu a possibilidade de que o monitoramento ilegal de conversas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pode ter ocorrido no rastro da Satiagraha, que teve o banqueiro Daniel Dantas como principal alvo. Ele foi preso duas vezes.

Escuta é ''atentado'', diz oposição

Os principais partidos de oposição divulgaram ontem nota conjunta na qual afirmam que um "atentado a dois principais pilares do Estado Democrático de Direito" foi realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ao advertirem que o Brasil vive hoje "uma situação de grave crise institucional", os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e do PPS, Roberto Freire, afirmam que o atentado se concretizou com a quebra do sigilo telefônico dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). O grampo teria sido feito pela Abin, segundo a revista Veja.

O Globo

Exército nega que equipamento da Abin faça grampo

O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, confirmou ontem que o Exército comprou, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional, um equipamento de varredura de grampos telefônicos usado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Seria o equipamento mencionado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em reunião segunda-feira com o presidente Lula, para defender a demissão da direção da Abin, sob a ale$ção de que a agência faz escutas. O general, que é subordinado a Jobim, garantiu, no entanto, que o equipamento só detecta grampos e não pode fazer escutas telefônicas. Ontem, Jobim não quis falar sobre o assunto.


O Oscor 5000, importado dos EUA, é composto por um computador portátil do tamanho de uma maleta 007.

Insatisfação com Félix chega ao Planalto

Cresceu nas últimas horas, no núcleo do governo, a insatisfação com a atuação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, no episódio do grampo ilegal nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Até então poupado, Félix passou a ser contestado. Não apenas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, seu principal crítico, mas por outros setores do governo. O próprio presidente Lula manifestou seu descontentamento depois do depoimento do general na CPI dos Grampos, onde, pela avaliação de assessores, ele teve um desempenho fraco, pois passou a impressão de que não tinha, de fato, controle sobre a estrutura de inteligência.

PPS quer anular decreto que dá superpoderes à Abin

A oposição resolveu se unir e aumentou o tom das críticas para pressionar o governo a demitir os suspeitos de envolvimento no grampo ilegal, inclusive o general Félix. PSDB, DEM e PPS, que afirmam em nota que o país vive "situação de grave crise institucional", pediram também a demissão definitiva da cúpula da Abin, afastada temporariamente por Lula. A oposição quer também criar uma CPI específica para apurar o episódio envolvendo o presidente do STF, e que o Ministério Público participe das investigações da Polícia Federal sobre o grampo ilegal que gravou conversa de Gilmar com o senador Demóstenes Torres. Além disso, o PPS entrou no STF com uma ação contra o decreto presidencial que dá superpoderes à Abin, assinado em agosto.

Mais 19 parentes demitidos na Câmara

Os orçamentos familiares de alguns deputados sofrerão uma grande baixa este mês. Boletins administrativos da Câmara divulgaram ontem a exoneração de 30 pessoas, sendo pelo menos 19 comprovadamente parentes. Os deputados João Magalhães (PMDB-MG) e Pedro Fernandes (PTB-MA) tiveram que demitir, cada um, quatro parentes. A remuneração mensal da família Magalhães, que empregava a mulher, a sogra, o pai e um sobrinho, era de $de R$ 11.500, sem contar o subsídio de R$ 16.500 do deputado. Já Fernandes era mais generoso: os quatro parentes, juntos, recebiam por mês R$ 24.735,52. Ele deu à mulher, Maria Aparecida, o salário mais alto entre os secretários parlamentares: R$ 8.040. O filho, Pedro, tinha o mesmo salário. O sobrinho de Fernandes e o seu irmão, recebiam um pouco menos. Já Magalhães pagava à mulher, Renata, R$ 4.447,98 (incluindo gratificações).

Saúde no Brasil é bancada pelas famílias

O gasto com saúde no Brasil foi de R$ 171,6 bilhões em 2005, correspondendo a 8% de toda a economia do país. E essa despesa, na maior parte, ficou nas mãos das famílias brasileiras: 60,2% (R$ 103,2 bilhões) vieram desse bolso, enquanto a administração pública arcou com 38,8% (R$ 66,6 bilhões). O restante foi bancado pelas instituições sem fins lucrativos. O quadro e a evolução financeira do setor de saúde no Brasil, de 2000 a 2005, foram mostrados ontem pela primeira vez pelo IBGE, num projeto para pôr uma lupa em setores específicos da economia como já foi feito com o turismo e a cultura:

— Em relação a países semelhantes ao Brasil, os gastos públicos se equiparam. Mas quando se olha para os países desenvolvidos, nossa despesa é bem menor — disse Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

Jornal do Brasil

Indústria do Rio ganha 12 mil novos empregos

Levantamento da Firjan mostra que o empresário fluminense ainda não se deixou abater pelos sucessivos aumentos da taxa de juros pelo Banco Central. Com isso foram abertas 12 mil novas vagas de emprego no Estado. A renda dos trabalhadores também subiu 9,09%. O estudo atribui o crescimento de 7,71% nas vendas aos setores de alimentos e bebidas, de borracha e automotivo e de edição e impressão – às eleições.

Lula apóia o vício do fumo

Perguntado sobre o projeto que bane o cigarro em lugares fechados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizou toda a política do seu governo na questão do fumo: “Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado”.

Jobim vai à CPI confirmar denúncia

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que teria denunciado a compra de um aparelho de escuta telefônica pela Abin, foi chamado a explicar o assunto na CPI dos Grampos na Câmara.

Universidade federal dobra suas vagas

O número de vagas nas universidades federais em 2009 – 227.668 – será o dobro das oferecidas em 2003. Só nas quatro instituições federais no Rio foram criadas 5.070 nesse período. Dez mil professores também foram contratados.

Manchetes de hoje nos Jornais - 03/09/2008

Manchetes dos jornais de hoje
quarta-feira, 03 de setembro de 2008

Folha de S. Paulo

Jobim diz que Abin comprou ilegalmente malas de grampo

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) adquiriu ilegalmente maletas de interceptação telefônica, revelou o ministro Nelson Jobim (Defesa) durante reunião de coordenação política do governo, anteontem à noite, no Palácio do Planalto. A informação foi decisiva para o afastamento do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, sacramentado logo após o encontro. A revelação surpreendeu o presidente Lula, o vice José Alencar e outros seis ministros presentes, segundo relatos obtidos pela Folha. Por lei, a Abin é proibida de fazer escutas. As maletas podem fazer grampos em celulares sem depender de operadoras telefônicas e, por isso, em tese, sem a necessidade de autorização judicial. Jobim já foi presidente do STF, tem bom trânsito no tribunal e é visto como interlocutor entre o governo e Mendes. A informação deixou Lacerda em situação insustentável.

Agência disse que comprou só bloqueadores

Auditoria realizada nas contas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) detectou a compra de equipamentos que podem ser usados na montagem de maletas de interceptação. A agência disse ao TCU (Tribunal de Contas da União) que comprou apenas equipamento bloqueador de celular. A acusação foi feita ontem pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) na CPI dos Grampos na Câmara. "Tenho informações de que, com isso, é possível fazer grampos facilmente. Temos que descobrir para que tudo isso foi comprado e com o que foi usado", disse Fruet.

Agentes podem ter feito grampo, diz general

Em depoimento ontem à CPI dos Grampos da Câmara, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Armando Felix, negou que a Abin, como instituição, tenha grampeado o telefone do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. Mas, apesar de dizer que a "probabilidade é baixa", não descartou a hipótese de a interceptação ter sido feita por agentes da própria agência. "Não, certamente não. A Abin, como instituição, não fez e não faz essas coisas [grampos], mas quando digo que não descartamos nenhuma hipótese é porque trabalhamos com seres humanos. Agora, se você me perguntar qual é a probabilidade [de agentes terem realizados a escuta], eu diria que é baixa, porque os chefes têm controle de seus funcionários."

Lacerda foi afastado por "transparência" na apuração, diz Lula

Irônico com os jornalistas que tentavam entrevistá-lo, a quem pediu, mais de uma vez, informações sobre o grampo telefônico do qual foi vítima o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem que, por uma questão de "transparência", decidiu pelo afastamento do diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda.
"É para poder mostrar que há transparência na investigação", justificou Lula após participar em Vitória, com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), e com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social) e Edison Lobão (Minas e Energia), da solenidade que marcou o início da exploração de petróleo na região do pré-sal na costa capixaba.

Governistas defendem rigor contra grampo

Queixando-se de um sentimento de vulnerabilidade, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do primeiro escalão do governo defenderam ontem maior rigor, inclusive do Executivo, contra a instalação de escutas telefônicas no país. O ex-ministro e hoje deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) chamou de grave a situação -"Se o presidente do STF é grampeado, imagine quem está protegido"- e pregou punição rigorosa de quem pratica escuta clandestina. Segundo Ciro, diante dos avanços tecnológicos, "a única coisa que pode fazer é o efeito dissuasório da punição". "Tem que pegar meia dúzia de branco importante e meter na cadeia, através do devido processo legal", afirmou Ciro, defendendo que se leve "a exemplaridade à última conseqüência".

País tem 9 mil presos com pena já cumprida

As duas decisões favoráveis obtidas pelo banqueiro Daniel Dantas em menos de 48 horas junto à mais alta corte do país contrastam com a realidade do sistema carcerário brasileiro. Estima-se que até 9.000 pessoas estejam atrás das grades apesar de já terem cumprido pena condenatória. Na maior parte dos casos, a soltura só não ocorreu ainda porque muitos não têm defensores que comuniquem ao juiz o cumprimento da pena. Se forem levados em conta os que aguardam julgamento em prisão preventiva -a mesma modalidade imposta a Dantas-, o abismo é ainda maior. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça estima que o país tenha hoje cerca de 133 mil pessoas em preventiva, ou seja, 30% da população carcerária. Apesar de o tempo máximo da preventiva ser de 81 dias, não é raro encontrar presos há mais de dois anos, que dividem cela com condenados e não têm data de julgamento.

TSE mantém restrição a campanha on-line

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manteve restrições ao uso da internet para divulgação de informações sobre candidatos ao negar a concessão de uma liminar em um mandado de segurança do portal iG. A empresa alegou que as proibições são ilegais por ferirem os direitos à expressão, opinião e informação previstos na Constituição. O ministro do TSE Joaquim Barbosa, porém, negou o pedido de anulação imediata das restrições. A ação judicial do portal busca anular os artigos 18 e 19 da resolução nº 22.718 do TSE, que define que a propaganda eleitoral na internet só será permitida na página do candidato destinada à campanha. O texto legal proíbe que as demais ferramentas virtuais -como sites de relacionamento, salas de bate-papo e blogs- divulguem informação que configure propaganda favorável ou contrária a candidato.

Presidenciáveis já apresentam suas propostas para 2010

Ainda que sem admitir abertamente suas pretensões, os potenciais candidatos à Presidência apresentaram sua "plataforma" ontem, no 40º aniversário da revista "Veja". Ao participar do painel "Governar para a próxima geração", o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) e os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, exploraram suas qualidades para a sucessão de 2010. Após defender, em discurso, a refundação das bases da administração, Ciro pregou, em entrevista, a naturalidade de sua candidatura. "Acredito que, a essa altura da minha vida, ter sido candidato duas vezes, aprendido com meus erros e meu comportamento, limpo e coerente, com que defendo, alguma naturalidade há", afirmou Ciro, que, embora tenha assistido ao discurso de Aécio, não esperou por Serra. Valendo-se do rótulo de habilidoso, Aécio, por sua vez, defendeu uma "concertação" à medida para seu perfil: a união entre governo e oposição.

O Estado de S. Paulo

Crise do grampo acirra disputa entre PF e Abin

A crise da escuta clandestina nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acirrou a disputa entre a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu ontem que o grampo pode ter sido feito ilegalmente por arapongas da Abin e assumiu a defesa da Polícia Federal. Tarso foi duro em relação à Abin: disse que a agência "não poderá sonegar informação" no inquérito sobre o grampo, sob pena de ficar com a pecha da espionagem. O escândalo resultou no afastamento temporário do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e seus subordinados. Tarso reconheceu a possibilidade de os grampos nos telefones de Mendes terem sido feitos no rastro da Operação Satiagraha, que em julho alvejou o banqueiro Daniel Dantas, preso duas vezes. "É uma linha de investigação não excluída", disse ao responder a uma pergunta sobre a possível conexão entre os fatos. "Pode ser alguém que tenha ou teve vínculos com a Abin e que não necessariamente tenha agido a mando da direção."

Suspeita de Jobim irrita general

Em resposta às acusações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possui equipamento de fazer rastreamento de telefones e ambientes, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, pediu ao Exército que cedesse três técnicos para analisar a máquina. Félix tenta provar que o equipamento só faz varredura, ou seja, vasculha se tem alguém monitorado os telefones, mas não faz grampos. A polêmica foi travada entre Jobim e Félix durante a reunião de coordenação política do governo, na segunda-feira. Muito mais incisivo que Félix, de posse de um documento sobre a compra do equipamento, Jobim irritou profundamente o general ao lançar suspeitas contra a agência, sob seu comando. Félix insistiu, explicando que o equipamento não grampeava, só apontava a existência de interceptação.

Correa escala delegados de sua confiança para o caso

Para comandar as investigações sobre a existência de grampos telefônicos ilegais contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a Polícia Federal escalou dois delegados transferidos para Brasília depois que Paulo Lacerda deixou a direção da PF. William Marcel Morad foi escolhido para presidir o inquérito; Rômulo Berredo, homem de confiança do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, coordenará as investigações. Morad entrou na PF há cinco anos, já no governo Lula. Coordenou o Núcleo de Inteligência da polícia no Rio Grande do Norte e chefiou a Delegacia de repressão a Entorpecentes em Pernambuco. Foi trazido a Brasília por Rômulo Berredo, ex-chefe de gabinete de Corrêa, assim que Lacerda deixou a PF para comandar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Nova vaga de ministro no STJ reabre crise com OAB

A posse hoje do novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cezar Asfor Rocha, reacende a crise aberta em fevereiro entre o tribunal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Há oito meses, o STJ rejeitou a lista com seis nomes indicados pela OAB para a vaga do ex-ministro Pádua Ribeiro, que se aposentou ainda no ano passado. Não houve justificativa oficial para a rejeição dos nomes, mas ministros insinuaram que teria sido a falta de competência dos indicados para ocupar o cargo. Asfor Rocha assume a presidência com a aposentadoria de Humberto Gomes de Barros e abre nova vaga para indicação da OAB. Como até hoje a primeira não foi preenchida, a Ordem não sabe se indica nomes para a nova cadeira ou espera a solução da disputa anterior. O assunto será discutido pela OAB no dia 11, em reunião do Conselho Federal, em Brasília.

Conselho de Ética ouve diretor do BNDES

O Conselho de Ética da Câmara, que julga a cassação do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), ouve hoje o diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Élvio Lima Gaspar. Paulinho estaria envolvido em esquema de desvio de verbas do banco estatal, apurado pela Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza, deflagrada em abril deste ano. Gaspar é a segunda testemunha a ser ouvida pelo conselho. A primeira foi o delegado da PF Rodrigo Levin, em agosto.

Correio Braziliense

Conservo ganha mais uma na Esplanada


Apesar das suspeitas que pairam sobre a empresa Conservo, o Ministério de Ciência e Tecnologia prorrogou por mais um ano dois contratos para o fornecimento de mão-de-obra terceirizada. A renovação foi publicada ontem no Diário Oficial da União. No total, a empresa vai receber R$ 1,7 milhão por esses serviços por mais 12 meses. Decorrente da Operação Mão-de-Obra, da Polícia Federal, uma ação penal já aceita pela Justiça Federal mostra que a Conservo usou artifícios fraudulentos para entrar na pasta de Ciência e Tecnologia. A empresa, segundo a investigação, contou com a ajuda de servidores da pasta para eliminar concorrentes e ganhar a licitação.

Esforço para blindar o Planalto

O governo começou uma operação para tentar tirar do Palácio do Planalto o foco da crise gerada pela suspeita de que uma conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi grampeada ilegalmente. O ministro da Justiça, Tarso Genro, procura isentar agentes da Polícia Federal (PF) e repete discurso que põe em dúvida a atuação de arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No Congresso, governistas divulgam a tese, construída nos bastidores do Planalto, de que o banqueiro Daniel Dantas, preso durante a Operação Satiagraha, teria corrompido agentes da Abin para monitorar o presidente do STF — o que caracterizaria uma ação isolada dentro do órgão. “Eu sei que o Daniel Dantas é suspeito de envolvimento de atividades ilegais e poderia tentar desestabilizar a investigação contra ele”, afirmou o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).

Quarto homem da Abin vai assumir o comando

O secretário de Planejamento, Orçamento e Administração da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, irá substituir o diretor da instituição, Paulo Lacerda, enquanto durar as investigações do suposto grampo no Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe da Abin foi afastado das funções pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última segunda-feira, junto com outros dois dirigentes da agência. A avaliação dentro do governo é a de que a apuração deve durar pelo menos dois meses e Lacerda deve retornar ao cargo.

Escolhido é próximo de Corrêa

Um delegado próximo da cúpula da Polícia Federal vai presidir o inquérito sobre os grampos supostamente instalados no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota divulgada na última segunda-feira, a PF informou que o caso seria conduzido pela Superintendência Regional do Distrito Federal, mas quem fará a apuração será William Morad, lotado na coordenação-geral de Polícia Fazendária, que fica na sede da corporação, em Brasília. O delegado terá 30 dias para concluir a investigação, prorrogáveis pelo mesmo período. O trabalho será acompanhado pelo Ministério Público Federal e Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso. A PF não descarta a convocação do presidente do STF, Gilmar Mendes, que teria sido a vítima dos grampos.

MPE é favorável à saída de Clodovil do Congresso

O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou na última segunda-feira parecer favorável ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com relação à perda do mandato do deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP) por infidelidade partidária. O pedido de perda do mandato, que está sendo analisado pelo ministro Caputo Bastos, foi feito pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), legenda pela qual o deputado foi eleito em 2006, mas se desfiliou posteriormente para ingressar no Partido da República (PR), segundo informou a agência Estado. Clodovil alegou que mudou de partido porque foi perseguido e também porque houve total abandono e conduta anti-ética da sigla partidária a que pertencia. O PTC sustenta que não houve justificativa para a desfiliação e, de acordo com a Resolução 22.610 do TSE, pede que seja reconhecido que o mandato pertence ao partido e não ao deputado. Além disso, esclarece que as alterações necessárias no estatuto do partido ocorreram quando da mudança da sigla PRN para PTC, fato anterior ao ingresso de Clodovil na legenda, ocorrida em 2005.

O Globo

General admite que grampo pode ter sido feito na Abin

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, admitiu que servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) podem ter participado do grampo nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Ao depor na CPI dos Grampos, o general defendeu o ex-diretor da Abin Paulo Lacerda, afastado pelo presidente Lula, mas disse que funcionários da agência podem ter feito a escuta clandestina à revelia da cúpula do órgão. E que quem teme ser grampeado deveria evitar usar o telefone: “Tecnologia antigrampo, a única efetivamente eficaz, seria não abrir a boca”. Os delegados da Polícia Federal encarregados do inquérito sobre o grampo foram apresentados ao presidente do STF – que será ouvido como testemunha no caso. Em Vitória, o presidente Lula disse que afastou a direção da Abin para mostrar que a investigação será transparente. O substituto de Lacerda será Wilson Roberto Trezza, funcionário de carreira da agência.

Gilmar Mendes será testemunha no inquérito

O diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, apresentou ontem ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, os delegados William Morad e Rômulo Berredo, que ficarão responsáveis pelas investigações sobre os grampos instalados de forma ilegal, supostamente em telefones usados por Gilmar. Berredo, encarregado de supervisionar o inquérito, ocupa há dois meses o cargo de coordenador-geral de Polícia Fazendária, o posto mais importante em investigações sobre crimes financeiros. William Morad, que vai presidir o inquérito, é chefe de Divisão de Polícia Fazendária, o segundo depois de Berredo no setor.
No encontro, ficou acertado que Gilmar será ouvido como testemunha no inquérito. Corrêa disse que o ministro prestará depoimento para fazer seu relato sobre o caso.

Petróleo só em 2010, mas a eleição...

Assim como no ano de 2006, quando disputava a reeleição e anunciou a auto-suficiência em petróleo que não se concretizou, o presidente Lula comemorou com pompa o início da extração do pré-sal no Espírito Santo, onde uma camada rasa de 250 metros permitirá a produção de apenas 18 mil barris/dia. A exploração para valer, na Bacia de Santos, só está prevista para 2010 e será preciso furar dois mil metros de sal. Na solenidade de ontem, o marketing também foi minuciosamente elaborado. O presidente Lula afagou a Petrobras e disse que ela era “a mãe da industrialização” no Brasil. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o país é o Sítio do Picapau Amarelo e a Petrobras descobriu petróleo atrás do galinheiro, em alusão ao “O poço do Visconde”, de Monteiro Lobato.

Jornal do Brasil

Abin diz que grampos não partiram de suas máquinas

Levantamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) descarta o uso de equipamento do órgão para gravação da conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres. Com isso, ganha força no governo a hipótese de que o grampo teve origem no sistema de telefonia do Senado e não na Abin. Diretor afastado da agência, Paulo Lacerda, disse a assessores suspeitar de espionagem a serviço do banqueiro Daniel Dantas.

Pré-sal vai render R$ 2 trilhões até 2017, promete governo

Após a primeira extração simbólica de petróleo da camada pré-sal no campo de Jubarte (ES), o presidente Lula projetou investimentos de R$ 2 trilhões na economia até 2017. O tamanho real das reservas descobertas, porém, ainda é incerto. Estudos solicitados pelo governo para definir as regras da nova fronteira alertam para a falta de recursos para processar o petróleo.

Manchetes de hoje nos jornais - 02/09/2008

Manchetes dos jornais de hoje
terça-feira, 02 de setembro de 2008

Folha de S. Paulo

Governo afasta cúpula da Abin por causa de grampo

Depois das cobranças do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ontem à noite afastar temporariamente o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, e subordinados diretos. Em nota, o Planalto atribuiu os afastamentos à necessidade de "assegurar a transparência" do inquérito sobre a autoria do grampo que interceptou conversa entre o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A Polícia Federal conduzirá as investigações, que serão acompanhadas pelo Ministério Público Federal. A revista "Veja" responsabilizou a Abin pela escuta.

Dilma compara ato de grampear a totalitarismo


Em Vitória para participar de um jantar de apoio à reeleição do prefeito João Coser (PT), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez uma alusão ao nazismo após chamar de "absurdo" e "que deve ser repudiado em todas as dimensões" o grampo no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.



STF avalia grampo como fato "mais grave" entre instituições

Em reunião a portas fechadas ontem, no gabinete do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, os ministros do tribunal avaliaram que a comprovação de um grampo telefônico envolvendo um membro da corte e um senador da República é o fato "mais grave" das relações institucionais desde a promulgação da Constituição da República de 1988. Após o encontro de cerca de uma hora entre os ministros, coube ao secretário de Comunicação do STF, Renato Parente, fazer um curto comunicado: "O Supremo Tribunal Federal, reunido em conselho, foi informado por seu ministro-presidente do teor do encontro ocorrido nesta data com o excelentíssimo senhor presidente da República e decidiu aguardar as providências exigidas pela gravidade dos fatos".

PF começa hoje a investigar autoria de escuta ilegal



A Polícia Federal abre hoje inquérito para investigar autoria do grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Por decisão do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, a apuração será acompanhada pelo Ministério Público Federal. A abertura da investigação foi determinada em reunião no Planalto pelo presidente Lula ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.

Lacerda se diz "alvo" de denúncias

O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, afirmou que é "o principal alvo" das denúncias segundo as quais arapongas a serviço do órgão teriam grampeado, com escutas telefônicas e ambientais, o gabinete do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. Segundo a Folha apurou, Lacerda afirmou a interlocutores ter a certeza de que contrariou interesses diversos nos cinco anos em que esteve à frente da PF durante o governo Lula. Agora, segundo sua versão, os contrariados estariam aproveitando a fragilidade da imagem da Abin, identificada com práticas ilegais de espionagem usadas na ditadura militar, quando o órgão ainda era o SNI (Serviço Nacional de Informações), a fim de derrubá-lo. Para Paulo Lacerda, o diálogo divulgado pela revista "Veja" no último final de semana poderia ter sido gravado por interesses privados.

General Felix vê envolvimento de Dantas em grampo ilegal

O ministro-chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), general Jorge Armando Felix, disse em reuniões ontem no Planalto que a hipótese principal para a escuta ilegal do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, era a seguinte: um ou mais agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teriam sido contratados pelo banqueiro Daniel Dantas para fazer e divulgar o grampo. Ao longo do dia de ontem, Felix também colocou o seu cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não aceitou. A Abin é subordinada à pasta de Felix. Lacerda também colocou o cargo à disposição. Lula não aceitou, mas afastou temporariamente o diretor-geral da Abin de suas funções enquanto durar a investigação da PF sobre o grampo.

General vai hoje à CPI para falar sobre agência

A CPI dos Grampos na Câmara dos Deputados vai ouvir hoje o general Jorge Felix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para questioná-lo sobre a atuação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no caso dos grampos no STF (Supremo Tribunal Federal). A agência, que é subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional, é suspeita de ter realizado o grampo e por isso teve sua cúpula afastada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em depoimento à comissão há duas semanas, o então diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, negou a realização de escutas no gabinete de ministros do Supremo.

O Estado de S. Paulo

Lula afasta cúpula da Abin por causa de escuta ilegal no Supremo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou ontem a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), incluindo o diretor-geral, Paulo Lacerda, por causa da escuta ilegal nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Na tentativa de contornar o problema, o governo divulgou que o afastamento será temporário, até o fim das investigações, mas o comentário nos bastidores é de que dificilmente o atual comando da Abin - em guerra com a Polícia Federal - retomará as funções.

Na direção da PF, grampos foram marca de Lacerda

Paulo Fernando da Costa Lacerda, de 62 anos, goiano de Anápolis e flamenguista de coração, assumiu a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, em outubro de 2007 - após 4 anos e 10 meses no comando do Departamento de Polícia Federal, posto que havia ocupado desde o início do primeiro governo Lula, em 2003. Foi na gestão Lacerda que a PF mergulhou na fase mais ostensiva de sua trajetória e mostrou nova cara ao País, construída em cima de um modelo de inteligência policial que valoriza radicalmente o grampo telefônico - estratégia que tem o aval expresso do Judiciário e da Procuradoria da República, mas sofre pesada resistência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A escuta é o lastro das operações de grande envergadura que a PF de Lacerda pôs na rua e que levaram à prisão cerca de 7 mil empresários, advogados, lobistas, políticos e servidores públicos supostamente envolvidos com o crime do colarinho-branco, evasão de divisas, lavagem de capitais e corrupção.

Reunião tensa selou destino de Lacerda

Reunião tensa no Planalto, com uma trombada entre os ministros Nelson Jobim (Defesa) e o general Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) e um desabafo do presidente da República, queixando-se de que grampos atingiram até sua família e seu chefe de gabinete, selou o destino da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A reunião abriu a agenda do Planalto, ontem, e levou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), horas depois, a evitar um confronto com o Executivo e, cautelosos, a esperar uma medida concreta do governo antes de endurecer o discurso. No Planalto, o presidente do STF, Gilmar Mendes, relatou que, sob o comando de Paulo Lacerda, a Polícia Federal vazou dados errados durante a Operação Navalha para, supostamente, prejudicá-lo. Durante as investigações, agentes disseram que Mendes recebia presentes do dono da empreiteira Gautama, Zuleido Veras, pivô do escândalo. Depois, descobriu-se tratar-se de um homônimo.

Oposição quer responsabilizar Lula

Durante todo o dia, políticos da oposição se mantiveram na ofensiva sobre o governo, exigindo punições para os envolvidos no episódio de escuta clandestina feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em São Paulo, o governador José Serra (PSDB) classificou de "insulto à democracia" a escuta ilegal. "Grampear o presidente do STF e um senador é uma afronta às instituições republicanas. É preciso que o governo ponha um fim a esse verdadeiro ?poder paralelo? que começa a tomar forma, mediante investigações isentas urgentes, e punições exemplares aos agentes do Poder Executivo responsáveis por essas ações ilegais e clandestinas." Na mesma linha, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), sugeriu em Belo Horizonte que os três Poderes adotem "normas rígidas" para investigar e punir "exemplarmente aqueles que ultrapassaram suas responsabilidades" e violaram conversas telefônicas. "É preciso que, inclusive, os órgãos de inteligência, necessários à defesa do Estado de Direito, não se transformem em instrumentos de ataque, de atentado e de instabilidade ao Estado de Direito." Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), não é mais possível isentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de responsabilidade por esse tipo de episódio.

Caso mostra descontrole do governo, dizem juízes

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) avalia que a escuta telefônica clandestina que atingiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) "demonstra o descontrole do governo sobre seu serviço de inteligência". Em nota pública, a entidade que abriga 15 mil juízes manifestou ontem "indignação e preocupação com os grampos ilegais que se alastram no País". Mozart Valadares, presidente da AMB, considera que "essa prática afronta a população como um todo, pois coloca em risco as liberdades individuais e coletivas duramente conquistadas após anos de ditadura". Para Valadares, o grampo no Supremo pode representar "a tentativa de se implantar no país ações policialescas e nefastas ao Estado Democrático de Direito".

Correio Braziliense

Lula decide afastar a cúpula da Abin

Desde o início da tarde de ontem, a idéia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou clara. Era preciso dar uma resposta rápida a parlamentares e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, ao mesmo tempo, tirar do governo qualquer suspeita de relação com as interceptações telefônicas sobre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador Demostenes Torres (DEM-GO), supostamente realizadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Diante do desafio, o presidente discutiu por mais de duas horas com os ministros que compõem a coordenação política e anunciou o afastamento dos integrantes da direção da Abin. Lula decidiu que tanto o diretor-geral, Paulo Lacerda, quanto seu adjunto, José Milton Campana, devem permanecer fora dos cargos até que a Polícia Federal investigue os fatos e apure os responsáveis pela realização de escutas telefônicas ilegais.

Dia tenso também no Congresso

O afastamento de Paulo Lacerda do comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acalmou os ânimos dos senadores. Agora, o próximo passo é saber se saiu dos gabinetes da Casa o grampo que captou uma conversa entre o senador Demostenes Torres (DEM-GO) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em 15 de julho passado. Ontem mesmo, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), solicitou à Polícia Legislativa informações sobre o risco disso ter ocorrido. Não está descartada a possibilidade de que os gabinetes dos parlamentares tenham sido grampeados nos últimos meses. A Polícia Federal pretende fazer uma varredura dentro da Casa atrás de pistas nesse sentido.

PF vai rastrear prédios do Supremo e do Senado

Uma das linhas de investigação da Polícia Federal em torno das escutas clandestinas no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, deverá ser a checagem das centrais telefônicas dos prédios da corte e do Senado. Ontem, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, determinou a abertura de inquérito para apurar quem são os autores e os motivos do monitoramento do ministro. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também abriu uma sindicância para investigar se os grampos foram feitos por um de seus agentes, conforme denúncia da revista Veja, no fim de semana. Antes mesmo da decisão da PF, o Ministério Público Federal já havia se manifestado pela investigação.

Avanço nas investigações

O Ministério Público Federal avançou nas investigações e fará denúncia criminal contra os envolvidos nas fraudes em licitações do Senado. Encarregada do caso, a procuradora da República Luciana Marcelino analisa novas informações colhidas nas últimas quatro semanas, além dos relatórios de inteligência da Polícia Federal produzidos para respaldar a Operação Mão-de-Obra, deflagrada em julho de 2006 contra o esquema de corrupção. A expectativa é de que ela proponha ação penal contra servidores públicos, donos e funcionários das empresas investigadas. A procuradora analisa três contratos prorrogados, no semestre passado, até 2009 pela Primeira-Secretaria do Senado, comandada por Efraim Morais (DEM-PB). Um dos alvos da apuração da procuradora é o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira, ex-assessor da Liderança da Minoria entre 2003 e 2005. Ferreira é acusado pela PF de negociar os resultados das licitações fraudadas.

Reforma política fatiada

O governo quer usar a astúcia da raposa e a força do leão, diria Maquiavel, para aprovar a reforma política no Congresso. Mandou a proposta de reforma fatiada em cinco projetos de lei, que podem ser aprovados por maioria simples, e uma emenda constitucional que exige três quintos dos votos da Casa. A astúcia da raposa será necessária para envolver os grandes partidos de oposição em acordos isolados, que o ministro da Justiça, Tarso Genro, batizou de “maiorias atípicas”. O Palácio do Planalto também precisará da força do leão para comandar um “arrastão” na base de apoio, onde pululam os pequenos partidos, e promover um novo processo de fusões e incorporações partidárias.

O Globo

Grampo no STF faz Lula afastar cúpula da Abin

Num dia tenso e mercado por reuniões de emergências em Brasília, o presidente Lula afastou temporariamente o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, seu vice, José Milton Campana, e o diretor de Contra-Espionagem, Paulo Maurício. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a denúncia de que a Abin grampeou os telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Em reunião com Lula, Gilmar exigiu punição para os autores da escuta. Os senadores Demóstenes Torres e Tião Viana, que também teriam sido grampeados, e o presidente do Senado, Garibaldi Alves, cobraram respostas do Planalto. O afastamento da cúpula da Abin foi decidido na reunião de coordenação política. Serão investigados um sistema de escuta do Senado e o suposto envolvimento do banqueiro Daniel Dantas.

Motorista que beber pode ficar sem seguro

O motorista que dirigir embriagado e se envolver em acidente pode perder o direito ao seguro de vida. Decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal da Justiça entendeu que a embriaguez pode ser um agravante que libera a seguradora de fazer o pagamento. A decisão foi tomada no processo de uma viúva que reivindicava o seguro.

Serra quer construir nova Rio-São Paulo

O governador de São Paulo, Jose Serra, já acertou com o governo do Rio a proposta de construir uma nova rodovia ligando os dois estados, como alternativa a Via Dutra, que estaria saturada. A futura estrada, que teria cerca de 135 quilômetros de lado fluminense e 135 quilômetros de lado paulista, custaria cerca de R$ 3,1 bilhões. Ela começaria na Rodoviária Ayrton Senna, em São Paulo, e continuaria com uma traçado paralelo, a cerca de 10 quilômetros à direita da Via Dutra.

Jornal do Brasil

Grampo derruba a cúpula da Abin

A denúncia do grampo telefônico envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e parlamentares derrubou toda a diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nem o diretor-geral, Paulo Lacerda, foi poupado. A decisão chegou ao fim de um dia tenso, iniciado com um ultimato do STF para que o Palácio do Planalto tomasse providências. Além do afastamento, o presidente Lula determinou uma investigação completa para descobrir quem participou da escuta clandestina. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional , general Jorge Félix, foi convocado para depor, hoje, na CPI dos grampos.

Lula abre pré-sal com megaevento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre hoje a produção do pré-sal na área do campo de Jubarte, em Vitória. Deve repetir gesto feito em 2006, quando comemorou a auto-suficiência de petróleo.

Nepotismo na Casa da Moeda

Uma investigação do Ministério Público Federal descobriu que a mulher de um dos diretores da Casa da Moeda é chefe de gabinete do presidente da estatal. O estatuto interno já proibia o nepotismo, mesmo cruzado, antes do STF decidir a questão.

Manchetes do Jornal Nacional 01/09/2008

Jornal Nacional

segunda-feira, 01 de setembro de 2008

Lula determina afastamento da cúpula da Abin Vídeo

A revelação de que conversas entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e um senador tinham sido grampeadas provocou indignação e reuniões tensas no Palácio do Planalto nesta segunda-feira.




Manchetes dos jornais de hoje 01/09/2008

Manchetes dos jornais de hoje
segunda-feira, 01 de setembro de 2008

Folha de S. Paulo

Lula quer PF na apuração de autoria de grampo no STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinará hoje que a Polícia Federal investigue o grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Essa decisão será comunicada por Lula a Mendes, em reunião de emergência marcada para as 9h de hoje no Palácio do Planalto. Segundo a Folha apurou, Lula está disposto a discutir uma forma de o STF acompanhar a investigação. O inquérito irá apurar o suposto envolvimento de agentes secretos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e de investigadores da própria PF, como acusa reportagem publicada na edição da revista "Veja" desta semana. Lula pretende, assim, responder à cobrança pública feita pelo presidente do STF, que disse que chamaria o presidente da República "às falas". Um ministro de Lula disse que Mendes "passou do ponto" ao anunciar que exigiria uma resposta do governo e se referir assim ao presidente. Irão ao Planalto, além de Mendes, o vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, também ministro do Supremo. Será dito que só uma investigação rigorosa, que aponte autores e mandantes do suposto grampo, será capaz de evitar uma crise institucional.

Congressistas podem convocar diretor da Abin

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), decidiu acatar a sugestão de senadores do DEM e marcar reunião emergencial da Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência do Congresso Nacional. Os congressistas querem convocar para esclarecimentos o diretor da Abin, Paulo Lacerda, e o ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Armando Félix, que também podem ser ouvidos na CPI dos Grampos da Câmara. Garibaldi também pretende solicitar na manhã de hoje uma audiência com o presidente Lula para pedir investigações. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que pretende investigar a acusação. "Eu quero discutir com o presidente Gilmar Mendes e depois, na Câmara dos Deputados, para ver que iniciativas podemos ter", afirmou ontem o deputado, após participar de comício ao lado do presidente Lula em Santo André, no Grande ABC.

Governo suspeita de participação de Abin, PF e iniciativa privada

O governo trabalha com a hipótese de envolvimento de funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal na escuta ilegal do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. No entanto, por ora, descarta o envolvimento do diretor-geral da agência, Paulo Lacerda, e da cúpula da PF com tal escuta ilegal. Nas avaliações iniciais do Palácio do Planalto sobre o caso, três hipóteses principais são cogitadas. Na primeira delas, as escutas foram feitas -e vazadas- por servidores da Abin que resistem a Lacerda. Na segunda, seriam fruto de disputa entre os grupos pró e anti-Lacerda, ex-diretor-geral da PF. O grupo de Lacerda tem entre os integrantes o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha. A terceira hipótese avalia a participação da iniciativa privada. Não se descarta a possibilidade da ação de alguém interessado em desacreditar Lacerda e a PF, além de reforçar em Mendes a suspeita de ser monitorado por setores do governo.

PF apura agora indício de fraude financeira de Dantas

A equipe que assumiu a investigação em torno de Daniel Dantas vai concentrar esforços nos indícios de fraude financeira no Banco Opportunity. A ênfase anterior era na lavagem de dinheiro, um crime complexo e difícil de ser provado, segundo especialistas em direito financeiro ouvidos pela Folha. A mudança de foco é uma crítica velada à maneira como a Operação Satiagraha foi conduzida pelo delegado Protógenes Queiroz, que se afastou do caso para fazer um curso em Brasília.

Lula comemora capacidade de puxar votos

Em tom de desabafo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que está "prazerosamente feliz" pelo fato de a avaliação de seu governo impulsionar candidatos aliados nas eleições municipais. "Depois de apanhar por cinco anos, eu vejo, na própria imprensa que me bate, uma manchete: o sucesso da credibilidade do governo na opinião pública neste país", afirmou Lula, em comício da candidatura do petista Vanderlei Siraque em Santo André, no Grande ABC. Na cidade de São Paulo, por exemplo, ele atingiu popularidade recorde. Entre os eleitores que aprovam seu governo, 52% dizem que pretendem votar na petista Marta Suplicy, segundo pesquisa Datafolha.

Programa de TV de Maluf tem pior avaliação, segundo Datafolha

O programa do candidato à prefeitura Paulo Maluf (PP) teve a pior avaliação nos dez primeiros dias do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio, segundo a última pesquisa do Datafolha. A performance do ex-prefeito de São Paulo foi considerada como a mais fraca por 22% dos eleitores ouvidos pelo instituto na última sexta-feira. Já o de Marta Suplicy (PT) foi indicado como o programa com o melhor desempenho na propaganda política na mídia, de acordo com o Datafolha. O instituto ouviu 1.082 eleitores no dia 29 de agosto. O ranking dos piores no horário gratuito, liderado por Maluf, com 22%, tem o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e Marta na segunda colocação, empatados com 9%. Em seguida na lista estão Soninha (PPS), Levy Fidelix (PRTB) e Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%, 5% e 4%, respectivamente.

Em ano eleitoral, Ministério das Cidades multiplica verba

Criado para administrar políticas urbanas e demandas de prefeitos, o Ministério das Cidades teve suas verbas multiplicadas neste ano de eleições municipais e, somente até agosto, já investiu o equivalente a duas vezes o desembolso de todo o ano passado.


Segundo os registros do governo, atualizados até o último dia 22, já foram aplicados R$ 3,2 bilhões em obras e projetos de saneamento, habitação popular, transporte coletivo, urbanização de assentamentos e regularização fundiária. É, de longe, o desempenho mais robusto da pasta -que, apresentada como inovação no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, era vítima tradicional dos bloqueios de gastos promovidos regularmente pela área econômica.

O Estado de S. Paulo

Após grampo no STF, Lula manda demitir espiões e enquadra a Abin

Na tentativa de acabar com a grave crise institucional provocada por grampos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enquadrar a agência. Ele determinou ao diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que demita sumariamente os responsáveis pela escuta ilegal. A decisão será comunicada hoje por Lula a Gilmar Mendes, ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, durante reunião marcada para as 9h, no Palácio do Planalto. A reunião foi exigida por Mendes num telefonema ao presidente da República, no sábado à noite, por causa da revelação, pela revista Veja, de que a Abin gravou pelo menos uma conversa do presidente do Supremo, tendo do outro lado do telefone o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Tarso avisa que PF está à disposição para apurar tudo

Escaldado pelas acusações de partidos de oposição de que usaria a Polícia Federal para atingir adversários políticos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, agiu rápido para afastar de sua pasta qualquer suspeita quanto à responsabilidade pelo grampo ilegal feito nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes.Tarso não só lembrou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é subordinada ao gabinete da Segurança Institucional, do Palácio do Planalto, como pôs a Polícia Federal à disposição para apurar os fatos. A PF está à disposição do Ministério Público, da Presidência da República e da Abin para fazer as investigações necessárias, informou ontem a assessoria do ministro. O mesmo comunicado foi feito por Tarso Genro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Oposição ameaça Lula com pedido de afastamento

Além de pedir a demissão de toda a diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a oposição ameaça denunciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime de responsabilidade, abrindo caminho para um processo de impeachment por conta da escuta clandestina da agência nos telefones dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). "Ou o presidente toma uma atitude rápida e aponta os responsáveis pelo grampo, ou, se continuar calado e omisso como está, ficará como responsável perante a sociedade e terá de responder por isto com base na lei do impeachment", advertiu ontem o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). "O presidente Lula tem que dar uma satisfação imediata à sociedade, ou então permitirá a dedução de que ele é conivente com a realidade policialesca que teima em tentar se instalar no Brasil, fato que parece ser verdade já que assinou medida provisória criando cerca de 400 cargos para a Abin", cobrou ontem com a mesma ênfase, em nome dos deputados tucanos, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP).

Lula lembra mensalão e ataca rivais

No último de quatro comícios dos quais participou no final de semana em São Paulo e no ABC paulista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o palanque para comemorar a popularidade de seu governo. Três anos depois da eclosão do escândalo do mensalão, Lula lembrou a maior crise política vivida desde que chegou ao Palácio do Planalto e rebateu ataques recebidos em 2005 de partidos que hoje concorrem com o PT na disputa municipal. Num discurso de aproximadamente 40 minutos em Santo André, onde o PT disputa a prefeitura com o deputado estadual Vanderlei Siraque, o presidente centrou fogo no PSDB e no PFL. De acordo com ele, as duas legendas estavam por trás das "bravatas" feitas durante a crise do mensalão.

Saúde é a área mais mal avaliada de todas as últimas gestões

Os três dos candidatos à Prefeitura de São Paulo que já ocuparam o posto anteriormente falharam na saúde. A área se tornou o calcanhar de Aquiles das administrações municipais. Na opinião dos eleitores, foi neste setor que os prefeitos Paulo Maluf (1993-1996), Marta Suplicy (2001-2004) e o atual, Gilberto Kassab (2006-2008), tiveram o pior desempenho. Na gestão José Serra (2005-2006), que apóia o candidato tucano Geraldo Alckmin, não foi diferente. As entrevistas foram feitas no penúltimo ano das administrações, exceto por Maluf, realizada ao fim da gestão. A saúde foi a área de pior desempenho de Kassab para 23,1% dos entrevistados, seguida dos transportes, para 12%. A enquete foi respondida por 605 moradores e eleitores, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 70 anos, distribuídos proporcionalmente à população de cada região da cidade, critérios adotados em todas as pesquisas.

Correio Braziliense

O lobby de Zuleido

Registros da portaria do Senado revelam os passos de Zuleido Soares Veras, dono da construtora Gautama, naquela Casa. O empresário e seus comandados bateram à porta de senadores pelo menos 21 vezes nos 12 meses que antecederam a Operação Navalha, ação da Polícia Federal que, em maio de 2007, desarticulou esquema de fraudes em licitações e resultou em ação penal contra 61 pessoas que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O material inédito obtido pelo Correio é uma mostra de como o grupo corria atrás de lastro político para conquistar negócios milionários e se manter à frente deles. Entre maio de 2006 e abril do ano passado, pouco antes de a PF acusá-los de pilhar licitações com dinheiro do governo federal, Zuleido e seus funcionários Flávio Henrique Abdelnur Candelot, Geraldo Magela Fernandes da Rocha e Rosevaldo Pereira de Melo se identificaram na portaria do Senado e informaram que iriam aos gabinetes de Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), Gilvam Borges (PMDB-AP), João Tenório (PSDB-AL), João Ribeiro (PR-TO) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

Argumento político inconsistente

O primeiro-secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB), carrega debaixo do braço um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar se safar das suspeitas de envolvimento com as fraudes em licitações milionárias da Casa. Nos últimos dias, ele passou a apresentar esse documento a colegas de partido e aliados políticos na Paraíba para rebater os relatórios produzidos pelo serviço de inteligência da Polícia Federal que trazem uma série de referências a ele. O papel do TCU é o desfecho de processo aberto ano passado pela Corte para apurar, apenas sob a aspecto administrativo, a regularidade dos contratos firmados pelo Senado com as empresas Ipanema e Conservo. Sem entrar no mérito da investigação criminal, os ministros do tribunal analisaram a papelada reunida pela comissão de licitação do Senado e entenderam que deveriam arquivar o caso, após fazer algumas recomendações rotineiras.

Amigo era interlocutor de grupo com prefeito

Escutas telefônicas feitas com autorização judicial mostram que o lobista Horácio César Fonseca Sobrinho era o elo entre o prefeito licenciado de Palmas, Raul Filho (PT), e o grupo que tentava favorecer um consórcio de empreiteiras que está na iminência de vencer uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de R$ 55 milhões. Na edição de ontem, o Correio revelou que, em troca de um aparelho de ginástica de R$ 9 mil, negociado pelo lobista Horácio César Fonseca Sobrinho, Raul Filho, segundo a PF, dissuadiu resistências da presidente da comissão de licitação, Kênia Tavares Dualibe, em favor do consórcio Prefisan/Compav. Raul Filho nega ter agido para beneficiar o consórcio numa obra de drenagem e pavimentação asfáltica em bairros da periferia de Palmas. Disse que Horácio César é seu “grande amigo há 20 anos”. A PF, entretanto, descreve Horário César como “lobista com atuação mais constante no estado de Tocantins”.

Tarso põe a PF para investigar grampos

Desgastado pelas denúncias de que a prática de grampos ilegais atingiu o gabinete da maior autoridade do Poder Judiciário, o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, tornou-se alvo do Congresso. Parlamentares exigem que ele volte à Casa para dar explicações. O ministro Gilmar Mendes, que preside o Supremo Tribunal Federal, no encontro que terá hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também vai cobrar providências, além da sindicância que será aberta pela agência. Há expectativa de que o governo promova mudanças na Abin. O desejo dos ministros é de que o presidente anuncie, no encontro, a abertura de inquérito da Polícia Federal (PF) para apurar o caso. O ministro da Justiça, Tarso Genro, antecipou-se ontem e já pôs a força policial à disposição das autoridades para investigar a denúncia de que a Abin grampeou uma conversa entre Gilmar Mendes e o senador Demostenes Torres (DEM-GO). A iniciativa é uma forma implícita de eximir a PF de qualquer responsabilidade no caso.

O Globo

Governo, STF e Congresso se mobilizam contra grampos

O presidente Lula recebe hoje, às 9h, o presidente do STF, Gilmar Mendes, e mais dois ministros da Corte para reunião de emergência na qual tratarão do caso da escuta ilegal dos telefones do magistrado. Segundo o Palácio do Planalto, há suspeitas de que o grampo esteja fora de controle e que até ramais internos do gabinete presidencial tenham sido monitorados. “É um absurdo o fato de o presidente do STF ter sido grampeado. Isso não pode ficar sem resposta”, disse o Ministro das Relações Institucionais, José Múcio. O assunto será alvo de avaliação especial em reunião do grupo de coordenação política do Planalto, com a presença de Lula. O Congresso vai convocar o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix. A situação de Lacerda é considerada delicada. Ele diz duvidar da participação de servidores da Abin.

Lacerda suspeita de conexão com Satiagraha

Na mira da oposição e até de grupos ligados ao governo, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, suspeita que o suposto grampeamento de conversas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tenha partido de pessoas prejudicadas pela Operação Satiagraha, investigação sobre o grupo do banqueiro Daniel Dantas. A operação foi conduzida pela Polícia Federal com a participação, na fase final, de agentes da Abin. Mesmo sem acreditar que o grampo tenha partido de dentro da Abin, Lacerda determinou abertura de sindicância e pediu que a PF investigue a denúncia sobre os grampos, publicada na revista "Veja" desta semana.

— Quero ver isso esclarecido definitivamente.

Segundo "Veja", agentes da Abin gravaram conversas de Gilmar, uma delas com o senador Demóstenes Torres(DEM-GO). A suspeita de Lacerda de que a gravação possa ter sido feita por alguém de fora da Abin se baseia, por exemplo, na data do grampo divulgada por "Veja". A conversa, um diálogo cordial entre Demóstenes e Gilmar, teria sido gravada em 15 de julho, cinco dias após uma varredura no sistema de telefonia do STF.

STF manda soltar Cantarino e mais 7

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar suspendendo a prisão de oito acusados pelo Ministério Público do Rio de desviar R$ 70 milhões do estado. Entre eles estão os ex-secretários do governo Rosinha Garotinho Gilson Cantarino (Saúde) e Marco Antônio Lucidi (Trabalho e Renda), e a ex-subsecretária de Assistência à Saúde e prima do ex-governador Anthony Garotinho, Alcione Athayde. Eles ficaram 47 dias presos e foram beneficiados pelo habeas corpus concedido ao ex-subsecretário de Infra-estrutura da secretaria de Saúde Itamar Guerreiro. Cantarino e Lucidi, presos na operação Pecado Capital no dia 15 de julho, estavam em Bangu 8. Como o caso chegou ao Supremo, agora, somente o Ministério Público Federal pode recorrer.

Jornal do Brasil

Rio busca saída para o lixo que produz

A cidade do Rio de Janeiro produz cerca de 8.800 toneladas de lixo diariamente – 1.482 gramas por dia para cada morador, contra 920 gramas da média nacional. Apesar da quantidade, os cariocas contam apenas com os aterros sanitários de Gericinó e Gramacho.

Gilmar Mendes leva caso do grampo ao Palácio do Planalto

A suspeita de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) grampeou o telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, levou Congresso e Judiciário a exigirem esclarecimento do Palácio do Planalto. Ao lado do vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, Mendes se encontrará hoje com o presidente Lula, a quem pedirá medidas concretas.


Senhas de acesso ao Infoseg são vendidas

Senhas de acesso ao Infoseg são vendidas
Reporter Diário

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça, admitiu nesta sexta-feira (29) que senhas de acesso ao Infoseg, sistema que interliga informações de todos os órgãos de segurança do país, foram e continuam sendo vendidas indevidamente por pessoas que operam o banco de dados.

As senhas permitem acesso a informações pessoais como CPF ou número de conta bancária, que podem ser usadas por quadrilhas para fins escusos. A venda de senhas no centro de São Paulo por aproximadamente R$ 2.000 foi denunciada em matéria veiculada pelo SBT.

São graves com certeza [as denúncias]. Sabemos isso desde abril. Pedi uma investigação e descobrimos que havia vazamento de senhas. Tomamos atitudes sanadoras. Investigamos os prováveis maus usos e cassamos mais de 5 mil senhas do sistema Infoseg. Acionamos as polícias estaduais, descobrimos quadrilhas e prendemos mais de 50 pessoas, afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, em entrevista TV Brasil.

Segundo Balestreri, o governo investiu R$ 6,5 milhões para renovar a segurança do sistema com dispositivos aprimorados de certificação digital. O Infoseg tem cerca de 107 mil usuários e média de 112 mil consultas diárias. O novo padrão de segurança estará implantado a partir de 23 de setembro.

Não se desarticula uma rede criminosa do dia para a noite. Em 107 mil pessoas, infelizmente, algumas poderão ser corruptas e foram, na medida em que venderam as senhas. O que nos cabe é criar mais dificuldades para isso ocorrer, mas não nos cabe deixar o sistema sem funcionamento, pois ele ajuda na redução da criminalidade, argumentou Balestreri

O secretário informou que, mesmo de posse das senhas, não é possível fazer movimentação, acréscimos ou supressões nas fichas cadastrais. As informações são consultadas pelas forças de segurança para identificar se uma pessoa suspeita ou abordada tem ficha policial ou já acumulou outras demandas negativas.

Para Balestreri, a veiculação de matéria com as denúncias, durante esta semana, atrapalhou as investigações em curso pela Polícia Federal, já que as quadrilhas estarão alertadas. (AB)