Manchetes dos Jornais de 02/11/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 02nov2008
domingo, 02 de novembro de 2008

Folha de S. Paulo

Obama busca avanço em áreas hostis

À frente em várias pesquisas de opinião, o candidato democrata Barack Obama decidiu intensificar sua campanha em redutos tidos como republicanos, inclusive o Estado do Arizona, onde John McCain fez sua carreira política. O republicano reagiu e anunciou uma blitz na TV com gastos que superariam em US$ 10 milhões os investimentos do adversário nesta reta final da corrida eleitoral pela Casa Branca.

A eleição nos EUA será realizada depois de amanhã, terça-feira. Os levantamentos de opinião nacionais e nos Estados mais relevantes continuam a mostrar Obama liderando. Na média calculada pelo site agregador de pesquisas Real Clear Politics, o democrata liderava ontem por 50,2% a 43,6%.

No Arizona, o último democrata a vencer foi Bill Clinton, em 1996. A última pesquisa no Estado, realizada de 28 a 30 de outubro, mostra McCain com 50% e Obama com 46%. Como a margem de erro é de quatro pontos percentuais, há empate. Há um mês, o republicano liderava por 50% a 38%.

A ação de Obama visa desestabilizar a campanha adversária. Perder no Arizona seria humilhante para McCain. David Plouffe, chefe da campanha democrata, enviou e-mail a todos os militantes obamistas festejando a iniciativa de seu chefe e classificando-a como "grande oportunidade". Obama também passou a concentrar esforços em alguns outros Estados dados como republicanos: Geórgia e Dakota do Norte.

Nos EUA não há horário eleitoral bancado pelo Estado. Os candidatos pagam com recursos próprios suas inserções na TV e no rádio. Por essa razão, quando um político decide gastar dinheiro em um determinado Estado é porque acha que tem chances de vencer ali.

EUA definem nova era ou fase de transição

Em 1932, no auge da depressão econômica que tomava os Estados Unidos, os eleitores foram às urnas e escolheram o democrata Franklin Delano Roosevelt para comandar o país pelos quatro anos seguintes. No mesmo pleito, deram maioria ao partido do novo presidente nas duas Casas do Congresso. Ao fazer isso, promoveram o que os cientistas políticos chamam de "eleição de realinhamento", criando uma era que durou até 1968.

Das urnas saiu uma nova coalizão de forças, formada principalmente por eleitores das grandes cidades, sindicalistas, judeus, católicos e o Sul branco. Há dúvidas sobre quando e se aconteceu a próxima "eleição de realinhamento". Muitos acham que sua semente é de 1968, com a vitória de Richard Nixon, e que ela se consolidou em duas fases: a eleição de Ronald Reagan, em 1980, e a conquista do Congresso pelos republicanos em 1994.

Em 48 horas, os americanos vão às urnas de novo. Diante deles, mais do que duas opções diferentes de nomes, estão dois destinos diferentes para o país.

A eleição do senador democrata Barack Obama, 47, pode vir a ser uma nova "eleição de realinhamento", o que indicaria que os EUA estão prontos para mudar -de verdade, não apenas como no slogan do candidato- de novo a guarda do poder. Fariam isso embalados pela pior crise econômica desde Roosevelt e após oito anos do desastre que tem sido o comando de George W. Bush.

Indireto, pleito torna voto relativo

Apesar das multidões que têm lotado comícios na reta final desta campanha, os EUA elegem seus presidentes indiretamente e não têm em sua Constituição nenhuma garantia explícita de que o voto popular será a base da escolha para a Casa Branca.

Washington tem pouquíssima participação na organização do processo eleitoral, que, na tradição federalista americana, é deixada a cargo dos Estados. O que a Constituição exige é que os Estados indiquem delegados para participar da escolha do presidente no Colégio Eleitoral, em dezembro.

Os próprios Estados definiram que o voto popular, em novembro, norteia a escolha desses delegados. Cada Estado envia um número predeterminado de delegados ao Colégio Eleitoral. Dos 50 Estados, 48 dão o pacote inteiro de votos desses representantes ao candidato que vencer a eleição popular local. Só Maine e Nebraska distribuem seus delegados entre os candidatos proporcionalmente ao número de votos populares que cada um recebe.

Obama - Democrata quer governar com gabinete bipartidário

No comício dessa tarde gelada de uma quarta-feira recente, John McCain anima as centenas de pessoas reunidas num hangar do aeroporto municipal de Lunken, em Cincinnati, no importante Estado-pêndulo de Ohio. À maneira dos "stand-up comedians" e como faz também seu oponente, Barack Obama, ele repete os pontos do texto que vem martelando quatro, cinco vezes por dia.


Tem a parte do aplauso emocionado, quando o senador diz que ele vem lutando pelo país desde os sete anos e tem "as cicatrizes para provar". A do final épico, em que repete a ordem de comando "lute!" mais de dez vezes e diz que "nada é inevitável". E a do momento cômico, em que fala que Obama "já está medindo as cortinas da Casa Branca", referindo-se ao clima de "já ganhou" que às vezes toma a campanha do democrata.

Em público, o senador democrata de 47 anos pede cautela e prega modéstia. No privado, no entanto, sua campanha já "mede as cortinas da Casa Branca" metaforicamente desde julho, quando John Podesta foi escolhido para comandar o gabinete de transição junto ao governo de George W. Bush. Esse gabinete iria se reunir pela primeira vez mais de três meses depois.

Desde então, especulações sobre quem ocupará os cargos-chave de uma administração Obama são o passatempo predileto de analistas e políticos de ambos os partidos.

McCain - Republicano mudará nomes de Bush, mas não as idéias

"Eu não sou George W. Bush" foi uma das frases preferidas de John McCain na campanha pela Presidência americana em 2008. Mas, a julgar por seus assessores, conselheiros e ideólogos, uma Casa Branca sob seu comando seria bem menos "maverick" (independente) e bem mais continuísta do que o republicano gostaria de admitir.

Isso é particularmente verdadeiro nas áreas de política externa e economia, onde neoconservadores e diretores empresariais influenciam pesadamente as propostas do candidato -e provavelmente ocupariam o primeiro escalão de um governo seu, como já fazem na gestão Bush.

No campo internacional, McCain afirma que abrigaria no governo tanto neoconservadores quanto pragmáticos. Seus discursos, porém, traem a preferência pela visão de mundo do primeiro time, ao defender a primazia global americana e a necessidade de espalhar a democracia pelo planeta.

O privilégio aos "neocons" é visível na lista de assessores, que inclui uma série de antigos membros do extinto Projeto para um Novo Século Americano (Pnac). Entre eles, Randy Scheunemann, Robert Kagan, William Kristol e Gary Schmitt, nomes cogitados para ocupar postos importantes em um governo McCain.

Candidatos arrecadam US$ 1,5 bi

Como é praxe na maioria das campanhas eleitorais, a disputa presidencial nos EUA foi marcada por suspeitas de fraude na arrecadação de dinheiro e pela participação de grandes empresas financiando de maneira indireta os candidatos. A diferença foi o número recorde de doadores individuais e o uso da internet como ferramenta para atrair essa massa inédita de interessados em dar dinheiro para políticos.

Os números gerais impressionam. Até agora, todos os candidatos já arrecadaram US$ 1,595 bilhão. Em 2004, o valor atingiu US$ 880 milhões. Em 2000, US$ 529 milhões.

Nos EUA, é proibido empresas doarem para políticos. A lei é burlada com grandes executivos incentivando seus funcionários a contribuir com o máximo permitido individualmente -US$ 4,6 mil. É comum empresas recompensarem quem doa com benefícios para repor os valores dados aos políticos.

Outra maneira de contornar a lei é doar para os partidos. Milhões de dólares entram nas seções regionais de cada sigla. Só serão inteiramente contabilizados depois da eleição, numa manobra semelhante à usada por políticos brasileiros.

Até agora, quando se observa os doadores por grupos de empresas, Obama e McCain têm mais semelhanças do que diferenças entre si. Ao isolar os dez setores mais relevantes para o democrata, nota-se que 47,3% do seu dinheiro têm origem em pessoas ligadas a escritórios de advocacia e lobby (25%) e de empresas financeiras e da área imobiliária (22,3%). No caso do republicano, 47,5% dos recursos têm a mesma origem -13,8% de advogados e lobistas e 33,7% de bancos e empresas do setor imobiliário.

Líder do governo no Senado, Jucá tem processo arquivado no STF

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), está livre da acusação de participar de fraude para obter empréstimo no Basa (Banco da Amazônia), no caso que ficou conhecido como escândalo da Frangonorte.

Na terça, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, mandou arquivar o processo que havia sido aberto a pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. Jucá era acusado de crime contra o sistema financeiro, o que poderia resultar numa pena de até seis anos de prisão. A reportagem não conseguiu falar com o senador ontem.

O caso foi revelado pela Folha em março de 2005. O Basa emprestou dinheiro para a Frangonorte, empresa que tinha Jucá como um dos seus sócios, para a instalação de um abatedouro de aves em Boa Vista (RR). O projeto, porém, não vingou e o empréstimo deixou de ser pago. Segundo o Basa, a dívida acumulou-se em R$ 25 milhões.

30% das maiores cidades do país elegem milionários

Quase 30% dos prefeitos eleitos nas cem principais cidades do país têm patrimônio superior a R$ 1 milhão. Levantamento feito pela Folha nos 99 municípios com mais eleitores e em Palmas (TO), única capital que não está entre as maiores cidades, mostra que 28 prefeitos eleitos são milionários.

O patrimônio médio dos candidatos vitoriosos é de R$ 1,7 milhão. Se recebessem o salário do prefeito de São Paulo -R$ 12.384-, precisariam ficar mais de 11 anos no cargo para acumular essa quantia.

Entre os eleitos, o mais rico é Marcio Lacerda (PSB), que em 2009 vai assumir a Prefeitura de Belo Horizonte e declarou ter mais de R$ 55 milhões. Apenas o patrimônio dele corresponde a um terço da soma dos bens de todos os cem prefeitos eleitos -R$ 172 milhões. Lacerda, 62, prosperou a partir dos anos 70 com empresas no setor de telecomunicações.

O partido com mais membros entre os mais ricos é o PSDB, com sete, seguido pelo PDT, com seis. Os dados foram coletados nos registros de candidaturas entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Serra e tucanos vão explorar fissuras do PMDB com petistas

Passada a eleição, o PSDB e o governador José Serra se lançam numa investida sobre o PMDB. Depois da conquista do partido em São Paulo, o ponto de partida está nos Estados em que a disputa municipal deixou abertas feridas na relação do PT com o PMDB.

Um deles é a Bahia. O próprio Serra tem conversado com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

Em Salvador, Geddel e o governador Jacques Wagner (PT) entraram em confronto no segundo turno. Hoje, o ministro negocia com o PSDB uma aliança, também com o DEM, para 2010. A articulação também é uma maneira de Geddel pressionar o governo federal.

Aécio e Serra vão gastar juntos R$ 30 bi em 2009

A exemplo do que fez Gilberto Kassab (DEM) na disputa pela prefeitura da capital paulista, os presidenciáveis e governadores tucanos Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo) vão encerrar seus atuais mandatos a reboque do calendário eleitoral, rumo à sucessão do presidente Lula.

Levantamento feito pela Folha com base no planejamento estratégico das duas gestões mostra que, juntos, eles investirão só em 2009 cerca de R$ 30 bilhões, e apostarão em obras de grande potencial de votos e alta capilaridade política, como a recuperação de estradas vicinais no interior e transporte coletivo nas duas capitais.

Funcionalismo é entrave a tucanos em 2010

A despeito das obras que têm em andamento com vistas à disputa Presidencial em 2010, os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, terão de contornar um problema comum: a insatisfação do funcionalismo público nos dois Estados.

Em São Paulo, Serra enfrenta há mais de 40 dias uma greve da Polícia Civil. No dia 16 de outubro, manifestação dos grevistas em frente ao Palácio dos Bandeirantes acabou em confronto entre policiais civis e militares. Pelo menos 25 ficaram feridos.

Aécio, por sua vez, negocia com os professores da rede estadual. Em agosto, eles deflagraram uma paralisação de 28 dias, suspensa porque as tratativas não avançaram.

Vitória de Paes fortalece grupo de Cabral para 2010

Vencedor da eleição para a Prefeitura do Rio, o grupo político do governador Sérgio Cabral (PMDB) vai acumular nas mãos as máquinas estadual e municipal, fato inédito havia 18 anos, desde o PDT de Leonel Brizola e Marcello Alencar.

Os orçamentos somam quase R$ 60 bilhões. E o grupo ainda vai dispor de cerca de 10 mil postos de livre nomeação no Estado e 1.500 na prefeitura.

Tantos cargos, somados à vitória na capital com Eduardo Paes, podem fortalecer a hegemonia que o governador constrói de olho em 2010, atraindo variadas forças políticas do Rio.

Hoje, PT, PSB, PC do B, PP e PTB são aliados de Cabral. E o segundo turno ainda o aproximou do PRB e de parte do PDT.

"Acho que em 2010 o PT e o PMDB estarão unidos em torno do presidente Lula e de uma candidatura que una os dois partidos: a Presidência e a vice-presidência da República", disse Cabral na quarta, após reunião com Paes e Lula.

Criador de "Kassabão" já pensa em bonecos de Serra e Afif para 2010

Não é só nos bastidores políticos que as eleições de 2010 já são delineadas. O criador do "Kassabão", boneco gigante que ajudou na campanha vitoriosa à reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), diz já ter pedidos para criar, em 2010, bonecos gigantes do atual governador José Serra (PSDB) e do secretário estadual Guilherme Afif Domingos (DEM).

Ricardo Nazário, que desenvolve produtos de marketing político, o "pai" do "Kassabão", diz que seu produto fez tanto sucesso que ele já tem encomendados novos bonecos para os prováveis candidatos tucanos e democratas das próximas eleições.

Neste ano, além do "Kassabão", o empresário criou outros 11 bonecos para candidatos e padrinhos políticos -como um do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito para a campanha de Serafim Corrêa, em Manaus.

Para cientista político da Bahia, carlismo não morreu

Estudioso do carlismo, o cientista político Paulo Fábio Dantas Neto, 53, da Universidade Federal da Bahia, diz que, apesar da ausência do DEM no segundo turno de Salvador, o grupo político de Antonio Carlos Magalhães (morto em 2007) ainda é uma força representativa no Estado para 2010. No último dia 26, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) venceu Walter Pinheiro (PT) no segundo turno e se reelegeu em Salvador. ACM Neto (DEM) ficou em terceiro. O analista diz que o PMDB surge como uma "terceira via" na Bahia e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) como uma "figura de médio calibre junto ao eleitorado".

Cresce tensão entre banqueiros e governo

A tentativa do BC de forçar os grandes bancos privados a comprarem carteiras de instituições menores, assumindo uma atitude mais ativa no combate à falta de dinheiro em circulação por causa da crise externa, fez subir a temperatura entre banqueiros e equipe econômica. Executivos de bancos ouvidos pela Folha identificam um viés político por trás da medida e avaliam que o governo procura um vilão para os problemas que a economia deverá enfrentar no ano que vem.

No BC, essa tese é rebatida e a redução da remuneração paga pelo governo sobre a parcela dos recursos captados nos depósitos a prazo -como lançamento de papéis pelos bancos (CDBs)- é defendida como uma forma de acelerar as negociações em andamento e fazer as instituições financeiras buscarem novas opções de compra, liberando dinheiro que será repassado às empresas.Estado de S. Paulo

STF mira resistentes ao fim do nepotismo

Uma "bofetada na cara" do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi assim que ministros da corte classificaram, reservadamente, a manobra do governador do Paraná, Roberto Requião, e do prefeito do Rio, Cesar Maia, para driblar a súmula do STF que veda o nepotismo e garantir o emprego de parentes na administração do Estado e do município. E o tribunal prepara sua resposta.

Diante do que consideraram uma afronta, os ministros se preparam para rever a extensão da Súmula 13, que aprovaram no dia 21 de agosto. O dispositivo proibiu a contratação de parentes, até o terceiro grau, de autoridades com cargo de direção, chefia ou assessoramento, mas liberou a nomeação de familiares para cargos políticos, como secretário e ministro de Estado.

Congresso demite 189 parentes

Após dois meses da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o nepotismo nos três Poderes, a Câmara e o Senado demitiram 189 parentes de parlamentares e de servidores que têm cargos de chefia no Congresso. A maioria dos exonerados é ligada a parlamentares - dos 102 demitidos na Câmara, 87 são familiares de deputados. No Senado, dos 87 demitidos, 46 são parentes até 3.º grau de senadores.

Um dos campeões na contratação de parentes na Câmara é o deputado João Magalhães (PMDB-MG): ele tinha quatro familiares em seu gabinete - mulher, pai, sogra e sobrinho. Juntos, recebiam R$ 11.540,68. O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) é outro que também empregou no gabinete quatro parentes (mulher, filho, irmão e sobrinha). Juntos, ganhavam R$ 24.735,52.

Indústrias já cortam investimentos

Mais da metade da indústria paulista decidiu reduzir os investimentos programados para 2009 em razão do forte aperto no crédito enfrentado nas últimas semanas e do cenário de desaceleração da atividade, já captado especialmente por setores cujas vendas são dependentes de financiamentos.

Pesquisa recém-concluída pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e obtida com exclusividade pelo Estado revela que 57% das 658 indústrias consultadas em outubro prevêem queda nos investimentos em 2009, enquanto 27% das empresas declararam que vão manter as cifras e 16% planejam aumentá-las.

Nas últimas semanas, a redução abrupta no fluxo de financiamento que irrigava as empresas com recursos para capital de giro, investimento e crédito para exportação fez os dirigentes das indústrias frearem os planos de expansão. Até o dia 21 do mês passado, quando a coleta de dados foi concluída, 54% das companhias relataram dificuldades para obter crédito.

Derrota em SP com forte rejeição faz Planalto ''paparicar'' PMDB

A agenda político-parlamentar do governo Lula nos próximos três meses é tão ou mais explosiva do que a da crise econômica. Líderes da base aliada no Congresso e assessores diretos do presidente da República admitem que três fatores conjugados deixam o Planalto em "estado de alerta". São eles: a engorda do PMDB nas eleições municipais, a disputa acirrada pelas presidências da Câmara e do Senado e - o pior de todos os sinais - a derrota do PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo com altas taxas de rejeição a Marta Suplicy.

O saldo das avaliações palacianas tirou uma óbvia fórmula de cautela para tocar a política até fevereiro, quando o Congresso reabre e seus presidentes são eleitos - primeiro no Senado e depois na Câmara. A meta é "não trombar com o PMDB", para não antecipar um racha na base partidária e fragilizar politicamente o governo Lula em tempo de crise econômica e pelo menos um ano antes das verdadeiras negociações para as alianças da disputa presidencial de 2010. Pragmático, o presidente vai "paparicar" o partido, disse um ministro, não deixando transformar a disputa pelas presidências em uma guerra do fim dos tempos.

Fortalecido pelas urnas, partido reassume adesismo

No embalo do sucesso eleitoral colhido das urnas no primeiro e no segundo turnos da corrida municipal, quando bateu o PT em Salvador e Porto Alegre, o PMDB começa a assumir a velha forma que o caracteriza como uma espécie de partido Alien, sempre pronto a tomar o corpo de qualquer governo.

Bastou o PT ameaçar a candidatura do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), ao comando da Câmara para que a cúpula da sigla abrisse o jogo de poder, avisando que tem cacife para o confronto: pode romper a coalizão e a aliança com o PT e o Palácio do Planalto na sucessão de 2010.

''Rebelião'' rendeu novos cargos no governo FHC

O PMDB Alien que povoa a Esplanada dos Ministérios há 16 anos é sempre maior do que os partidos dos governos que habita. Assim é com o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assim foi com o PSDB de Fernando Henrique Cardoso. A disputa por espaços de poder é permanente, mas se intensifica em tempos de crises políticas e econômicas, quando a queda-de-braço produz mudanças pontuais no Executivo federal e reformas no ministério.

É com o cacife reforçado pelas urnas e pela crise financeira internacional que o PMDB se movimenta agora para ter as presidências da Câmara e do Senado. Apesar de a bancada de senadores ter avisado que não abre mão do comando do Congresso, o PT vê mais uma barganha na movimentação, a exemplo do que ocorreu em 2001, quando o PMDB avaliou que Fernando Henrique Cardoso não faria seu sucessor.

Vitória de Paes dá novo status a Cabral no PMDB

Passada a comemoração pelo bom desempenho nas eleições municipais, o PMDB se esforça para firmar a imagem de partido de expressão nacional e usa o Rio de Janeiro - Estado e capital - como maior trunfo para ganhar peso nas negociações para a sucessão presidencial de 2010.

Apesar de a disputa ainda estar distante, a idéia de lançar o governador Sérgio Cabral candidato a vice-presidente ganha força no partido. O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, ex-tucano recém-chegado ao partido, é outra aposta. Embora antigos peemedebistas tenham dúvidas sobre como será a atuação de Paes - que está ainda muito à sombra de Cabral - no partido, a maioria acredita que ele poderá formar uma liderança interna, inclusive com novas filiações de colaboradores que não têm mandato.

Projeto corta contribuição patronal a partir de 2011

O relatório do deputado Sandro Mabel (PL-GO) sobre a reforma tributária prevê que a contribuição patronal para a Previdência Social, hoje fixada em 20% sobre a folha de pagamento, seja reduzida automaticamente em 1 ponto porcentual ao ano a partir de 2011. A redução progressiva até 14% foi incluída no projeto como uma garantia de que isso ocorrerá independentemente de aprovação ou não de uma lei regulamentando o assunto.

O texto também proíbe o governo federal de compensar a perda de receita, estimada em R$ 18 bilhões (ou R$ 3 bilhões por ano), com aumento de alíquotas do novo imposto federal sobre valor adicionado (IVA), como previsto na emenda do Executivo.

Para polícia, máfia até montava editais de licitações que fraudava

Mais do que burlar pregões eletrônicos, a máfia dos parasitas conseguia determinar as regras das licitações, segundo a Polícia Civil de São Paulo. O que era uma suspeita dos investigadores até o início da semana passada se transformou em forte indício depois que minutas foram apreendidas num dos 23 endereços vasculhados pela força-tarefa composta por policiais, auditores da Secretaria de Estado da Fazenda e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Deflagrada na quinta-feira, após 11 meses de investigação, a Operação Parasitas levou para a prisão cinco empresários suspeitos de faturar R$ 100 milhões com fraudes nos últimos dois anos. A suposta organização criminosa seria dividida em duas células - uma tinha influência sobre contratos firmados com hospitais públicos da capital e da Grande São Paulo e outra atuava sobre prefeituras do interior de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Goiás.

PF calcula desvios na saúde em R$ 688 milhões desde 2004

A saúde é um dos setores do poder público mais vulneráveis a desfalques por conta da ação de criminosos. Os R$ 100 milhões desviados nos últimos dois anos pelos investigados da Operação Parasitas representam uma pequena fração do rombo total do setor nos últimos anos.

Levantamento feito pelo Estado nas operações da Polícia Federal desde 2004 mostra que foram desarticuladas no período 11 quadrilhas que roubavam dinheiro público destinado à saúde, num total de R$ 688 milhões apurados até hoje.

Três fatores fazem da saúde o foco principal das quadrilhas de empresários, políticos e oportunistas: o grande volume de recursos destinado ao setor; a falta total de controle interno e a imensa lista de materiais e produtos comprados.

''Desafio é do Estado e das empresas''

O Brasil só vai acabar com a rotina de fraudes, operações policiais e processos que quase nunca punem quando superar três desafios: a precariedade das empresas, do Estado e dos processos. Quem adverte é o jurista Carlos Ari Sundfeld, que lida há muito tempo com direito administrativo e atualmente é professor de mestrado em Direito na Fundação Getúlio Vargas - São Paulo. A Lei de Licitações, diz ele, "foi definida em meio a um lobby forte de empresas médias, que se queixavam porque só as grandes conseguiam faturar com dinheiro do governo". "Vivemos cercados de escritórios de pequenos golpes", afirma. E acrescenta: "Temos tribunais bem equipados e altos salários. Mas o resultado é a ineficácia."

McCain prioriza 3 Estados cruciais

Na reta final da campanha, o candidato republicano, John McCain, decidiu concentrar seus esforços em 9 dos 30 Estados que garantiram a reeleição de George W. Bush, em 2004, incluindo os cruciais Ohio, Flórida e Virgínia. Nos três, segundo média de pesquisas feitas pelo site Real Clear Politcs, seu rival, o democrata Barack Obama, lidera por margem pequena ou está empatado com o republicano.

A preocupação de McCain é matemática. Como é provável que Obama vença em todos os Estados conquistados pelo democrata John Kerry em 2004, precisaria teoricamente de 1 desses 3 Estados para vencer a eleição de terça-feira.

No Itamaraty, rivais opõem ''razão'' e ''coração''

Republicanos costumam ser melhores para o Brasil. Democratas, para o mundo. O dilema tradicionalmente acompanha as análises do Itamaraty a cada eleição presidencial nos EUA. Desta vez, apesar de toda a simpatia de uma diplomacia politicamente correta - e subordinada ao governo de um ex-metalúrgico - por Barack Obama, o candidato negro do Partido Democrata, essa máxima surge com maior força e tende a se deslocar para o interesse brasileiro. Companheiro de partido do presidente George W. Bush, o republicano John McCain tornou-se o favorito inconfessável da cúpula do Itamaraty.

A assessores, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinalou recentemente que sua aposta se divide entre "razão e coração". Teorias à parte, o Itamaraty contabiliza o fato de que, na Casa Branca, republicanos mostram-se menos propensos a aceitar pressões protecionistas e, especialmente no governo de Bush, mantiveram relação respeitosa ao papel hegemônico exercido pelo Brasil na América do Sul.

Correio Braziliense

Brecha para contratar parentes na Câmara

A demissão de 102 funcionários parentes de deputados ou de servidores que ocupam cargos de direção ou chefia na Câmara não fechou as portas para outras formas de apadrinhamento não especificadas na súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo no serviço público. Parentes de dirigentes partidários, de ex-congressistas e de secretários parlamentares que exercem informalmente o posto de chefe de gabinete ocupam cargos de natureza especial (CNEs) com salários de até R$ 9,5 mil. A direção da Câmara considera que essas contratações não infringem a súmula do STF, mas afirma que fará correções se forem exigidas pelo Ministério Público Federal.

Na Liderança do Partido da Mobilização Nacional (PMN), estão abrigadas duas filhas gêmeas da secretária-adjunta da Executiva Nacional do partido, Maria da Graça Lara Fortes, também presidente estadual do partido no Rio de Janeiro. Camila e Bruna, de 28 anos, vieram juntas do Rio, em julho do ano passado. Formada em Turismo, Camila ocupa um cargo de assessora técnica (CNE-7), com salário de R$ 9,5 mil. Bruna, técnica em eletrônica, conseguiu um cargo de assistente técnica (CNE-11), com vencimentos de R$ 4,5 mil. As duas assessoram deputados do partido nas comissões e no plenário.

PMDB forte, mas sempre dividido

Com 1.201 prefeitos eleitos, o PMDB emergiu das eleições municipais como a grande legenda do país e o aliado mais disputado para a campanha presidencial de 2010. Mas, num partido tradicionalmente marcado pela divisão, é bom analisar atentamente o mapa dos votos para saber quais dos caciques saíram mais fortalecidos. A força de cada um será medida nos próximos meses, na discussão sobre as alianças na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o partido integre o governo federal, a eleição deu força a alguns segmentos rebeldes ou, no mínimo, mais distantes do Palácio do Planalto. O PMDB gaúcho foi a seção regional que mais elegeu prefeitos: 143, de um universo de 467 no estado. No Rio Grande do Sul, a grande rivalidade do partido é com o PT. Peemedebistas venceram candidatos petistas em Porto Alegre e em cidades importantes, como Caxias do Sul e Santa Maria. As duas legendas devem protagonizar a disputa pelo governo do Estado em 2010 e o clima não é bom para uma aliança nacional.

PT avalia falha nas campanhas

A cúpula do PT está preocupada com o resultado em estados onde o partido teve crescimento pouco significativo ou regrediu no número de prefeituras administradas em comparação com o pleito de 2004. Esta lista sublinha os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que têm sido os pontos nevrálgicos da legenda e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Executiva Nacional do PT fez uma avaliação qualitativa do desempenho nos 26 estados e colocou em atenção a metade. Desse total, seis tiveram crescimento de 10% a 25%; dois elegeram o mesmo número de prefeitos de 2004; e em cinco houve redução. A determinação é avaliar os obstáculos e promover renovação dos quadros.

Voto facultativo na marra

Rio de Janeiro — Em meio a 2 mil jovens vestidos de preto que pararam o Centro do Rio na última sexta-feira, reunidos por um auto-intitulado Movimento Pró-Democracia, uma escritora de 20 anos, Mayra Dias Gomes, entoava uma das palavras de ordem de um número cada vez maior de pessoas. “Sou a favor do voto facultativo. O voto obrigatório resultou nesta palhaçada que está acontecendo no Rio. Os cariocas preferiram viajar e ir à praia a eleger um político diferente”, protestava ela, incomodada, como muitos apoiadores do candidato derrotado Fernando Gabeira (PV), com a altíssima abstenção no pleito carioca.

No Rio, 927.250 (20,2% do total) eleitores abriram mão de seu direito de votar, o que equivale dizer que um em cada cinco ignorou as urnas. Em cidades como São Luís, no Maranhão (21,2%), e Anápolis (21,1%), em Goiás, a abstenção foi ainda maior. “Existe uma correlação entre o voto obrigatório e o autoritarismo político”, diz Mayra, filha do dramaturgo Dias Gomes. Outras entidades, como o Movimento Voto Livre, conseguem cada vez mais adeptos e articulam manifestações pelo país em prol do voto facultativo.

A nova frente de batalha de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará a ofensiva contra os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. Depois de baixar medidas técnicas por meio do Ministério da Fazenda e do Banco Central, destinadas a incentivar o consumo e os investimentos, Lula realizará uma operação de contra-ataque na área de comunicação. O presidente está contrariado com os tons supostamente catastróficos usados por adversários ao pintarem o cenário da economia mundial e do país. Reclama do fato de a oposição e “determinados setores da imprensa” disseminarem um discurso que ele considera pessimista, apostando, acrescenta Lula, na estratégia do “quanto pior melhor”.

Lacerda vai seguir gestão de Aécio

No campo político, o prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), terá como conselheiros os padrinhos de sua candidatura: o governador de Minas, o tucano Aécio Neves, e o atual prefeito, o petista Fernando Pimentel. Já na área administrativa, tende a seguir um estilo mais parecido com o de Aécio — de quem foi secretário de Desenvolvimento Econômico —, embora tenha sido eleito com a promessa de continuar o projeto iniciado há quase 16 anos pelo ex-prefeito Patrus Ananias, do PT.

Prefeituras decididas no tribunal

A indefinição quanto ao rumo político de Londrina (PR) pelos próximos quatro anos é uma amostra de como o cenário desenhado nas eleições municipais ainda pode ser modificado. Uma verdadeira avalanche de ações sobre registros de candidaturas ainda sobrecarrega o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de os eleitores de Londrina terem escolhido Antonio Belinati (PP) como prefeito, uma decisão judicial provocou uma reviravolta no município. Na última terça-feira, o TSE negou o registro da candidatura dele. Agora, caberá à Justiça Eleitoral de Londrina decidir se convoca novas eleições ou se declara vencedor o segundo colocado, Luiz Carlos Hauly (PSDB). Belinati teve 138.926 votos (51,73% dos votos válidos). E já recorreu. Em meio ao embate, os moradores de Londrina ficam sem saber quem vai comandar a cidade.

Só os grandes têm vez

Criada para fomentar o desporto e promover a inclusão social, a Lei 11.438/2006, batizada de Lei de Incentivo ao Esporte, tem descumprido uma de suas funções primordiais em quase metade dos projetos que beneficia. O objetivo de incluir jovens de baixa renda em atividades sociais desportivas passa longe da maioria dos projetos aprovados pelo Ministério do Esporte em 2007 e 2008. Levantamento realizado pelo Correio mostra que, à custa da renúncia tributária em favor de empresas que patrocinam atividades esportivas, grandes clubes e organizações não-governamentais (ONGs) capitaneadas por gente famosa se beneficiaram de 40% dos R$ 64 milhões repassados desde o ano passado por meio da lei.

Do total, 30% foram destinados a dois grandes clubes do país. Enquanto isso, pequenas entidades dedicadas a projetos sociais amargam na fila à espera de doações e da boa vontade de empresários. A análise dos projetos aprovados demonstra não apenas que o volume de recursos captados é proporcional ao tamanho da instituição, mas também que quantias que poderiam priorizar a inserção de pessoas de baixa renda patrocinam reformas em arquibancadas e construções de estacionamentos de grandes clubes. Para essas duas finalidades, o São Paulo Futebol Clube, campeão de arrecadação, captou R$ 4,3 milhões, tendo recebido outros R$ 9,5 milhões no último ano para obras de vestiários, centro médico e de reabilitação.

Governadores livres de punição

Nos últimos oito anos, pelo menos 11 governadores deixaram de responder a processos criminais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por causa de uma norma jurídica que condiciona a abertura das ações penais à autorização das assembléias legislativas dos estados comandados por eles. De acordo com um levantamento feito pelo STJ, a pedido do Correio, desde que o tribunal passou a funcionar, em 1989, apenas um governador foi processado até hoje — Ivo Cassol, de Rondônia. A pesquisa foi feita com base nas notícias veiculadas pelo próprio STJ em seu site oficial. Instaurada em 2004, a ação que corre no tribunal contra Cassol foi motivada por uma investigação do Ministério Público estadual sobre um suposto esquema para burlar licitações quando ele era prefeito de Rolim de Moura (RO).

Um exemplo recente da blindagem proporcionada pelas assembléias é o episódio envolvendo dois governadores investigados na Operação Navalha da Polícia Federal (PF), que, no ano passado, desmontou um esquema de fraudes em licitações de obras públicas comandando pelo empresário Zuleido Veras, dono da empresa Gautama. Alvos da apuração da PF, os governadores do Maranhão, Jackson Lago, e de Alagoas, Teotônio Vilela, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) ao STJ junto com outras 60 pessoas em maio deste ano.

Os caça devedores

As empresas de cobrança nunca tiveram um momento tão bom como o atual. O segmento, que se alimenta da dificuldade alheia, não tem do que se queixar. Com a explosão do crédito nos últimos anos, mesmo com os índices de inadimplência permanecendo mais ou menos estáveis, o volume de contratos administrados se multiplicou. Na mesma proporção, subiram os lucros das agências, que são cercados de um certo sigilo. Com dinheiro em caixa, os empresários investiram na ampliação da capacidade de atendimento e na contratação de funcionários. Caçar devedores se tornou um bom negócio.

FMI ressurge na crise

A crise internacional reanimou um moribundo que se aproximava perigosamente do suspiro derradeiro: o Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem clientes nos últimos anos, o que o levou a ter sérios problemas de caixa e a cortar despesas, o fundo havia se tornado irrelevante. Na semana passada, porém, ele ressurgiu das cinzas. Voltou a socorrer países com dificuldades para fechar as contas e criou uma linha de empréstimos emergenciais, idéia que rejeitou por quase 10 anos. Ainda assim, seu papel está ameaçado na nova arquitetura financeira que deve nascer dos escombros das instituições atuais.

O Globo

Na noite do Rio, 35% são consumidores de drogas

Cerca de 35% dos freqüentadores da noite carioca usaram pelo menos um tipo de droga nos últimos seis meses, revela uma pesquisa inédita feita com exclusividade para a Revista O Globo pela empresa de consultoria Retrato. De acordo com o levantamento, realizado em bares, shows, boates e festas, a maconha é consumida por 91,3% dos usuários de substâncias ilícitas, e o ecstasy, por 22,7%, à frente da cocaína, usada por 20,7% dos entrevistados. O estudo mostra ainda onde os usuários compram drogas, quanto pagam, o que sentem e como vêem a lei.

Promessas de Paes custam R$ 15 bilhões

Para cumprir apenas 24 de suas 83 promessas, o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, vai precisar de pelo menos R$ 15 bilhões. No Orçamento municipal, a previsão de investimentos para 2009 é de R$ 744 milhões.

Crise chega a Zona Franca de Manaus

Com o agravamento da crise global, pela primeira vez em 30 anos 16 empresas anteciparam férias coletivas na Zona Franca de Manaus, deixando 15 mil pessoas em casa. E as demissões estão 12% maiores do que em 2007.

Jornal do Brasil

Paes: R$ 200 milhões para o Rio já este ano

Em entrevista exclusiva, o prefeito eleito Eduardo Paes revela que R$ 200 milhões serão usados nas obras do complexo da Penha, da linha 4 do metrô (Zona Sul-Barra), da Via Light e da revitalização da Zona Portuária. Com humor, saboreia a vitória sobre Fernando Gabeira, diz que gosta do Posto 9 – mas ia à praia no 10 – e que não acredita em vitorioso moral. Reportagem de capa da Domingo conta a infância da nova estrela da política.

Crise não vai ser longa, diz Giannetti

O economista Eduardo Giannetti da Fonseca afirma que a atual crise econômica global não vai durar muito tempo. “O mundo aprendeu com a Grande Depressão dos anos 30 e com a recessão dos anos 90 no Japão. Os mercados terão dimensão proporcional à economia real”, diz.

Chegada do Papai Noel no Shopping Santa Úrsula é marcado por musical

MUSICAL MARCA A CHEGADA DO PAPAI NOEL NO SHOPPING SANTA ÚRSULA

Grupo com 17 atores, bailarinos e cantores faz apresentação em homenagem ao poeta e ao artista do café. O musical mostra a inspiração de Portinari e do escritor Saulo Ramos ao retratar os cafezais da época. Tudo por meio de poemas musicados de Saulo Ramos.

O Shopping Santa Úrsula vai resgatar a história e a cultura cafeeira da região de Ribeirão Preto neste Natal. E para abrir a programação cultural, o empreendimento está preparando um musical que marcará a chegada do Papai Noel e a inauguração da decoração natalina, que tem como tema “Natal do Café”. O evento acontece no dia 6 de novembro, quinta-feira, às 19h30, no Piso Térreo.

Um grupo com 17 atores, bailarinos e cantores, sob o comando de Eula Hallak Produções Artísticas, atuará no musical, que presta uma homenagem ao pintor Candido Portinari e ao poeta Saulo Ramos. Em uma fazenda de café, os personagens caracterizados de Senhor e Senhora da Fazenda, mucama e menino vão reviver a época do café do início do século passado.

A apresentação destaca a inspiração à ícones regionais ao retratarem os cafezais da época. Tudo por meio de poemas musicados de Saulo Ramos, jurista, poeta, escritor e jornalista brasileiro, autor do livro “Café – A poesia da terra e das enxadas”, que capta em versos a essência dos cafezais. Saulo Ramos também foi o autor do Hino de Ribeirão Preto.

Saulo Ramos nasceu em Brodowski, a mesma cidade do pintor Candido Portinari, que também retratou a cultura cafeeira em várias de suas telas. Considerado o maior expoente da pintura modernista, Portinari foi o pintor brasileiro que mais alcançou projeção internacional.

“O musical vai transformar a Chegada do Papai Noel em um momento mágico e inesquecível, proporcionando muita emoção, além de surpreender os clientes com um evento diferenciado e com aspecto cultural”, realça o gerente de marketing do Shopping Santa Úrsula Marcos Botelho. Este ano, o centro de compras trouxe o “Natal do Café” com uma programação cultural variada relacionada ao tema.

O musical tem direção geral, musical e artística de Eula Hallak, composição de Paulo Rowlands, produção de figurino por Sonia Roveri, produção de maquiagem Renata Martelli, produção executiva por Paula Pena, poemas de Saulo Ramos, réplica inspirada em Portinari assinada por Adarene Hallak, pesquisa feita por Eula Hallak e coreografia assinada por Eula Hallak e Luciara Junqueira.
Conceito Comunicação

Microsoft Brasil abre programa de estágio

MS abre programa de estágio
31/10/2008 - Maurício Renner
Empregos

A Microsoft Brasil iniciou o processo de seleção para o seu programa de estágio 2009. As vagas estão distribuídas pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Recife, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília.

Podem se candidatar universitários que estão no penúltimo ou último ano do ensino superior para atuar em uma das seguintes áreas: vendas, marketing, consultoria, finanças, recursos humanos e suporte ao negócio.

Os selecionados iniciarão suas atividades na Microsoft em janeiro de 2009. Os estudantes interessados devem fazer as inscrições até o dia 16 de novembro de 2008 por meio do site relacionado abaixo.

Links relacionados
- Microsoft - Programa de Estágio




Manchetes de hoje nos jornais - 3110/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 31out2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Estado de S. Paulo

Esquema que tirou R$ 100 mi da saúde tem 5 suspeitos presos

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na madrugada de ontem cinco acusados de pertencer a uma quadrilha responsável por fraudes em centenas de licitações nos principais hospitais públicos do Estado e da Prefeitura de São Paulo e de outros 29 municípios do interior, do Rio, de Minas e Goiás. Os empresários são suspeitos de subornar agentes públicos e superfaturar preços, além de entregar produtos de má qualidade - quando entregavam -, pondo em risco a saúde dos pacientes. Estima-se que o esquema tenha faturado R$ 100 milhões nos últimos dois anos. O grupo é investigado ainda por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Pelo menos 11 empresas fornecedoras de remédios e materiais hospitalares e gestoras de hospitais estão na mira da Operação Parasitas. Ontem, a força-tarefa de policiais civis, auditores fiscais do Estado e promotores cumpriu 23 mandados de busca. Foram apreendidos R$ 700 mil, 14 carros, como Porsche, Land Rover e Mercedes, cinco motocicletas, três lanchas e um helicóptero - modelo Robinson 44. Os bens estão avaliados pela polícia em R$ 7 milhões. O juiz Vinícius de Toledo Piza Peluso decretou ainda o bloqueio de contas bancárias, aplicações e bens de sete dos acusados.

Defesa critica falta de acesso aos autos da investigação

A defesa dos empresários acusados de envolvimento no esquema milionário de fraudes na saúde criticou a falta de acesso aos autos da investigação e a "espetacularização" da prisão dos clientes. "Não sei até agora quais são as provas usadas para a decretação da prisão de meu cliente e do que o acusam concretamente", afirmou o advogado Cesar Guimarães, da empresa Home Care Medical.

Programa de investimentos pode receber injeção de R$ 15 bi

O governo já tem a estratégia para proteger o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da crise econômica mundial em 2009: reduzir o superávit primário para 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez de 4,3%, como tem feito este ano. Com isso, serão liberados cerca de R$ 15 bilhões extras. Se isso não for suficiente, haverá cortes no Orçamento, a começar pelos R$ 20 bilhões em investimentos que não integram o PAC e pelos projetos incluídos por emendas parlamentares. O governo ainda pode renegociar acordos de reajuste dos servidores. "O último é cortarmos o PAC e os programas sociais", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Serra aprova prévias no PSDB para 2010

O governador de São Paulo, José Serra, disse ontem que concorda com a proposta do colega mineiro Aécio Neves de realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência em 2010. Serra e Aécio polarizam a disputa interna pela escolha do próximo presidenciável tucano. Após as eleições municipais, o mineiro intensificou a defesa pela realização de uma consulta partidária para a definição do candidato do partido caso não haja consenso. E passou a cobrar que o instrumento seja regulamentado pela direção nacional do PSDB. Aécio defende também que o prazo-limite para que o partido defina o presidenciável seja março de 2010. O governador mineiro foi o anfitrião de um encontro com Serra e os governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do Espírito Santo (PMDB), Paulo Hartung, para a discussão do impacto da crise financeira nos Estados. Após a reunião, questionado sobre a proposta de prévias, o governador paulista, ao lado do colega mineiro, foi sucinto. "Eu estou de acordo com o Aécio", disse. "Nós sempre estamos de acordo", interrompeu Aécio.


Aval a infiel fará TSE ''refletir'', diz Chinaglia

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu ontem parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que desautoriza o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mantém o mandato do deputado Walter Brito (PRB-PB) até palavra final do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a decisão da CCJ fará o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, "refletir". Assim que soube do parecer aprovado anteontem, Ayres Britto se disse surpreso e fez críticas. "Como existe a decisão da CCJ, creio que isso vai fazer também o ministro Ayres Britto refletir sobre o seu posicionamento. E isso vai no sentido do aprimoramento", afirmou Chinaglia. Há sete meses, o TSE decidiu que Brito deveria perder o mandato por infidelidade partidária - ele trocou em setembro do ano passado o DEM pelo PRB -, mas até hoje a Câmara não cumpriu a determinação da Justiça.

PTB manobra para barrar parecer contra Collor

Uma manobra do PTB, encabeçada pelo 3º vice-presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), tenta impedir a aprovação do parecer que rejeita as contas de 1991 do ex-presidente Fernando Collor, hoje senador pelo PTB de Alagoas. Segundo o deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), se funcionar, a artimanha poderá se multiplicar nos Estados e municípios para livrar gestores que desviarem recursos públicos. Se for barrada e o parecer aprovado, como defende Nogueira, Collor se tornará inelegível por cinco anos, a contar do fim do atual mandato. O deputado acredita que o roteiro "cuidadosamente traçado" está à espreita de um "descuido" da comissão para ser aprovado. "Estão mudando as regras do jogo", diz Nogueira, membro da comissão.

Vannuchi diz ter apoio de Lula no caso da anistia

O secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, cobrou ontem, em tom duro, que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja já o parecer que, a seu ver, "beneficia torturadores". Disse ainda que tem respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não deixar o tema sem solução. "Torturadores e vampiros têm horror à luz, pois se alimentam das trevas, do silêncio, da escuridão", disse Vannuchi. "Mas não haverá pedra em cima do assunto", disse ele, ressalvando, que o governo está "aberto ao diálogo e à reconciliação". A AGU divulgou parecer em que considera cobertos pela Lei da Anistia - e, portanto, não passíveis de punição - os acusados de tortura durante o regime milietar. José Antonio Dias Toffoli, chefe do órgão e alvo das críticas de Vannuchi, foi orientado pelo Palácio do Planalto a não polemizar sobre o assunto.

Garotinho tem de indenizar Serra

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho terá de pagar indenização de 300 salários mínimos (R$ 124,5 mil) ao governador de São Paulo, José Serra, segundo decisão do Superior Tribunal de Justiça. Garotinho teria dito, na campanha à Presidência de 2002, que propinas financiavam a candidatura do tucano. A defesa do ex-governador nega que tenha feito qualquer ofensa.


Folha de S. Paulo

Tarso volta a questionar AGU e cobra punição a torturador

O ministro Tarso Genro (Justiça) e o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), planejam uma estratégia para derrubar o parecer da AGU (Advocacia Geral da União) que considera perdoados pela Lei da Anistia os crimes de tortura cometidos durante a ditadura (1964-1985). O Palácio do Planalto determinou a seus subordinados que não alimentem publicamente a polêmica. "Respeito a opinião técnica da AGU, mas não concordo com ela. Tortura é crime comum, de lesa-pátria e não crime político. Vou entrar em entendimento com Vanucchi para chegarmos a uma linha de ação juntos contra isso", disse. O Ministério da Justiça já elaborou um documento técnico, encaminhado anteontem à Casa Civil, em que aponta possíveis mudanças jurídicas na decisão da AGU.

Procuradoria rebate a contestação da AGU

O Ministério Público Federal respondeu a contestação elaborada pela Advocacia Geral da União que considera perdoados os crimes de tortura cometidos durante o regime militar (1964-1985). Em réplica encaminhada à Justiça de São Paulo, onde tramita o processo aberto a seu pedido, a Procuradoria diz que a "União está defendendo os comandantes do órgão integrado por homicidas, torturadores, estupradores e outros criminosos".


"Filtro" do STJ elimina 41% dos processos no tribunal

Nos três primeiros meses de aplicação da Lei dos Recursos Repetitivos, que criou um "filtro de recursos" no STJ (Superior Tribunal de Justiça), houve uma redução de 41% no número de processos submetidos ao tribunal. Em números absolutos, a queda no volume de ações enviadas ao STJ foi de 9.454 causas, em agosto deste ano, para 5.590 até ontem.

Sudeste apela contra reforma tributária

Reunidos ontem em Belo Horizonte, os quatro governadores do Sudeste, os tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e os peemedebistas Paulo Hartung (ES) e Sérgio Cabral (RJ), anunciaram que vão pedir aos líderes no Congresso e às direções das duas Casas legislativas que interrompam a tramitação de projetos que possam criar despesas para os Estados, inclusive a reforma tributária. O motivo principal é a crise econômica internacional, que, segundo Aécio, os chefes dos Estados do Sudeste acompanham "com preocupação, mas não com pessimismo". O único projeto citado por eles foi o da reforma tributária.


Lacerda diz que Serra lidera "projeto de centro-direita"

O prefeito eleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirmou ontem que o PSDB de Minas Gerais é diferente do PSDB paulista ao classificar de "centro-esquerda" a aliança que o elegeu -que contou com a participação informal do partido e formal do PT- e ao chamar de "centro-direita" a aliança que apoiou Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo. "O PSDB em Minas Gerais é social-democrata. Em São Paulo, o projeto vitorioso é de centro-direita", afirmou o eleito.

Chinaglia pede alternância entre PT e PMDB

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recolocou o PT na linha de ataque ontem ao dizer que o acordo que o levou à presidência da Casa envolve o revezamento no Senado e o "diálogo partidário". As declarações do petista abrem espaço para o entendimento de que o compromisso de seu partido de apoiar Michel Temer (PMDB-SP) permite condicionar o apoio dos peemedebistas à candidatura do senador Tião Viana (PT-AC). "Eu prefiro dizer que em nenhum momento o acordo esteve para ser rompido. Quando nós [petistas] redigimos o texto [de apoio ao PMDB na Câmara], é só ler o texto com atenção, é um texto equilibrado, que permite uma negociação envolvendo Câmara, envolvendo Senado, envolvendo um diálogo partidário que passa por estes e outros caminhos. Portanto creio que qualquer vaticínio do que vai ocorrer é prematuro."

Câmara exonerou 102 servidores por nepotismo

Desde a edição da súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo nos três Poderes, 102 servidores sem concurso público da Câmara já foram exonerados por serem parentes de deputados ou de funcionários que ocupam cargo de chefia. O levantamento foi divulgado ontem pelo próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo ele, o setor de informática fez um levantamento "silencioso e eficaz" para descobrir casos de nepotismo envolvendo os 513 deputados e os funcionários. As demissões superam as do Senado, onde 86 parentes foram exonerados.


Polícia prende 15 por irregularidades em franquia dos Correios

A Polícia Federal prendeu ontem 15 pessoas em uma operação de combate a fraudes em agências franqueadas dos Correios. Houve apreensões em São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e DF. Diretores e gerentes dos Correios foram presos, sob suspeita de participação no esquema. As prisões foram feitas em São Paulo, Sorocaba, São José do Rio Preto e Campinas (SP), Juiz de Fora (MG) e Brasília. Quatro pessoas ainda estavam foragidas ontem. Foram apreendidos cinco veículos e R$ 500 mil em notas.


Justiça aceita denúncia contra quatro acusados

A Justiça Federal aceitou ontem a primeira denúncia (acusação formal) da Operação Avalanche, da Polícia Federal, que investigou três supostos núcleos criminosos independentes. Num deles, o investigado é o publicitário Marcos Valério de Souza, que é réu no mensalão. Na denúncia aceita pela juíza federal substituta Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal, dois policiais e dois empresários são acusados de tentar extorquir dinheiro de empresários paulistas. Eles ameaçam a abertura de uma investigação na PF.


Correio Braziliense

102 parentes demitidos

A Câmara já demitiu, desde a edição da súmula aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 102 funcionários por serem parentes de deputados ou de funcionários que ocupam cargos de direção na Casa. O anúncio das exonerações foi feito ontem pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). A Procuradoria da República do Distrito Federal está de olho no cumprimento da norma contra o nepotismo. Na semana passada, o Ministério Público Federal enviou ofícios para a Câmara, o Senado e o Executivo Federal querendo saber quais providências já foram tomadas para cumprir a súmula. Uma das primeiras medidas adotadas pelo presidente da Câmara quando assumiu o cargo, no ano passado, foi baixar uma resolução na Casa proibindo a prática — embora nunca tenha cobrado seu cumprimento com o rigor adotado hoje.

Candidatura Temer turbinada

As bancadas do PMDB na Câmara e no Senado chegaram a um raro consenso. Concluíram que o partido tem condições de ficar com a presidência das duas casas. Resultado do bom desempenho da legenda nas eleições municipais. A conquista de quase 1.200 prefeituras, incluindo capitais importantes como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador, transformou o partido no aliado mais cobiçado para as eleições presidenciais de 2010. Nem o Palácio do Planalto nem a oposição querem correr o risco de bater de frente com os peemedebistas nas eleições para o comando do Congresso.

Um freio na reforma tributária

Os governadores dos quatro estados do Sudeste querem adiar a discussão e aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. No dia seguinte à apresentação do relatório sobre a proposta na Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB), José Serra (São Paulo), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Paulo Hartung (Espírito Santo) reuniram-se durante pouco mais de duas horas em Belo Horizonte. Ao fim do encontro, fizeram um apelo aos parlamentares para que adiem a discussão de qualquer proposta que signifique o aumento de despesas ou a perda de arrecadação para os estados durante a crise econômica mundial.

O plano B do Planalto chama-se Roseana

O Palácio do Planalto já tem um plano B para as eleições do Senado, caso a candidatura do petista Tião Viana (AC) de fato se inviabilize: apoiar a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), atual líder do governo no Congresso, considerada uma aliada de primeira hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e adversária figadal do governador paulista José Serra (PSDB). A alternativa passou a ser considerada depois de um encontro de Lula com Roseana e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa, e Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, no começo da semana.

Vanucchi diz que tem aval de Lula

O ministro-chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, garantiu ontem que o governo não vai desistir de tentar identificar e julgar os torturadores da ditadura militar (1964-1985). Ele disse que tem o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para cobrar punição de oficiais. Segundo ele, o presidente o convenceu a aceitar o cargo, em 2005, quando avisou: “Eu já disse aos chefes militares que não vou passar para a história como o presidente que jogou uma pedra sobre esse assunto. Não estou satisfeito com o tema mortos e desaparecidos. Eu não sou responsável por essa violência, os atuais militares também não, e não temos por que encobrir”, lembrou o ministro.

Cai a quadrilha das franquias

Uma investigação em franquias da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), no interior de São Paulo, desvendou um esquema de extorsão, contrabando e fraudes em licitações envolvendo servidores públicos e empresários, que teria movimentado R$ 50 milhões nos últimos dois anos. A apuração da Polícia Federal resultou ontem na Operação Déjà Vu (já visto, em francês), desencadeada em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Quinze pessoas foram presas. Entre elas, sete funcionários da estatal, incluindo dois diretores, ex-diretores e dois ocupantes de função comissionada. Além dos Correios, a PF descobriu que a quadrilha atuava em concorrências públicas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Desvio milionário de verbas da Saúde

Uma quadrilha acusada de acumular, no mínimo, R$ 100 milhões nos últimos dois anos praticando fraudes contra a rede pública de saúde nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais começou a ser presa na madrugada de ontem pela polícia paulista. Em operação da Polícia Civil com o Ministério Público e a Secretaria de Fazenda estaduais, cinco empresários que, supostamente, comandavam a chamada “máfia dos parasitas” foram detidas após 11 meses de investigação. Elas estão sob suspeita de crimes como corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e evasão de divisas para paraísos fiscais na América e Europa.

O Globo

Paes reafirma promessas e anuncia choque de ordem

Um dia após obter do presidente Lula o compromisso de ajuda para obras importantes no Rio, o prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista ao Globo, que a marca de sua gestão será um choque de ordem. Citou a Tijuca, onde perdeu para Fernando Gabeira (PV), como uma das áreas mais afetadas pela desordem urbana. Diante da lista de suas promessas de campanha, publicadas pelo jornal, disse que pretende cumprir todas. Citou seis áreas onde quer secretários técnicos: Saúde, Educação, Fazenda, Obras, Urbanismo e Administração. Ainda assustado com o isolamento em que ficou na Zona Sul da cidade, ele desabafou: "Quer saber a minha opinião? Não entendi nada.”

Recessão bate às portas dos EUA e PIB já encolhe 0,3%

A crise nos Estados Unidos mostrou os seus sinais mais evidentes com a retração no consumo e a queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. O resultado é o pior desde 2001. Mesmo assim, o mercado não reagiu mal porque os analista esperam queda ainda maior - de 0,5%. O Dow Jones subiu 2,11%. A Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 7,47% e o dólar caiu 1,77%, fechando em R$ 2,105. Na semana, recuou 9,54%.

BC aperta bancos para liberar R$ 28 bi no crédito

O Banco Central (BC) endureceu ontem com as grandes instituições financeiras, a fim de obrigá-las a socorrer os bancos menores, que estão asfixiados pela falta de crédito. A autoridade monetária decidiu cortar a remuneração de parte do recolhimento compulsório dos depósitos a prazo, para tentar forçar a compra de carteiras de crédito, títulos e outros ativos das instituições menores pelas maiores. A medida pode liberar cerca de R$ 28 bilhões.

Correios: nova fraude lembra o mensalão

A Polícia Federal descobriu um novo esquema de fraude nos Correios e prendeu 16 pessoas, incluindo o diretor comercial da instituição. São suspeitas de desviar R$ 21 milhões. A operação foi batizada de Déjà vu (já visto, em francês) porque a atuação da quadrilha era semelhante à ação criminosa descoberta há três anos, também nos Correios, no escândalo do mensalão.

Quadrilha desvia R$ 100 milhões da Saúde em SP

Cinco empresários foram presos em SP sob suspeita de fraudar licitações para compra de remédios e equipamentos em hospitais estaduais e municipais. As fraudes somam R$ 100 milhões. O grupo agia em 21 hospitais.

Jornal do Brasil

BC aperta bancos em dia de trégua

O Banco Central editou circular em que muda as regras do empréstimo compulsório para forçar os bancos grandes a comprarem carteiras de crédito dos pequenos. Com a medida, o BC estimula as instituições menores a emprestarem. É mais uma tentativa de aumentar a circulação de crédito no mercado e enfrentar a crise internacional, que teve um dia de trégua nas bolsas: os investidores reagiram bem ao corte de juros nos EUA e ao anúncio de retração de 0,3% da economia americana - índice menor que o esperado.


Fumo passivo dá prejuízo ao SUS

O Instituto Nacional do Câncer calcula em R$ 19 milhões o gasto do SUS com o tratamento de saúde dos 2.655 não-fumantes que morrem, anualmente, em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo.

Manchetes do Bom Dia Brasil/Globo 31/10/2008

Manchetes de hoje no Bom Dia Brasil
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Halloween ou Dia das Bruxas é uma festa típica da Inglaterra, Estados Unidos e Canadá que acontece tradicionalmente todos os anos, no dia 31 de outubro.


Campeonato Brasileiro: quinta-feira de dois jogos e 'meio'

Foram quase três partidas, mas o o jogo entre Fluminense e Figueirense terminou com apenas 15 minutos, por falta de energia.



Advogada do Idec comenta o cadastro de pais de alunos inadimplentes

Atualmente, a inadimplência é de 10% a 12%, em média, entre os alunos matriculados nas escolas particulares do país.



Obama e McCain traçam estratégias finais antes da votação

Conheça também os estados fundamentais para decidir a eleição, aqueles que historicamente são determinantes.


Banco Central quer mais crédito na praça

Isso significa mais bancos emprestando dinheiro. Isso aumenta o volume de crédito em circulação na economia.


Pais reagem à decisão das escolas de punir maus pagadores

A partir de agora, o aluno inadimplente pode ir para uma lista de mau pagador. Pais e órgãos e defesa do consumidor protestaram.



Alexandre Garcia e a videoconferência na Justiça

“Outros presos podem recorrer à Justiça para ganhar o mesmo benefício, e não dá para responsabilizar o Supremo pela soltura de presos”, afirma o colunista.


Pedro Bial lança olhar sobre as eleições americanas

John McCain ou Barack Obama? O mundo assiste prendendo a respiração.


Brasil em ‘Massa’ sonha com vitória na F1

A torcida brasileira não tem dúvidas. O campeão desta temporada da Fórmula 1 já tem nome: Felipe Massa.


O Bom Dia se despede com as imagens de uma semana em que um operário ficou 32 horas preso em uma cisterna.


STF: interrogados por videoconferência podem ser soltos

Supremo julga inconstitucional lei do estado de São Paulo que permite videoconferência entre juizes e réus. Segundo o STF, o assunto exige lei federal.


Pilotos conferem pista de Interlagos antes da corrida

Nessa quinta-feira, todos tiraram onda de pedestre, porque cada detalhe é fundamental para a corrida que vale o campeonato.


Conheça a rotina dos pilotos na véspera da corrida

Faltam dois dias para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, mas já vai ter carro na pista em Interlagos nesta sexta-feira (31). É dia de treino livre e hora dos últimos ajustes.


Rubinho: ‘Acredito que a chance do Felipe exista’

Rubinho vai para a corrida de número 270 na carreira. O piloto da Honda falou sobre vários assuntos, começando pela intimidade que tem com Interlagos.


Previsão de chuva para a corrida decisiva de domingo

Além de ficar de olho nas pistas. Os brasileiros vão ficar também de olho no céu de São Paulo.

Ribeirão Preto ganha novo mercado

Ribeirão Preto ganha novo mercado
Cerca de 600 empregos serão gerados
EPTV Ribeirão

30/10/2008 - 19:14 - Ribeirão Preto ganhou, nesta quinta-feira (30), mais um espaço comercial. Um novo mercado, com capacidade opara 80 boxes, já começou a funcionar. O público terá à disposição todos os itens de primeira necessidade.

O investimento inicial foi de R$ 14 milhões, mais o valor que cada proprietário de box investiu por conta própria. A área total é de 8.879 metros quadrados em três pisos, além de um estacionamento dimensionado para acomodar 250 veículos.

A estimativa é a de que 600 novos empregos diretos sejam gerados imediatamente. Quem visitar o novo espaço poderá encontrar ainda produtos importados, restaurantes especializados em comida árabe e japonesa, choperia, tabacaria e utilidades para o lar.

O horário de funcionamento é de segunda a sábado das 8h às 20h e aos domingos e feriados das 8h às 14h. O local é a avenida Lygia Latuf Salomão, 605, Jardim Nova Aliança Sul.
Economia
De charutos a afrodisíacos. É o Mercadão da Cidade MATHEUS URENHA

De charutos a afrodisíacos. É o Mercadão da Cidade
VARIEDADES O Mercadão abre hoje e, entre segunda-feira e sábado, irá funcionar entre as 8h e as 20h. Aos domingos, abre das 8h às 14h

De charutos e revistas importadas, chope, cerveja de R$ 200 a produtos afrodisíacos. A partir de hoje, o consumidor poderá encontrar esses e outros itens nas 70 lojas do Mercadão da Cidade no bairro Nova Aliança, zona Sul de Ribeirão.

A inauguração oficial será a partir das 9h30. Ao todo, são 8.879 metros quadrados de área construída, em três pisos: térreo, mezanino e subsolo, onde estará o estacionamento coberto com capacidade para 250 vagas.

A aposta do empreendimento, de acordo com a direção, é o resgate de antigos hábitos da comunidade em relação com os vendedores e suas dicas de uso dos alimentos. Além disso, o diferencial será a diversidade de produtos frescos.

A organizadora de eventos Elaine Goldstein vive em condomínio a 500 metros do Mercadão e diz aguardar a abertura para conhecer as lojas.

“Terá uma peixaria e uma loja de temperos. Ambas atraem a mim e a minha família. Se encontrarmos produtos diferenciados lá, será muito bom”, diz.

Todos os gostos

Há opção para diferentes gostos no centro de compras. Empórios com produtos importados, restaurantes especializados em culinária árabe e japonesa, choperia, produtos diet e light, vinhos, sorveteria, pizzaria, tabacaria, utilidades para o lar e especiarias de várias regiões do país.

Serviço

Hoje, às 9h30, haverá cerimônia de abertura com a presença de autoridades no local. Às 19h, terá apresentação do Sexteto Colibri, aberta ao público.

O horário de funcionamento do Mercadão da Cidade é de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com duas horas de tolerância para saída, até as 22h.

Nos domingos e feriados, fica aberto das 8h às 14h, com tolerância também de duas horas, até as 16h.

O Mercadão da Cidade fica na avenida Lygia Latuf Salomão, 605, no Jardim Nova Aliança Sul.

Delícias do Mercadão

O que encontrar nonovo espaço de Ribeirão:

- Especialista Restaurante

- Restaurante Árabe

- Restaurante Japonês

- Mangiare Restaurante (data indefinida)

- Churrasco e Delivery

- Pizzaria Pizza Cone

- Serjão Lanches

- Sr. Chope Choperia

- Hortifruti

- Hortifruti Processado

- Frutas e Vitaminas

- Sabor da Fruta

- Peixaria

- Café Especial (data indefinida)

- Pão de Queijo e Café

- Salgateria

- Sorveteria

- Doceria

- Chocolateria

- Laticínios

- Casa de Vinhos

- Cervejas importadas/especiais

- Produtos Diet e Light

- Produtos japoneses

- Empório e bebidas importadas

- Empório Árabe

- Suplementos alimentares

- Cosmético

- Armazém Amazônico

- Artigos para Cozinha

- Utilidades domésticas

- Artesanato

- Loja de roupas

- Acessórios femininos

- Empório Afrodisíaco

- Floricultura

- Tabacaria Dona Dama

- Presentes

- Revistaria

- Casa de games

- Lan house

- Gráfica

ANGELA PEPE

Especial para A Cidade