O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, negou que a empresa tivesse pressionado o governo para autorizar uma superutilização do aeroporto de Congonhas (SP) e da frota de aviões. Em depoimento na CPI da Crise Aérea, Bologna lembrou que, atualmente, há uma média de 33 pousos e decolagens por hora em Congonhas, número que já chegou a 62 em 2001.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) questionou o fato de a TAM ter mantido o Airbus A-320 em serviço apesar dos sinais de problemas no equipamento e na pista, verificados antes do acidente do último dia 17. Bologna respondeu que a TAM tem aviões reservas e suspenderia o vôo se não considerasse a aeronave segura. Ele reafirmou que a existência de um reverso pinado (travado) não é razão para impedir que um avião levante vôo. Informou também que a aeronave havia passado por uma longa manutenção em 2006 e somente passaria novamente por esse procedimento em 2008.
Já o deputado Ivan Valente (Psol-SP) questionou o presidente da TAM sobre o fato de a empresar possuir "sete mandamentos", sendo que o primeiro deles é o lucro acima de tudo. Bologna respondeu que, na verdade, os mandamentos da TAM não têm hierarquia, ou seja, um não é mais importante que o outro.
A reunião da CPI prossegue no plenário 2.
Fonte: Agência Câmara