Empregada doméstica é condenada por assassinato de estudante
De A Tribuna On-line
O Tribunal do Júri de Brasília condenou nesta madrugada a 58 anos de prisão a empregada doméstica Adriana de Jesus Santos, de 24 anos, por homicídio triplamente qualificado, atentado violento ao pudor, estupro e ocultação de cadáver. A sentença foi anunciada por volta das 5 horas desta terça-feira, após 19 horas de julgamento. Adriana de Jesus e o caseiro Bernardino do Espírito Santo Filho, o Júnior, de 33 anos, foram acusados de matar a estudante Maria Cláudia Del'Isola, em dezembro de 2004. Aos 19 anos, a universitária foi morta a golpes de pá dentro de casa, no Lago Sul, bairro de classe média alta de Brasília. O corpo foi encontrado enterrado embaixo de uma escada da casa onde morava. Na época, a doméstica confessou participação no crime, mas acusou o então namorado, o caseiro Bernardino do Espírito Santo Filho, de ter estuprado, matado e enterrado a jovem. A pedido da promotoria, o julgamento do caseiro foi adiado para o dia 10 de dezembro. O crime comoveu parentes e amigos da família da jovem. Cerca de 250 pessoas lotaram o plenário do Tribunal do Júri para assistir ao julgamento. A promotoria convenceu os jurados de que Adriana de Jesus Santos participou diretamente do assassinato de Maria Cláudia. Já a defesa tentou a tese de que a empregada doméstica teria sido ameaçada pelo caseiro Bernardino do Espírito Santo Filho. Ainda cabe recurso à decisão. Durante a sessão foram exibidos vídeos com reportagens sobre o assassinato de Maria Cláudia. Um deles com depoimentos de parentes e amigos da vítima. Três testemunhas foram ouvidas, todas de acusação. Um policial civil, que disse que, enquanto esteve presa na delegacia, Adriana de Jesus se mostrou arrogante e fria ao comentar sua participação no crime.
Jornal de Brasília |
O caseiro Santo Filho |