Jovem diz ter visto Madeleine na França

Os pais da garota britânica Madeleine McCann, desaparecida desde maio de 2007, ganharam uma nova esperança: uma jovem holandesa diz ter visto uma criança muito parecida com Maddie em um café na cidade de Montpelllier, no sul da França. A jovem teria afirmado ainda que chamou a britânica pelo nome, e que Madeleine teria reagido.

Mas um homem imediatamente a levou embora, segundo conta a testemunha holandesa. A polícia francesa estuda as imagens das câmeras de segurança do lugar.

Um porta-voz da família McCann disse que a notícia é "encorajadora".

Madeleine desapareceu do quarto do hotel onde a família passava férias no Algarve, no sul de Portugal, no dia 3 de maio do ano passado. Neste momento, os pais dela jantavam com amigos no restaurante do hotel.

Investigação

O ministro da Justiça português, Alberto Costa, disse na semana passada que a conclusão do caso Madeleine McCann está perto, durante uma Comissão Parlamentar solicitada pelo conservador Partido Popular (CDS-PP) sobre a menina britânica. A afirmação reforça o que foi dito por analistas judiciais.

"Avançamos rumo a conclusão do processo", assinalou Costa, que compareceu ao Parlamento para explicar por que manteve no cargo o chefe da Polícia Judiciária (PJ), Alipio Ribeiro, após este admitir que se precipitou ao declarar suspeitos os pais de Madeleine.

Costa não esclareceu, no entanto, se a conclusão do processo significa seu arquivamento por falta de provas para implicar alguns dos suspeitos oficiais - o casal McCann e o cidadão britânico Robert Murat- ou se as investigações da PJ avançam para o esclarecimento do caso.

O ministro português apontou que "o curso do processo não foi afetado pelas declarações" de Ribeiro, que, em entrevista, afirmou que "houve uma certa precipitação" ao declarar os McCann suspeitos formais.

Costa disse que "não podem ser criadas discussões que incidam na evolução do processo", em resposta ao deputado do CDS-PP Nuno Melo.

Além disso, disse que decidiu manter Ribeiro no cargo por se tratar de "uma pessoa com experiência" e pelo interesse geral para a corporação policial e todos os que trabalham nela.

"São pessoas com experiência e madura que não são desmotivadas por palavras discutíveis", esclareceu em referência às manifestações de Ribeiro, que segundo a imprensa, teriam desestimulado alguns dos investigadores encarregados do desaparecimento da menina britânica.

Costa ressaltou que manter a Ribeiro no cargo era seu dever e que outra decisão teria causado inconvenientes.

Ele rejeitou a hipótese de que Ribeiro teria violado o segredo judicial com suas palavras, além de ressaltar que se isso tivesse ocorrido, teria sido aberta uma investigação sobre o caso. As informações são do G1, da Globo.