Protesto contra acidente da TAM reúne até 850 pessoas

Parentes de vítimas do acidente do vôo TAM JJ3054, com um Airbus na pista do aeroporto de Congonhas, que matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007, realizam uma passeata neste domingo (17). Os manifestantes saíram do parque do Ibirapuera por volta das 15h com destino a Congonhas.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, há cerca de 700 pessoas na manifestação, mas os organizadores, a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), estima que sejam 850 participantes.

Por volta das 15h50, a passeata ocupava duas faixas da avenida Rubem Berta, deixando o trânsito lento na região até o Viaduto Tutóia. De acordo com a CET, a caminhada está sendo monitorada por agentes da Companhia e as vias vão sendo bloqueadas conforme o deslocamento dos manifestantes, por medida de segurança.

O trajeto da "Caminhada pela Vida, Verdade e Justiça" percorrerá as avenidas Pedro Álvares Cabral, Rubem Berta, o viaduto José Muniz e a Avenida Washington Luís até o local do acidente, em frente ao terreno onde ficava a TAM Express. Às 17h acontecerá um ato ecumênico, com a participação do padre Antônio Maria. É esperada a presença do presidente da TAM, David Barioni.

Os familiares das vítimas, vestidos de preto, portam cartazes com fotos, nomes e mensagens de protesto. Há também distribuição de panfletos questionando a morosidade da Justiça, a política de segurança da companhia aérea e o "jogo de empurra" entre a Infraero, administradora dos aeroportos, e a Agência Nacional de Aviação Civil em relação à apresentação de documentos importantes para o inquérito policial - como o relatório dos exames da pista de Congonhas após o acidente, que ainda não teria sido liberado.


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Parentes entram pela 1ª vez no local do acidente da TAM
São Paulo - A "Caminhada pela Vida, Verdade e Justiça", organizada por parentes de vítimas do vôo JJ3054, da TAM, que caiu no aeroporto de Congonhas em julho do ano passado, reuniu mais de 500 pessoas na tarde de hoje em São Paulo, segundo estimativas da Polícia Militar. A previsão inicial da CET era de que pelo menos 700 pessoas participaram do encontro, enquanto a organização estimava um número de até 850 manifestantes. Organizada com o objetivo de sensibilizar a sociedade para exigir soluções sobre a falta de segurança no transporte aéreo brasileiro, a manifestação saiu do Parque do Ibirapuera por volta das 15 horas e chegou ao antigo terreno da TAM Express, local do acidente com o Airbus da TAM, por volta das 16h30. Essa foi a primeira vez em que familiares das vítimas da tragédia tiveram acesso ao local.

Dentre as poucas autoridades presentes, estavam o secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luís Antonio Marrey, e o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). "Viemos aqui para dar nosso apoio aos familiares", disse Marrey. Questionado sobre o que achava de o governo federal ter voltado atrás em relação a uma série de restrições à operação do aeroporto de Congonhas, o secretário disse que não opinaria sobre questões federais.

O secretário de Justiça ressaltou, no entanto, que está atento às investigações sobre as causas do acidente. Essa, aliás, é uma das principais reclamações dos parentes das vítimas da tragédia. De acordo com o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, que perdeu a filha Thais no acidente, a polícia tem tido dificuldade em acessar informações técnicas importantes e concluir o processo de apuração dos responsáveis pela tragédia.

Bastante emocionados, os participantes estavam vestidos de preto, portando fotos dos familiares mortos, além de cartazes com críticas ao governo federal. Depois da distribuição de rosas brancas, os manifestantes assistiram a um ato ecumênico no local do acidente, que contou com a participação de representantes da igreja católica, além das religiões espírita, luterana e judaica. O ato durou cerca de uma hora e era interrompido a cada instante pelo barulho dos aviões que decolavam ou pousavam em Congonhas, do outro lado da rua.

Para o próximo encontro da associação, marcado para os dia 29 e 30 de março, é esperada uma decisão sobre a criação de uma Câmara de Conciliação para negociar extrajudicialmente indenizações pelo acidente, de acordo com Scott. Antes disso, dia 28 do próximo mês, o grupo deve se reunir com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a intenção de cobrar a liberação de documentos que estariam em posse da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).(Beth Moreira)

http://www.ae.com.br/institucional/ultimas/2008/fev/17/175.htm

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