Foto: TV Morena
Segundo as investigações, os estelionatários se passavam por assessores de políticos e diziam que tinham dólares, que seriam de sobras de caixa dois de campanhas eleitorais, e que precisavam trocar por reais. Para seduzir as vítimas, ofereciam a moeda americana por uma cotação bem abaixo do mercado. Segundo a PF, a quadrilha atuou em oito Estados e movimentou mais de R$ 5 milhões. De acordo com a polícia, quando as vítimas efetuavam o pagamento, os suspeitos mudavam de telefone e de endereço.
Alves preside a Câmara de Vereadores do município situado na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a 420 km de Campo Grande. Os depósitos somaram R$ 28,5 mil e foram feitos em agências de Porto Murtinho e Bela Vista, outro município fronteiriço.
O vereador negou ter recebido oferta de dólares a cotação mais baixa que a praticada no mercado. "A cotação que me ofereceram era normal, a R$ 1,78, ninguém nunca falou de caixa dois. Fui vítima de um golpe", defendeu-se Alves.
Alves é mencionado em uma conversa telefônica gravada pela Polícia Federal onde dois integrantes da quadrilha, presos pela Polícia Federal, afirmam que o vereador queria o dinheiro de volta, que seria da prefeitura.
"Os R$ 28 mil têm origem, não sou louco, sou conhecedor das leis, não tem nada de prefeitura, isso apareceu na conversa entre os dois da quadrilha, nunca disse que o dinheiro era de prefeitura", afirmou.
Segundo sua versão, os dólares serviriam para oferecer como "sinal na compra de um imóvel em São Paulo". Ele não explicou a razão da suposta operação imobiliária ter de ser feita em moeda estrangeira.
Fonte:Terra