Conversa com Bial 25-06 - Maria Alcina e Andre Barcinski sobre as maracutaias do pop brasileiro dos anos 1980

sabado 26 de junho de 2021 01∶15 

Globo - Conversa com Bial


Cantores playback, artistas fabricados e gringos falsos: conheça os truques da música pop dos anos 1980

Inspirada no lado obscuro da música pop oitentista, série "Hit Parade" é tema do programa de sexta-feira, 25/6

Cantores playback, artistas fabricados e gringos falsos: conheça os truques da música pop dos anos 1980



Reprodução/TV Globo

Produção do Canal Brasil disponível no Globoplay, a série Hit Parade explora as maravilhas e maracutaias do pop brasileiro dos anos 1980, época de efervescência criativa em que a indústria musical se profissionaliza. Desviadas da MPB, gravadoras deitam e rolam: fabricam ídolos, clonam grupos, recorrem a rostinhos bonitos que dublam cantores de estúdio. Essas histórias fazem parte do universo da série, que é assunto do Conversa com Bial de sexta-feira, 25/6. Quem participa é criador, André Barcinski, e a cantora que está no seriado como atriz, Maria Alcina.

Barcisnki conta que queria mostrar um outro lado dos anos 1980. “Foram, claro, os anos da Blitz, Armação Ilimitada, essa coisa de neon, alegria, mas não foi só isso”, pontua, "foi uma época de muita droga, uma época em que a música brasileira sofreu muito com jabá, com as gravadoras pararem de investir nos artistas menores ou que vendiam menos."



Cantora e atriz Maria Alcina conversa com Pedro Bial — Foto: Reprodução/TV Globo

Entre os exemplos das contravenções feitas por gravadoras, ele cita o caso de Sidney Magal, que vinha da tradição da Bossa Nova, mas teve que incorporar uma personalidade diferente. "A história do Magal é muito bacana. Ele foi transformado em cigano por um produtor argentino, o Roberto Livi.”

Outro exemplo é o Gengis Khan falso: banda germânica com integrantes de várias partes do mundo que, para ser vendida no Brasil, foi clonada. Quem assistiu ao grupo na TV nessa época, assistiu a uma réplica. "O Gengis Khan alemão estourou no fim dos anos 1970 e a gravadora RGE, que lançou o disco no Brasil, tinha que montar uma banda para tocar nos programas de auditório, pra divulgar o disco.”

“O Gengis Khan original não vinha para o Brasil, então eles montaram essa banda que não tem australiano e inglês nenhum. É um argentino, um uruguaio e duas brasileiras."

A conversa é hoje, depois do Jornal da Globo.