EFE
Os detetives particulares que procuram a menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu em Portugal em 3 de maio, têm certeza de que a criança está viva e estão perto de localizar o seqüestrador, afirma hoje o jornal "Sunday Mirror".
Em declarações publicadas hoje no jornal britânico, Francisco Marco - responsável da agência privada de investigadores Método 3, com sede na Espanha - disse que tem certeza de que a menor ainda está viva.
"Temos certeza de que (Madeleine) foi seqüestrada. Estamos muito, muito perto de encontrar o seqüestrador", afirmou Marco, contratado pelos pais da menina, Gerry e Kate McCann.
Marco acredita que Madeleine foi seqüestrada em uma operação cuidadosamente planejada, diz saber o local onde está e insiste em que sua empresa está perto de descobrir o que aconteceu com a criança.
No entanto, o responsável da Método 3 não quis dizer em que país Madeleine pode estar, mas os McCann sempre insistiram em que suspeitam que ela pode estar no Marrocos. Ele também não explicou por que ainda não pegou os seqüestradores.
O "Sunday Mirror" diz saber a identidade dos três suspeitos, mas decidiu não publicar os nomes para não prejudicar a investigação.
O porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, disse que a família está animada com esta informação, mas mantém a cautela, já que outras pistas não levaram ao paradeiro da menina.
Segundo Marco, uma mulher ofereceu novas informações, consideradas cruciais no caso.
Esta pessoa, cuja identidade não foi revelada, disse ter visto uma menina pequena parecida com Madeleine em uma caminhonete no centro de Portugal, dois dias depois de a menina britânica desaparecer de um centro de férias no Algarve, no sul de Portugal.
A criança - acrescenta o dominical - estava sentada junto com uma mulher dentro do veículo, enquanto um homem estava do lado de fora.
Esta testemunha conseguiu identificar a mulher de uma série de fotografias que os investigadores da Método 3 mostraram, já que essa mulher já estava vinculada ao caso "Maddie".
O homem visto perto da caminhonete tem descrição parecida com o suspeito que Jane Tanner, amiga dos McCann, disse ter visto na noite em que Madeleine desapareceu na Praia da Luz, no Algarve.
Segundo o "Sunday Mirror", um terceiro homem também estaria envolvido. Ele seria a pessoa que observou como os McCann cuidavam de seus filhos e os deixaram dormindo no quarto enquanto jantavam em um restaurante do complexo turístico.
Os McCann, que vivem em Rothley (centro da Inglaterra), contrataram Marco há dois meses.
Madeleine desapareceu do quarto onde dormia com os irmãos gêmeos de dois anos enquanto seus pais jantavam em um restaurante do centro de férias onde estavam.
Em setembro, a polícia portuguesa declarou os McCann suspeitos do desaparecimento de Madeleine, o que o casal negou categoricamente.
Mãe de Madeleine se recusa a passar pela 'máquina da verdade
Londres - Kate McCann, mãe da menina britânica Madeleine, que desapareceu no sul de Portugal no último dia 3 de maio, se negou a realizar o teste com a "máquina da verdade", apesar de ter aceitado fazer em setembro, junto com seu marido.
Don Cargill, presidente do British and European Polygraph Association, disse que os pais da Madeleine, Kate e Gerry McCann, exigem que uma série de condições impossíveis sejam cumpridas para que os dois realizem o teste.
"Kate disse que queria provar sua inocência, mas na realidade não se disponibilizou" a fazer o teste, disse Cargill.
Os pais da menina disseram através de um porta-voz, segundo um comunicado publicado pelo jornal Sunday Express, que não têm intenção de se submeterem a esse teste já que o sistema "não é admitido pela legislação portuguesa".
A menina Madeleine desapareceu dia 3 de maio no sul de Portugal, quando estava em seu quarto no complexo turístico de Ocean Club, na Praia da Luz, enquanto seus pais jantavam em um restaurante junto com um grupo de amigos.
Amiga de mccann afirma ter visto homem levar Madeleine
Jane Tanner, amiga de Kate e Gerry McCann, afirma ter visto Maddie a ser levada do apartamento do The Ocean Club no dia do seu desaparecimento. Tanner faz parte do grupo de sete amigos que estava a jantar com o casal britânico no dia 3 de Maio.
Jane Tanner quebrou pela primeira vez o silêncio, afirmando que viu um homem a sair do apartamento com uma criança adormecida nos braços às 21.15, ou seja, 45 minutos antes de Madeleine ser dada como desaparecida, segundo revelou o Times 0nline.
A amiga do casal, que tinha ido ao quarto para ver como estava a sua própria criança, acrescentou ainda que está muito arrependida e com remorsos por não ter feito aquela associação na altura.
Os detectives querem voltar a entrevistar Jane Tanner e o seu companheiro, Russel O'Brien, para apurar algumas incoerências nos seus testemunhos sobre o que aconteceu no dia do desaparecimento. O Times adianta ainda que é possível que ambos sejam oficialmente considerados suspeitos no caso, garantindo à polícia a possibilidade de colocar questões incriminatórias, de modo a que esteja presente o seu advogado.
A amiga de 37 anos dos McCann voltou a repetir que fez tudo o que estava ao seu alcance para ajudar a polícia e afirmou que apenas decidiu falar primeiro com a imprensa para não ser chamada de "mentirosa e fantasiosa", segundo o mesmo jornal.
O Times adianta mesmo que Jane Tanner foi capaz de dar uma descrição pormenorizada do homem, apesar de apenas o ter visto de costas. As roupas do alegado raptor e as da criança que ele levava foram descritas em pormenor. O homem teria 1,70 metros e seria magro.
"Eu sei o que vi", afirmou Jane Tanner. "Acho que é importante as pessoas saberem o que eu vi, porque eu acredito que a Madeleine foi mesmo raptada." No mês passado, Kate e Gerry McCann mostraram os desenhos de um homem, elaborados por um especialista do FBI, que tiveram por base as discrições de Jane Tanner.
Polícia deixa de enviar evidências do caso Madeleine para análise em laboratório
A polícia portuguesa, que investiga o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, deixou de enviar para análise em laboratório amostras coletadas na cama onde a criança dormia na noite em que foi vista pela última vez.
Segundo informou hoje o jornal luso "24 Horas", citando fontes de um laboratório forense português, os detetives perderam a possibilidade de encontrar fibras de roupas ou inclusive amostras de DNA do seqüestrador.
Essa fonte disse também que metade das evidências necessárias para determinar o que aconteceu a Madeleine não foi examinada. Apenas restos de pele da menina foram enviados ao laboratório forense, acrescentou.
"É óbvio que teria sido melhor se tivessem enviado os lençóis, fronhas, almofadas e inclusive o colchão", destacou a fonte. "Alguma pista importante poderia ter sido encontrada", afirmou.
A polícia portuguesa admitiu que toda a evidência forense de DNA foi contaminada porque o apartamento do complexo hoteleiro Ocean Club da Praia da Luz (no sul de Portugal), de onde desapareceu Madeleine, "se encheu de gente e não foi isolado imediatamente".
Ontem, o advogado inglês Anthony Bennett, de 60 anos, abriu na Justiça um processo contra os pais da menina, os médicos Kate e Gerry McCann, acusando-os por "negligência de menores".
Bennett defende que o casal deve ser condenado no Reino Unido por ter deixado seus três filhos sozinhos em um hotel de Portugal.
Segundo a versão de seus pais, Madeleine, de quatro anos, desapareceu na noite do dia 3 de maio quando dormia com seus dois irmãos, os gêmeos Sean e Amelie, de dois anos.
A polícia portuguesa, porém, trabalha com várias hipóteses de investigação, incluindo homicídio involuntário.
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