Na tarde de segunda-feira, a mãe de Gabriel, Maria Jerônima, pegava água em uma bica d’água que fica no local. O garoto e seus dois irmãos, que também estavam no local, brincavam nas redondezas. Ao tentar pegar pequenos peixes existentes no piscinão, Gabriel caiu na água e Maria, sem pensar duas vezes, se jogou para salvá-lo. A mulher ainda foi auxiliada pelo motorista do Comércio, Wilson Batista, e por populares que estavam na região. Todas as cenas, o desespero e a coragem da mãe foram registradas pelo fotógrafo do jornal Tiago Brandão e ganharam o mundo.
Depois da repercussão que as fotos de Maria Jerônima salvando seu filho ganharam em todo o País, Wilson Teixeira, secretário de Planejamento Urbano, disse que se a Habitat não cumprir o determinado, a Prefeitura fará o serviço, e depois cobrará a ação com juros. “Vamos esperar o prazo de 24 horas. Se não der resultado, nós limpamos a área, bombeamos a água e cercamos o local. Depois vamos cobrar da Habitat 20% a mais pelos serviços”.
AS FOTOS
O repórter fotográfico Tiago Brandão registrou a impressionante seqüência de imagens, que foram reproduzidas em sites, jornais e emissoras de TV em todo o País. Entre outros, os jornais O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e Diário de São Paulo, as emissoras de televisão EPTV, Bandeirantes, Record, SBT e Globo, além dos sites Terra, Globo.com e UOL divulgaram as imagens do Comércio. Na tarde de ontem, o repórter Rodolfo César, que escreveu a matéria, e o motorista Wilson Moura, que ajudou no salvamento, participaram ao vivo do programa Pra Valer, de Claudete Troiano, na TV Bandeirantes.Joelma Ospedal, editora-chefe do Comércio, acredita que o registro das imagens exigiu perícia e muito raciocínio por parte do fotojornalista. “Além da capacidade técnica, foi preciso raciocínio rápido para avaliar a situação e concluir que as fotos seriam possíveis sem prejuízos à vida do garoto”, disse.O motorista Wilson, que acompanhava Tiago e tirou Gabriel da água, sintetiza o acontecido. “O Tiago viu que eu estava pronto a ajudar a mulher, e que haviam outras pessoas por perto. Depois disso, o instinto profissional fez com que ele continuasse as fotos enquanto nós ajudávamos”, completou.
Além da sujeira e da profundidade, no poço há barras de ferros enferrujadas. Todas as dificuldades, contudo, não impediram Maria de pular. "Tinha que pular, era o único jeito de salvar meu filho. Aquilo está horrível".
Após agarrar o garoto pela cintura, ela tentava se segurar, mas os ferros retorcidos estavam escorregadios. "Ela ficava na superfície por um tempo, depois afundava", lembrou o motorista do Comércio, Wilson Batista de Moura, que estava no local antes de acontecer o acidente, acompanhando o repórter-fotográfico Tiago Brandão, que fazia fotos da bica.
Wilson e mais um homem que aguardava para levar água ajudaram a retirar Gabriel e a mãe do poço. "Eu pedia para ela soltar o filho porque eu o segurava, mas ela parece que não acreditava e permanecia agarrada ao garoto, mesmo afundando", afirmou o motorista.
Depois de resgatado, Gabriel chegou a desmaiar. Levado pela ambulância da Defesa Civil ao Pronto-Socorro Infantil, o garoto foi submetido a um raio-x, mas não foi constatada água nos pulmões. O médico prescreveu apenas antibiótico para evitar infecções.
"Será que a gente só se afoga ou morre se cair lá dentro? Eu não gosto de morrer", disse Gabriel, sentado no colo da mãe. Ele sofreu arranhões no rosto e no pescoço devido às barras de ferro, mas passa bem. A Defesa Civil interditou a construção, inacabada há anos.
Após agarrar o garoto pela cintura, ela tentava se segurar, mas os ferros retorcidos estavam escorregadios. "Ela ficava na superfície por um tempo, depois afundava", lembrou o motorista do Comércio, Wilson Batista de Moura, que estava no local antes de acontecer o acidente, acompanhando o repórter-fotográfico Tiago Brandão, que fazia fotos da bica.
Wilson e mais um homem que aguardava para levar água ajudaram a retirar Gabriel e a mãe do poço. "Eu pedia para ela soltar o filho porque eu o segurava, mas ela parece que não acreditava e permanecia agarrada ao garoto, mesmo afundando", afirmou o motorista.
Depois de resgatado, Gabriel chegou a desmaiar. Levado pela ambulância da Defesa Civil ao Pronto-Socorro Infantil, o garoto foi submetido a um raio-x, mas não foi constatada água nos pulmões. O médico prescreveu apenas antibiótico para evitar infecções.
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REPERCUSSÃO
Mãe que salvou filho de afogamento revisita local
Menino de 7 anos caiu em poço de 4 metros de profundidade em Franca
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A sapateira Maria Jerônima Campos, de 36 anos, que pulou em um reservatório de água na segunda-feira (22) para salvar o filho, Gabriel Marcos Campos, de sete anos, revisitou o local do drama nesta terça-feira (23). Ela viveu um pesadelo: viu o filho se debatendo em um poço com 4 metros de profundidade. Mesmo sem saber nadar, ela se jogou assim mesmo na água e conseguiu salvar o menino .
Nesta terça-feira, mãe e filho voltaram ao local. Gabriel não desgrudou da mãe um minuto. “Não consegui nadar porque era fundo. Fundo eu não consigo”, disse o garoto. “Eu estava pegando a água, mas de costas. Aí ele caiu”, contou a mãe. Quando já estavam quase indo embora, um encontro emocionado. Wilson Batista é o motorista que trabalhava com o fotógrafo. É dele a mão que aparece na foto puxando Maria para fora da água. “Eu também tenho criança pequena e também são gêmeos. Então eu senti na hora como se fossem os meus que estivessem ali”, afirmou o motorista.