Sem chances de recuperar a medalha de ouro antes assegurada e perdida no tapetão, Bernardo Arndt, 40, anunciou que vai se despedir da classe hobie cat 16, na qual velejava desde 2001. "Vou botar o barco à venda'', disse o velejador.
"Não quero mais ver essas pessoas na minha frente. O hobie cat para mim acaba aqui'', disse o velejador, que corria com Bruno Oliveira, 19, e perdeu o ouro, que já era matematicamente seu, devido a um protesto de cinco rivais. Ele desistiu do Mundial, que será em outubro.
Ontem ele ainda tentou revidar. O primeiro alvo foi o barco porto-riquenho, formado por Enrique Figueroa e Carla Malatrasi, que apontou no hobie cat nacional a presença no mastro de uma roldana de alumínio, em vez de fibra de carbono.
"O Figueroa tem um cabo de desvire mais fino que o estabelecido nas especificações da classe", disse Arndt, que depois teria seu protesto recusado pela comissão de decisões.
De acordo com o chefe de medições, o argentino Alexander Armín, a irregularidade era o fato de que mastro e roldana eram de materiais diferentes.
Segundo a regra, ou o par devia ser todo de alumínio ou todo de fibra de carbono. Contra a outra defesa de Arndt, o fato de ter sido aprovado pela medição oficial, Armín disse que normalmente não há tempo para cumprir toda a extensa lista de medições.