Cuba revela atraso esportivo brasileiro

A Rede Globo de Televisão deu enorme destaque ao fato de atletas de Cuba terem retornado ao seu País, deixando para trás cerimônia de entrega de medalhas e a festa de encerramento dos XV Jogos Pan-americanos, domingo, no Rio de Janeiro. Coisa de Fidel Castro, o velho ditador. Sábado, domingo e hoje, a ênfase da televisão foi a possibilidade de novas deserções de atletas cubanos, fato que teria motivado a antecipação de retorno, por ordem do ditador. Antes, quatro abandonaram a delegação de Cuba.

Sou contra qualquer ditadura, mas bem que a Rede Globo de Televisão poderia fazer comparação sobre os resultados dos jogos e os melhores classificados. Estados Unidos, o melhor, com 97 medalhas de ouro, 88 de prata, 52 de bronze e, assim, 237 no total. Cuba aparece em segundo lugar com 59 medalhas de ouro, 35 de prata. 41 de bronze e o total de 135. O Brasil ficou em terceiro, pela primeira vez à frente do Canadá, com 54 medalhas de ouro, 40 de prata e 67 de bronze, somando um total de 161.

A diferença vem das medalhas de ouro: Cuba, 59; Brasil, 54. Estados Unidos à parte, a mais importante potência mundial, seria bom mostrar ao Brasil outras informações, além da possibilidade de deserção dos cubanos.

O Brasil tem cerca de 189 milhões de habitantes e uma área com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. Cuba tem uma população estimada em 11.308.764 (dados de 2004) e uma área de aproximadamente 111 mil quilômetros quadrados – é um arquipélago, que vive rígido embargo comercial dos Estados Unidos, seus vizinhos, desde 1962.

Bastam tais dados para que façamos um debate sobre o nosso atraso esportivo em comparação à Cuba. Há outros indicadores para discussão: Cuba tem um PIB muito, muito, inferior ao Brasil: US$ 30,2 bilhões/ano (estimativa de 2003). PIB per capita: US$ 2.673 (portanto, superior ao do Brasil) Desemprego: 2,6% (estimativa de 2003), tudo segundo dados do Ministério de Relações Exteriores brasileiro (http://www2.mre.gov.br/dcc/cuba.htm).

A pauta de exportações de Cuba, que revela sua limitação comparativa diante do nosso país, é formada por açúcar, níquel, tabaco, pescados, produtos farmacêuticos, cítricos e café, vendidos especialmente para a Holanda, Rússia, Canadá, Espanha, China. A de importações é formada por petróleo, alimentos, maquinaria, químicos, comprados da Espanha, China, Itália, França, México, Canadá, Estados Unidos e Brasil.

O ditador Fidel Castro criou e mantém uma das poucas repúblicas socialistas do mundo, desde a revolução popular que liderou em 1959. Não há liberdade política, nem democracia. Ao mesmo tempo, 85% da população cubana é dona de sua residência e não paga impostos por isso. Os 15% restantes pagam aluguéis irrisórios e ao fim de certo período recebem a propriedade como posse.
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