Marisa diz que relatório foi uma demonstração de liberdade
O Conselho de Ética do Senado aprovou no início da tarde desta quarta-feira, por 11 votos a 4, o relatório de Marisa Serrano (MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) que pede a cassação do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Antes da votação, Marisa rebateu o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). Aliado de Renan, o peemedebista afirmou não haver indícios de quebra de decoro parlamentar do companheiro de partido e tentou desqualificar o relatório.
Na avaliação de Marisa, o texto produzido em conjunto com Casagrande não pode ser visto como um ato de deslealdade ou como mentira, como sugeriu Salgado. "O relatório é feito sobre os atos e autos que recebemos ao longo do processo. O Senado deverá preservar sempre a altivez e a liberdade de um parlamentar poder emitir suas conclusões em um processo como este", afirmou. Ela rechaçou ainda as acusações feitas por Salgado de que a relatoria da comissão teria atribuído funções incorretas ao lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. "Foi o próprio Gontijo que revelou à esta comissão que sua atividade consistia na intermediação entre os órgãos do governo e as questões da sua empresa em termos financeiros. Ele se auto-denominou lobista", destacou.
A senadora também criticou a acusação de que os relatores teriam responsabilizado Renan por irregularidades cometidas por pessoas ligadas a ele. "Ninguém neste Conselho questionou o direito de uma pessoa nutrir uma ou outra amizade. Este é um caso específico, sensível e preocupante. Trata-se de senador da República e presidente desta Casa. Por essa razão, ele [Renan] tinha a obrigação de ser mais cuidadoso com os amigos que colocava para ser intermediário dos seus negócios", enfatizou.
Ainda segundo Marisa, ao contrário do que Salgado teria afirmado em seu voto, o presidente Renan foi, sim, autor de uma emenda de R$ 2 milhões - documentada pelo Senado - que beneficiou a construtora. A senadora lembrou que no ano seguinte, o governo mandou uma medida provisória para o Senado, já sob o comando de Renan, empenhada e paga ainda em 2006, no valor de R$ 15 milhões também para a Mendes Júnior destinados a reforma de um porto em Alagoas. "Esse valor serviu para complementar a emenda anterior. É no mínimo estranho que uma emenda oriunda do senador Renan volte para esta Casa em forma de medida provisória para beneficiar a mesma construtora", contestou.
Segundo Marisa, outro ponto levantado pelo senador mineiro diz respeito aos recursos pagos por Renan à jornalista Mônica Veloso. "Durante todo o processo, o senador Renan não foi capaz de comprovar ao Conselho de Ética que ele mesmo teria pago a jornalista", lembrou.
Marisa afirmou ainda que o senador Renan por diversas ocasiões omitiu seu envolvimento com a locadora de carros Costa Dourada. "O senador Renan faltou com a verdade neste Conselho quando só admitiu a participação da empresa ao ser questionado pela PF. Em momento algum, Renan abriu o seu sigilo na Mesa do Senado como afirma. Se o tivesse feito, teríamos conhecimento de seu envolvimento com a empresa no primeiro momento do processo", ressaltou.
Por fim, Marisa disse que a relatoria do Conselho se ateve estritamente aos documentos contábeis do senador Renan. "Fico muito tranqüila para dizer à sociedade brasileira que fizemos um relatório absolutamente imparcial, estruturado em cima da ética e do decoro. Se a utilização de um lobista que tinha claros interesses empresariais em assuntos legislativos ou pessoais não for quebra de decoro, não sei o que poderia ser", concluiu.
O Conselho de Ética do Senado aprovou no início da tarde desta quarta-feira, por 11 votos a 4, o relatório de Marisa Serrano (MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) que pede a cassação do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Antes da votação, Marisa rebateu o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). Aliado de Renan, o peemedebista afirmou não haver indícios de quebra de decoro parlamentar do companheiro de partido e tentou desqualificar o relatório.
Na avaliação de Marisa, o texto produzido em conjunto com Casagrande não pode ser visto como um ato de deslealdade ou como mentira, como sugeriu Salgado. "O relatório é feito sobre os atos e autos que recebemos ao longo do processo. O Senado deverá preservar sempre a altivez e a liberdade de um parlamentar poder emitir suas conclusões em um processo como este", afirmou. Ela rechaçou ainda as acusações feitas por Salgado de que a relatoria da comissão teria atribuído funções incorretas ao lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. "Foi o próprio Gontijo que revelou à esta comissão que sua atividade consistia na intermediação entre os órgãos do governo e as questões da sua empresa em termos financeiros. Ele se auto-denominou lobista", destacou.
A senadora também criticou a acusação de que os relatores teriam responsabilizado Renan por irregularidades cometidas por pessoas ligadas a ele. "Ninguém neste Conselho questionou o direito de uma pessoa nutrir uma ou outra amizade. Este é um caso específico, sensível e preocupante. Trata-se de senador da República e presidente desta Casa. Por essa razão, ele [Renan] tinha a obrigação de ser mais cuidadoso com os amigos que colocava para ser intermediário dos seus negócios", enfatizou.
Ainda segundo Marisa, ao contrário do que Salgado teria afirmado em seu voto, o presidente Renan foi, sim, autor de uma emenda de R$ 2 milhões - documentada pelo Senado - que beneficiou a construtora. A senadora lembrou que no ano seguinte, o governo mandou uma medida provisória para o Senado, já sob o comando de Renan, empenhada e paga ainda em 2006, no valor de R$ 15 milhões também para a Mendes Júnior destinados a reforma de um porto em Alagoas. "Esse valor serviu para complementar a emenda anterior. É no mínimo estranho que uma emenda oriunda do senador Renan volte para esta Casa em forma de medida provisória para beneficiar a mesma construtora", contestou.
Segundo Marisa, outro ponto levantado pelo senador mineiro diz respeito aos recursos pagos por Renan à jornalista Mônica Veloso. "Durante todo o processo, o senador Renan não foi capaz de comprovar ao Conselho de Ética que ele mesmo teria pago a jornalista", lembrou.
Marisa afirmou ainda que o senador Renan por diversas ocasiões omitiu seu envolvimento com a locadora de carros Costa Dourada. "O senador Renan faltou com a verdade neste Conselho quando só admitiu a participação da empresa ao ser questionado pela PF. Em momento algum, Renan abriu o seu sigilo na Mesa do Senado como afirma. Se o tivesse feito, teríamos conhecimento de seu envolvimento com a empresa no primeiro momento do processo", ressaltou.
Por fim, Marisa disse que a relatoria do Conselho se ateve estritamente aos documentos contábeis do senador Renan. "Fico muito tranqüila para dizer à sociedade brasileira que fizemos um relatório absolutamente imparcial, estruturado em cima da ética e do decoro. Se a utilização de um lobista que tinha claros interesses empresariais em assuntos legislativos ou pessoais não for quebra de decoro, não sei o que poderia ser", concluiu.