Nanotecnologia para plástico driblar alta da nafta

A nanotecnologia é uma opção cada vez mais utilizada pelos fabricantes de plástico para oferecer produtos inovadores do setor. Além disso, torna-se uma alternativa para driblar obstáculos como a alta do preço da nafta, matéria-prima básica da cadeia petroquímica, que tem na ponta final os produtos de plástico.

A Plásticos Mueller, por exemplo, fornecedora da indústria automotiva, lançou esta semana um nanocompósito que substituirá a fibra de vidro na produção de peças feitas com náilon. Os componentes formam racks, coberturas de motores e reservatórios. O produto tem adição de argila, o que garante mais resistência mecânica e térmica à peça.

"O novo produto pesará 31% menos. Da mesma forma o preço terá redução e deve ficar no mínimo 15% abaixo em comparação com a peça de fibra de vidro", explica o presidente da empresa, Ricardo Max Jacob.

A produto, chamado de nanoargila, levou um ano para ser desenvolvido e consumiu cerca de R$ 1 milhão em investimentos nas áreas de pesquisa e investimento.

Outro produto lançado pela empresa é uma peça, produzida a partir da resina nanotecnológica desenvolvida pela Suzano Petroquímica, para tirar o mau cheiro do ar condicionado dos automóveis. De acordo com o presidente da Muller, o produto terá baixo custo e será eficiente.

A Mueller produziu inicialmente uma unidade desse produto para apresentá-lo às montadoras. A primeira foi a Fiat, na semana passada, e, segundo Jacob, a inovação foi bem recebida.

A Suzano Petroquímica também anunciou novidades com nanocompósitos. Os lançamentos têm ação bactericida, resistência a chamas, agentes que absorvem raios ultravioleta e mais resistência.

A imagem “http://www.assintecal.org.br/assintecal/cms/imagens_site/topo/topo_14_topo_14_topo_14_topo_14_pad.jpg” contém erros e não pode ser exibida.