SÃO PAULO - Um vídeo em poder do Ministério Público de Santa Rita de Caldas, Minas Gerais, mostra cenas de abusos sexuais e barbaridades cometidas por presos contra outros detentos da pequena cadeia pública local. As imagens, consideradas estarrecedoras pelo MP, foram gravadas por um dos detentos com um telefone celular, na madrugada do dia 24 de setembro. Naquela noite, quatro dos 16 presos da única cela disponível transformaram outros três detentos em escravos sexuais.
Os três presos foram obrigados por José Aparecido Ramos (assalto a mão armada); Alexandre Botelho Couto (roubo); Valtair Vieira Silveira, o Tainho (tentativa de estupro); e Cremildo Carneiro (tráfico) a entrarem nus no banheiro da cela e a fazer sexo entre eles. Os que não conseguiram foram obrigados a praticar sexo oral com os agressores ou foram estuprados com cabos de vassoura e canos de PVC. Nei e Cremildo davam as ordens. No vídeo é possível ouvir as gargalhadas e provocações dos demais presos durante a barbárie. O telefone celular com as imagens foi entregue ao advogado Elder de Souza Oliva, que defende uma das vítimas, e encaminhado ao MP.
Nos últimos dois anos, o Ministério Público enviou diversos ofícios à Secretaria de Defesa Social do estado solicitando providências em relação à cadeia, que não tem um carcereiro sequer. A manutenção é feita por um funcionário da prefeitura, que leva comida aos presos três vezes por dia. Os detentos passam a maior parte do tempo sozinhos. Na noite de 24 de setembro, 16 pessoas estavam amontoadas em apenas uma cela, porque a outra tinha um buraco na parede feito durante tentativa frustrada de fuga, e a terceira era ocupada por dois adolescentes.Os três presos foram obrigados por José Aparecido Ramos (assalto a mão armada); Alexandre Botelho Couto (roubo); Valtair Vieira Silveira, o Tainho (tentativa de estupro); e Cremildo Carneiro (tráfico) a entrarem nus no banheiro da cela e a fazer sexo entre eles. Os que não conseguiram foram obrigados a praticar sexo oral com os agressores ou foram estuprados com cabos de vassoura e canos de PVC. Nei e Cremildo davam as ordens. No vídeo é possível ouvir as gargalhadas e provocações dos demais presos durante a barbárie. O telefone celular com as imagens foi entregue ao advogado Elder de Souza Oliva, que defende uma das vítimas, e encaminhado ao MP.