Bombeiros são acionados para socorrer mulher de 300 kg

Bombeiros são acionados para socorrer mulher de 300 kg
(Foto G1)

De A Tribuna On-line
O Resgate do Corpo de Bombeiros foi acionado, na manhã deste sábado, para socorrer uma mulher que passou mal em casa, na Zona Norte de São Paulo. O que seria uma ocorrência de rotina acabou exigindo o reforço de várias equipes dos bombeiros por causa do peso da vítima: quase 300 kg.

Segundo o Corpo de Bombeiros, parentes de Dora Blanco, de 45 anos, ligaram nesta manhã pedindo ajuda, já que ela estava com dificuldade para respirar. A mulher foi levada para o Pronto-Socorro do Hospital Mandaqui, também na Zona Norte, onde permanece internada na tarde deste sábado. No hospital, por telefone, Dora disse que espera fazer exames e conseguir tratamento adequado para a obesidade.

Nesta quarta-feira, os parentes de Dora já tinham pedido ajuda ao Resgate. "A filha dela chamou os bombeiros porque fazia tempo que não via a mãe e se assustou com o estado dela”, contou Sueli Aparecida, vizinha que passa 12 horas por dia ajudando Dora. “Eles vieram, tiraram a pressão dela e fez outros exames, mas não acharam nada.”.
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Ajuda

Dora tem uma filha e mora em uma casa alugada. Seu marido trabalha sem carteira assinada e, todo fim de semana, eles vendem antiguidades em uma feira no Centro da Capital.

Em uma casa de três cômodos que divide com o marido, Dora precisa da ajuda de dois amigos para fazer as atividades simples do dia-a-dia. Tomar banho, cozinhar e ir ao banheiro são tarefas quase impossíveis para ela. Eles ficam até a hora que o marido volta do trabalho. Ele ganha a vida separando lixo para reciclagem na rua.

Dora contou que por diversas vezes procurou hospitais públicos da sua região, mas nunca teve o atendimento necessário para resolver os seus problemas. Ela desistiu, então, de procurar ajuda nos hospitais e só vai ao médico em caso de urgência.

Trabalho
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Para conseguir vender as antiguidades que o marido encontra pelas ruas, Dora conta com a ajuda de outro amigo, o taxista Elói Paulo Silva. Ele faz todo o caminho de ida e volta do trabalho e cobra metade do preço.

“Tem vezes que eu nem cobro nada. Sempre que ela precisa ir à farmácia ou ao médico eu levo de graça, certas coisas não tem preço”, disse Elói. Ele conta que os taxistas geralmente não querem levar Dora por causa do peso dela. “Eles têm medo que ela quebre algo. ”

Em busca de ajuda

Dora declarou que seu sonho é fazer uma cirurgia de redução do estômago e entrar em um spa, mas sabe que o sonho é difícil para alguém com pouco dinheiro. “Querer eu quero muito, mas sozinha eu não vou conseguir”, desabafa.
Além de ter perdido as esperanças, ela deve perder também Sueli, que conseguiu um trabalho e não terá mais tempo para ajudar a amiga. “Eu gosto muito dela, mas também tenho que me sustentar”, lamenta Sueli. “Só espero um milagre para alguém interceder por ela”. As informações são do G1, da Globo.
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