Testemunha de acidente com o F16 afirma que a aeronave tinha problemas de estabilidade
O avião F-16 que hoje se despenhou na zona limítrofe da Base Aérea (BA 5) de Monte Real aparentava ter "problemas de estabilidade", segundo um popular que diz ter assistido à queda da aeronave. "Quando se aproximou da pista balançava ora para um lado, ora para o outro, ora para a frente. Eu pensava que era um exercício, mas depois vi o piloto ejectar-se e o avião planou, para aí um minuto, continuando a balançar ora para um lado, ora para o outro, até que adornou e caiu no pinhal", disse aos jornalistas João Carlos Cardoso, cuja casa se situa no enfiamento das pistas da BA5, na localidade vizinha de Casal dos Claros. Segundo este bate-chapas, o avião já algum tempo antes lhe tinha despertado a curiosidade, uma vez que era de cor diferente dos restantes F-16. "Era verde fluorescente, da cor dos coletes da GNR, devia ser experimental", disse João Cardoso, com a certeza que lhe dão muitas horas a ver de sua casa os aviões militares. "Quando levantou voo, eu admirei-me, pois fez logo uma picada a 90 graus, com uma velocidade incrível, que deixei logo de o ver", explicou, acrescentando que "isto não é costume". "Passado aí um quatro de hora ou vinte minutos, estava a regressar e vinha direito, mas com as tais manobras bruscas", disse João Cardoso, adiantando que o piloto se ejectou e "caiu logo à entrada do perímetro da base". "Levantou-se e ainda o vi ao longe ir a pé", frisou, para garantir que o militar não ficara ferido. "Quando o piloto se ejectou, ouviu-se uma pequena explosão e saíram duas coisas das pontas das asas, que penso que fossem mísseis desarmados", afirmou. Quando embateu no solo, o avião incendiou-se, viu-se uma coluna de fumo preto, mas rapidamente a situação foi controlada, quer pelos bombeiros da Base Aérea, quer pelos elementos de duas corporações da zona - Marinha Grande e Ortigosa - que se deslocaram para o local do acidente. |
Caça F-16 despenha-se perto de Monte Real
Nacional | 2008-01-28 16:24
O caça F-16 da Força Aérea Portuguesa (FAP) que se despenhou junto à Base Aérea de Monte Real (BA5), sem causar vítimas, estava desarmado, disse à Agência Lusa uma fonte daquele ramo das Forças Armadas.
Na altura do acidente, o aparelho ia a fazer um voo de experiência à vertical da base, adiantou a mesma fonte, que referiu que existem 27 caças F-16 na BA5.
Sobre o valor de um aparelho deste tipo, a fonte da FAP não quis quantificar, alegando, nomeadamente, que depende do equipamento introduzido e se é um monolugar ou bilugar.
No entanto, outra fonte disse à Lusa que um caça F-16, em valor de referência, rondará os quatro milhões de contos (cerca de 20 milhões de euros) (em valor de hoje seriam quase 30 milhões de dolares).
O piloto da aeronave, cuja identidade não foi revelada, é considerado um profissional experiente, tendo-se ejectado, sem sofrer ferimentos, mas encontra-se sob observação médica como medida de precaução, segundo a FAP.
O aparelho despenhou-se às 13:40 a Oeste da Base Aérea de Monte Real, tendo provocado um pequeno incêndio, que foi prontamente extinto, segundo a fonte da Força Aérea Portuguesa.
Os primeiros F-16 que vieram equipar a Esquadra 201, no cumprimento da missão de Defesa Aérea, chegaram à BA5 em Julho de 1994.
A BA5 começou a operar, em Novembro de 2005, as recém transformadas aeronaves F-16, na versão “MLU” (missão de Defesa Aérea e Ataque Convencional), em quaisquer condições meteorológicas e de luminosidade.
O avião caiu próximo da povoação de Pilado, no concelho da Marinha Grande, nos terrenos limítrofes à base aérea.
Sobre o valor de um aparelho deste tipo, a fonte da FAP não quis quantificar, alegando, nomeadamente, que depende do equipamento introduzido e se é um monolugar ou bilugar.
No entanto, outra fonte disse à Lusa que um caça F-16, em valor de referência, rondará os quatro milhões de contos (cerca de 20 milhões de euros) (em valor de hoje seriam quase 30 milhões de dolares).
O piloto da aeronave, cuja identidade não foi revelada, é considerado um profissional experiente, tendo-se ejectado, sem sofrer ferimentos, mas encontra-se sob observação médica como medida de precaução, segundo a FAP.
O aparelho despenhou-se às 13:40 a Oeste da Base Aérea de Monte Real, tendo provocado um pequeno incêndio, que foi prontamente extinto, segundo a fonte da Força Aérea Portuguesa.
Os primeiros F-16 que vieram equipar a Esquadra 201, no cumprimento da missão de Defesa Aérea, chegaram à BA5 em Julho de 1994.
A BA5 começou a operar, em Novembro de 2005, as recém transformadas aeronaves F-16, na versão “MLU” (missão de Defesa Aérea e Ataque Convencional), em quaisquer condições meteorológicas e de luminosidade.
O avião caiu próximo da povoação de Pilado, no concelho da Marinha Grande, nos terrenos limítrofes à base aérea.