O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse nesta terça-feira à BBC Brasil que sua "posição não é de simpatia pelas Farc" – as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
A declaração foi feita em resposta à afirmação do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, de que a comissão que foi acompanhar uma suposta entrega de reféns a Chávez "chegou com um discurso muito carregado contra o governo (da Colômbia) e muito favorável às Farc".
Araújo fez a afirmação ao anunciar que o governo de Álvaro Uribe não aceitará novas comissões de observadores internacionais em seu território.
— A declaração é surpreendente —, disse Marco Aurélio Garcia, que foi o representante brasileiro no grupo.
Desentendimento
— É surpreendente porque não correspondente às posições do presidente Uribe. Acho que há algum desentendimento dentro do governo colombiano —, afirmou.
— A comissão não tem nenhuma simpatia pelas Farc. Não conheço qual é a opinião pessoal de cada um dos membros da comissão, mas o grupo não revelou nem simpatia nem antipatia, colocou-se numa posição neutra. A minha posição não é de simpatia pelas Farc —, afirmou.
Garcia disse que soube das declarações na segunda-feira pela imprensa e que vai conversar nesta terça-feira à tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim, para decidir uma possível resposta do governo brasileiro.
— Haverá canais diplomáticos e talvez o presidente Lula queira se comunicar —, afirmou.
O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre ao assunto. Garcia disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só autorizou a sua ida à Colômbia depois de conversar por telefone com o presidente colombiano Álvaro Uribe.
A proposta de que uma comissão de representantes de vários países testemunhasse a libertação de três reféns, prometida pelas Farc, foi feita pelo presidente venezuelano Hugo Chávez e aceita por Uribe.
Garcia disse que o próprio Uribe esteve em Vilavicenzio, onde o grupo ficou aguardando os reféns, com vários ministros e conversou com ele e o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, também membro da comissão, agradecendo a presença deles.
— Depois, quando eu estava já no aeroporto, pronto para voltar ao Brasil, um assessor veio com um celular com uma ligação do presidente Uribe e ele novamente me agradeceu —, contou o assessor presidencial.
Questionado se teria ficado ofendido com as declarações do chanceler colombiano, Garcia disse que não.
— Não fico ofendido porque nessas coisas não há espaço para sentimentos pessoais —, afirmou.
Além de Garcia e Kirchner, participaram da comissão representantes dos governos de Cuba, Equador, Bolívia, França e Suíça.
A declaração foi feita em resposta à afirmação do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, de que a comissão que foi acompanhar uma suposta entrega de reféns a Chávez "chegou com um discurso muito carregado contra o governo (da Colômbia) e muito favorável às Farc".
Araújo fez a afirmação ao anunciar que o governo de Álvaro Uribe não aceitará novas comissões de observadores internacionais em seu território.
— A declaração é surpreendente —, disse Marco Aurélio Garcia, que foi o representante brasileiro no grupo.
Desentendimento
— É surpreendente porque não correspondente às posições do presidente Uribe. Acho que há algum desentendimento dentro do governo colombiano —, afirmou.
— A comissão não tem nenhuma simpatia pelas Farc. Não conheço qual é a opinião pessoal de cada um dos membros da comissão, mas o grupo não revelou nem simpatia nem antipatia, colocou-se numa posição neutra. A minha posição não é de simpatia pelas Farc —, afirmou.
Garcia disse que soube das declarações na segunda-feira pela imprensa e que vai conversar nesta terça-feira à tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim, para decidir uma possível resposta do governo brasileiro.
— Haverá canais diplomáticos e talvez o presidente Lula queira se comunicar —, afirmou.
O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre ao assunto. Garcia disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só autorizou a sua ida à Colômbia depois de conversar por telefone com o presidente colombiano Álvaro Uribe.
A proposta de que uma comissão de representantes de vários países testemunhasse a libertação de três reféns, prometida pelas Farc, foi feita pelo presidente venezuelano Hugo Chávez e aceita por Uribe.
Garcia disse que o próprio Uribe esteve em Vilavicenzio, onde o grupo ficou aguardando os reféns, com vários ministros e conversou com ele e o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, também membro da comissão, agradecendo a presença deles.
— Depois, quando eu estava já no aeroporto, pronto para voltar ao Brasil, um assessor veio com um celular com uma ligação do presidente Uribe e ele novamente me agradeceu —, contou o assessor presidencial.
Questionado se teria ficado ofendido com as declarações do chanceler colombiano, Garcia disse que não.
— Não fico ofendido porque nessas coisas não há espaço para sentimentos pessoais —, afirmou.
Além de Garcia e Kirchner, participaram da comissão representantes dos governos de Cuba, Equador, Bolívia, França e Suíça.