Gustavo Kuerten recebeu convite para ser embaixador do Torneio da Costa do Sauípe na próxima temporada, mas nesta semana que passou "desfrutando" no resort já desempenhou a função informalmente.
Eliminado em sua estréia no torneio que inicia sua turnê de despedida, na terça, Guga, 31, decidiu permanecer no litoral baiano até hoje, data da final.
"Sempre defendi a bandeira do torneio, lutei muito por isso, que foi uma coisa que não tive quando era jovem", afirmou Guga, ao anunciar que pretendia ajudar na divulgação e consolidação do evento.
Para desfrutar o clima dos torneios escolhidos para sua última temporada com mais intensidade, o tricampeão de Roland Garros quer prolongar a estada em cada um deles.
Em condições normais, ele já teria deixado a Costa do Sauípe para se preparar para o próximo compromisso, o Masters Series de Miami, em março.
Mesmo sem se preocupar com treinos, Guga teve agenda cheia na semana que passou.
No dia seguinte ao seu último jogo no único torneio de primeira linha no Brasil, ele fez uma sessão de autógrafos. Foi mais de uma hora assinando seu nome e posando para fotos.
Sua mãe e seu irmão mais velho, que o aguardavam para o jantar, decidiram ir na frente e aguardá-lo no restaurante.
Na quinta, o ex-número um do mundo bateu bola com jovens de um projeto social.
Com mais tempo disponível, atendia à imprensa mais uma vez e não conseguia andar mais de um metro sem atender um pedido para foto ou autógrafo.
"Agora que não estou tão preocupado com resultados, estou mais acessível para fazer outras coisas", afirmou.
Em outros tempos, o tenista treinaria, falaria com repórteres rapidamente, atenderia alguns fãs, mas partiria com passos apressados para o próximo compromisso, como sessão de massagem ou fisioterapia.
Agora, se dá ao luxo de parar para assistir ao treino do amigo Nicolas Lapenti com seu companheiro de duplas na Costa do Sauípe, André Baran, 16.
"Aê Baran, agora você acerta todas", brincou. "Nico, viu como ele joga bem no treino", gritou ao amigo equatoriano.
Ele foi homenageado com presentes (ganhou, de Maria Esther Bueno, um tapete com as cores do Brasil) e com um vídeo com depoimentos de familiares e amigos.
Ouviu o cantor Fagner lhe dedicar a música "Guerreiro Menino". Depois, com Marcelo Melo, cantou "Coração Alado", como acompanhamento apenas do violão de Fagner.
A música estava interferindo na quadra central, onde o amigo Carlos Moyá disputava as quartas-de-final, e o show teve que ser interrompido. "[A semana] está sendo ótima, bem no espírito que eu gostaria."
por Folha Online