O Globo Online
RIO - Uma fonte da Polícia Federal que participa das investigações sobre o roubo de um contêiner-escritório que estava sendo levado de uma plataforma da Bacia de Santos até Macaé , no Norte Fluminense, afirma que um esquema de segurança obsoleto e amador protegia os computadores com dados sigilosos da Petrobras. De acordo com matéria publicada na edição desta terça-feira do jornal O Globo, a surpresa do policial foi maior ao descobrir que o segredo do cadeado que mantinha o contêiner fechado era o mesmo usado nos cadeados que protegiam outros 40 conteineres-escritórios nas bacias de Santos, Campos e Macaé. A informação surgiu durante uma série de depoimentos que já foram tomados pela PF de Macaé.
Segundo o mesmo policial, havia ao menos 45 chaves - todas iguais, com o mesmo segredo - capazes de abrir o conteiner espalhadas entre funcionários embarcados nas plataformas da Bacia de Santos, em rebocadores e até em terra, no município de Macaé. A medida teria sido adotada pela Halliburton e pela Petrobras com o objetivo de evitar que os conteineres ficassem fechados se alguém esquecesse, por exemplo, de levar a chave do cadeado.
O furto dos quatro notebooks e dois HDs contendo informações de interesse nacional foi descoberto no dia 31 de janeiro porque um funcionário, em poder de uma cópia da chave, tentou abrir o cadeado do contêiner na sede da Halliburton, em Macaé, e não conseguiu. Só então percebeu que o cadeado havia sido trocado e o lacre desfeito. Imediatamente o fato foi comunicado à Petrobras. O contêiner foi aberto e o furto foi constatado.
Segurança falha na Halliburton
Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix, apontaram possíveis falhas no esquema de segurança montado pela Halliburton para transportar computadores com dados sigilosos da Petrobras entre a Bacia de Santos e Macaé, segundo mostra matéria de O Globo, na edição desta terça-feira.
- As investigações já estão em andamento e, independentemente da motivação do crime, elas revestem-se de importância, em função da possível fragilidade do sistema de segurança para o transporte de informações reservadas, que o episódio evidenciou - diz nota divulgada pelos ministros, que se reuniram na manhã de segunra-feira com os diretores da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, subordinado a Tarso, e da Agência Brasileira de Inteligência, Paulo Lacerda, chefiado por Félix, na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para fazer uma avaliação das investigações.
Na reunião, o governo decidiu que só o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, falará sobre o caso, para evitar opiniões desencontradas na imprensa e evitar choques de opiniões nos jornais entre analistas da Abin e policiais federais sobre o caso..
Interesse de Estado
A decisão de Tarso e Félix em promover uma reunião com Lacerda e Corrêa na sede da Abin chamou a atenção de policiais e analistas. Para eles, o simples encontro das autoridades no prédio da Abin é um claro indicativo de que o sumiço dos computadores não se trata de um crime comum. Em geral, a Abin só é acionada em casos de interesse de Estado. Crimes comuns, sem conotação política, são apurados apenas pelas polícias judiciárias, a PF e a Polícia Civil.
RIO - Uma fonte da Polícia Federal que participa das investigações sobre o roubo de um contêiner-escritório que estava sendo levado de uma plataforma da Bacia de Santos até Macaé , no Norte Fluminense, afirma que um esquema de segurança obsoleto e amador protegia os computadores com dados sigilosos da Petrobras. De acordo com matéria publicada na edição desta terça-feira do jornal O Globo, a surpresa do policial foi maior ao descobrir que o segredo do cadeado que mantinha o contêiner fechado era o mesmo usado nos cadeados que protegiam outros 40 conteineres-escritórios nas bacias de Santos, Campos e Macaé. A informação surgiu durante uma série de depoimentos que já foram tomados pela PF de Macaé.
Segundo o mesmo policial, havia ao menos 45 chaves - todas iguais, com o mesmo segredo - capazes de abrir o conteiner espalhadas entre funcionários embarcados nas plataformas da Bacia de Santos, em rebocadores e até em terra, no município de Macaé. A medida teria sido adotada pela Halliburton e pela Petrobras com o objetivo de evitar que os conteineres ficassem fechados se alguém esquecesse, por exemplo, de levar a chave do cadeado.
O furto dos quatro notebooks e dois HDs contendo informações de interesse nacional foi descoberto no dia 31 de janeiro porque um funcionário, em poder de uma cópia da chave, tentou abrir o cadeado do contêiner na sede da Halliburton, em Macaé, e não conseguiu. Só então percebeu que o cadeado havia sido trocado e o lacre desfeito. Imediatamente o fato foi comunicado à Petrobras. O contêiner foi aberto e o furto foi constatado.
Segurança falha na Halliburton
Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix, apontaram possíveis falhas no esquema de segurança montado pela Halliburton para transportar computadores com dados sigilosos da Petrobras entre a Bacia de Santos e Macaé, segundo mostra matéria de O Globo, na edição desta terça-feira.
- As investigações já estão em andamento e, independentemente da motivação do crime, elas revestem-se de importância, em função da possível fragilidade do sistema de segurança para o transporte de informações reservadas, que o episódio evidenciou - diz nota divulgada pelos ministros, que se reuniram na manhã de segunra-feira com os diretores da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, subordinado a Tarso, e da Agência Brasileira de Inteligência, Paulo Lacerda, chefiado por Félix, na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para fazer uma avaliação das investigações.
Na reunião, o governo decidiu que só o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, falará sobre o caso, para evitar opiniões desencontradas na imprensa e evitar choques de opiniões nos jornais entre analistas da Abin e policiais federais sobre o caso..
Interesse de Estado
A decisão de Tarso e Félix em promover uma reunião com Lacerda e Corrêa na sede da Abin chamou a atenção de policiais e analistas. Para eles, o simples encontro das autoridades no prédio da Abin é um claro indicativo de que o sumiço dos computadores não se trata de um crime comum. Em geral, a Abin só é acionada em casos de interesse de Estado. Crimes comuns, sem conotação política, são apurados apenas pelas polícias judiciárias, a PF e a Polícia Civil.