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Padre é preso sob acusação de pedofilia no RS

O padre Cláudio Dias, de 37 anos, diretor de um colégio em Rio Grande (RS), a 310 quilômetros de Porto Alegre, foi preso dentro de um carro na garagem da escola, na noite de sábado, sob a suspeita de ter molestado sexualmente uma menina de 12 anos. O caso foi descoberto porque a jovem entrou na igreja que fica ao lado da escola e pediu ajuda. Acionada, a polícia encontrou o religioso ainda dentro do automóvel, onde também estava uma peça de roupa íntima da menor.

A delegada Vanessa Pitrez Correa disse que o padre foi preso porque havia vários indicativos de prática de atentado violento ao pudor. A menina disse aos policiais que havia se encontrado com o padre três vezes e que o assédio se limitou a carícias, sem consumação de ato sexual. Segundo o relato, no sábado, a adolescente foi levada pelo religioso para comprar material escolar. Depois foram ao colégio, onde lhe foram exibidos vídeos pornográficos no computador. O padre prometeu levá-la para casa e teria começado a molestá-la quando os dois estavam dentro do carro. A menina se desvencilhou e procurou ajuda.

Dias está em cela isolada na Penitenciária Estadual de Rio Grande. Seu advogado, Júlio Cesar Silva, pediu hoje o relaxamento da prisão, mas o Ministério Público deu parecer contrário. Até o início da noite, a Justiça não havia se manifestado. O bispo de Rio Grande, d. José Mario Stroeher, informou que o padre foi afastado de suas atividades. A menina foi encaminhada a um abrigo de menores.

Igreja Universal tenta intimidar imprensa, alerta ABI

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) classificou como "uma campanha de intimidação e coerção sem precedentes na história da comunicação no Brasil" as ações judiciais contra jornalistas e a direção de três jornais, "Folha de S. Paulo", "Extra", do Rio, e "A Tarde", de Salvador, por fiéis e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus. As ações questionam reportagens dos veículos que tratam do patrimônio de Edir Macedo, líder da igreja, e agressões a imagens de santos católicos por membros da Universal.

O presidente da ABI, Maurício Azêdo, afirmou que o fato de as ações terem sido ajuizadas em localidades distantes - onde, em alguns casos, só é possível chegar de barco - demonstra a intenção dos autores: "Há a nítida intenção de dificultar o direito de ampla defesa e do contraditório assegurado pela Constituição", argumentou Azêdo.

Da mesma forma, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) se manifestou contra a conduta da Universal. "É uma intimidação ao livre exercício do jornalismo e uma tentativa espúria de usar o Poder Judiciário contra a imprensa e privar o cidadão de ser informado", afirmou, em nota, a entidade.

O diretor de Redação da "Folha de S. Paulo", Otavio Frias Filho, disse que o jornal respeita todas as religiões, mas isso não está em questão. "O que estamos discutindo é o direito de o jornal realizar seu trabalho jornalístico sem sofrer cerceamento por parte de quem quer que seja. A ação orquestrada configura litigância de má-fé."

A assessora jurídica de "A Tarde", Ana Paula Cardoso de Morais, demonstrou preocupação com as ações. "Se a moda pegar, estará extinta a liberdade de imprensa no Brasil", criticou. A empresa responde a 35 ações propostas por pastores da Universal e fiéis que pedem indenizações de R$ 1 mil a R$ 15 mil por supostos danos morais causados por uma reportagem assinada pelo repórter Valmar Hupsel Filho sobre o vandalismo contra uma imagem de São Benedito por um fiel da igreja.

As ações, que alegam "discriminação religiosa", foram ajuizadas em cidades como Uruguaiana (RS) e Araguatins (TO). A linha de defesa do jornal tem se baseado na "falta de legitimidade de fiéis para propor ações, já que a Universal tem personalidade jurídica e seus autores não foram citados nas reportagens".

A empresa Folha da Manhã, que edita a "Folha de S. Paulo", foi alvo, de acordo com a advogada Taís Gasparian, de 50 ações - quatro já extintas - por causa de reportagem de Elvira Lobato, que mostra o aumento do patrimônio da Universal. A igreja e Edir Macedo controlam, segundo a reportagem, 23 emissoras de TV e 40 emissoras de rádio, além de 19 outras empresas.

No caso do carioca "Extra", os processos são contra a empresa e seu diretor de redação, Bruno Thys. Cinco pastores alegam, no pedido inicial, estar "correndo o risco de sofrer agressões diárias e discriminações". Thys contesta as alegações. "Cumprimos o nosso dever de informar e confiamos na Justiça. De fato, causa estranheza a semelhança nos textos das ações e a coincidência das datas."

A leitura das ações sugere que os vários processos tiveram matriz única. Os pedidos de indenização contêm parágrafos idênticos, como se tivessem sido preparados pela mesma pessoa - o que indica uma ação orquestrada.

Ilegítimas

Em sentença na cidade de Xapuri (AC) em ação contra a "Folha de S. Paulo", a juíza Zenair Ferreira Bueno anotou em sua decisão contrária ao autor, Maurício Muxió dos Santos, que "é impossível acreditar que 30 fiéis, nos mais distantes rincões do País, tenham sido abordados com os mesmos dizeres citados na ação". Outros 29 fizeram a mesma petição. O autor alegou que estava sendo ofendido na rua por causa da reportagem.

"O Poder Judiciário não pode admitir que seja usado por quem quer que seja que pretenda atingir objetivo ilegal", advertiu a juíza, em sua sentença. Procurado por meio da assessoria de imprensa da Rede Record, o advogado de Edir Macedo, Artur Lavigne, não se manifestou sobre o caso. (AE)
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Formiguinha do bem - Smilingüido completa 28 anos

Smilingüido completa 28 anos e conquista pessoas de diferentes religiões com suas mensagens positivas de valorização da amizade
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Michelle Souza Silva
Da Agência BOM DIA

Nem parece, mas a formiga mais famosa do Brasil completa 28 anos. Nascido em Curitiba (PR), Smilingüido saiu do sul e hoje ganha a vida não só em território nacional como também em cerca de 30 países.

“O sucesso do personagem, como tudo na vida de uma formiga, é fruto de muito trabalho”, conta Jaqueline Firzlass, diretora de arte da editora Luz e Vida, responsável pela concepção do Smilingüido e pelos seus produtos.

A formiguinha, diferentemente de outros persongens, possui algumas peculiaridades. Primeiro, ela agrada não apenas ao público infantil e, segundo, apesar de remeter a conteúdos religiosos, consegue alcançar pessoas de diferentes crenças.

“Tão importante quanto o layout do personagem, são as mensagens que o acompanham”, aponta Jaqueline.

Davi Invernize da Rocha, 9 anos, concorda com a afirmação. Em entrevista ao BOM DIA, fez questão de frisar que, mais do que o desenho, o que mais gosta são das mensagens.

Sua irmã, Gabriela Invernize da Rocha, 14, também é fã do Smilingüido. “Gosto das lições de respeito e amizade. Acho que essas coisas são universais e, por isso, agradam a todos.”

Os dois irmãos contam com vários produtos da formiguinha, como marcadores de livros, adesivos e até mesmo camiseta.

Há cerca de 150 produtos vinculados ao personagem. Luana Marques de Carvalho, 25, vendedora de uma livraria de produtos religiosos, conta que Smilingüido é procurado por todos os tipos de pessoas.

“Só não vende mais porque é uma linha que sai um pouco cara. A gente paga dois impostos, o de Curitiba a São Paulo e o de São Paulo ao Interior”, reclama.

Outro termômetro do sucesso da formiguinha é o site do personagem (www.smilinguido.com.br), que somente no ano passado recebeu 135 mil acessos.

Voltado às crianças, o site traz jogos e área interativa com espaço para publicação de fotos e blogs.

Cerca de 20 empresas têm licenciamento para usar o personagem – como a Credeal, no segmento de materiais escolares, a Chocolates Garoto e a Aladdin, que desenvolve lancheiras e garrafas térmicas.

Smilingüido e sua turma mantêm parceria com a ONG Amazônia Para Sempre, que incentiva as “ações de formiguinha” na proteção da Floresta Amazônica.


Personagem ganha amigos
A formiguinha Smilingüido foi criada em 1980 por Márcia D‘Haese e carlos Tadeu Grzybowski. “A intenção era desenvolver um projeto que levasse mensagens de esperança, fé e amor”, destaca Jaqueline Firzlas, diretora de arte da editora Luz e Vida.

O fato de o personagem ser uma formiga não é à toa. “As formigas, por serem pequenas, simbolizam a pequenez dos seres humanos perante a grandeza de Deus”, arremata a diretora de arte.

Em sua concepção, Smilingüido chegou a receber o nome de Zecão. “O novo nome veio de forma espontânea. Todos achavam o desenho um pouco esmilingüido [magrinho]”, brinca.

A partir de 1989, a formiguinha passou a ser editada pela editora Luz e Vida. Ao longo dos seus 28 anos, Smilingüido foi ganhando também novos amiguinhos.

Fazem parte da turma da formiguinha a Rainha Formosa, o mestre Formisã, Pildas, Faniquita, Forfo e Piriá.
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MP analisa inquérito contra o bispo Edir Macedo

MP analisa inquérito contra o bispo Edir Macedo

G 1
O bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, foi indiciado na semana passada pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. De acordo com o inquérito produzido pela delegacia da Polícia Federal de Itajaí, em Santa Catarina, Edir Macedo teria cometido esses crimes ao transferir a propriedade de uma retransmissora da Rede Record, a TV Vale do Itajaí.

O inquérito da PF acaba de chegar à mesa do procurador Marcelo Mota, do Ministério Público Federal de Santa Catarina. Agora, Mota deve analisar o trabalho da polícia e decidir se denuncia ou não o bispo Macedo. Caso seja denunciado, Macedo se tornará réu e deverá ir a julgamento. A pena para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso pode chegar a cinco anos de prisão.

O delito cometido por Macedo, segundo a PF, seria o “preenchimento abusivo” de um documento usado na transferência de propriedade da emissora. Pelas regras do Ministério das Comunicações, toda mudança no quadro societário das empresas de radiodifusão precisa de autorização prévia. Ao transferir a propriedade da TV Vale do Itajaí do nome de um ex-pastor da igreja para o de outro bispo, esse pedido de autorização teria sido feito, segundo a PF, por meio de um documento falso: o bispo Macedo teria preenchido uma procuração em branco, previamente assinada pelo ex-pastor. Se essa fraude for comprovada, a concessão da TV Vale do Itajaí poderá ser cassada, segundo afirma o advogado Ericson Meister Scorsin, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo e especialista em Regulação dos Serviços de Radiodifusão.

A pedido de revista Época, Scorsin analisou o relatório da PF. Sua conclusão, emitida por meio de um parecer, é a seguinte: “Havendo prova quanto à prática de ilícito criminal, caracterizado pela falsidade documental em documento federal, há, sim, reflexos sobre a habilitação da pessoa jurídica exploradora do serviço de televisão. Trata-se de um forte motivo para abertura de processo administrativo”.

Fundada por Edir Macedo em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus tem 8 milhões de fiéis no Brasil. Com 4.700 templos em 172 países, ela é mais globalizada que a rede de lanchonetes McDonald’s, presente em 118 países. A legislação brasileira não permite que igrejas sejam donas de empresas de radiodifusão. Mesmo assim, Macedo controla a Rede Record. Em seu nome e no de pastores da Universal estão 23 emissoras de TV e 40 de rádio. O processo em Itajaí pode ser uma pista de como ele expandiu os negócios da igreja e como mantém a fidelidade dos bispos e pastores, sócios das emissoras do grupo.

O relatório final da PF sobre o caso de Itajaí levanta uma dúvida: o que os agentes dizem ter descoberto é um fato isolado ou uma prática usual do bispo Macedo para comandar empresas de radiodifusão? Pelo roteiro descrito no relatório da PF, é impossível chegar a uma conclusão. Mas os fatos parecem comprometer o bispo.

Segundo a PF, Edir Macedo teria fraudado um documento para transferir uma emissora de TV para um bispo. Em 1998, Marcelo Nascente Pires, então pastor da Igreja Universal e homem do grupo de confiança de Edir Macedo, comprou participações societárias em duas emissoras em Santa Catarina: a TV Vale do Itajaí e a Televisão Xanxerê Ltda. As duas haviam passado pouco tempo antes a retransmitir a programação da Record. Para conseguir o dinheiro necessário para a compra, Marcelo Pires pedira um empréstimo de R$ 350 mil à Cremo Empreendimentos, uma empresa de São Paulo que pertence a religiosos ligados à Universal. Depois, Pires se desentendeu com Edir Macedo. Ele deixou a Igreja Universal em 2000. Dois anos mais tarde, Macedo, de acordo com o relatório da PF, teria usado uma procuração assinada por Pires para transferir a propriedade das duas emissoras para o nome do então presidente da TV Record, bispo Honorilton Gonçalves.

Pires procurou a polícia e denunciou a suposta fraude. Afirmou que a assinatura da procuração era dele, mas o conteúdo do documento fora preenchido posteriormente. Questionado por Época, Pires não quis explicar as razões que o levaram a assinar um documento em branco.

A procuração usada pelo bispo foi examinada pelo perito particular Claus Guenter Rottschaefer, do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, contratado por Pires. Também foi analisada por peritos da Polícia Federal, a pedido do delegado Anníbal Gaya, encarregado do caso. As duas perícias encontraram indícios de que o documento teria sido fraudado. São eles:

1) o trecho com o nome das empresas que seriam vendidas parece ter sido acrescentado posteriormente, numa tipologia gráfica distinta;

2) a procuração é de 1996, mas, no documento, a TV Xanxerê aparece com um nome (Televisão Xanxerê Ltda.) que só passou a adotar em 1998. Antes, ela se chamava RCE Xanxerê Ltda.;

3) Marcelo Pires assinou o documento em 1996, mas sua firma só foi reconhecida em cartório em 2003;

4) o trecho inicial da procuração cita “a empresa”, no singular, como objeto da negociação. Em seguida, o documento menciona três empresas, a Xanxerê, a TV Vale do Itajaí e a Rede Fênix de Comunicação, uma associação formada pelas duas emissoras, Xanxerê e Vale do Itajaí.

Edir Macedo foi procurado pela reportagem de Época. Em nome dele falou seu advogado, Arthur Lavigne. “Não é a primeira vez que surge uma acusação contra Edir Macedo. A Justiça sempre arquiva ou absolve meu cliente”, diz Lavigne. “Defendo Macedo há 12 anos em vários processos, e ele nunca foi condenado.” Em 1992, o bispo Edir Macedo ficou preso 12 dias, acusado de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular. Ao final do processo, foi absolvido. Convocado pela PF mais de uma vez para prestar depoimento, Macedo faltou a todas as audiências. Seu advogado diz que ele faltava porque mora nos Estados Unidos. O delegado Gaya, responsável pelo caso, não quis fazer comentários. Disse que todas as informações constam do inquérito enviado ao Ministério Público Federal.

Universal usa a TV Record para atacar imprensa
O Globo

RIO - A TV Record, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), usou na noite de domingo grande parte do programa "Domingo espetacular" para atacar a imprensa. Repórteres da emissora entrevistaram fiéis e advogados da igreja para criticar reportagens da "Folha de S.Paulo", sobre o império de telecomunicações montado pelo bispo Edir Macedo, e de 'O Globo', sobre os processos movidos por seguidores e pastores da Iurd contra a "Folha" e a jornalista Elvira Lobato.

Segundo a reportagem de Elvira Lobato - "Universal chega aos 30 anos com império empresarial" -, publicada em 15 de dezembro, a Iurd tem 23 emissoras de TV e 40 de rádio, além de outras 19 empresas registradas em nome de 32 "bispos" ou seguidores da igreja.

Num dos trechos, a reportagem da Record diz que Elvira não havia comparecido a duas audiências na Justiça, mas omitiu a informação de que as audiências estavam marcadas para a mesma hora e o mesmo dia em dois estados: Espírito Santo e Bahia. Os fiéis entraram com ações contra a jornalista em comarcas de diferentes estados. Em alguns casos, as ações têm trechos exatamente iguais.

Ao sustentar que os autores das ações estariam sofrendo humilhações, após a divulgação da reportagem da "Folha", advogados em vários pontos do país citaram a mesma frase para ilustrar o que pastores e fiéis estariam ouvindo em suas cidades: "Viu só! Você que é trouxa de dar dinheiro para essa igreja!! Esse é o povo da sua igreja?! Tudo safado!! Como é que você continua nessa igreja? Você não lê jornal, não? É. Crente é tudo tonto mesmo".

Com duração de 14 minutos e 20 segundos, a reportagem na Record mostrou também três fiéis do Rio que ameaçaram entrar com processo contra 'O Globo'. Sob o argumento de que se sentiram ofendidos por reportagem publicada pelo jornal no último dia 14 - sobre as ações contra Elvira e também contra o jornal "Extra" e seu diretor, Bruno Thys - , os fiéis admitiram ter recorrido a advogados da igreja para buscar orientação e formalizarem ações contra o jornal.


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Igreja inocenta padre acusado de revelar confissão em São José do Rio Preto (SP)

Sacerdote de São José do Rio Preto foi inocentado por uma decisão do Tribunal Eclesiástico, que foi aceita pelo Vaticano

Em 2006, ele foi afastado de suas funções após dois jovens de sua paróquia o denunciarem; "foi tudo uma invenção", disse o padre

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Suspeito de revelar o teor da confissão de fiéis, um padre da cidade de São José do Rio Preto (440 km de São Paulo) foi absolvido por uma decisão do Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação de São Paulo.

A sentença foi homologada pela Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano. Não cabe recurso. Durante o processo, ele foi afastado provisoriamente das funções.

Em 2006, o padre Telmo Figueiredo, 45, foi afastado cautelarmente de suas funções religiosas após dois jovens de sua paróquia terem afirmado a representantes da igreja que ele revelou o teor de confissões religiosas. "Foi tudo uma invenção", disse o padre Figueiredo ontem à Folha.

Após um processo ser instaurado para o caso, o Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação de São Paulo determinou que sejam restituídos ao padre todos os ofícios, cargos, funções e honras, por meio de um ato público solene de desagravo promovido pela Diocese de São José do Rio Preto.

O anúncio oficial da absolvição do padre à comunidade onde ele exercia suas funções antes de ser afastado ocorrerá em uma missa, no próximo dia 17.
Além disso, o tribunal classificou de "calúnia" as acusações feitas contra o religioso.

A Diocese de São José do Rio Preto, em nota, informou que "está pronta a colaborar para que a decisão do tribunal restitua todas as condições para que o padre Telmo Figueiredo seja reconhecido em sua condição de presbítero".

O bispo diocesano da cidade, dom Paulo Mendes Peixoto, afirmou no documento que a diocese "se alegra com o desfecho favorável do processo, que serve de alerta para que acusações levianas não venham a prejudicar o bom andamento da vida eclesial".

Ainda sem exercer suas funções, padre Telmo, como é conhecido na cidade, disse que a decisão do tribunal "desmascarou uma farsa" montada contra ele pelos dois jovens.

Segundo o padre, "medidas administrativas internas da direção da paróquia" relacionadas aos dois jovens desencadearam as falsas acusações.

Entre as medidas, estava a possível mudança de um deles da coordenação da catequese.

"Durante o processo, viu-se que foi tudo uma invenção. O problema era provar que você não revelou nada. Era uma situação muito delicada."

O padre, que tem 22 anos de sacerdócio, afirmou ter perdoado os dois jovens e que gostaria de voltar ao trabalho o quanto antes.
Folha SP
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CNBB: Mortes decorrentes de abortos não são problema de saúde pública

As estatísticas oficiais mostram que o aborto é a quarta causa de mortalidade materna no país. Apesar disso, para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Dimas Lara Barbosa, as mortes provocadas por abortos feitos de forma clandestina não são um problema de saúde pública. E os dados oficiais são superestimados.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira para o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2008, ele afirmou que a CNBB conferiu nos dados do próprio Ministério da Saúde que há cerca de 120 mortes anuais causadas por abortos: “Claro que nós vamos chorar por qualquer mulher que morra por causa do aborto, mas isso não faz desse problema um problema de saúde pública”.

O Ministério da Saúde não divulga números oficiais sobre mortes em decorrência do aborto, prática ilegal no país com exceção de casos de estupro e risco de morte para a mãe. No entanto, os dados referentes a mortes por gravidez, parto e puerpério, item que inclui o aborto, mostra que houve 1.672 mortes por esses motivos em 2006.

Dom Dimas também falou sobre o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas, também considerado um método abortivo e antiético pela igreja católica. E lembrou que pesquisas mais bem-sucedidas têm utilizado células-tronco adultas: “Está bastante claro que o embrião, mesmo na sua quarta multiplicação, é ainda incontrolável. As experiências com embriões de animais têm gerado muito mais tumores, porque se sabe fazê-lo começar a se multiplicar, mas não se sabe fazer parar.”

O secretário-geral da CNBB lembrou ainda que vários grupos religiosos fazem lobby no Congresso Nacional para que não sejam aprovados projetos de lei que permitem o aborto. “Queremos fazer cada vez mais iniciativas de conscientização da população”, disse. E informou que a CNBB fará um folder explicativo sobre o aborto para distribuir nas paróquias, e uma cartilha destinada aos formadores de opinião, mostrando o resultado de pesquisas relacionadas à saúde da mulher que aborta.

A 45ª Campanha da Fraternidade, lançada nesta quarta-feira, tem como tema central a defesa da vida e como lema Escolhe, pois, a vida, retirado do Deuteronômio, um dos livros da Bíblia. As informações são da Agência Brasil

A TRIBUNA ON LINE


Padre sob denúncia de pedofilia se suicida

Vista do convento de Capuchinhos de Moncroix, em Delemont: o caso do padre pedófilo que vive no convento causa polêmica na Suíça.
Legenda da foto:
Vista do convento de Capuchinhos de Moncroix, em Delemont: o caso do padre pedófilo que vive no convento causa polêmica na Suíça. (Keystone)

O suicídio de um padre acusado de pedofilia faz com que o Conselho da Imprensa discuta a abertura de um inquérito sobre o papel da mídia no caso. A Igreja era pressionada até por blogs a revelar a identidade do clérigo.

Na carta de despedida, ele responsabilizou à imprensa pela sua morte. O caso, que ocupa há duas semanas as manchetes do país, obrigou autoridades da Igreja a instaurar uma comissão de inquérito e se desculpar publicamente às vítimas.

O padre de 45 anos de idade deu um tiro com a arma do exército no próprio coração na noite de domingo. O suicídio foi confirmado pelo porta-voz da polícia cantonal de Neuchâtel, Pascal Luthi, durante coletiva de imprensa.

Segundo o Vicariato de Neuchâtel, o religioso não suportou mais a pressão social. Na sua carta de despedida, ele acusou a pressão da mídia como responsável pelo seu ato trágico.

Há duas semanas o tema domina as manchetes da imprensa. O protesto também foi refletido na Internet através de blogs e sites. Em um deles, os autores faziam pressão pública para que a Igreja revelasse a identidade do clérigo.

Para Dominique von Burg, presidente do Conselho da Imprensa, órgão de autocontrole da mídia helvética, os órgãos de imprensa do país exageraram na cobertura do caso. Ele lembrou do perigo do "linchamento" público e ao direito de perdão em um caso onde os crimes já estão prescritos. "Como em qualquer crime, os jornais deveriam ser mais cuidadosos e respeitar a ética". O Conselho irá debater nos próximos dias a possibilidade de abrir um inquérito para investigar a cobertura jornalística no caso do padre pedófilo.

"Uma questão muito crítica foi a publicação de fotos dessa pessoa, sem esconder o seu rosto", criticou von Burg. Para o antigo redator-chefe do jornal "Tribune de Genève", outro problema grave foi um blog criado por pessoas indignadas. "Os autores não se comportaram como jornalistas".

Porém von Burg relativiza a crítica. "Em primeiro lugar, a imprensa também cumpriu seu dever. Esse problema foi omitido por muito tempo pela Igreja. Eu acho legitimo escrever e falar abertamente sobre ele", defende.

Prescrição

O padre havia sido denunciado em 2001 pelas vítimas. Ele teria abusado várias vezes de menores de idade nos anos 80, o que faz com que seus supostos crimes estejam prescritos por lei. Por essa razão a polícia não abriu inquérito. Nos últimos anos o religioso era acompanhado por médicos e não trabalhava mais com crianças. Seu enterro ocorreu na quarta-feira (seis de fevereiro).

O suicídio coloca um ponto final na história desde que o caso. A gravidade das denúncias e a repercussão na imprensa obrigaram as autoridades religiosas a se pronunciar. No final de janeiro, Bernard Genoud, bispo de Lausanne, Genebra e Friburgo, pediu publicamente desculpas às vítimas. "Ler sobre casos de pedofilia nos jornais foi algo que me abalou profundamente. Muitas vezes e por muito nos calamos na Igreja e na sociedade sobre os casos de pedofilia", declarou.

O bispo declarou no momento que a Igreja estava instaurando uma comissão de inquérito para investigar as denúncias de abusos sexuais cometidos por clérigos. Duas queixas - uma contra o padre do cantão de Friburgo e outra contra um padre de Genebra - também foram formalizadas oficialmente pela Dioceses na justiça cantonal.

swissinfo com agências

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Cruz no tribunal - Juiz não é deus e advogado não é padre

por Eduardo Mahon

A maioria dos tribunais brasileiros tem cruzes cristãs enfeitando seus plenários, gabinetes ou espaços de convívio. E tribunais dos mais diversos — desde arbitrais, judiciais, de contas, enfim, toda a reunião de julgadores ou até mesmo administrações como o Ministério Público ou Ordem dos Advogados, está lá Jesus Cristo pregado na parede, completamente imóvel, passando a mensagem cristã, quando não católica, aos operadores que se valem dos serviços públicos. Mesmo na Câmara dos Deputados ou no Senado, jaz na cruz a imagem de Jesus, certamente num protesto silencioso contra o que se passa por aquelas bandas.

Está profundamente errada a orientação religiosa em espaços públicos. Não interessa se o Brasil é ou não um país cristão ou, mais especificamente, católico. Desde a fundação da República e, depois, com a derrocada da República Velha, a nação constitucionalmente adotou um viés laico e precisa tratar assuntos religiosos com muita distância.

Nas escolas de ensino fundamental e médio, costuma-se lecionar “ensino religioso” como um grande engodo de catequização católica ou evangélica, mais acessíveis aos professores pessimamente preparados. Já passou da hora de sabermos diferenciar o público do privado, o profano do religioso, a maioria da totalidade, a opinião pública da particular e o direito de exercitar crenças e doutrinas, com liberdade, mas não de impor a ninguém parâmetros de comportamento.

E o que dizer dos professores de “ensino religioso” que são, na verdade, padres da Igreja Católica, ou pastores, bispos ou outro cargo qualquer de patentes sobrenaturais da mais alta galhardia? Ora, se eu quiser matricular o filho numa escola religiosa, certamente gostaria da educação voltada para os valores vocacionais ou regulamentares das posturas daquele colégio. Mas, no ensino público, onde todos devem ter liberdade suficiente para optar, não sendo teleguiados ao sabor dos rebanhos mais ou menos expressivos? E como fica essa massa marginalizada de budistas, umbandistas, islâmicos, ateus, hindus, que não têm direito à valorização de suas crenças no espaço democrático público?

O fundamento do Estado leigo é o distanciamento institucional de vetores religiosos e separação absoluta das orientações doutrinárias majoritárias nacionais com as políticas públicas. Ensinar religião na escola não significa de forma alguma ministrar valores cristãos e sim ponderar sobre metafísica e história de todas as maiores e mais relevantes vertentes da humanidade. Crer no Messias e identificá-lo à figura de Jesus Nazareno é lugar-comum na América Latina, o que não confere a ninguém o direito de induzir semióticas cristãs no imaginário popular.

É que, para o cidadão comum, ao se deparar com símbolos-conceito em locais republicanos, evidentemente que imbricar um valor com outro é natural conseqüência. Assim, os juízes costumam se apropriar de imagens religiosas para fazer crer ao público no ofício misto de pajé, invocando forças sobrenaturais para si, identificando-o mesmo com certas divindades. Assim, é a clássica Têmis um tanto surrada pelo mau-gosto das aplicações vulgares em timbres e estátuas carnavalescas; da mesma forma, mais pudico e discreto, lá está também Jesus Cristo, fundador de uma dissensão religiosa judaica que certamente condenaria o uso de símbolos pagãos como a Têmis justiceira.

Vez por outra, há juízes que levam bíblias para audiências públicas, sessões de julgamento, chegando ao cúmulo de arriscar um versículo ou uma lição de moral emersa dos textos antigos. Mil vezes equivocados os magistrados que pretendem inculcar qualquer valor transcendental em suas sentenças, misturando o aspecto legal com obscuras interpretações religiosas. Questões atinentes à fé são pessoais ou comunitárias, mas jamais se confundem com as funções administrativas da República. Podem até ser alvo de discussão, debate, polêmica, mediação, mas nunca integrar-se no arcabouço simbólico institucional.

Nem se diga ser a cruz um elemento cultural imanente da população brasileira. Não. Porque nossa sociedade, embora essencialmente cristã, com católicos mais escriturados do que fervorosos, está assentada sobre pilares constitucionais que vedam manifestações institucionais de apreço ou preferência desta ou daquela corrente religiosa. Imaginem os leitores se cada parlamentar seguidor de outra enorme vertente religiosa pudesse inserir no plenário do Congresso Nacional o seu totem: teríamos ao lado da cruz, um buda, uma lua crescente, um elefante, um caboclo e toda a pletora de liturgias divorciadas do republicanismo laico.

Muita gente não entende o fundamento da República. Eu mesmo sou católico, freqüento missa, acredito na salvação cristã, comungo pela remissão de pecados, batizado, crismado, casado e toda a parafernália ritualística católica, mas não posso admitir o uso de enfeites religiosos que adornam espaços públicos. Uma coisa é a fé pessoal ou comunitária capaz de nos reunir semanalmente em torno do mistério da presença divina, com ou sem intermediários. Outra coisa muito diferente é sugerir ao público que os poderes republicanos adotam determinada linha religiosa ou aprovam passivamente o escambo entre ofícios públicos e dons místicos.

Juiz não é deus, advogado não é padre, promotor não é diácono, defensor público não é presbítero. Somos todos, um conjunto de profissionais essenciais à administração da Justiça. E é só. Se seremos salvos ou não, arderemos no mármore do inferno ou não, brindando no paraíso ou amargando o fel e sentindo pontadas de tridentes, pelos bons ou maus atos praticados, isso é uma outra história.

Revista Consultor Jurídico
Eduardo Mahon: é advogado em Mato Grosso e Brasília.
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"Bom de cama é quem usa camisinha" é o mote da Campanha de Carnaval

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A cantora Nega Li é a personagem da Campanha de Carnaval do Ministério da Saúde. A campanha, que começou a ser veiculada no último domingo (27), é composta por filme para televisão, spot para rádio, anúncio em revista, mobiliário urbano, outdoor, adesivagem em estação do metrô e trem, cartazes e folders. Essa é a segunda vez que a estrela da minissérie Antonia protagoniza uma campanha do Ministério da Saúde. A primeira foi no final do ano passado quando Nega Li foi a personagem da Campanha do Dia Mundial da Luta contra a Aids.

O principal diferencial da campanha produzida pela Master Comunicação é os spots de rádio. Este ano, um jingle em ritmo diferente será veiculado em cada região. Na região sudeste, o jingle será em ritmo de samba, na Bahia e região em ritmo de axé e o frevo será o ritmo do spot de Pernambuco e região. O texto do jingle é o mesmo para todos os ritmos.

“Todas as peças convidam as pessoas a participem da discussão e tomarem uma atitude na luta contra a Aids. Quanto aos jingles de rádios, nós optamos por usar a linguagem que cada região está acostumada para facilitar a comunicação”, afirma Claudio Freire, diretor de criação.

Com o mote “Bom de cama é quem usa camisinha", a Master procurou enfatizar a necessidade de prevenção através do estímulo ao uso da camisinha. As peças gráficas também trazem a frase “Qual a sua atitude em relação a luta contra Aids”, convite à reflexão sobre o tema, o endereço eletrônico www.qualsuaatitude.com.br onde é possível tirar dúvidas e participar de um blog de discussão, e a marca Vista-se, símbolo da prevenção e das campanhas de estímulo ao uso da camisinha.

Na mídia eletrônica, o filme de 30” está veiculando na Rede Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV, Educativa, Rede Vida, Cultura e MTV. O spot, também de 30”, está em rádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santos, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Pará e Amazônia. As peças estão expostas no mobiliário urbano das cidades que são referência em festas de Carnaval. As estações e os metrôs do Rio de Janeiro e São Paulo receberam uma adesivagem especial, assim como os trens da capital carioca. Cartazetes também serão colocados nos banheiros das casas noturnas e de grande concentração de pessoas.

A criação da campanha é de Saulo Angelo e Tiago Frechiani, com direção de criação de Luciano Toaldo e Claudio Freire. A produção do filme é da Fulano Filmes.

A Campanha de Carnaval do Ministério da Saúde será veiculada até o dia 5 de março.

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MINISTRO DA SAÚDE CRITICA A IGREJA CATÓLICA DURANTE LANÇAMENTO DA CAMPANHA DE PREVENÇÃO À AIDS NO CARNAVAL

28/1/2008

O ministro da Saúde José Gomes Temporão criticou ontem, durante o lançamento da campanha de prevenção à Aids no Carnaval, a atitude da Arquidiocese de Recife que ameaça entrar na Justiça para proibir a distribuição de anticoncepcionais de emergência, conhecidos como pílulas do dia seguinte, pela prefeitura. "A prefeitura está correta, e a Igreja está equivocada mais uma vez. A prefeitura está fazendo uma coisa que está dentro do protocolo do Ministério da Saúde. A pílula do dia seguinte é usada por orientação médica. É uma questão de saúde pública, não é uma questão religiosa. Lamentavelmente, a igreja cada vez mais se afasta dos jovens com esse tipo de postura", declarou o ministro. A crítica do ministro à Igreja é destaque nos principais jornais do país nesta segunda-feira, 28. Leia na íntegra a reportagem publicada pela Folha de S.Paulo.


Temporão critica ação da Igreja contra pílula

Ministro da Saúde diz que entidade está "equivocada mais uma vez" ao tentar impedir distribuição de pílula do dia seguinte em Recife

Governo lançou ontem a campanha "Bom de cama é quem usa camisinha", que neste Carnaval focará mulheres jovens

MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO

Ao abrir ontem a campanha de prevenção à Aids no Carnaval, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) criticou no Rio a posição da Igreja Católica contra a distribuição da pílula do dia seguinte em Recife durante o Carnaval. O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, anunciou na quinta que a igreja entraria com uma ação para evitar que a Prefeitura de Recife distribua o contraceptivo. Ele não comentou ontem as declarações do ministro.

"A prefeitura está correta, e a Igreja está equivocada mais uma vez. A prefeitura está fazendo uma coisa que está dentro do protocolo do Ministério da Saúde. A pílula do dia seguinte é usada por orientação médica. É uma questão de saúde pública, não é uma questão religiosa. Lamentavelmente, a igreja cada vez mais se afasta dos jovens com esse tipo de postura", declarou o ministro. Ele estava no Centro Cultural Cartola, na Mangueira, onde lançou a campanha "Bom de cama é quem usa camisinha".

O foco deste ano é nas mulheres jovens. Segundo o Ministério da Saúde, na faixa etária entre 13 e 19 anos, a cada seis meninos com Aids, há 10 meninas. Quando se considera todas as faixas, a proporção é de 15 homens para cada 10 mulheres.
Há 180 mil pessoas em tratamento contra a Aids hoje no Brasil -0,6% da população adulta, segundo Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de DST e Aids. Ela estima que existam 600 mil soropositivos no país e que 85% dos municípios tenham pelo menos um caso de morador portador do HIV.

Segundo uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, 87% dos homens de 16 a 19 anos disseram que usam camisinha nas relações sexuais eventuais. Na mesma pesquisa, apenas 42% das mulheres disseram que exigem preservativo. O vídeo da campanha deste ano mostra uma jovem exigindo o uso do preservativo. Depois de ouvir o garoto dizer que não tem, ela diz que "não vai rolar". Uma banda surge em cena e joga uma camisinha para o casal. Em seguida, a cantora Negra Li pede aos jovens que se lembrem da camisinha antes de sair de casa.

Serão distribuídas 19,5 milhões de camisinhas durante o Carnaval -8,5 milhões a mais que no ano passado. Além de folders, cartazes e bandanas, o ministério distribuirá tatuagens com a frase "Tenho atitude, uso camisinha". "Seja você de que religião for, qual sua opção sexual, não importa. O que importa é que todos temos o direito de nos prevenir", disse Negra Li no evento, uma feijoada feita em parceria com a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba).

Temporão destacou como avanços contra a Aids no país o evento ecumênico no Cristo no dia 1º de dezembro do ano passado e o licenciamento compulsório do Efavirenz, medicamento do coquetel anti-Aids. O Brasil passou a comprar o medicamento genérico da Índia e produzirá o medicamento até o fim do ano. Segundo Mariângela Simão, 2,6 milhões de comprimidos são consumidos por mês no Brasil.

Igreja

O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, foi procurado por telefone pela Folha na tarde de ontem, tanto na sede da arquidiocese, em Olinda, como em sua residência, em Recife, mas nos dois locais atendentes informaram que ele não poderia falar, por estar muito ocupado, e que somente hoje seria encontrado. Também informaram que não havia mais ninguém da Igreja autorizado a opinar sobre o assunto.

Fonte: Folha de S.Paulo

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Juiz condena a multa fiel da Igreja Universal em MS que pediu indenização contra jornal

Juiz condena a multa fiel da Igreja Universal em MS que pediu indenização contra jornal
João Prestes, com informações da Folha S. Paulo
O juiz estadual Alessandro Leite Pereira, de Bataguaçu (MS), condenou Carlos Alberto Lima, fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, ao pagamento de multa, custas judiciais, despesas e honorários advocatícios, arbitrados em R$ 800, por agir de má fé em ação que pedia indenização contra uma reportagem publicada no dia 15 de dezembro pelo jornal Folha de São Paulo.

"A postura adotada pelo autor [...] demonstra a existência de inquestionável má-fé, pois deturpa o conteúdo da reportagem para, inserindo-se individualmente nela, buscar indevidamente o recebimento de valor indenizatório", escreveu o juiz em decisão anunciada anteontem (24).

Lima e outros fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus moveram ações simultâneas alegando terem se sentido ofendidos pela reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", da repórter Elvira Lobato, em que relata o crescimento financeiro da instituição, transformando-se em um conglomerado empresarial.

Para os fiéis, a reportagem teria insinuado que os membros da Igreja Universal são inidôneos e que o dízimo pago por eles é produto de crime. Na ação eles argumentaram, ainda, que ouviram gozações de conhecidos.

"Se o autor está sendo vítima de chacotas de terceiras pessoas (...), é contra estas pessoas que o demandante deve direcionar a demanda", escreveu o juiz. Segundo ele, Lima não tem legitimidade por não ter sido citado na reportagem. Ainda cabe recurso à decisão. Leia abaixo a íntegra da matéria da jornalista Elvira Lobato:

ELVIRA LOBATO

DA SUCURSAL DO RIO

Em 30 anos de existência, completados em julho, a Igreja Universal do Reino de Deus construiu não apenas um império de radiodifusão, mas um conglomerado empresarial em torno dela. Além das 23 emissoras de TV e 40 de rádio, o levantamento da Folha identificou 19 empresas registradas em nome de 32 membros da igreja, na maioria bispos.

Entre elas, dois jornais diários -"Hoje em Dia", de Belo Horizonte, e "Correio do Povo", de Porto Alegre- , as gráficas Ediminas e Universal, quatro empresas de participações (que são acionistas de outras empresas), uma agência de turismo, uma imobiliária, uma empresa de seguro saúde.

A Iurd tem também sua própria empresa de táxi aéreo, a Alliance Jet, de Sorocaba (SP). Segundo informação da empresa, fatura cerca de R$ 500 mil mensais, tem três aviões, um deles adquirido por US$ 28 milhões, neste ano.

Segundo a Junta Comercial de São Paulo, ela pertence a Adilson Higino da Silva, bispo auxiliar de São Paulo, e à MJC Empreendimentos e Participações, a qual, por sua vez, pertence aos bispos Darlan de Ávila, Marco Antônio Pereira e ao mesmo Adilson.

Modelo acionário

O modelo acionário da Alliance Jet se repete em quase todas as empresas ligadas à Universal. Os jornais diários foram adquiridos na negociação de compra de TVs. O ""Correio do Povo"" -segundo jornal em circulação do Rio Grande do Sul, com um média diária de 155 mil exemplares- fez parte do pacote que incluiu a TV Guaíba e duas rádios.

O negócio foi fechado no último carnaval, por cerca de R$ 100 milhões. O jornal foi comprado em nome da TV Record de São Paulo e do Rio.

São acionistas da Ediminas , que edita o jornal mineiro ""Hoje em Dia", o bispo Marcelo Silva e o ex-deputado federal e ex-bispo Carlos Rodrigues. Segundo a Folha apurou, a editora recebe R$ 0,25 por exemplar para imprimir o jornal semanal da igreja, o ""Folha Universal", que tem tiragem de 2 milhões de exemplares.

A relação entre a Igreja Universal e as empresas dos bispos é obscura. Muitas delas têm sede em endereços da Iurd. Um exemplo é a Cremo Empreendimentos, que funciona como um braço financeiro da igreja. Ela pertence à Unimetro (outra empresa da Iurd) e ao bispo João Leite. A Cremo é quem financia os bispos na compra de empresas.

Por trás da Unimetro está a Cableinvest, registrada no paraíso fiscal de Jersey, no Canal da Mancha. O elo aparece nos registros da empresa na Junta Comercial de São Paulo. Uma hipótese é que os dízimos dos fieis sejam esquentados em paraísos fiscais.

Troca-troca

Quando um bispo entra em atrito com a igreja, ou se envolve em escândalos -caso de parlamentares-, rapidamente, as ações mudam de mãos.

Foi o que aconteceu com o ex-bispo e ex-deputado federal Wanderval Santos (que pertencia ao PL de São Paulo), denunciado pelo Ministério Público por envolvimento com a máfia das sanguessugas. Depois que o escândalo veio à tona, ele deixou a igreja e vendeu as ações que possuía na Rádio Liberdade (de João Pessoa, Paraíba) e na Rádio Continental (de Florianópolis, Santa Catarina).

Como a maioria dos que perdem o posto, Wanderval não fala sobre o assunto, e protege a imagem da igreja. "Os homens podem ter seus erros, mas a igreja é santa", afirmou. Procurado pela Folha, disse que vendeu as rádios porque "só dão prejuízo" e por ter se cansado da política, e que sobrevive como vendedor de seguros e de perfumes.

O ex-deputado Carlos Rodrigues deixou de ser acionistas de três TVs -Record do Rio, Itajaí e Xanxerê (SC)- depois que se envolveu no escândalo do mensalão, mas ainda figura como sócio da Ediminas e também de quatro rádios.

Ele tem dado recados de que não pretende abrir mão das rádios. Procurado pela Folha, não quis dar entrevista.

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Juiz intima Kaká por relação com igreja

A relação do meia Kaká, do Milan, com a Igreja Renascer, dos bispos Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, parece ir muito além da cessão do troféu de melhor jogador do mundo de 2007 que ganhou da Fifa para exposição. De acordo com a revista "Carta Capital" desta semana, o jogador foi intimado há quatro meses pelo juiz da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Batlouni Mendroni, para explicar sua relação com a igreja e com seus fundadores.

De acordo com a revista, Kaká paga um dízimo anual à Renascer no valor de R$ 2 milhões. O juiz enviou um pedido à Procuradoria- Geral de Milão em 14 de setembro do ano passado para interrogar o jogador. No interrogatório, Mendroni faz as seguintes perguntas, segundo a "Carta Capital": “Qual é seu grau de amizade e que relação tem com as pessoas acusadas? Os acusados costumam freqüentar a sua casa na Itália ou no Brasil? O senhor freqüenta a casa deles no Brasil ou nos Estados Unidos? Você sabe o destino que foi e que é dado ao dinheiro das suas colaborações?”. A revista informa que até esta quinta-feira o juiz não havia recebido as respostas.

Estevam e Sônia Hernandes, que já foram presos nos Estados Unidos, respondem a processos por evasão de divisas e lavagem de dinheiro naquele país. As informações são do G1, da Globo.
http://www.atribuna.com.br/
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'Economist' ironiza igreja de Edir Macedo

A revista londrina The Economist traz na edição desta semana uma reportagem sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em que ironiza as práticas do bispo Edir Macedo. "Sacrificar é divino, ele diz para a congregação. Talvez seja, mas inventar um modelo de negócios genial é humano", afirma a revista.
O texto diz que a igreja de Macedo é apenas a terceira maior entre as episcopais no Brasil, mas "a mais ambiciosa, com filiais em 172 países, um partido político (PRB) e uma rede de TV (Record)".Mas, de acordo com a revista, o maior próposito do partido "parece ser defender os interesses da Igreja Universal contra ataques de seus poderosos inimigos, que incluem a Igreja Católica e a Globo".
DefesaA reportagem diz que a recém-publicada biografia autorizada de Macedo - O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo - é rica em informações curiosas, mas não traz novidades sobre as finanças da igreja ou sobre sua conversão do cristianismo. O texto, porém, nota que Macedo usa o livro para se defender "com robustez" das acusações de que a igreja "explora a credulidade dos desesperados".
O título da reportagem - Se a redenção falhar, você ainda pode usar o banheiro de graça - foi tirado de um dos argumentos que Macedo usa no livro. "Aqueles que não ganham nada ainda podem vir ao culto, usar o amplo salão com ar-condicionado e um banheiro limpo sem pagar", cita livremente a revista. "Eles podem até parar de beber, de bater em suas mulheres e se unir à igreja".
BBC Brasil

Juiz condena Universal a indenizar viúva que doou carro por engano

O juiz Jeová Sardinha de Moraes, da 7ª Vara Cível de Goiânia, condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar em R$ 10 mil uma viúva que disse ter sido pressionada a doar seu carro à instituição e que depois, ao se arrepender, foi agredida e humilhada. Cabe recurso.
Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de Goiás, no processo, a viúva disse que a filha começou a freqüentar da igreja em 2005, após a morte do pai, e que logo passou a ser pressionada a fazer "doações exacerbadas", "sob a promessa de retribuição em dobro".
De acordo com a viúva, a moça chegou a vender utensílios domésticos e móveis --inclusive a cama em que dormia-- para doar mais dinheiro à igreja e que, em meio a isso, doou também o carro da mãe. Segundo a viúva, ela a convenceu a assinar um documento de transferência em branco sob o argumento de que iria vendê-lo.
Depois de perceber o golpe, a viúva foi à igreja reivindicar o carro, mas acabou "maltratada, agredida fisicamente e exposta à humilhação", ainda segundo o TJ.
Em sua decisão, Moraes considerou que a má-fé da Universal é incontestável, pois aceitou um carro de quem não era proprietária. Na sentença, ele ressalta que a filha disse ter sido pressionada pelos pastores a convencer a mãe a assinar o documento em branco. Para ele, a viúva tem direito à indenização por danos morais ainda mais pela reação dos integrantes da Universal ao pedido de devolução do carro.
Outro lado
Por meio de nota a Igreja Universal do Reino de Deus informou que não irá se manifestar sobre o assunto, porém, informou que vai recorrer da sentença.

Aproveite também e baixe o Hino Da Igreja Mundial Dos Bebados De Deus
link abaixo

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Leia a íntegra do pronunciamento do padre Júlio Lancelotti



O padre Júlio Lancelotti negou ter desviado recursos de ONGs e declarou que não manteve relacionamento sexual com um ex-interno da antiga Febem. As declarações foram feitas a fiéis, na porta de sua casa, em São Paulo.

Leia a íntegra do pronunciamento.


"Agradeço a todos vocês e fico constrangido em incomodar a todos e fazer todos mudarem a sua rotina desse dia. Saírem dos seus afazeres. Olhando no rosto de cada um de vocês, eu vejo um pouco da minha vida, um pouco da minha história. O rosto de cada um é um momento, uma alegria, um sofrimento, uma esperança, a amizade.

Vejo crianças que eu batizei, casais que eu fiz o casamento, pessoas com quem nós rezamos juntos. Pessoas que estavam na rua e saíram da rua. Tudo coisa que Deus foi providenciando na vida de cada um. Cada um que está aqui é muito importante para mim. São pessoas que eu respeito muito.

Me faz constrangido, realmente, de causar incômodo a vocês, de causar tristeza, de causar preocupação. Eu não queria que ninguém estivesse sofrendo por isso e também o sofrimento imposto à minha mãe. Em relação a tudo isso que está acontecendo, estão sob segredo de Justiça algumas coisas. Outras estão sendo encaminhadas. Eu pediria muito que rezássemos pelas pessoas que estão presas. Eu peço, eu acredito muito que Deus pode tocar o coração das pessoas. E o mais simples é que as pessoas possam dizer a verdade.

Dizer que aquelas coisas todas, que foram ditas e colocadas nas manchetes dos jornais e dos noticiários, não aconteceram. Isso eu já repeti muitas vezes. Algumas pessoas da comunidade até me viram muitas vezes sofrendo, tendo de dificuldade de lidar com essas coisas.

Os meus irmãos e minhas irmãs da Toca de Assis, são, talvez, testemunhas muito concretas de quantas vezes eu dizia para eles: 'Rezem por mim, porque estou passando um momento difícil, estou lidando com pessoas muito difíceis'. Muitas vezes isso na porta da igreja, na saída das celebrações, às pessoas eu pedia oração, para muitas pessoas dizia: 'Rezem por mim'. Foi o que eu sempre pedi. Quem está aqui e estava nas celebrações lembra que eu sempre pedia orações. E continuo pedindo que nós tenhamos orações. O que eu não gostaria de prejudicar e por quem eu daria a minha vida é pela Igreja. Não gostaria que ninguém desacreditasse.

Acreditem em Jesus, acreditem nele. Acreditem nele. Ele é muito maior que isso tudo. Deus é muito maior que tudo isso. Que ninguém se perturbe na sua fé. Nós, seres humanos, e os padres também, somos frágeis, somos fracos. Somos sujeitos a tantas situações difíceis, mas o que eu gostaria de pedir a todos: mantenham a sua fé. Orem, estejam nas celebrações, recebam a eucaristia, esteja com seu coração sintonizado com Deus.

Acima de tudo, que a Igreja não seja atingida e desrespeitada. Que as entidades sociais são muito maiores do que eu, e muito mais importantes, os movimentos, as pastorais. Nós passamos. A Casa Vida é muito mais importante do que eu, muito mais. Que sejam ajudados todos esses trabalhos, que a Casa Vida seja ajudada e apoiada. Que possa ter claro que tudo isso está sendo falado, que muda a cada hora de um jeito, eu podia dizer para vocês, olhando nos olhos como irmão, que aquilo que já foi dito, mas que a alguns dizem para mim: "Ah, são perguntas que não querem se calar'.

Eu nunca tive acesso a nenhum recurso da entidade Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. Mesmo porque sou conselheiro da entidade, nunca tive acesso (aplausos), nem tenho acesso às contas da própria Casa Vida. Eu não posso movimentar. A não ser que fosse por algum jeito que logo seria descoberto. Eu não tenho acesso a nada dos recursos da entidade. Então, conheçam a entidade, conheçam os trabalhos, para verem a honestidade da entidade e dos trabalhos.

Depois daquela primeira questão que apareceu da fita, onde há a gravação que eu mesmo fiz. Eu mesmo busquei a polícia. Eu sabia que estava sendo feita a gravação. Eles não sabiam. Então, eles podiam dizer coisas que me comprometessem. E seu eu desligasse o gravador naquela hora, os peritos que periciaram a fita teriam descoberto que eu tinha interrompido a gravação. Então, essas gravações que são longas, são gravações de mais de uma hora e meia, de vários momentos, que foram entregues imediatamente à polícia. Eu entreguei. Eu agradeço a todas as autoridades que me ajudaram desde que eu procurei há muito tempo. Nenhum deles me tratou com desprezo nem desdém. Todos me trataram com respeito. A todos eu agradeço.

Não quero citar os nomes, esses dias já saíram nos jornais, mas todas as autoridades me atenderam com dignidade. A todos eu agradeço. Eu não tenho nenhum reparo a fazer. Principalmente ao delegado que foi o que nos últimos dias me acompanhou e alguns dos telefonemas eu atendi e conversei diante desse mesmo delegado, que acompanhou e foi uma pessoa muito digna. Eu agradeço a todos eles.

Sobre a criança, que depois a própria mãe mudou. Só que quando a mãe falou, foi manchete de meia página dos jornais. Quando ela negou, foi uma chamada lá dentro, na décima página do jornal. Quando agora dizem que eu tenho relacionamento com uma dessas pessoas. Se eu tivesse, por que eu gravaria? Ele poderia em algum momento da gravação dizer: "E o nosso caso? Você agora esqueceu?' E eu estou dizendo isso para vocês [fiéis], que são meus irmãos, que são meu amigos. Porque, para muita gente, isso pode não ter crédito nenhum.

Eu só posso voltar a dizer o que uma pessoa muito religiosa, esses dias, uma pessoa muito boa me disse: "Repita muitas vezes no dia: Eis-me aqui, Senhor'. Os que convivem comigo sabem das minhas limitações. Sabem das minhas dificuldades. Sabem que ninguém é perfeito. Eu não sou perfeito. Eu não quero vender uma imagem de pessoa perfeita, porque quem convive comigo sabe das minhas limitações. Aqueles que estão mais próximos na comunidade.

Então, o que eu peço a todos vocês, que orem, oremos, para que se preservem os valores maiores da nossa fé, que se preservem os valores e a dignidade da Igreja. Que assim como eu não gostaria de receber uma ofensa pública como as que ocorrem, porque se colocou em público a minha casa. Todos que são da comunidade sempre sabiam porque quantas vezes me trouxeram aqui. Quantas vezes as pessoas vêm me trazer até em casa porque eu não tinha como chegar em alguns momentos.

Agora, passam pessoas de carro aqui, xingando, ofendendo, falando coisas pesadas. Então, queria também orar por essas pessoas. Rezar por todas essas pessoas, pelos que estão presos. Porque eu acredito que Deus é capaz de tocar no coração de todos. Vocês, hoje, tocaram no meu coração, pela amizade, pela bondade, pelo carinho. Então, eu lhe agradeço. Deus lhe pague, Deus lhe pague." (aplausos)

Dom Odilo critica acusações de pedofilia contra padre Júlio

Para arcebispo de São Paulo, 'é muito fácil' acusar alguém sem provas.
Ele afirma ter plena confiança na inocência do religioso

O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, afirmou nesta segunda-feira (29) ser “muito fácil” acusar alguém sem provas, em relação às afirmações contra o padre Júlio Lancelotti feitas por um homem preso por extorsão contra o religioso. “É muito fácil acusar alguém de pedofilia e depois essa pessoa ter que se explicar”, disse dom Odilo.


O ex-interno da Febem (hoje Fundação Casa) Anderson Marcos Batista, de 25 anos, foi preso na noite de sexta-feira (26), acusado de extorquir dinheiro do padre. A defesa de Batista afirma que já houve um "caso de amor" entre o religioso e Batista. Segundo Nelson Bernardo da Costa, advogado do acusado, os dois se conheceram quando o suspeito tinha cerca de 15 anos e cumpria internação na antiga Febem por roubo.

Dom Odilo defendeu o padre Júlio durante anúncio de um plano de restauração do patrimônio religioso da cidade, ocorrido na manhã desta segunda. “Tenho plena certeza de que a inocência do padre Júlio neste caso será plenamente confirmada. Nós temos confiança no trabalho da polícia e da Justiça”, disse o arcebispo de São Paulo.

Serenidade

Ele pediu serenidade e senso crítico na análise do caso. “As acusações levantadas são muito frágeis, precisam ser demonstradas. Isso acaba destruindo a boa imagem de um homem construída ao longo de um trabalho muito duro e difícil, que é reconhecido na cidade. De um momento para outro, [a imagem] é execrada de uma maneira muito injusta.”

Padre Júlio é ligado à Pastoral do Menor de São Paulo e conhecido por seu trabalho social com menores infratores e moradores de rua. Quatro homens foram presos acusados de extorquir o religioso. O padre procurou a polícia porque estava sendo ameaçado pelo grupo. Dom Odilo acredita que esta é outra prova da inocência dele. “É preciso lembrar que o padre Júlio foi quem apresentou a denúncia”, disse.

"Padre é a vítima", diz polícia

Em entrevista coletiva neste sábado, o delegado André Pimentel, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 5ª Seccional, disse que não há comprovação das acusações feitas pelo advogado do ex-interno. Pimentel disse, ainda, que Lancelotti é, até agora, a vítima.

O advogado do religioso, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou ao SPTV, da TV Globo, que o cliente deve ser tratado como inocente. “O padre Júlio é vítima de um processo de extorsão. Foi o padre Júlio que denunciou à polícia este caso de extorsão (...) Ele é vítima. Eu quero que se presuma a inocência do padre, porque foi ele quem denunciou a armação", disse o advogado do padre.

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Polícia quer ouvir funcionários do padre Júlio

Polícia quer ouvir funcionários do padre Júlio

Delegado pediu a lista de ex-internos da Febem que passaram pela Casa Vida 2, em 99 e 2000

Eduardo Reina

Um dia após ouvir depoimento de uma mulher que disse ter visto o padre Júlio Lancellotti em suposta ação libidinosa com um adolescente, a polícia procura provas que possam sustentar a investigação. O delegado assistente do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 5ª Seccional, Marco Antonio Bernardino Santos, pediu informações à Casa Vida 2, onde a mulher teria visto Lancellotti com um rapaz, sobre seus funcionários. Também foi solicitado à Vara da Infância e Juventude da capital que forneça a lista de internos que receberam o benefício de liberdade assistida entre 1999 e 2000 na ex-Febem, atual Fundação Casa.

O delegado Santos disse temer que o caso se torne "uma nova Escola Base". Em 1994, donos de uma escola na Aclimação, professores e pais de um aluno foram acusados de abusar sexualmente de crianças. Ao fim do inquérito, todos os acusados foram inocentados.

"Quero saber quais eram os funcionários da Casa Vida 2 no final de 1999 e início de 2000. Também quero saber da Justiça quais eram os jovens que tinham licença para sair da Febem", disse Santos. De acordo com a polícia, a mulher afirmou ser evangélica e não reconheceu por foto Anderson Marcos Batista como o rapaz flagrado juntamente com o padre no fim de 1999 na Casa Vida 2. A identidade da ex-funcionária está sendo mantida em sigilo.

A polícia também apura extorsão contra o religioso por uma quadrilha chefiada por Batista, que em três anos teria achacado pelo menos R$ 80 mil. Batista, sua mulher Conceição Eletério e Evandro Guimarães estão foragidos. Apenas Everson Guimarães, irmão de Evandro, está detido no Centro de Detenção Provisória do Belém.

A Casa Vida 2 atende pacientes de 8 a 17 anos , portadores do vírus HIV. Na época em que teria ocorrido o suposto flagrante, segundo a polícia, a maioria dos internos era de meninas.

Ontem, chegou à 5ª Seccional ofício da Fundação Casa, pedindo cópia do inquérito que apura a extorsão contra Lancellotti. A sindicância interna foi aberta no dia 18 de outubro e teria como objetivo acompanhar as investigações, uma vez que o padre é funcionário da ex-Febem desde 1975.

CNBB

Também nesta quinta-feira, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de seu Conselho Permanente, redigiu uma carta de solidariedade ao padre. O presidente da CNBB, d. Geraldo Lyrio Rocha, disse que "a Conferência acompanha com muita tristeza as acusações feitas, de maneira leviana e irresponsável, a uma pessoa que vem há longos anos se dedicando à causa dos menores, pobres e moradores de ruas, colocando em risco sua própria vida".
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Brasileira deve ser beatificada neste sábado

De A Tribuna On-line


A beatificação da catarinense Albertina Berkenbrock pelo Vaticano está marcada para este sábado. Morta de forma trágica na comunidade rural de São Luiz, no interior de Santa Catarina, no começo do século passado, a menina ganhou fama de milagreira.

Filha de agricultores, Albertina estava no meio do mato à procura de um boi quando foi atacada por um empregado da família. Ela tinha doze anos, resistiu a uma tentativa de estupro e morreu degolada por um punhal. Pouco tempo depois surgiu a fama.

Segundo religiosos da região, um ano depois da sua morte as pessoas iam ao local em que ela morreu para rezar. Numa dessas vezes, um colega de Albertina, que era paralítico, voltou a andar. O caso fez com que sua fama se espalhasse pela região.

Para o Vaticano, não era necessário nem um milagre para que a menina fosse beatilificada. A Igreja Católica vai transformar Albertina em beata porque reconheceu um caso de martírio. Um mártir é alguém que derrama o próprio sangue em nome de um valor do evangelho.

Segundo a avaliação dos católicos, a menina teria preferido dar sua vida por amor a Cristo para defender os valores que ele trouxe, especialmente o da castidade.

O palco em frente à catedral erguida no pequeno povoado está pronto para a cerimônia. A família de Albertina comemora. O irmão dela, Vandolino Berkenbrock, esperou 90 anos pelo dia da beatificação: “tô feliz, muito feliz, deu para chegar o dia, né?”. As informações são do G1, da Globo.

A TRIBUNA ON LINE


BRASIL: PASTOR EVANGÉLICO QUEIMA IMAGENS SACRAS

São Paulo - O pastor evangélico brasileiro, Fábio Pereira, está sendo investigado pelas autoridades, acusado de ter queimado imagens de Jesus Cristo e de São Pedro, entalhadas em madeira por índios da tribo Guarani, no século XVII, informou hoje, a televisão local.

A "Globo News" informou que o Ministério Público e a Polícia do Rio Grande do Sul acusaram o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus de furtar as imagens, quando visitou a casa do proprietário das mesmas, na localidade de São Borja.

As duas imagens estavam registradas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O pastor _ que mostrou, entre outras coisas, total desconhecimento do valor da peças como parte do acervo artístico do Brasil _ argumentou que a "queima de imagens é uma prática habitual" em sua seita, que busca, com isso, "promover a libertação espiritual".

As imagens eram conhecidas como "Senhor morto" e "São Pedro". (AF)
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Tu não matarás, a não ser que seja em um jogo de videogame na igreja

Primeiro vem o som persuasivo de tiros de armas e a emoção de matar. Depois o canto gospel de paz.

Por todo o país, centenas de ministros e pastores desesperados para atraírem jovens trouxeram preocupação e críticas por causa do uso de uma rara ferramenta de recrutamento: o jogo violento de videogame “Halo”.

O último da série do épico espacial popular, “Halo 3” foi lançado há quase duas semanas pela Microsoft e já ultrapassou os US$ 300 milhões em vendas.

Os compradores têm que ter mais de 17 anos. Mas isso não impediu os líderes em igrejas e centro de jovens de várias congregações protestantes, incluindo igrejas evangélicas que alertaram contra o entretenimento violento, de realizarem noites para jogar “Halo” e lotar seus centros com consoles para vários jogadores para que vários adolescentes possam se juntar ao redor de grandes televisões de tela plana e atirarem.

A aliança entre cultura popular e evangelismo está desafiando as igrejas tanto quantos os bingos fizeram nos anos 60. E a questão é própria para um rico debate sobre até onde as igrejas devem ir para alcançar os jovens.

Líderes de igreja que apóiam o “Halo” – apesar de seu credo “tu matarás” – dizem que se tornou crucial para os esforços evangélicos de alcançarem sua audiência mais evasiva, meninos e homens jovens.


Em um porão da Igreja Comunitária do Colorado em uma área de Denver, onde Tim Foster, de 12 anos, e Chris Graham, de 14, se sentam em frente da televisão, presos em um violento combate virtual enquanto destruíam personagens com explosões de armas letais. Tim explicou a sedução do jogo: “é divertido explodir as pessoas”.

Depois que eles vêm pelo jogo, Gregg Barbour, o ministro da igreja disse, eles ficarão para a mensagem cristã. “Queremos evitar que os adolescentes vão para o inferno”, Barbour escreveu em uma carta aos pais da igreja.

Mas a questão surge: a qual preço para parecer relevante? Alguns pais, éticos religiosos e pastores dizem que “Halo” pode ter sucesso em atrair jovens, mas isso pode ter uma influência ruim. Ao oferecer “Halo”, as igrejas permitem acesso a material adulto que os jovens não podem comprar sozinhos.

“Se você quer criar uma ligação com meninos e trazê-los para a igreja, álcool de graça e filmes pornográficos devem funcionar”, disse James Tonkowich, presidente do Instituto de Religião e Democracia, um grupo sem fins lucrativos que avalia políticas. “Eu acredito que dá para fazer melhor do que isso”.

- Matt Richtel

CNBB defende cautela para examinar santa que verte mel

Marcelo Varela
Arquivo/Marcelo Varela




A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) defendeu neste domingo cautela para analisar o fenômeno da imagem de Nossa de Senhora de Fátima que verte mel em Campo Grande. Em reportagem exibida na Rede Globo, no Fantástico, o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara afirmou que “tem que se tomar cuidado ao se pronunciar sobre um fenômeno envolvendo uma imagem”.

A reportagem, exibida neste domingo, ouviu também um psicanalista que a princípio se trata de uma farsa. “Não posso afirmar isso com certeza, pois seriam necessárias várias análises para comprovar o fenômeno”, disse o especialista. A CNBB deverá montar uma comissão formada por padres, especialistas e parapsicólogos, e caso o fenômeno seja considerado inexplicável, o caso será remetido ao Vaticano.

O fenômeno da imagem de Nossa de Senhora de Fátima que transpira mel virou caso de polícia na última semana. A reportagem do Midiamax, do último domingo, dia 26, presenciou e registrou uma equipe da Polícia Militar estava fazendo vigilância em torno da imagem, fazendo sua segurança. Na ocasião, o dono da imagem, empresário José Rezek, preferiu não revelar a ameaça que o levou a pedir reforço policial. Na reportagem deste domingo da Rede Globo, a informação é de que foram feitas ameaças à família por telefone. Uma pessoa teria exigido que Rezek deveria entregar a imagem à Igreja Católica para passar por análise. Devido a isso, policiais à paisana estão misturados entre os fiéis para garantir a proteção da imagem e da família.

Na última terça-feira, a Arquidiocese de Campo Grande decidiu emitir um posicionamento após as polêmicas envolvendo a Igreja Católica de Campo Grande e a família proprietária da santa que transuda mel. Segundo a nota, “estamos acompanhando com muita atenção e respeito tudo que está acontecendo. Lamentamos tudo aquilo que tem provocado desarmonia, distância e desunião”, alega o documento divulgado pelo bispo auxiliar e vigário geral de Campo Grande, Dom Eduardo Pinheiro da Silva.

Na nota, a arquidiocese esclarece que nomeou uma comissão para acompanhar de perto a manifestação da santa que verte mel. “Para elucidar o acontecimento programamos uma visita privativa com a família. No entanto, isso não foi possível, pois quando nos aproximamos do local percebemos que não teríamos a privacidade combinada para, com serenidade e liberdade, conversar e orientar o proceder diante desta situação”, alega o documento.

Conforme a matéria exibida, Rezek afirmou que de zero à dez, as chances de a igreja retirar a imagem da residência é zero. “Não há chance nenhuma”. Rezek ainda declarou que acredita que ele e sua esposa teriam sido “escolhidos por Deus para enviar esse sinal para os fiéis”.

Ainda na semana passada, a família Rezek, passou momentos de tensão quando um homem se apresentando como padre parapsicólogo disse que queria hipnotizar a filha dele, de 17 anos, sozinha, para investigar o fenômeno. Além de outros boatos de pessoas que queriam quebrar a santa, fato que motivaram a escolta policial no local que virou sede da romaria em Campo Grande.

Na carta, Dom Eduardo e Dom Vitório afirmam que “em momento algum motivamos padres e fiéis a desrespeitar e prejudicar a família, a imagem, a piedade popular, bem como a prática religiosa de devoção Mariana”. E ainda ressalta “lamentamos qualquer mal entendido que possa ter ocorrido (...) Se tais fatos aconteceram não procederam de nossa parte, uma vez que este posicionamento não condiz com nossa missão (...) Orientamos a todos que aguardemos com fé, respeito e esperança até que tudo seja esclarecido”.
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