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Revistas Carta Capital e Veja trazem mesma imagem de Fidel Castro na capa

Por Ana Luiza Moulatlet/Redação Portal IMPRENSA

As edições desta semana das revistas Veja e Carta Capital trouxeram a mesma imagem na capa. Embora tenham linhas editoriais quase opostas, ambas expuseram a mesma foto do estadista cubano Fidel Castro: enquanto Veja vinha com o título "Já vai tarde - o fim melancólico do ditador que isolou Cuba e hipnotizou a esquerda durante 50 anos", Carta Capital trazia as palavras "Cuba sem Fidel - análises de Jon Lee Anderson, Tariq Ali, Emir Sader, José Jobson Arruda e Luiz M.C. da Costa".

Reprodução

"O fotógrafo tenta transformar em imagem o que se diz". Orlando Britto, autor de 112 capas de Veja, trabalhou 16 anos na revista e fez uma capa precursora a essa: a silhueta do político Ulysses Guimarães, 4 dias antes da morte dele. Com a frase acima, ele responde à questão de como duas revistas tão diferentes podem ter escolhido a mesma foto. E completa: "É uma foto clássica, que pode dizer muitas coisas".

Tadeu Nogueira, editor de arte da Veja, explicou que "escolheu a foto por ser tão boa, tão significativa, mesmo com poucas linhas de luz". Apesar da legenda, ele diz que, para a arte, "o que valeu foi a idéia sintética da foto. Todo mundo reconhece que é o Fidel. Teria que ser uma foto que fosse meio-termo: em que ele não aparecesse nem tão velho, nem tão novo, nem tão raivoso, nem brincalhão. Na imagem a gente queria colocar isso; é uma silhueta imediatamente identificável. Essa versão ganhou pela simplicidade e pela clareza".

Reprodução

Coincidentemente, a revista Carta Capital escolheu a foto pelo mesmo motivo. Adriana Corradi, chefe de arte da revista, explica: "Cada revista aborda as fotos de uma forma. A mesma imagem acaba tendo dois sentidos, dependendo do conteúdo. A pessoa, a figura de Fidel já é tarimbada. Só a silhueta dele já identifica o personagem. Tem uma idéia que puxa para o saudosismo".

Ela lembra que não é a primeira vez que isso acontece: "Uma vez fizemos uma capa sobre o Papa e a Época deu a mesma foto". As duas revistas recorrem às mesmas agências de imagem, com conteúdo público. E concordam que essa foto de Fidel é instigante, toma a atenção do espectador; todos se identificam.

Erro de digitação faz Estadão dar o Oscar de melhor filme à produção errada

Por Ana Luiza Moulatlet/Redação Portal IMPRENSA

A capa do Caderno 2, especializado em Cultura do jornal O Estado de S.Paulo, informou equivocadamente nesta segunda-feira, 25, que o vencedor da categoria de melhor filme do Oscar foi "Elizabeth - A Era de Ouro".

Na reportagem "A emoção dos intérpretes no Oscar dos 80 anos", do jornalista Luiz Carlos Merten, uma coluna à direita da página informava todos os vencedores das categorias. Como melhor filme, aparecia "Elizabeth - A Era de Ouro", de Alexandra Byrne. O filme, na verdade, ganhou o primeiro Oscar da noite, de melhor figurino.

Dib Carneiro Neto, editor do Caderno 2, explicou o que houve: "A edição do jornal distribuída para o Brasil fechou às 20h30, quando o Oscar ainda não tinha começado. A edição da cidade de São Paulo foi fechada às 0h30. Nesse horário, já tinham sido anunciados alguns prêmios".

O primeiro prêmio da noite foi de melhor figurino que, de acordo com Carneiro Neto, ficou no topo da tabela da reportagem por causa da ordem de prêmios. A edição seguinte do jornal foi fechada à 1:15h. Nesta edição é que ocorreu o equívoco. "O repórter que estava editando, por um erro de digitação, trocou a palavra 'figurino' pela palavra 'filme'. Existia um padrão da coluna de ganhadores, causando esse equívoco".

Na última edição do Estadão de domingo, fechada às 2h15, quando todos os prêmios do Oscar já tinham sido distribuídos, o erro foi percebido e corrigido. Com todas as informações, esta edição "trouxe outra matéria, outro título, tudo diferente", afirmou Carneiro Neto.

O editor explicou que, quanto mais tarde uma edição do jornal é fechada, menor é a tiragem e menos pessoas o recebem. Como mais pessoas receberam a edição da 1h15, com a informação errada, a edição de terça-feira (26) do Estadão virá com uma correção, explicando aos leitores o ocorrido.

Cicarelli perde ação na Justiça e vídeo de namoro na praia pode voltar à internet

Redação Portal IMPRENSA

A modelo e apresentadora Daniella Cicarelli e seu ex-namorado Tato Malzoni perderam a ação que moveram contra o YouTube, o iG e a Globo.com, por divulgarem na internet fotos e vídeos que mostravam o casal no mar de uma praia na Espanha, durante uma possível relação sexual.

A decisão é do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo (SP), que cassou as medidas restritivas e julgou improcedente a ação movida pelo casal, que pedia reparação por danos morais e a proibição da exibição do vídeo e de qualquer foto procedente dele.

Dessa forma, não haverá mais veto, e o vídeo e as fotos poderão voltar à rede mundial de computadores. No entanto, a transição pode demorar alguns dias. Como está em vigor uma liminar da 4ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, que proíbe a exibição, o colegiado precisará se manifestar a respeito.

Os réus da ação - YouTube, iG e Globo - poderão pedir a suspensão da proibição. No entanto, é possível que a defesa de Cicarelli peça a manutenção da tutela que foi antecipada.

A sentença determinou que, além das custas, Daniella e Tato paguem R$ 10 mil de honorários para os advogados de cada um dos réus. "Os autores não pediram providências para apurar as responsabilidades pela publicidade indevida. Portanto, a medida se mostrou inócua e também desnecessária, razão pela qual não mais deve subsistir", afirmou o juiz.

O magistrado fez alusão, na fundamentação, a um julgado que concluiu pela improcedência de uma ação contra o Diário Catarinense, que exibiu fotos de uma jovem que fazia topless em Florianópolis (SC).

O magistrado assistiu ao vídeo para chegar à conclusão que Cicarelli e o namorado "agiram despreocupadamente". Ele considerou, ainda, "uma reportagem de conhecida revista masculina, não impugnada pelos autores em seu conteúdo, que transcreveu relevante informação do paparazzo responsável pela filmagem:'havia cerca de 200 pessoas na praia naquela tarde, eles fizeram aquilo na frente de todo mundo'".

As informações são do site Espaço Vital.

Foto: Divulgação

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ANJ critica ações da Igreja Universal e presta solidariedade a jornalistas

ANJ critica ações da Igreja Universal e presta solidariedade a jornalistas

O Globo

BRASÍLIA - A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) voltou nesta terça-feira a divulgar nota sobre a estratégia da Igreja Universal do Reino de Deus de usar seus fiéis e sua estrutura para ir à Justiça e pressionar a imprensa a não divulgar notícias críticas à organização religiosa. No texto, a ANJ afirma que vê com preocupação as recentes ações judiciais movidas por fiéis e pastores da Universal contra jornais do país.

"As ações judiciais alegam pretensos danos morais sofridos pelas fiéis da Universal, mas não escondem o claro propósito de intimidar o livre exercício do jornalismo. São obviamente resultado de um planejamento, com argumentações, estratégias e objetivos idênticos. Mover as ações em grande número, com origem em diversos pontos do país, é uma tática que evidencia o verdadeiro intuito de causar transtornos aos jornais e jornalistas, que se vêem obrigados a comparecerem e constituírem defesa em dezenas de cidades e a multiplicarem, conseqüentemente, os custos de sua defesa. Na medida que criam essas dificuldades, os autores das ações e seus mentores, a rigor, pretendem induzir jornais e jornalistas a silenciarem informações a respeito da Universal. É uma iniciativa capciosamente grosseira e que afronta o Poder Judiciário, já que pretende usá-lo com interesses não declarados", afirma a nota.

Em seguida, a ANJ afirma que diversos juízes tomaram decisões contrárias às ações, acrescentando palavras de solidariedade aos jornais e jornalistas alvos da estratégia.

"A ANJ renova sua solidariedade aos jornais e jornalistas alvos dessas ardilosas ações judiciais e se coloca à disposição desses e de outros veículos e profissionais que venham a sofrer igual violência. A ANJ chama a atenção da sociedade brasileira para o caráter autoritário dessa ação orquestrada, que usa fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra os valores da liberdade em nosso país, se baseia na intolerância e indica a preocupante pretensão de impor um pensamento único, incompatível com a convivência democrática. É preciso impedir, desde já, o avanço dessa escalada obscurantista", finaliza o texto assinado pelo vice-presidente da ANJ, Júlio César Mesquita.


Em nota, Igreja Universal cobra responsabilidade da imprensa

A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) divulgou nesta terça-feira (19) uma nota em que nega as acusações de má-fé que vem sofrendo de setores da sociedade civil e da grande mídia. Na nota, diz não orquestrar as ações movidas por fiéis e pastores contra jornais e jornalistas que escreveram reportagens contra a igreja comandada pelo bispo Edir Macedo.

"A Iurd já ingressou com suas ações judiciais e não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis", diz o texto, ao comentar as ações na Justiça de fiéis contra os jornais Extra, O Globo, A Tarde e, sobretudo, Folha de S.Paulo. Nos processos movidos contra a Folha, eles se dizem ofendidos pelo teor de uma reportagem da jornalista Elvira Lobato, publicada em dezembro sobre o patrimônio da igreja.


Na nota, a Universal afirma respeitar o direito à liberdade de imprensa, jornalistas e veículos de comunicação. "Porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade da honra", diz a nota. "A imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente."


Leia abaixo a íntegra do texto:

A Igreja Universal do Reino de Deus, entidade religiosa há 30 anos no Brasil, com mais de 5 milhões de fiéis e presente em 170 países, vem a público esclarecer que:


1. Fiéis de várias partes do país estão procurando a Iurd para manifestar seu repúdio em relação às notícias classificadas como lamentáveis, publicadas por veículos de comunicação, especialmente no que se refere à origem e destinação de seus dízimos;


2. O dízimo é um aspecto da liberdade de crença consagrada pela Constituição Federal;


3. A Iurd já ingressou com suas ações judiciais e não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis;


4. A Iurd respeita a liberdade de Imprensa, os jornalistas e suas entidades representativas, porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade da honra;


5. A Imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente;


6. A Iurd não está à margem da sociedade. É uma entidade regularmente constituída, conforme a legislação brasileira, que deve ser respeitada como todas as outras denominações religiosas no estado democrático de direito. É inaceitável, que no uso de suas prerrogativas, a mídia utilize denominações ofensivas e preconceituosas como seita, bando e facção em referência à Iurd;


7. A Iurd apóia a posição de todas as entidades de classe quando está em questão a Democracia. A Imprensa, com responsabilidade, pode noticiar e os fiéis, da mesma forma, podem acessar a Justiça;


8. Cabe ao Judiciário, com a imparcialidade e independência que lhe são inerentes, a palavra final.


São Paulo, 19 de fevereiro de 2008.


Igreja Universal do Reino de Deus

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Templo da Igreja Universal é pichado em Pinheiros

No final da noite de ontem, a porta de aço do templo da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada na rua Butantã, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, foi pichada com as seguintes frases: "Pastores farsantes"; "Edir Macedo ladrão"; "Dinheiro sujo"; "O jornal publica o que quer".

As frases, assinadas por um grupo que se identifica como "Os Bicho Vivo, Malignos, Trolhas e Túmulos", fazem referência ao processo movido pela Igreja Universal e pelos fiéis contra os jornais "Folha de S.Paulo", "O Globo" e "Extra", que publicaram reportagens sobre o "império" da Universal.

Tornou-se rotina pelas ruas da capital a ação desse grupo de pichadores sempre após a divulgação de crimes e fatos de repercussão na mídia. No último domingo, na edição do "Domingo Espetacular", da TV Record, foi exibida uma reportagem de 14 minutos na qual a igreja, em razão das publicações, ataca diretamente os jornais e a repórter Elvira Lobato.
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Igreja Universal tenta intimidar imprensa, alerta ABI

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) classificou como "uma campanha de intimidação e coerção sem precedentes na história da comunicação no Brasil" as ações judiciais contra jornalistas e a direção de três jornais, "Folha de S. Paulo", "Extra", do Rio, e "A Tarde", de Salvador, por fiéis e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus. As ações questionam reportagens dos veículos que tratam do patrimônio de Edir Macedo, líder da igreja, e agressões a imagens de santos católicos por membros da Universal.

O presidente da ABI, Maurício Azêdo, afirmou que o fato de as ações terem sido ajuizadas em localidades distantes - onde, em alguns casos, só é possível chegar de barco - demonstra a intenção dos autores: "Há a nítida intenção de dificultar o direito de ampla defesa e do contraditório assegurado pela Constituição", argumentou Azêdo.

Da mesma forma, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) se manifestou contra a conduta da Universal. "É uma intimidação ao livre exercício do jornalismo e uma tentativa espúria de usar o Poder Judiciário contra a imprensa e privar o cidadão de ser informado", afirmou, em nota, a entidade.

O diretor de Redação da "Folha de S. Paulo", Otavio Frias Filho, disse que o jornal respeita todas as religiões, mas isso não está em questão. "O que estamos discutindo é o direito de o jornal realizar seu trabalho jornalístico sem sofrer cerceamento por parte de quem quer que seja. A ação orquestrada configura litigância de má-fé."

A assessora jurídica de "A Tarde", Ana Paula Cardoso de Morais, demonstrou preocupação com as ações. "Se a moda pegar, estará extinta a liberdade de imprensa no Brasil", criticou. A empresa responde a 35 ações propostas por pastores da Universal e fiéis que pedem indenizações de R$ 1 mil a R$ 15 mil por supostos danos morais causados por uma reportagem assinada pelo repórter Valmar Hupsel Filho sobre o vandalismo contra uma imagem de São Benedito por um fiel da igreja.

As ações, que alegam "discriminação religiosa", foram ajuizadas em cidades como Uruguaiana (RS) e Araguatins (TO). A linha de defesa do jornal tem se baseado na "falta de legitimidade de fiéis para propor ações, já que a Universal tem personalidade jurídica e seus autores não foram citados nas reportagens".

A empresa Folha da Manhã, que edita a "Folha de S. Paulo", foi alvo, de acordo com a advogada Taís Gasparian, de 50 ações - quatro já extintas - por causa de reportagem de Elvira Lobato, que mostra o aumento do patrimônio da Universal. A igreja e Edir Macedo controlam, segundo a reportagem, 23 emissoras de TV e 40 emissoras de rádio, além de 19 outras empresas.

No caso do carioca "Extra", os processos são contra a empresa e seu diretor de redação, Bruno Thys. Cinco pastores alegam, no pedido inicial, estar "correndo o risco de sofrer agressões diárias e discriminações". Thys contesta as alegações. "Cumprimos o nosso dever de informar e confiamos na Justiça. De fato, causa estranheza a semelhança nos textos das ações e a coincidência das datas."

A leitura das ações sugere que os vários processos tiveram matriz única. Os pedidos de indenização contêm parágrafos idênticos, como se tivessem sido preparados pela mesma pessoa - o que indica uma ação orquestrada.

Ilegítimas

Em sentença na cidade de Xapuri (AC) em ação contra a "Folha de S. Paulo", a juíza Zenair Ferreira Bueno anotou em sua decisão contrária ao autor, Maurício Muxió dos Santos, que "é impossível acreditar que 30 fiéis, nos mais distantes rincões do País, tenham sido abordados com os mesmos dizeres citados na ação". Outros 29 fizeram a mesma petição. O autor alegou que estava sendo ofendido na rua por causa da reportagem.

"O Poder Judiciário não pode admitir que seja usado por quem quer que seja que pretenda atingir objetivo ilegal", advertiu a juíza, em sua sentença. Procurado por meio da assessoria de imprensa da Rede Record, o advogado de Edir Macedo, Artur Lavigne, não se manifestou sobre o caso. (AE)
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MP analisa inquérito contra o bispo Edir Macedo

MP analisa inquérito contra o bispo Edir Macedo

G 1
O bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, foi indiciado na semana passada pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. De acordo com o inquérito produzido pela delegacia da Polícia Federal de Itajaí, em Santa Catarina, Edir Macedo teria cometido esses crimes ao transferir a propriedade de uma retransmissora da Rede Record, a TV Vale do Itajaí.

O inquérito da PF acaba de chegar à mesa do procurador Marcelo Mota, do Ministério Público Federal de Santa Catarina. Agora, Mota deve analisar o trabalho da polícia e decidir se denuncia ou não o bispo Macedo. Caso seja denunciado, Macedo se tornará réu e deverá ir a julgamento. A pena para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso pode chegar a cinco anos de prisão.

O delito cometido por Macedo, segundo a PF, seria o “preenchimento abusivo” de um documento usado na transferência de propriedade da emissora. Pelas regras do Ministério das Comunicações, toda mudança no quadro societário das empresas de radiodifusão precisa de autorização prévia. Ao transferir a propriedade da TV Vale do Itajaí do nome de um ex-pastor da igreja para o de outro bispo, esse pedido de autorização teria sido feito, segundo a PF, por meio de um documento falso: o bispo Macedo teria preenchido uma procuração em branco, previamente assinada pelo ex-pastor. Se essa fraude for comprovada, a concessão da TV Vale do Itajaí poderá ser cassada, segundo afirma o advogado Ericson Meister Scorsin, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo e especialista em Regulação dos Serviços de Radiodifusão.

A pedido de revista Época, Scorsin analisou o relatório da PF. Sua conclusão, emitida por meio de um parecer, é a seguinte: “Havendo prova quanto à prática de ilícito criminal, caracterizado pela falsidade documental em documento federal, há, sim, reflexos sobre a habilitação da pessoa jurídica exploradora do serviço de televisão. Trata-se de um forte motivo para abertura de processo administrativo”.

Fundada por Edir Macedo em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus tem 8 milhões de fiéis no Brasil. Com 4.700 templos em 172 países, ela é mais globalizada que a rede de lanchonetes McDonald’s, presente em 118 países. A legislação brasileira não permite que igrejas sejam donas de empresas de radiodifusão. Mesmo assim, Macedo controla a Rede Record. Em seu nome e no de pastores da Universal estão 23 emissoras de TV e 40 de rádio. O processo em Itajaí pode ser uma pista de como ele expandiu os negócios da igreja e como mantém a fidelidade dos bispos e pastores, sócios das emissoras do grupo.

O relatório final da PF sobre o caso de Itajaí levanta uma dúvida: o que os agentes dizem ter descoberto é um fato isolado ou uma prática usual do bispo Macedo para comandar empresas de radiodifusão? Pelo roteiro descrito no relatório da PF, é impossível chegar a uma conclusão. Mas os fatos parecem comprometer o bispo.

Segundo a PF, Edir Macedo teria fraudado um documento para transferir uma emissora de TV para um bispo. Em 1998, Marcelo Nascente Pires, então pastor da Igreja Universal e homem do grupo de confiança de Edir Macedo, comprou participações societárias em duas emissoras em Santa Catarina: a TV Vale do Itajaí e a Televisão Xanxerê Ltda. As duas haviam passado pouco tempo antes a retransmitir a programação da Record. Para conseguir o dinheiro necessário para a compra, Marcelo Pires pedira um empréstimo de R$ 350 mil à Cremo Empreendimentos, uma empresa de São Paulo que pertence a religiosos ligados à Universal. Depois, Pires se desentendeu com Edir Macedo. Ele deixou a Igreja Universal em 2000. Dois anos mais tarde, Macedo, de acordo com o relatório da PF, teria usado uma procuração assinada por Pires para transferir a propriedade das duas emissoras para o nome do então presidente da TV Record, bispo Honorilton Gonçalves.

Pires procurou a polícia e denunciou a suposta fraude. Afirmou que a assinatura da procuração era dele, mas o conteúdo do documento fora preenchido posteriormente. Questionado por Época, Pires não quis explicar as razões que o levaram a assinar um documento em branco.

A procuração usada pelo bispo foi examinada pelo perito particular Claus Guenter Rottschaefer, do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, contratado por Pires. Também foi analisada por peritos da Polícia Federal, a pedido do delegado Anníbal Gaya, encarregado do caso. As duas perícias encontraram indícios de que o documento teria sido fraudado. São eles:

1) o trecho com o nome das empresas que seriam vendidas parece ter sido acrescentado posteriormente, numa tipologia gráfica distinta;

2) a procuração é de 1996, mas, no documento, a TV Xanxerê aparece com um nome (Televisão Xanxerê Ltda.) que só passou a adotar em 1998. Antes, ela se chamava RCE Xanxerê Ltda.;

3) Marcelo Pires assinou o documento em 1996, mas sua firma só foi reconhecida em cartório em 2003;

4) o trecho inicial da procuração cita “a empresa”, no singular, como objeto da negociação. Em seguida, o documento menciona três empresas, a Xanxerê, a TV Vale do Itajaí e a Rede Fênix de Comunicação, uma associação formada pelas duas emissoras, Xanxerê e Vale do Itajaí.

Edir Macedo foi procurado pela reportagem de Época. Em nome dele falou seu advogado, Arthur Lavigne. “Não é a primeira vez que surge uma acusação contra Edir Macedo. A Justiça sempre arquiva ou absolve meu cliente”, diz Lavigne. “Defendo Macedo há 12 anos em vários processos, e ele nunca foi condenado.” Em 1992, o bispo Edir Macedo ficou preso 12 dias, acusado de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular. Ao final do processo, foi absolvido. Convocado pela PF mais de uma vez para prestar depoimento, Macedo faltou a todas as audiências. Seu advogado diz que ele faltava porque mora nos Estados Unidos. O delegado Gaya, responsável pelo caso, não quis fazer comentários. Disse que todas as informações constam do inquérito enviado ao Ministério Público Federal.

Universal usa a TV Record para atacar imprensa
O Globo

RIO - A TV Record, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), usou na noite de domingo grande parte do programa "Domingo espetacular" para atacar a imprensa. Repórteres da emissora entrevistaram fiéis e advogados da igreja para criticar reportagens da "Folha de S.Paulo", sobre o império de telecomunicações montado pelo bispo Edir Macedo, e de 'O Globo', sobre os processos movidos por seguidores e pastores da Iurd contra a "Folha" e a jornalista Elvira Lobato.

Segundo a reportagem de Elvira Lobato - "Universal chega aos 30 anos com império empresarial" -, publicada em 15 de dezembro, a Iurd tem 23 emissoras de TV e 40 de rádio, além de outras 19 empresas registradas em nome de 32 "bispos" ou seguidores da igreja.

Num dos trechos, a reportagem da Record diz que Elvira não havia comparecido a duas audiências na Justiça, mas omitiu a informação de que as audiências estavam marcadas para a mesma hora e o mesmo dia em dois estados: Espírito Santo e Bahia. Os fiéis entraram com ações contra a jornalista em comarcas de diferentes estados. Em alguns casos, as ações têm trechos exatamente iguais.

Ao sustentar que os autores das ações estariam sofrendo humilhações, após a divulgação da reportagem da "Folha", advogados em vários pontos do país citaram a mesma frase para ilustrar o que pastores e fiéis estariam ouvindo em suas cidades: "Viu só! Você que é trouxa de dar dinheiro para essa igreja!! Esse é o povo da sua igreja?! Tudo safado!! Como é que você continua nessa igreja? Você não lê jornal, não? É. Crente é tudo tonto mesmo".

Com duração de 14 minutos e 20 segundos, a reportagem na Record mostrou também três fiéis do Rio que ameaçaram entrar com processo contra 'O Globo'. Sob o argumento de que se sentiram ofendidos por reportagem publicada pelo jornal no último dia 14 - sobre as ações contra Elvira e também contra o jornal "Extra" e seu diretor, Bruno Thys - , os fiéis admitiram ter recorrido a advogados da igreja para buscar orientação e formalizarem ações contra o jornal.


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Roteiristas de Hollywood aprovam acordo para encerrar greve

Roteiristas de Hollywood aprovam acordo para encerrar greve

De A Tribuna On-line


O Sindicato de Roteiristas de Hollywood (WGA) confirmou um acordo para acabar com a greve de três meses na indústria do cinema e da televisão. A categoria aprovou um contrato negociado com os produtores, após uma reunião neste domingo. No início da semana, haverá uma votação dos membros do sindicato para confirmar a decisão.

O WGA, em greve há três meses, anunciou no sábado que havia chegado a um acordo com os produtores, cujos termos aguardavam aprovação das bases da categoria. O acordo seria discutido durante o fim de semana, em reuniões previstas para acontecer em Los Angeles e Nova York. A greve começou em 5 de novembro, em função de divergências entre roteiristas e produtores (Alliance of Motion Picture and Television Producers - AMPTP) sobre os percentuais de lucro pela comercialização de produção audiovisual na internet.

O acordo firmado, que terá validade até maio de 2011, prevê aumentos de pelo menos 3% anual. A paralisação forçou a suspensão ou o cancelamento da filmagem de dezenas de séries de TV e longas-metragens, além de ter ameaçado a entrega do Oscar. As informações são do G1, da Globo.

Acordo pode encerrar greve de roteiristas nos EUA

O sindicato que representa os roteiristas americanos anunciou neste sábado que alcançou um acordo preliminar com os maiores estúdios de cinema e televisão que pode acabar com a greve da categoria. Os roteiristas cruzaram os braços há três meses, exigindo serem pagos pelo uso de suas criações na internet.

A greve prejudicou a produção de vários programas de TV e filmes americanos e levou ao cancelamento da cerimônia de entrega do Globo de Ouro, considerado a principal prévia do Oscar.

Segundo um e-mail enviado pelo sindicato Writers Guild of America a seus membros, "ainda que o acordo não seja perfeito ou seja o que merecemos, nossa greve tem sido um sucesso".

A imprensa acuada

A divulgação feita pela Federação Internacional de Jornalistas, revelando que, em 2007, 135 profissionais da imprensa foram assassinados, e mais 37 morreram em acidentes, trabalhando, nos leva a refletir sobre os riscos no exercício dessa profissão.

O Iraque é assustador com 250 profissionais mortos desde a invasão e ocupação pelos Estados Unidos. Mas mortes violentas também ocorreram no Paquistão, na Somália, México, Siri Lanka e Afeganistão. Os números de 2007, conforme reportagem do JP, são superiores à média histórica, mas 2006 foi definido pela Federação como o mais sangrento da história do jornalismo.

Os perigos, no entanto, não se restringem às zonas de guerra e não são apenas os homicídios e ameaças que perseguem os profissionais. Matéria assinada por Angélica Pinheiro e Airon Maciel, na Revista Imprensa, mostra as formas diversas como longe dos centros urbanos, no Brasil, jornalistas são calados pelo poder local e pela força do crime organizado. Favorece essa situação a dimensão continental do país.

Benoit Harvieu, coordenador do escritório das Américas da Organização Repórteres sem Fronteiras, cita a tentativa de assassinato do jornalista João Carlos Alckimin, que denunciou as ligações da polícia com a máfia dos caça-níqueis em São Paulo. Outro exemplo dado é o do repórter do Jornal do Porto, Carlos Barbon, no ano passado. Barbon foi o primeiro a denunciar o envolvimento de vereadores com a exploração sexual de adolescentes em Mato Grosso do Sul. Também é lembrado o assassinato de Samuel Ramon, apresentador do Programa “A Voz do Povo”. Ele convidava os ouvintes a comentarem a vida política da cidade e denunciava o tráfico de drogas e a alta criminalidade na região onde vivia. Outro caso que chocou a imprensa foram os dias seguidos de ameaças contra a jornalista Maria Mazzei. Mazzei denunciou o roubo de cadáveres e tráfico de corpos no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.

Não são poucas, entretanto, as formas de manter a imprensa acuada. Hoje há mais processos contra grandes grupos jornalísticos que jornalistas nas redações, segundo matéria publicada por Laura Diniz e Márcio Cheer. A maior parcela dos processos é ajuizada por juízes, advogados, promotores e políticos. Juízes e advogados, naturalmente, são os que mais vencem e a predominância é de ações cíveis de natureza indenizatória. Se tiver de pagar por todas as ações indenizatórias de uma só vez, considerando R$ 20 mil por ação, a imprensa brasileira terá que desembolsar R$ 65 milhões de uma vez só.

Enquanto cresce perigosamente o percentual de condenações, é preciso refletir que a Lei de Imprensa que vigora ainda hoje foi criada durante a ditadura militar, sem contar que as ações judiciais são movidas por dano moral e não por crime de imprensa. Segundo alguns advogados, porque esse tipo de crime prescreve em apenas dois anos.

Mas é espantoso: o jornalista Marcelo Auler foi condenado a pagar mil salários mínimos em favor do juiz José Maria Mello Porto. Com esse tipo de ameaça pendendo sobre a cabeça fica difícil o exercício tranqüilo da profissão. Para que se tenha uma idéia, o grupo O Globo (emissoras, jornais e revistas), as editoras Abril e Três e os jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, respondem juntos a nada menos que 3.342 ações. E ninguém que se arrisque a calcular o número de ações judiciais contra jornalistas no país inteiro.
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Opinião: Farc deram prova importante de boa vontade

A avaliação é do secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho. Preparado para embarcar para a Venezuela, onde participará do congresso de fundação do PSUV como representante do PCdoB, o dirigente falou ao Vermelho sobre o cenário em que se deu a libertação das reféns das Farc, Clara Rojas e Consuelo González, e do papel do presidente venezuelano nas negociações. “Seria o caso de perguntar aos que apostaram na derrota de Chávez: ‘por que não se calam?’”, ironizou.

Por Priscila Lobregatte



Consuelo, Chávez e Clara: sucesso das negociações
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José Reinaldo Carvalho

O significado da libertação
''A libertação das duas reféns dia 10, por uma iniciativa unilateral das Farc, é uma grande vitória do povo colombiano, ao mesmo tempo em que é um extraordinário acontecimento político. É também uma vitória de todas aquelas forças que na Colômbia, na América Latina e no mundo apostam na paz e na luta pelos direitos humanos. Ao mesmo tempo, é uma prova de que é possível avançar na luta por uma paz justa, assim como é uma prova da justiça da bandeira do intercâmbio comunitário de prisioneiros. As Farc deram prova importante de boa vontade. Tais forças lutam há muitos anos pelo que eles chamam de intercâmbio humanitário e não têm encontrado eco nenhuma resposta positiva do governo Uribe, nem dos governos anteriores. As Farc entregaram as duas prisioneiras, assim como estavam dispostas a entregar o menino Emanuel, sem receber nada em troca. Em atenção a Chávez e legitimando a atitude correta do presidente venezuelano, as Farc tomaram essa decisão''.

O papel de Hugo Chávez
''Chávez revelou qualidades de um estadista hábil, contrariamente ao que muita gente diz. Ele se revelou um homem persistente porque quando todo mundo já tinha proclamado o fracasso da operação Emanuel, ele continuou. Mostrou-se também um bom negociador de vocação pacificadora e unificadora, dois dos ideais do bolivarianismo e demonstrou que é um democrata porque teve capacidade de suportar as maiores injúrias com paciência uma vez que estava lutando por uma causa maior, que era a causa humanitária. Acho que ele tirou de letra o resultado negativo do referendo.

No último pronunciamento que fez no programa “Alo Presidente”, ele chegou a dizer que era preciso que as forças políticas da Venezuela lessem atentamente Lênin, que tirassem daí as conclusões de que é preciso fazer com que a revolução marche de acordo com o ritmo do próprio povo, da consciência das massas, que era preciso evitar as precipitações e reconheceu que cometeu alguns erros, que estava indo além do ritmo que a realidade comportava. Ele ainda citou Lênin para dizer que era preciso fazer mais política de alianças e reconheceu que uma das deficiências do processo venezuelano era o afastamento da revolução em relação à classe média e em relação ao empresariado nacional. Chávez jogou um papel importante nisso tudo e vem insistindo para que continuem as conversações. Seria o caso de perguntar aos que apostaram na derrota de Chávez: “por que não se calam?”''.

Implicações na integração latino-americana
"Acho que se esse processo for adiante ajudará a criar um ambiente propício ao avanço da integração latino-americana. Agora, é preciso compreender o seguinte: o processo de integração latino-americana pressupõe o fortalecimento das organizações políticas avançadas, de governos como o de Chávez, de Lula, de Tabaré, de Cristina Kirchner, de Daniel Ortega, entre outros. E o combate, pelas forças populares, a regimes pró-americanos, como é o caso do regime de Uribe que, de maneira isolada, é abertamente pró-americano. Acredito que o processo pode avançar, mas não tenho nenhuma ilusão com relação a essa figura sombria do quadro político americano chamado Álvaro Uribe Vélez porque ele já declarou reiteradas vezes que é contra o processo de pacificação. Ele só vê a possibilidade de paz na Colômbia se as Farc se renderem ou forem aniquiladas, propósito no qual ele fracassou e vai fracassar porque as Farc não vão se render e, por serem uma força política e militar muito bem estruturada, não será aniquilada pelo exército colombiano".

Áreas desmilitarizadas
"O fato de as Farc ter entregado as prisioneiras sãs e salvas reforça a reivindicação de que seja criada uma área desmilitarizada, para que se iniciem conversações sérias e francas, com o acompanhamento internacional, tendo em vista avançar no intercâmbio humanitário como primeiro passo para os acordos de paz que são um outro capítulo que precisa ser aberto. Uma paz justa, democrática, com justiça social e não a paz da capitulação e do aniquilamento da guerrilha, que Uribe pretende. Ressalto que a libertação, que alegrou a todos os lutadores pelos direitos humanos no mundo, aconteceu apesar de Uribe, o principal responsável pelo fracasso da operação Emanuel no dia 31 de dezembro, na medida em que, de maneira traiçoeira e desleal, não determinou que o exército colombiano cessasse as operações de guerra na região em que os guerrilheiros iriam libertar os reféns".

"Há poucos dias, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, fez uma provocação dizendo que o governo colombiano não reconheceria mais qualquer que fosse a comissão humanitária internacional porque a comissão, ao invés de promover a fiscalização do processo de libertação, fizera o jogo das Farc. O chanceler colombiano tentou desqualificar a comissão formada, entre outros pelo ex-presidente da Argentina, Nestor Kirchner, o assessor da presidência da República do Brasil, Marco Aurélio Garcia, e outras figuras importantes. A vitória democrática da libertação das prisioneiras se dá apesar do governo ditatorial de Uribe".

Farc: forças insurgentes
"As Farc, assim como o Exército de Libertação Nacional e já extinto M19, entre outros, representam “partidos-guerrilha”, ou seja, partidos armados. São forças políticas que, nas circunstâncias peculiares da Colômbia, foram obrigadas a utilizar como recurso a forma de luta armada. Portanto, são forças políticas insurgentes porque têm um programa e objetivos políticos. As Farc defendem o socialismo e se orientam pelo marxismo-leninismo. E do ponto de vista estratégico da etapa de transformações que a Colômbia precisa atravessar no atual momento, as Farc propõem a conquista de uma Colômbia democrática e soberana, com justiça social".

Relações com o narcotráfico
"O imperialismo norte-americano e o governo narcoterrorista do Uribe acusam as Farc de serem uma organização narcoguerrilheira ou narcoterrorista. Aliás, a Rede Globo diariamente ofende os ouvidos do telespectador brasileiro com esse discurso desairoso em relação a um conflito político sério e que não pode ser tratado dessa maneira. Isso é uma acusação do imperialismo norte-americano que resolveu indexar como terroristas várias organizações políticas do mundo, algumas de inspiração marxista, outras de cunho religioso, aproveitando-se do fato de a Colômbia ter se transformado, ao longo dos anos, no paraíso dos narcotraficantes . Aliás, o mercado norte-americano é o grande responsável pela produção de cocaína porque se não houvesse um mercado consumidor tão amplo, essa produção feneceria. Essa é uma acusação que nunca foi provada. Há muitos documentos e entrevistas de dirigentes das Farc referindo-se a esse problema. As Farc condenam o narcotráfico. O que as Farc admitem que fazem é cobrar o que eles chamam de “imposto de guerra” de atividades que se realizam nos territórios onde as Farc operam. Então, é possível que cobrem essa taxa de gente envolvida no ciclo de produção da folha de coca".

Reféns civis
"Compreendo o contexto em que são feitos os prisioneiros de guerra entre ativistas diretamente ligados ao conflito, como agentes da CIA, da repressão, oficiais do exército, inimigos declarados etc, o que não era o caso, por exemplo, de Ingrid Betancourt, surpreendida numa região em que as Farc não admitiam a entrada de ninguém e numa circunstância em que se intensificou a campanha de cerco e aniquilamento dos guerrilheiros. Na época havia uma conversação de paz, uma zona desmilitarizada e o então presidente da Colômbia, André Pastrana, chegou a conversar pessoalmente com o comandante em chefe das Farc, Manuel Marulanda, e de repente, no apagar das luzes do governo, instado pelos Estados Unidos que tinham imposto ao país o chamado Plano Colômbia, o governo colombiano resolveu acabar com a zona desmilitarizada. Depois disso, os americanos e alguns governos da União Européia indexaram as Farc como organização terrorista e iniciaram perseguições a dirigentes que viviam exilados. Inclusive, em alguns países funcionavam escritórios das Farc com o consentimento dos governos e esses escritórios foram fechados e os dirigentes que estavam nestes países tiveram de passar para a clandestinidade. Alguns foram até seqüestrados".

"De qualquer forma, é legítimo que se discuta porque que se seqüestra civis que não têm vinculação direta com o conflito. Embora também se possa afirmar que a maioria dos reféns das Farc são pessoas ligadas ao conflito, que combatem as Farc politicamente ou militarmente. Entre eles há agentes da CIA. Reconheço essa situação como um grande drama humano e acho que as Farc também reconhecem na medida em que colocam como prioridade da sua ação política o intercâmbio humanitário. Isso significa que para eles não é um troféu, nem uma situação cômoda a existência dos reféns".

Visão midiática da libertação
"A mídia brasileira, fazendo eco de parte da mídia mundial, monopolizada pelo capital financeiro e pelo imperialismo, especificamente a Folha, O Estado e a rede Globo, revelou não só o as opções políticas e ideológicas que adotou, mas também uma grande desqualificação. A começar pela Folha de S. Paulo, que fez uma entrevista via e-mail com o comandante Raul Reis. Foi uma entrevista ping pong e nos últimos dias de dezembro publicou apenas um resumo da entrevista. Então, se um assinante ou um leitor da Folha quiser tomar conhecimento de uma entrevista que o jornal fez com o comandante das Farc tem de entrar no site das Farc. A rede Globo, por sua vez, se contenta em dizer “a narco-guerrilha das Farc...”. E para ela isso é tudo. E O Estado de S. Paulo todo o tempo apostou no fracasso da operação Emanuel porque com isso ficaria demonstrado o fracasso de Chávez. Passado o episódio, perguntamos quem fracassou. Fracassou a mídia que fez uma cobertura pobre, desqualificada e mentirosa. Pior do que isso: tomou o lado errado porque claramente defendeu o governo narcoterrorista de Uribe e enveredou pelo caminho da desqualificação pura e simples das Farc e de Chávez. É a mídia que temos, com a qual temos de nos defrontar. Mas hoje há um ambiente político melhor na América Latina e as pessoas acabam tendo outras fontes de informação".

Simplismo pós-moderno
"A Folha de S. Paulo diz que as Farc são um resquício da Guerra Fria. Não é isso. Isso é o simplismo pós-moderno da Folha. Há um conflito armado que se prende a questões do sistema político interno e o Uribe, o governo norte-americano e seus aliados na mídia latino-americana e brasileira não querem reconhecer isso. Não querem das às Farc o status de força política insurgente porque não querem reconhecer que a sociedade colombiana está dilacerada por uma guerra interna. É cômodo para eles classificar como terrorista ou como narcoguerrilheiro porque, é óbvio, o narcoguerrilheiro é tratado como bandido e não como elemento de uma força política. É preciso resgatar esses fatos do passado para mostrar que não é de hoje que há essa tentativa de pacificar a Colômbia".

Drama humanitário
"O processo de paz e guerra na Colômbia é antigo e complexo. Essa guerra já deixou 70 mil mortos nas últimas cinco décadas. É um grande drama humanitário. Existem na Colômbia mais de 5 milhões de deslocados, ou seja, pessoas que tiveram de sair de suas casas e sítios e migrar. Elas vivem como zumbis nas cidades da Colômbia. E existe o fenômeno do paramilitarismo, que é a grande força aliada de Uribe, agindo em nome da oligarquia latifundiária e, a pretexto de combater os guerrilheiros, praticou um verdadeiro genocídio de camponeses".

Força política stricto sensu
"Lembro ainda que no começo dos anos 80 houve uma tentativa séria de as Farc se transformarem em força política stricto sensu. Acredito que é um caminho válido e acho que as Farc buscam esse caminho. O que elas não podem é entregar as armas e se renderem. As Farc já deram vários sinais de que não querem apenas o intercâmbio humanitário e vêm dando sinais de que querem atuar como força política. Nesse processo, uma frente política chamada União Patriótica, na qual dirigentes da guerrilha chegaram a atuar, elegeu diversos vereadores, deputados, senadores e apresentaram candidatos aos governos estaduais e provinciais e para presidente da República. E 3 mil ativistas políticos foram assassinados pelo governo oligárquico de então. Ou seja, não é gratuitamente que existe uma guerrilha na Colômbia. Há um conflito interno que se prende a problemas do país. E mais. O M19, que se transformou em força política, apresentou candidatos à presidência da República e tem vários membros com atuação política no Pólo Democrático, uma força responsável que elegeu de novo o prefeito de Bogotá. Mas o M19, no processo de negociação e de entrega das armas, teve vários de seus comandantes e soldados dizimados por um governo que não tem lealdade ao lidar com o adversário político, que não dialoga com ele. O problema colombiano é muito complexo e não cabem soluções simplistas".

Paz democrática
"Acho que não há outro caminho para o povo colombiano se não o de apostar numa paz democrática com justiça social e, portanto, o PCdoB e todas as forças democráticas em nosso país devem apostar nesse caminho como gesto de solidariedade às forças políticas da Colômbia, insurgentes e não insurgentes. Esta é uma grande bandeira que as organizações políticas brasileiras, pela influência que tem o país, deveriam assumir. É falso se enveredar por um caminho de apoio às forças não insurgentes e condenarmos as insurgentes. Apoiamos ambas desde que essas forças tenham um programa político claro, o que nos parece que as Farc têm. E, portanto, têm que ser respeitadas como tal".

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José Reinaldo Carvalho - jornalista, 50 anos, ingressou no Partido (PCdoB) em 1972, profissional do Partido, vice-presidente e Secretário Nacional de Relações Internacionais, desempenhou tarefas do Partido no exterior durante três anos e meio, editor do jornal A Classe Operária e da revista Princípios entre 1982 e 1990, eleito membro do CC desde o 7º Congresso.


Por Priscila

Lobregatte

Rede Globo se livra de indenizar juízes / Crápulas no Judiciário


Arnaldo Jabor


Comentário de Jabor

por Fernando Porfírio

A Rede Globo inverteu o resultado da disputa judicial que trava com os juízes federais João Carlos da Rocha Mattos e Silvia Maria Rocha. O Tribunal de Justiça de São Paulo livrou a emissora de televisão de pagar indenização, por danos morais, de cerca de R$ 380 mil. O TJ paulista reformou o entendimento de primeira instância, que julgou procedente a ação proposta contra a empresa de comunicação.


João Carlos da Rocha Mattos

O fundamento do tribunal foi o de que a ofensa pessoal aos magistrados não ficou demonstração da ação. A decisão foi tomada pela da 8ª Câmara de Direito Privado. Cabe recurso apenas aos tribunais superiores em Brasília.

O caso diz respeito a manifestação de Arnaldo Jabor, na edição do Jornal Nacional de 24 de março de 2000. No comentário, o jornalista se referiu a uma suposta rede de corrupção no DNER de Mato Grosso. “No DNER há uma rede que começa no advogado esperto, passa por funcionários corruptos e vai até juízes que dão ganho de causa – todo mundo leva grana”, disse Jabor. “Sem medo, os criminosos, com exceção dos pobres e pretos, fogem para baixo da camisola da ‘mamãe’ justiça”, completou o comentarista da TV Globo.

Os juízes do Tribunal Regional Federal, que abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul, Rocha Mattos e Silvia Maria Rocha, alegaram que se sentiram ofendidos com o comentário e entraram na Justiça. Os advogados Paulo Esteves e Salo Kibrit, que representaram os juizes, alegaram que os magistrados se sentiram agredidos em suas honra e dignidade profissional.

A defesa da Globo ficou a cargo dos advogados Luiz de Camargo Aranha Neto e Luís Fernando Pereira Ellio. Eles argumentaram que não houve intenção do comentarista em atingir a imagem pública dos magistrados brasileiros muito menos dos dois juízes, a ponto de abalar a honra moral e profissional.

A ação foi parar na 28ª Vara Cível da Capital, que funciona no Fórum João Mendes. O juiz Eduardo Almeida Prado de Siqueira entendeu que era procedente a reclamação dos juízes e condenou a Rede Globo a pagar o equivalente a 500 salários mínimos para cada um dos juízes.

O relator do recurso no TJ paulista, desembargador Caetano Lagrasta, reconheceu que o comentário causou mal-estar entre os membros do Judiciário, mas não a ponto de exigir indenização. Para ele, a manifestação de Arnaldo Jabor não atingiu nominalmente os juízes Rocha Mattos e Silvia Rocha.

(Apelação nº 310.826.4/0-00 - Revista Consultor Jurídico.}

http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/


Crápulas existem também no Judiciário, diz OAB

Colocada em xeque a segurança do presídio federal diante do fato do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, comandar seus negócios de dentro da unidade de máxima segurança instalada na região do Dom Antônio, em Campo Grande, Judiciário e OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Mato Grosso do Sul) se posicionam. De um lado, o juiz federal Odilon de Oliveira foi categórico ao dizer que ação de advogados “crápulas” auxilia o narcotraficante, do outro, o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, rebate em ato de desagravo pela categoria.

“Ainda que o juiz Odilon tenha ressalvado que a maioria esmagadora dos advogados como pessoas honradas e decentes, a afirmação do magistrado beira a irresponsabilidade porque generaliza e põe em xeque toda uma classe profissional que presta serviço à Justiça”.

Trad disse ainda que “crápulas existem em todo segmento inclusive no Judiciário Federal. Como o juiz preso João Carlos Rocha Matos e outros processados criminalmente. E nem por isso a OAB se arroga no direito de classificar pejorativamente a valorosa magistratura do país”.


Ruído
“A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tem em quase sua totalidade pessoas dignas, de respeito, pessoas honradas. Entre os advogados, pessoas que são crápulas e servem de pombo-correio. O advogado crápula desfruta do mesmo direito constitucional do advogado que a defende”. Essa foi a frase do juiz Odilon de Oliveira em entrevista à imprensa no pátio do Presídio Federal ontem à tarde durante vistoria do diretor do sistema penitenciário nacional, Wilson Salles Damásio.

O contexto da entrevista foi a ação de Fernandinho Beira-Mar. Segundo o juiz, o narcotraficante encaminhava correspondências para o Rio de Janeiro (RJ). “No caso do Beira-Mar, a quantidade de correspondência foi reduzida para zero. Ele não manda nem recebe correspondência, mas tem contatos com determinados advogados que servem de pombos-correios, advogados inescrupulosos”, disse o juiz.

A solução, de acordo com Odilon, é verificar caso por caso. O papel é da direção da unidade prisional, diz. “Não é fácil pegar no flagrante. Tem também a visita. Você não vai gravar a conversa com o preso. Não há como gravar. A Constituição Federal garante isso de que não se pode gravar conversa com advogados”.

Já em relação às visitas, o juiz não descarta a recomendação do monitoramento através das gravações. Ele descarta que tenha autorizado o grampo nas conversas dos visitantes.

“Tanto a visita social como a visita íntima é sigilosa. De certa forma são empecilhos, mas estão previstos na Lei de Execuções Penais”, acrescentou o diretor do sistema penitenciário.


Corrupção
O juiz descartou totalmente a possibilidade de corrupção no sistema prisional federal. “Para haver efeito, tem que corromper três dezenas de funcionários. O esquema de trabalho não produz que a corrupção tenha efeito. No caso aqui fica difícil, porque qualquer movimento suspeito é filmado e a imagem fica em Brasília (DF)”. Quando o assunto vem à tona nos sistemas estaduais, fica a cargo das visitas e dos advogados a responsabilidade pela entrada de celulares e drogas, por exemplo.


No Judiciário
O juiz afastado João Carlos da Rocha Mattos, foi preso desde novembro de 2003 sob acusação de vender sentenças. Ele depôs na CPI dos Bingos. Ele teve acesso às 42 fitas gravadas pela Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo, entre janeiro e março de 2002, durante as investigações da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT).

Na CPI, Rocha Mattos ainda negou ter dado fim às 42 fitas. O juiz foi preso em novembro de 2003, durante a Operação Anaconda, organizada pela Polícia Federal e Ministério Público.

O magistrado foi condenado a três anos de prisão por vender sentenças judiciais para beneficiar criminosos, o juiz também será julgado por outros crimes, como falsidade ideológica, corrupção passiva e peculato.

Fonte: Midiamax News
http://www.agorams.com.br/index.php?ver=ler&id=119092

Mato Grosso: Juiz manda prender três jornalistas em Cuiabá

Um juiz de Cuiabá mandou prender na tarde de ontem um fotógrafo e dois cinegrafistas que faziam imagens da audiência de um processo que tramita em segredo de Justiça sobre supostos atos de corrupção cometidos dentro do próprio fórum.

Os profissionais haviam se aproveitado de uma porta entreaberta para filmar e fotografar as testemunhas do caso. Ao ser informado da situação, o juiz da 4ª Vara Criminal de Cuiabá, Rondon Dower Filho, interrompeu a audiência e deixou a sala aos gritos.

Receberam voz de prisão os cinegrafistas Marcos Alves, da TV Centro América (afiliada da Rede Globo em Mato Grosso), e Belmiro Dias, da TV Record, e o fotógrafo Otmar Oliveira, do jornal "A Gazeta". Eles só foram liberados depois de duas horas e meia, após intervenção de advogados das empresas e do Sindicato dos Jornalistas.

Para sair, eles tiveram que assinar termo se comprometendo a não veicular as imagens. "Não houve crime", avaliou o advogado do sindicato, Francisco Faiad, que também é presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso.
A imagem “http://www.aquidauananews.com/imagens/top1.gif” contém erros e não pode ser exibida.

Juiz proíbe mídia de citar agressores de prostituta

O juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal, proibiu dez veículos de comunicação de exibir imagens e citar os nomes de três estudantes condenados por agressão a uma prostituta em novembro passado no Rio.

Por Sérgio Rangel, para a Folha de S.Paulo

As entidades que representam veículos de comunicação repudiaram o veto e defenderam ações judiciais contra ele.
Três estudantes de classe média (Fernando Mattos Roiz Júnior, 19, Luciano Filgueiras da Silva Monteiro, 21, e um menor) agrediram prostitutas e travestis com um extintor de incêndio roubado na Barra da Tijuca dois meses atrás.

Eles foram presos, e o juiz Almeida Neto condenou os dois universitários (Fernando e Luciano) a prestar oito horas semanais de serviços à companhia de limpeza urbana do Rio por um ano – os dois recolhem lixo e ajudam a limpar pichações em postes e muros.

A ação contra os meios de comunicação foi proposta pelo Ministério Público do Estado a pedido dos advogados dos universitários, Leonardo Siqueira e Bruno de Oliveira. "Eles já estão cumprindo a pena e estavam sofrendo represálias na rua por causa das cenas exibidas nos jornais", disse Siqueira.

O juiz proibiu os veículos de mencionar os estudantes em reportagens, inclusive via internet. Caso a decisão seja descumprida, o juiz estabelece na sentença multa de R$ 10 mil.

Segundo a decisão (tomada em 22 de novembro, mas só informada anteontem [9/1]), os "principais veículos de comunicação locais [redes de TV Globo, TVE, Bandeirantes, CNT, Record, Rede TV] e jornais de grande circulação [O Globo, Jornal do Brasil, Extra, O Dia]" terão que se abster "de veicular imagem dos autores do fato".

A ANJ (Associação Nacional de Jornais), a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) protestaram contra a decisão. Segundo a ANJ, o juiz "praticou censura prévia e afrontou a Constituição": "Não cabe a ninguém decidir qual informação deve chegar aos cidadãos". A ANJ recomenda que os veículos de comunicação recorram da proibição, para que o Judiciário restabeleça o princípio da liberdade de expressão.

A Abert repudiou a decisão e disse ter "confiança no Poder Judiciário como guardião dos princípios da liberdade de imprensa". A ABI declarou que a decisão "ofende à Constituição, ignorando a disposição mencionada, e devolve o país aos tempos do autoritarismo".

ANJ condena censura feita por juiz

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) condena a decisão do juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal, do Rio de Janeiro, de proibir quatro jornais e seis emissoras de televisão de fazer referência aos nomes de dois estudantes que, no dia 4 de novembro de 2007, agrediram um grupo de prostitutas num ponto de ônibus da cidade do Rio. Os meios de comunicação, também proibidos de veicular imagens dos agressores, estão sujeitos a multa de R$ 10 mil, conforme a decisão judicial comunicada ontem.

A ANJ considera que não importa o caso em questão, mas sim o princípio de que os cidadãos brasileiros têm o direito de serem livremente informados do que se passa na sociedade. Por isso, a Constituição proíbe de forma categórica e explícita a censura prévia. O juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto praticou censura prévia e afrontou a Constituição. Não cabe a ninguém decidir qual informação deve chegar aos cidadãos.

A ANJ recomenda que os veículos de comunicação recorram da proibição, para que o mesmo Poder Judiciário que decidiu pela censura restabeleça o princípio constitucional. Não é por meio da censura ou do controle de informação que se faz justiça. O direito à informação, mais do que dos meios de comunicação, é de toda sociedade. [Brasília, 10 de janeiro de 2008 – Júlio César Mesquita, vice-presidente da ANJ e responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão]

Nota da Abert

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – ABERT repudia, com veemência, a decisão proferida pelo juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha, do 9º Juizado Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, especialmente quanto à determinação de que 10 (dez) dos principais meios de comunicação legalmente instalados na cidade do Rio de Janeiro se abstenham de veicular imagens ou fazer referências aos nomes de pessoas comprovadamente envolvidas em crime que chocou todo o País.

É lamentável que depois de todo o processo que culminou com a consolidação dos basilares princípios da liberdade de manifestação do pensamento e da liberdade de imprensa na Constituição Federal, bem como com o banimento de todo e qualquer tipo de censura de nosso País, ainda sejam lançadas decisões baseadas em uma suposta "excessiva exposição dos autores do fato na mídia", condicionando eventual matéria a "expressa concordância" dos envolvidos, caracterizando verdadeira censura prévia e ilegal cerceamento da atividade profissional jornalística.

A Abert, nos seus 45 anos de existência, manifesta a defesa intransigente da liberdade de expressão e reitera sua confiança no Poder Judiciário como guardião dos princípios da liberdade de imprensa, acreditando na iminente reforma da decisão em questão.

Clipping de Hoje 10/01/2008

Clipping de Hoje
Correio Braziliense
CORTES TIRAM R$ 5,9 BI DE SERVIDORES
Após alerta, Aneel leva ‘pito’ de Lula
Folha de S. Paulo
MINISTÉRIO DA SAÚDE DESCARTA AMEAÇA DE FEBRE AMARELA URBANA
Governo nega haver risco de racionamento em 2008 e 2009
Jornal do Brasil
GOVERNO TENTA TRANQÜILIZAR O PAÍS
O Estado de S. Paulo
MINISTRO DESCARTA APAGÃO EM 2008 E 2009
Falta de verba atrasa nova vacina contra febre amarela
O Globo
VIOLÊNCIA: CABRAL PEDE DESCENTRALIZAÇÃO DE LEIS
Mas Lobão vem aí
Embraer bate recorde e vende 169 aviões
Justiça proíbe Requião de uso político da TVE
MEC adia compra de computadores
Brasil tem 2,9 milhões de alunos a menos
Valor Econômico
OI FAZ UMA PROPOSTA DE R$ 4,8 BILHÕES PELA BRT
Cidades
VIOLÊNCIA: CABRAL PEDE DESCENTRALIZAÇÃO DE LEIS (O Globo)
Cabral solta o verbo contra Denatran (Jornal do Brasil)
Brasil
MINISTÉRIO DA SAÚDE DESCARTA AMEAÇA DE FEBRE AMARELA URBANA (Folha de S. Paulo)
GOVERNO TENTA TRANQÜILIZAR O PAÍS (Jornal do Brasil)
Bancos são líderes em registro de doenças ocupacionais (Valor Econômico)
Corrida a postos de Brasília já afeta estoques (Jornal do Brasil)
Curta - Concessão do Rodoanel (Valor Econômico)
Falta de verba atrasa nova vacina contra febre amarela (O Estado de S. Paulo)
Família afirma que técnico em informática foi infectado por mosquito em Brasília (O Globo)
Fiocruz dobra produção de vacinas (Jornal do Brasil)
Governo pode desviar gás para termelétricas, afirma Hubner (Valor Econômico)
MEC adia compra de computadores (O Globo)
Morre mais um; para governo, febre amarela está sob controle (O Globo)
Morte em Maringá e suspeita em Tocantins (Jornal do Brasil)
MP cobra clareza sobre metas do Projeto Tietê (Valor Econômico)
Não há risco de epidemia de febre amarela no país, diz ministro (Valor Econômico)
Brasil tem 2,9 milhões de alunos a menos (O Globo)
Para Dieese, inflação castigou os mais pobres em 2007 (Valor Econômico)
Situação de Lupi no governo começa a ficar incerta (Valor Econômico)
Três projetos do Brasil integram "lista negra" (Valor Econômico)
Tributaristas já oferecem soluções antipacote (Valor Econômico)
Legislação
Falta argumento para contestar IOF (Valor Econômico)
Empresa e Tecnologia
OI FAZ UMA PROPOSTA DE R$ 4,8 BILHÕES PELA BRT (Valor Econômico)
Colunas
Ancelmo Gois - Guignard de volta (O Globo)
Ari Cunha - Escambo na democracia (Correio Braziliense)
Brasil - O embrulho (Valor Econômico)
Brasil S.A - Oi Brasil! (Correio Braziliense)
Brasília-DF - Um fio desencapado (Correio Braziliense)
Celso Ming - O pé-de-boi indiano (O Estado de S. Paulo)
Dora Kramer - Lupi cobrará "ofensa" na Justiça (O Estado de S. Paulo)
Eliane Cantanhede - Eu descarto, tu descartas... (Folha de S. Paulo)
Informe JB - Muitos discursos, nenhum programa (Jornal do Brasil)
Jânio de Freitas - O crime da discussão (Folha de S. Paulo)
Mercado Aberto - Lula repete erros de 2001, diz Acende Brasil (Folha de S. Paulo)
Merval Pereira - A eleição e nós (O Globo)
Míriam Leitão - Questões primárias (O Globo)
Mónica Bérgamo - CONVITE AO ROUBO 1 (Folha de S. Paulo)
Painel - Pedra no caminho (Folha de S. Paulo)
Política - Mais bolo e menos rolo (Valor Econômico)
Ponto do Servidor - Corrupção como crime hediondo (Jornal de Brasília)
Por dentro do mercado - Temor de apagão eleva juros futuros (Valor Econômico)
Sônia Racy - Clara, a escuridão (O Estado de S. Paulo)
Política
MINISTRO DESCARTA APAGÃO EM 2008 E 2009 (O Estado de S. Paulo)
Mas Lobão vem aí (O Globo)
Após alerta, Aneel leva ‘pito’ de Lula (Correio Braziliense)
"Não tenho onde cortar", afirma Juniti Saito (Folha de S. Paulo)
'Loteamento está fora de proporção', diz analista (O Estado de S. Paulo)
AGU aposta em parecer favorável do Supremo (Valor Econômico)
AGU diz que Lupi não descumpre lei (O Estado de S. Paulo)
AGU está certa de que ação do DEM será rejeitada (O Globo)
Aliado a Dilma, empresariado teme nova crise (O Estado de S. Paulo)
Aliados preferem que Marta espere (O Estado de S. Paulo)
Aliados tentam anular pressão (Correio Braziliense)
Bancos criticaram aumento do IOF e da CSLL sobre setor financeiro (Folha de S. Paulo)
Cabo-de-guerra no Planalto (Jornal de Brasília)
Câmara paga R$ 150 milhões (Correio Braziliense)
CNJ define hoje futuro dos juizados de aeroportos (Jornal do Brasil)
Cortes no Orçamento não devem atingir o projeto de reforma do Planalto (Folha de S. Paulo)
Crise elétrica põe em risco cota de cargos do PMDB (O Estado de S. Paulo)
Curta - Multa mantida (Valor Econômico)
CUT quer tirar assinatura de Lupi do FGTS (Folha de S. Paulo)
Deputado nega ligação com doador (O Estado de S. Paulo)
Emendas coletivas devem sofrer menos cortes (O Globo)
Empresário ligado a Fernando Sarney fez doação para Roseana (Folha de S. Paulo)
Empréstimo pagou dívida do PT, diz Delúbio à Justiça (O Estado de S. Paulo)
Executivo quer economizar R$ 2 bi com corte de 30% nos demais Poderes (O Estado de S. Paulo)
Filiações do PDT sob suspeita (Correio Braziliense)
Governador é proibido de fazer ataques em TV (Folha de S. Paulo)
Governo agora diz que vai assumir 90% dos cortes (Folha de S. Paulo)
Governo agradece à oposição (Correio Braziliense)
Governo ouve partidos para poupar críticas (Jornal do Brasil)
Greve começa dia 17 (Jornal de Brasília)
Justiça proíbe Requião de uso político da TVE (O Globo)
Justiça proíbe uso político da TVE do Paraná (O Globo)
Lula está convicto de que terá vitória no STF (Jornal do Brasil)
Lula faz acerto com PMDB e deve dar 15 cargos em troca de apoio (Folha de S. Paulo)
Lula manterá ação política em 2008 (Valor Econômico)
Lula pressiona Lupi a deixar presidência do PDT (O Globo)
Nem ministro escapa de roubo (Correio Braziliense)
Oposição quer que Mantega explique minipacote (Valor Econômico)
Outros partidos da base aliada cobram mais espaço nos Estados (O Estado de S. Paulo)
Pedetista com problemas judiciais (Correio Braziliense)
Planalto diz que aumentou o IOF para conter inflação (O Estado de S. Paulo)
PMDB espera definir cargos com o presidente (Valor Econômico)
PMDB sai na frente no loteamento de cargos (Correio Braziliense)
Presidentes dos três Poderes podem se reunir para discutir cortes (Valor Econômico)
Propostas para a licitação começam a ser avaliadas (Jornal do Brasil)
PSDB aposta em campanha para mudar imagem (Folha de S. Paulo)
PSDB também entra com ação contra pacote (Folha de S. Paulo)
PT é quem proporcionalmente mais recebeu de bancos em 2006 (Folha de S. Paulo)
Reformas no Planalto serão mantidas (O Globo)
Responsável pela obra da Assembléia doou a Garcia (O Estado de S. Paulo)
Rondônia ameaça pedir moratória (Valor Econômico)
Senador pode ter sido alvo de grampo (O Estado de S. Paulo)
Servidores reagem a governo e querem parar (Folha de S. Paulo)
Stephanes diz que comida não vai mais pressionar índices (O Estado de S. Paulo)
STJ nega pedido da Gautama para participar de licitações (Correio Braziliense)
Tarifaço para segurar inflação (Jornal de Brasília)
TCE tem 90 dias para acabar com nepotismo (Folha de S. Paulo)
TVs têm novo prazo para adequar programas (O Globo)
Voto pela mudança (O Globo)
Economia
CORTES TIRAM R$ 5,9 BI DE SERVIDORES (Correio Braziliense)
À espera das águas de janeiro (O Globo)
AGU quer ampliar acesso do governo a dados sigilosos (Folha de S. Paulo)
Alimento vai subir menos, diz ministro (Folha de S. Paulo)
Apreensão de mídias gravadas cresce 81% em Foz do Iguaçu (Folha de S. Paulo)
Associação do Rio prevê queda de 50% na conversão de carros a gás (Folha de S. Paulo)
Banco Rural volta ao azul e recebe injeção de capital (Valor Econômico)
BNDES concede R$ 259 mi para BrT Celular (Folha de S. Paulo)
Boas perspectivas para o setor (Correio Braziliense)
Bolsa se recupera no final do dia e avança 0,96% (Folha de S. Paulo)
Bovespa fecha em alta apesar do cenário externo tenso (Jornal do Brasil)
Brasil assume a presidência do G-20 (Jornal do Brasil)
Brasil está preparado contra crise nos EUA, diz Meirelles (Folha de S. Paulo)
BrT recebe R$ 259 milhões (Correio Braziliense)
Bush prepara pacote anti-recessão (O Estado de S. Paulo)
CGU lança edital com 400 vagas (Correio Braziliense)
Citi e Merrill ainda sangram, mas já preparam nova reestruturação (Valor Econômico)
Comissão quer discutir reajuste de aposentados (Valor Econômico)
Crédito acelerado já provoca apreensão (Valor Econômico)
Desafio é melhorar a rentabilidade, diz a Fitch (Valor Econômico)
Embraer bate novo recorde e supera entregas de 2001 (Jornal do Brasil)
Embraer bate recorde e vende 169 aviões (O Globo)
Embraer fecha ano com recorde de entregas (O Estado de S. Paulo)
Empresas multadas em R$ 2 milhões (Jornal do Brasil)
Empresas são multadas em até R$ 470 mil por maquiar produto (O Estado de S. Paulo)
Empresas vêem risco maior de apagão (Folha de S. Paulo)
Empréstimos consomem 70% de aposentadoria (O Globo)
EUA terão recessão em 2008, prevê banco (Folha de S. Paulo)
Governo nega haver risco de racionamento em 2008 e 2009 (Folha de S. Paulo)
Governo descarta risco de racionamento (Folha de S. Paulo)
Governo pode desviar gás para termelétricas, afirma Hubner (Valor Econômico)
Governo recua e desiste de tarifa para importados (O Estado de S. Paulo)
Indefinição na Saúde (Correio Braziliense)
Indústria do Rio teme nova crise (Valor Econômico)
Indústria teme falta de gás (Correio Braziliense)
Inflação anula ganhos da poupança em 2007 (O Globo)
Inflação maior no DF (Correio Braziliense)
Inpe também alerta para racionamento (O Estado de S. Paulo)
Meirelles diz que País está preparado para turbulências (O Estado de S. Paulo)
Mercedes financia a Votorantim Cimentos (Valor Econômico)
Ministro contesta diretor da Aneel e descarta novo apagão até 2009 (O Estado de S. Paulo)
Ministro descarta risco de apagão este ano (O Globo)
Não há indícios de crise no crédito, diz Febraban (Valor Econômico)
Novo grupo será gigante de mais de R$ 20 bilhões (O Estado de S. Paulo)
ONU considera que há risco de recessão mundial (Jornal do Brasil)
ONU e grupo de Davos vêem riscos maiores (Folha de S. Paulo)
Ouvidoria não reduz queixas (Jornal do Brasil)
Pedidos de falência têm queda de 35% em 2007 (Folha de S. Paulo)
Plano de contingenciamento existe (Correio Braziliense)
Recessão nos EUA afeta mundo (Correio Braziliense)
Reunião com os três poderes (Correio Braziliense)
Rio terá mais oferta de gás em fevereiro (O Globo)
Só 33% dos produtores de carne podem vender à UE (O Globo)
SP lança edital para privatizar 1.600 quilômetros de rodovias (Folha de S. Paulo)
Tecnologia puxa alta de ações americanas (Valor Econômico)
Telemar está perto de levar a BrT (O Estado de S. Paulo)
Trombada federal (Correio Braziliense)
Unctad vê risco de 'estagnação' para economia global (O Estado de S. Paulo)
União: meta de superávit está garantida (O Globo)
Opinião
A exceção brasileira (O Globo)
A exceção brasileira (O Estado de S. Paulo)
A febre amarela é apenas um sinal (Jornal do Brasil)
A gastança e os pobres (Valor Econômico)
A saída, mais uma vez, é crescer (Jornal do Brasil)
Ativos nos EUA precisam cair (Valor Econômico)
Barbas de molho (Correio Braziliense)
Chateaubriand, o Masp e o dever do Estado (Jornal do Brasil)
Confronto com eficiência (Folha de S. Paulo)
Desacato à Comissão de Ética (O Estado de S. Paulo)
Dois candidatos (Correio Braziliense)
Economistas desnorteados (Folha de S. Paulo)
Em tempo (O Globo)
Luz sobre o papel do sistema financeiro (Folha de S. Paulo)
O fascínio com o voto democrata (O Estado de S. Paulo)
Os dilemas para manter o superávit (O Estado de S. Paulo)
País sem nação (Correio Braziliense)
Planalto sem energia (Folha de S. Paulo)
Por uma reforma tributária justa (Folha de S. Paulo)
Propagandas infantis (O Estado de S. Paulo)
Recessão nos EUA e expansão no Brasil? (Folha de S. Paulo)
Sucesso medido em dólares (O Estado de S. Paulo)
Uma revisão do cenário internacional (Valor Econômico)
Uma vampira assombra o orçamento (O Estado de S. Paulo)
Internacional
Chávez deve insistir em reforma constitucional (Valor Econômico)
Chávez tem dados para resgate (Jornal do Brasil)
Crise no Quênia ameaça negócios de brasileiros (Valor Econômico)
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