Ouro no salto com vara, Fábio Silva seguiu passos do mito Bubka

Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro no salto com vara, o brasileiro Fábio Silva mudou seus métodos de trabalho em 2004 e passou a seguir os passos do mito ucraniano Sergei Bubka, hexacampeão mundial da modalidade.

Durante sua carreira esportiva --ele se aposentou em 2001--, Bubka bateu 35 vezes o recorde mundial do salto com vara e superou em 44 oportunidades a marca dos seis metros na prova.

Em 2004, Silva passou a apostar em intercâmbios com o russo Vitaly Petrov, ex-treinador da lenda ucraniana. Segundo o brasileiro, a mudança foi responsável pelos seus melhores resultados.

"Melhorei muito desde então. Sempre vou para a Itália e faço treinos com ele, e de vez em quando ele vem para cá para me observar", afirmou.

"Até então eu utilizava o método norte-americano de treinos, mas mudei depois que conheci Petrov, e houve uma grande evolução", disse o brasileiro. "Mas hoje, devido à chuva, fiz uma prova apenas para vencer, não deu para melhorar a minha marca", finalizou.

Silva superou o favorito mexicano Giovanni Lenaro, que ficou com a prata. O bronze ficou com o argentino German Chiaraviglio.

A medalha de Fábio é a primeira de um brasileiro na modalidade em Jogos Pan-Americanos desde Caracas-1983, quando Tomas Hintnaus ficou o bronze.

Na prova feminina da modalidade, o país já havia comemorado o ouro com Fabiana Murer, que alcançou a marca de 4,60 m, novo recorde da competição.

Após choro e desespero, pista de carvão ajuda Sabine a levar ouro

A brasileira Sabine Heitling, que conquistou neste sábado o ouro nos 3.000 m com obstáculos nos Jogos Pan-Americanos, não poderia imaginar que uma preparação inadequada, que rendeu choros e desespero, contribuiria para o seu triunfo no Rio de Janeiro.

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A atleta gaúcha treina em uma pista de carvão em sua cidade natal, Santa Cruz do Sul (RS). Durante os seus treinos de preparação para o Pan, a pista não tinha como ser utilizada devido ao clima frio e úmido. A solução foi treinar nas ruas escorregadias da cidade.

"Eu cheguei a chorar e ficar desesperada por causa da preparação. Treinava na rua, o que era muito perigoso. Ficava muito apreensiva por causa do clima e não via a hora de chegar ao Rio", afirmou.

Mas justo no dia de sua prova, neste sábado, o clima no Rio ficou parecido com o de sua cidade natal, com garoa e frio no estádio João Havelange, o que a ajudou a faturar o ouro.

Um dos primeiros "agradecimentos" após a vitória foi ao clima. "Nossa, o tempo aqui me ajudou muito, foi fundamental por causa dos meus treinos em condições parecidas. Foi o melhor tempo da minha vida", disse a eufórica gaúcha.

A outra brasileira na distância, Zenaide Vieira, uma das favoritas ao ouro, ficou em terceiro, após liderar boa parte da prova e ser superada de modo incrível nos metros finais pela mexicana Talis Apud, que ganhou a prata --praticamente caminhava quando foi ultrapassada pela rival.

Cubano leva ouro no dardo, e brasileiro fica com o bronze

O cubano Guillermo Martinez confirmou o favoritismo e não deu chance aos adversários no lançamento de dardo dos Jogos Pan-Americanos. Dono da melhor marca pessoal entre todos os participantes, o atleta conseguiu lançar a 77,66 m e ficou com a medalha de ouro.

O brasileiro Alexon Maximiano conseguiu a marca de 75,04 m e ficou com a medalha de bronze. O norte-americano Mike Hazle, com 75,33 m, terminou na segunda colocação e conquistou a medalha de prata.

A medalha de Maximiano é apenas a segunda do Brasil no esporte em Pan-Americanos. A primeira foi conquistada por Walter de Almeida, nos Jogos de São Paulo-1963.

Já a conquista de Martinez mantém a tradição dos cubanos na prova. O país ficou com a medalha de ouro nas últimas quatro edições dos Jogos --foram três conquistas de Emeterio González e uma de Ramón González.

Invicta no Pan, equipe brasileira conquista terceiro ouro na ginástica rítmica

A seleção brasileira de ginástica rítmica conseguiu neste sábado o seu terceiro ouro nos Jogos Pan-Americanos e encerrou a modalidade com 100% de aproveitamento nas competições por equipes.

O time formado por Tayanne Mantovaneli, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Daniela Leite venceu o torneio para conjuntos compostos por três arcos e duas maças. O Brasil recebeu 14,750 pontos por sua apresentação.

A segunda posição ficou com as cubanas, com 13,875. O México superou o Canadá e completou o pódio, ficando com a medalha de bronze.

O primeiro ouro brasileiro na ginástica rítmica no Rio foi o tricampeonato pan-americano obtido pela seleção na prova por conjuntos gerais, ontem. Hoje, o time nacional já havia vencido a competição por equipes no aparelho de cordas.

Na competição individual, o melhor resultado foi obtido por Ana Paula Scheffer. A ginasta paranaense ganhou o bronze nos arcos. A outra brasileira na final, Angélica Kvieczynski, terminou na quinta colocação.

Jadel "sobra", conquista o ouro no salto triplo e quebra tabu de 28 anos

Jadel Gregório passou longe de suas melhores marcas, mas, mesmo assim, conquistou neste sábado a medalha de ouro no salto triplo dos Jogos Pan-Americanos, a primeira desde 1979. Com 17,27 m, o brasileiro não deu chance aos adversários e dominou a prova desde o início --foi o único a passar dos 17 m, e o fez em todas as quatro vezes que saltou.

Com o triunfo de Jadel, o atletismo brasileiro fechou o dia com quatro ouros, uma prata e três bronzes. No total, o país já registra seu melhor desempenho em Pans na história, com 22 medalhas --oito de ouro, cinco de prata e nove de bronze--, superando Winnipeg-1999, quando foram 16 medalhas (sete de ouro, cinco de prata e quatro de bronze).

A vantagem de Jadel durante a competição neste sábado era tão grande que ele optou simplesmente por não saltar em duas de suas seis tentativas. Outro brasileiro na prova, Jefferson Sabino, esteve na segunda posição durante grande parte da disputa, mas acabou na quarta colocação.

A prata ficou com Osniel Tosca, de Cuba, que saltou 16,92 m. Outro cubano, Yoandris Betanzos, campeão em Santo Domingo-2003, terminou com 16,90 m, na terceira colocação.

Com a medalha de ouro, Jadel encerra uma seqüência de quatro vitórias de cubanos na modalidade --foram três de Yoelbi Quesada e uma de Yoandri Betanzos.

O resultado do triplista brasileiro dá o sexto ouro ao país na prova, e torna Jadel o terceiro atleta do país a subir ao topo do pódio em sua modalidade. Antes dele, Adhemar Ferreira da Silva foi tricampeão pan-americano em 1951, 1955 e 1959, e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, foi vencedor em 1975 e 1979.

Outras medalhas

Com a marca de 5,40 m, o brasileiro Fábio Silva superou o favorito mexicano Giovanni Lenaro e conquistou a medalha de ouro no salto vara masculino, neste sábado, nos Jogos Pan-Americanos. O bronze ficou com o argentino German Chiaraviglio.

A equipe do revezamento 4 x 100 m brasileiro também levou o ouro e ainda conquistou o tricampeonato dos Jogos. Vicente Lenílson, Rafael Ribeiro, Basílio Morais Júnior e Sandro Viana superou o Canadá --dono da melhor marca das eliminatórias-- e completou a prova com o tempo de 38s81, contra 38s87 dos segundo colocados e 38s88 dos EUA.

Antes, Sabine Heitling ficou na primeira colocação nos 3.000 m com obstáculos feminino, com a também brasileria Zenaide Vieira em terceiro. Entre as duas, ficou a mexicana Talis Apud, medalhista de prata.

O Brasil ainda conquistou uma prata e um bronze nos 800 rasos, Kléberson Davide e Fabiano Peçanha. O vencedor foi o cubano Yeimer Lopez.

No lançamento de dardo, o brasileiro Alexon Maximiano ficou em terceiro, atrás do cubano Guillermo Martinez (ouro) e do norte-americano Mike Hazle (prata).

Revezamento 4 x 100 m masculino do Brasil conquista o tricampeonato

O revezamento 4 x 100 m brasileiro conquistou o tricampeonato dos Jogos Pan-Americanos. Neste sábado, a equipe formada por Vicente Lenílson, Rafael Ribeiro, Basílio Morais Júnior e Sandro Viana superou o Canadá --dono da melhor marca das eliminatórias-- e completou a prova com o tempo de 38s81.

Os canadenses estabeleceram a marca de 38s87, e os Estados Unidos, maiores campeões da história da prova no Pan-Americano, com nove medalhas em 15 edições, ficaram com o bronze. Sem suas maiores estrelas, o país completou a prova em 38s88.

A equipe brasileira assumiu a dianteira da prova na reta final, após a passagem do bastão de Basílio Morais Júnior para Sandro Viana. Último velocista do país na pista, o amazonense correu praticamente lado a lado com o canadense Barnett Bryan e norte-americano Darvis Doc Patton.

Antes do revezamento 4 x 100 m o Brasil havia falhado nas principais provas de velocidade do Pan-2007. Os velocistas do país ficaram sem medalhas nos 100 m e 200 m rasos.

Fábio Silva supera favorito e conquista ouro no salto com vara

Com a marca de 5,40 m, o brasileiro Fábio Silva superou o favorito mexicano Giovanni Lenaro e conquistou a medalha de ouro no salto vara masculino, neste sábado, nos Jogos Pan-Americanos. O bronze ficou com o argentino German Chiaraviglio.

O brasileiro entrou na competição apenas na terceira rodada de saltos, com o sarrafo a 5,20 m do chão, quando restavam apenas cinco atletas na disputa. Em sua primeira tentativa, não conseguiu ultrapassar a marca. Na segunda, passou com sobras sobre o sarrafo, garantindo um lugar entre os três primeiros colocados.

Ele foi o primeiro atleta a passar dos 5,30 m, colocando pressão sobre seus dois adversários na prova, o mexicano Giovanni Lenaro --dono da melhor marca pessoal entre os competidores-- e o argentino German Chiaraviglio. Ambos erraram as duas primeiras tentativas, mas, na terceira, Lenaro passou e credenciou-se a continuar na disputa. Chiaraviglio pediu que o sarrafo fosse levantado para 5,40 m, mas falhou em sua única tentativa, ficando com a medalha de bronze.

Na luta pela medalha de ouro, entre o brasileiro e o mexicano, Fábio conseguiu superar os 5,40 m em seu terceiro salto e assistiu aos erros do adversário, que não passou pela marca e ficou com a prata.

A medalha de Fábio é a primeira de um brasileiro na modalidade em Jogos Pan-Americanos desde Caracas-1983, quando Tomas Hintnaus ficou o bronze.

Na prova feminina da modalidade o país já havia comemorado o ouro com Fabiana Murer, que alcançou a marca de 4,60 m, novo recorde da competição.

Brasileira Sabine Heitling conquista ouro nos 3.000 m com obstáculos

Na estréia dos 3.000 m com obstáculos feminino em Jogos Pan-Americanos, o Brasil conquistou as medalhas de ouro e bronze, neste sábado, no estádio João Havelange, no Rio. A gaúcha Sabine Heitling ficou na primeira colocação, com Zenaide Vieira em terceiro. Entre as duas, ficou a mexicana Talis Apud, medalhista de prata.

Dona do melhor tempo pessoal entre as competidoras, Zenaide começou puxando a prova, seguida pela também brasileira Sabine Heitling e pela norte-americana Desiraye Osburn-Speer.

As adversárias mantiveram-se próximas até a penúltima voltam, quando Zenaide e Sabine aumentaram o ritmo, abrindo grande vantagem sobre as demais competidores. Na reta final, Sabine assumiu a ponta para conquistar a medalha de ouro.

Zenaide, que parecia ter a prata garantida, praticamente parou nos metros finais e foi ultrapassada pela mexicana Talis Apud, ficando com o bronze.

Nas cordas, Brasil conquista segundo ouro por equipes na ginástica rítmica

Um dia após se sagrar tricampeã pan-americana por conjuntos, a seleção brasileira de ginástica rítmica conquistou neste sábado o seu segundo ouro nos Jogos do Rio de Janeiro ao vencer a competição de cordas por equipe.

O time nacional, composto por Tayanne Mantovaneli, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Natália Sanchez, recebeu 14,150 pontos por sua apresentação no aparelho. Cuba ficou com a medalha de prata, com 13,175, enquanto o Canadá completou o pódio.

O resultado de hoje foi inferior ao que a equipe havia obtido nas cordas no primeiro dia da competição por conjuntos. Na ocasião, as ginastas brasileiras haviam ficado com 14,800 pontos, mesmo após receberem uma punição.

A medalha por times é a segunda do Brasil no último dia da ginástica rítmica no Pan. Na competição individual no arco, Ana Paula Scheffer ficou com o bronze.

Cubano vence 800 m rasos, e brasileiros conquistam prata e bronze

Favorito à medalha de ouro nos 800 m, o cubano Yeimer Lopez confirmou sua condição neste sábado, no Rio, tornando-se campeão pan-americano da prova. O atleta superou os brasileiros Kléberson Davide e Fabiano Peçanha, que ficaram com as medalhas de prata e bronze.

Peçanha começou tentando "puxar" a prova e passou nos 400 m na liderança, com outro brasileiro, Kléberson Davide, na segunda posição. Mas na segunda e última volta, o cubano arrancou para ultrapassar ambos e conquistar a medalha de ouro.

No sprint final, Kléberson superou Peçanha e ficou com a medalha de prata, com Peçanha --que repetiu seu resultado em Santo Domingo-2003-- cruzando na terceira colocação.

A vitória de Yeimer Lopez é a segunda de um cubano nesta prova na história dos Jogos Pan-Americanos. Antes dele, apenas Luis Medina, na Cidade do México-1975, havia conquistado a medalha de ouro para o país.

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Snipe, RS:X e J24 rendem medalhas de ouro para o Brasil na vela

No dia que encerra as competições de vela, o Brasil conseguiu três medalhas de ouro no Pan. A primeira veio com Ricardo Winicki, o Bimba, na classe RS:X para homens. Maurício Oliveira, Carlos Jordão, Alexandre Silva e Daniel Santiago ficaram em primeiro lugar na classe J24. Por fim, a dupla Alexandre Paradeda e Pedro Amaral ficou com o lugar mais alto do pódio na snipe.

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Bimba, que foi segundo colocado na regata decisiva deste sábado, se beneficiou da melhor trajetória construída ao longo da competição. Com 16 pontos perdidos na classe RS:X, o brasileiro terminou bem à frente de Mariano Reutemann, da Argentina, que teve 23 pontos perdidos. O bronze foi para David Mier, do México, com 26 pontos perdidos.

A equipe brasileira da classe J24 ficou apenas em quarto lugar na regata decisiva, mas fez o suficiente para garantir o ouro, com 18 pontos perdidos, à frente da Argentina, com 21 pontos perdidos. O bronze foi para o Canadá, que somou 22 pontos perdidos e conseguiu o bronze, graças a uma vitória na regata final.

Com a vitória na regata decisiva da classe snipe, o Brasil conseguiu sua terceira medalha de ouro com a vela. Alexandre Paradeda e Pedro Amaral ficaram com apenas 20 pontos perdidos, quatro a menos que Eduardo Medici e Pablo Defazio, do Uruguai. Bem distante, com 36 pontos perdidos, os mexicanos Andres Carranza e Xavier Murrieta foram bronze.

No "tapetão", canoístas brasileiros perdem bronze na K2 500 m

Quartos colocados na prova do K2 500 m, os canoístas brasileiros Guto Campos e Roberto Maehler chegaram a comemorar a medalha de bronze, devido a uma irregularidade no barco dos cubanos Jorge Garcia e Maikel Zulueta, que haviam ficado com a medalha de prata.

Mas, mesmo depois de constatar que o barco cubano estava abaixo do peso, os árbitros mantiveram os cubanos na segunda posição, e os brasileiros voltaram ao quarto lugar.

"O juiz percebeu que o barco deles estava abaixo do peso e comunicou ao comitê de prova, que desclassificou o barco cubano. Depois, o júri alegou que o árbitro que estava fazendo a pesagem é que devia tê-los desclassificado antes de entrarem na água. Isso na existe", disse à Folha Online o chefe da equipe brasileira na canoagem, Argos Gonçalves Dias.

Argos disse que a delegação brasileira irá protestar junto à Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), mas mostrou-se pouco animado sobre o recurso. "Vai ser complicado, porque a Odepa não costuma entrar nesse mérito de questão técnica. Mas vamos entrar com o recurso", disse.

Patrícia Castro é prata na RS:X da vela; lightning e laser radial levam bronze

A brasileira Patrícia Castro venceu neste sábado a última regata da classe RS:X da vela e por muito pouco não ficou com a medalha de ouro.

Com 15 pontos perdidos, ela ficou com um a mais de Dominique Vallée, do Canadá, que acabou com o ouro. O bronze foi para Florencia Gutierrez, da Argentina, com 29 pontos perdidos.

Pela classe lightning, o trio formado por Marcelo Silva, Gunnar Ficker e Claudio Biekarck acabou em terceiro lugar na regata decisiva, resultado que deixou os brasileiros com 19 pontos perdidos, empatado com o trio norte-americano, que levou a medalha de prata graças aos critérios de desempate. O ouro foi para o Chile, que, com a vitória na etapa decisiva, ampliou a vantagem, terminando a disputa com apenas 14 pontos perdidos.

Na classe laser radial, a etapa final foi vencida pela brasileira Adriana Kostiw, que saltou do quinto para o terceiro lugar, com 32 pontos perdidos, e conseguiu a medalha de bronze .

Tania Wolf, do México, com 25 pontos perdidos foi prata, embora tenha liderado a classe durante quase todo o Pan. O ouro foi para os Estados Unidos, com Paige Raley, que também fechou com 25 pontos perdidos, mas ficou no primeiro lugar do pódio por ter vencido mais etapas.