Muito bom saber que este ribeirão-pretano, com seus esforços, venceu profissionalmente. Pode-se perceber ao longo de sua entrevista, ao jornal A Cidade, que em nenhum momento ele foi beneficiado por qualquer pessoa ou qualquer apresentação privilegiada. Conquistou seu lugar no mais importante veículo de comunicação do Brasil única e exclusivamente pelo seu esforço e talento. Não consigo, no entanto, entender porque se bate tanto nesta tecla de criar cotas para negros em Universidades públicas. O entrevistado entrou em uma Universidade com o dinheiro do seu trabalho. E os brancos pobres que são em muito maior número que os negros, também terão cotas? Se o país é racista, como diz o jornalista, como explicar a sua presença na apresentação do Jornal Nacional, da Rede Globo? É algum favor dos donos da emissora ou é por sua competência? Se o Heraldo Pereira batalhou para chegar onde está, milhares de outros, independente da raça, ficaram pelo caminho. Isso faz parte da vida, da competição, da “sorte” de ter competência e estar no lugar certo no momento exato. Quando o Heraldo entrou para a EPTV, a emissora estava sendo formada e era muito mais fácil ser contratado pela mesma do que é hoje, onde, pela exposição que tem o trabalhador da mídia, tem uma capacidade de atração enorme, daí a grande concorrência pelos cargos oferecidos. Então, o jornalista estava no lugar exato e tinha capacidade, daí o desfecho positivo.Então, meu caro Heraldo Pereira, o senhor aproveitou quando o bonde da história estava passando e entrou nele. O bonde da história continua passando todos os dias pelas ruas deste país, mas, são poucos os que se dispõem a tomá-lo. Parece que uma doença letárgica tomou conta de grande parte de nossa juventude, que prefere reclamar a correr atrás da sua vida. Jorge Jossi WagnerProfessor de História
A CIDADE
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