Henry Sobel é preso acusado de furtar gravata nos EUA

SÃO PAULO - O presidente da Congregação Israelita Paulista, Henry I. Sobel, de 63 anos, foi preso na última sexta-feira, em Palm Beach, nos Estados Unidos, acusado de furtar uma gravata da Louis Vuitton, de acordo com informações do Último Segundo.

Segundo informações do jornal Palm Beach Daily News, um funcionário da loja Louis Vuitton chamou a polícia após considerar suspeita a atitude de Henry Sobel.

Questionado pela polícia, quando estava andando na Worth Avenue, a 200 metros da loja, ele negou que tivesse ido a Louis Vuitton, mas se ofereceu a pagar o valor do acessório. Em seguida, teria admitido o furto e permitido que policiais retirassem a gravata do carro.

De acordo com o jornal, o sistema de vigilância interno da loja já havia mostrado que o rabino tinha levado a gravata. Em sua sacola, foram encontradas gravatas Louis Vuitton, Giorgio's, Gucci e Giorgio Armani. O valor total da gravatas seria de US$ 680.

Sobel, segundo o jornal, pagou US$ 3 mil de fiança e foi liberado no sábado (24). Procurada pela redação do Último Segundo, a assessoria da Congregação disse que a informação não está confirmada e que deve se pronunciar até sexta-feira (30).

Fonte : Jornal O tempo

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Sobel diz que não quis furtar e pede afastamento de congregação

A Congregação Israelita Paulista anunciou na noite desta quinta-feira que o rabino Henry Sobel, detido acusado de furtar gravatas em Palm Beach, nos Estados Unidos, pediu afastamento da presidência do rabinato da instituição.
O rabino Henry Sobel acusado de roubar gravatas em Palm Beach"Jamais tive a intenção de furtar qualquer objeto em toda a minha vida. Pessoalmente, estou habituado a enfrentar crises e acusações de que posso me defender. Só não posso admitir que tentem desqualificar os valores morais que sempre defendi", disse Sobel por meio da assessoria da congregação.

O rabino trabalha há 35 anos na congregação. O pedido de afastamento partiu do próprio rabino, de acordo com a instituição.
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Henry Sobel é convidado do papa Bento 16 para encontro ecumênico

O rabino Henry Sobel, 63, preso na semana passada sob suspeita furtar gravatas, será o representante da comunidade judaica no encontro entre líderes religiosos e o papa Bento 16. O encontro ocorrerá no mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, durante a passagem do pontífice pelo Brasil.

Além do rabino, participam da reunião o pastor luterano Carlos Möller, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Walter Altmann, presidente do Conselho Mundial de Igrejas --que reúne 350 igrejas ortodoxas, protestantes e evangélicas-- e o xeque Armando Hussein Saleh, da Mesquita Brasil.

Descendente de poloneses, nascido em Lisboa (Portugal) e criado em Nova York Sobel, veio para o Brasil há 36 anos. Em São Paulo, tornou-se o presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, uma das maiores entidade judaicas da América Latina, fundada há 70 anos.

"Quando cheguei a São Paulo, achei a cidade horrível, suja, cinzenta, caótica. Hoje, ainda acho, só que aos meus olhos é linda, dinâmica, fascinante.', afirmou o rabino em entrevista à Folha em 2003.

Em 31 de outubro de 1975, Sobel conduziu, com Dom Paulo Evaristo Arns, um culto ecumênico lembrando a morte do jornalista Vladmir Herzog. O ato foi a primeira grande manifestação contra o regime militar (1964-1985) na década de 70.

Desde então, Sobel se tornou figura freqüente em atos pela paz e contra a violência. Em 2006, teve um encontro com o dalai-lama Tenzin Gyatso e o parabenizou por sua opção pela não-violência, mesmo "sofrendo humilhações e injustiças do governo chinês" se mantinha contra a luta armada. Em 2002, o rabino esteve em uma manifestação de sete horas pelo desarmamento, em São Paulo.

A postura contra a violência do rabino foi quebrada apenas em 2003, quando ele declarou na televisão ser a favor da pena de morte, após o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felippe Caffé. O líder da quadrilha que os matou era um adolescente.

Dias depois, o rabino voltou atrás e disse fez as declarações "sob um impacto emocional muito forte" e que não defende a pena de morte.
Fonte: Folha de Sp