Segundo informações do jornal Palm Beach Daily News, um funcionário da loja Louis Vuitton chamou a polícia após considerar suspeita a atitude de Henry Sobel.
Questionado pela polícia, quando estava andando na Worth Avenue, a 200 metros da loja, ele negou que tivesse ido a Louis Vuitton, mas se ofereceu a pagar o valor do acessório. Em seguida, teria admitido o furto e permitido que policiais retirassem a gravata do carro.
De acordo com o jornal, o sistema de vigilância interno da loja já havia mostrado que o rabino tinha levado a gravata. Em sua sacola, foram encontradas gravatas Louis Vuitton, Giorgio's, Gucci e Giorgio Armani. O valor total da gravatas seria de US$ 680.
Sobel, segundo o jornal, pagou US$ 3 mil de fiança e foi liberado no sábado (24). Procurada pela redação do Último Segundo, a assessoria da Congregação disse que a informação não está confirmada e que deve se pronunciar até sexta-feira (30).
Fonte : Jornal O tempo
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Sobel diz que não quis furtar e pede afastamento de congregação
A Congregação Israelita Paulista anunciou na noite desta quinta-feira que o rabino Henry Sobel, detido acusado de furtar gravatas em Palm Beach, nos Estados Unidos, pediu afastamento da presidência do rabinato da instituição."Jamais tive a intenção de furtar qualquer objeto em toda a minha vida. Pessoalmente, estou habituado a enfrentar crises e acusações de que posso me defender. Só não posso admitir que tentem desqualificar os valores morais que sempre defendi", disse Sobel por meio da assessoria da congregação.
O rabino trabalha há 35 anos na congregação. O pedido de afastamento partiu do próprio rabino, de acordo com a instituição.
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Henry Sobel é convidado do papa Bento 16 para encontro ecumênico
O rabino Henry Sobel, 63, preso na semana passada sob suspeita furtar gravatas, será o representante da comunidade judaica no encontro entre líderes religiosos e o papa Bento 16. O encontro ocorrerá no mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, durante a passagem do pontífice pelo Brasil.Além do rabino, participam da reunião o pastor luterano Carlos Möller, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Walter Altmann, presidente do Conselho Mundial de Igrejas --que reúne 350 igrejas ortodoxas, protestantes e evangélicas-- e o xeque Armando Hussein Saleh, da Mesquita Brasil.
Descendente de poloneses, nascido em Lisboa (Portugal) e criado em Nova York Sobel, veio para o Brasil há 36 anos. Em São Paulo, tornou-se o presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, uma das maiores entidade judaicas da América Latina, fundada há 70 anos.
"Quando cheguei a São Paulo, achei a cidade horrível, suja, cinzenta, caótica. Hoje, ainda acho, só que aos meus olhos é linda, dinâmica, fascinante.', afirmou o rabino em entrevista à Folha em 2003.
Em 31 de outubro de 1975, Sobel conduziu, com Dom Paulo Evaristo Arns, um culto ecumênico lembrando a morte do jornalista Vladmir Herzog. O ato foi a primeira grande manifestação contra o regime militar (1964-1985) na década de 70.
Desde então, Sobel se tornou figura freqüente em atos pela paz e contra a violência. Em 2006, teve um encontro com o dalai-lama Tenzin Gyatso e o parabenizou por sua opção pela não-violência, mesmo "sofrendo humilhações e injustiças do governo chinês" se mantinha contra a luta armada. Em 2002, o rabino esteve em uma manifestação de sete horas pelo desarmamento, em São Paulo.
A postura contra a violência do rabino foi quebrada apenas em 2003, quando ele declarou na televisão ser a favor da pena de morte, após o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felippe Caffé. O líder da quadrilha que os matou era um adolescente.
Dias depois, o rabino voltou atrás e disse fez as declarações "sob um impacto emocional muito forte" e que não defende a pena de morte.
Fonte: Folha de Sp