Advogados, em pesquisa conjunta com especialistas de segurança e TI, constataram, porém, graves falhas nesses sistema de “anonimidade” da Google, podendo acarretar, inclusive, sanções (aplicabilidade, não o personagem mitológico) legais.
A nova política da Google, prevê a alteração do conteúdo dos cookies armazenados, bem como a alteração dos “últimos 8 bits” do endereço IP do usuário, permitindo, segundo a Google, impossibilitar a identificação do usuário que realizou tal pesquisa. Entre nós, não é preciso ser especialista pra deduzir que com a “nulidade” dos ultimos 8 bits (ultimo octeto xxx.xxx.xxx.???) do endereço ip,do uusuário ainda permite a restrinção a um grupo de 256 (ativos 253) computadores. Com um pouquinho de criatividade, se pode (não dificilmente) chegar a uma identificação positiva.
Agora vem a questão:
“grande coisa descobrirem quem pesquisou o que no site?!?!?!”
E ai vai a resposta dos legalistas envolvidos:
Imagine que um portador da Sindrome da Imunodeficiência Adquirida decide pesquisar no site da Google alguns aspectos a respeito da doença, seria ético a possibilidade de rastreamento dessa determinada pessoa?
Ainda, têm-se o caso de AOL, que teve divulgados dados de pesquisas de mais de 65.000 usuários do seu serviço. Apesar de estar utilizando a mesma estratégia de mascaramento de IP.
Um outro aspecto ainda foi apontado no blog de Jen Albornoz Mulligan, aonde afirma que a maioria das pessoas que utilizam o site de buscas, eventualmente, fazem pesquisas a respeito do próprio nome, tendo-se então algum usuário que tenha utilizado diversas vezes o mesmo IP, têm-se um meio simples de associar certas pesquisas ao usuário final. A empresa se defende alegando que os logs são mantidos exclusivamente para análise de perfis de uso e diagnóstico de falhas.
E o que resta a maioria dos usuários do serviço que sequer tem noção da possibilidade de rastreamento de suas pesquisas?
Fonte: Under Linux
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