Estados Unidos enfrentam ameaça de espionagem tão grande quanto na Guerra Fria

Os Estados Unidos enfrentam uma grande ameaça de grupos de inteligência estrangeiros, inclusive dos russos, cujas operações de espionagem visando alvos americanos se comparam aos níveis da Guerra Fria, informou nesta quinta-feira um alto oficial da inteligência.

Chineses, iranianos e cubanos estão entre os outros espiões estrangeiros que tentam se infiltrar em serviços secretos e instituições americanas ultramarinas, disse Joel Brenner, diretor do Departamento de Contra-inteligência Nacional.

"Não pretendo sugerir que os chineses estão sozinhos nisto. Os russos agora voltaram aos níveis da Guerra Fria em seus esforços para (extrair informação de inteligência) dos Estados Unidos", afirmou durante um fórum da American Bar Association (Ordem dos Advogados dos Estados Unidos).

"Eles mandam um número crescente e preocupante de agentes de inteligência para os Estados Unidos", disse ele momentos depois a jornalistas.

Brenner, que responde diretamente ao Diretor da Inteligência Nacional, Michael McConnell, disse que "os iranianos e os cubanos também são (ameaças) significativas" entre os "140 serviços de inteligência estrangeiros que tentam penetrar nos Estados Unidos e organizações americanas no exterior".

"O trabalho não está ficando mais fácil", acrescentou. "E para muitos deles, somos seu alvo número um", acrescentou.

Perguntado no que a inteligência russa está particularmente interessada em obter dos Estados Unidos, Brenner afirmou: "o que toda agência de inteligência do planeta realmente quer são as intenções de alto nível da liderança dos outros países".

"E os russos não são diferentes de ninguém a este respeito", acrescentou.

"Eles saíram de ser uma das grandes potências do mundo para algo muito diferente e tentam se recompor e mostrar que terão que ser encarados como um dos grandes. Esta é parte de sua agenda aqui", continuou.

O chefe da espionagem americana, McConnell, acaba de recomendar ao Conselho de Segurança Nacional para mover a contra-inteligência - a atividade de identificar e lidar com ameaças de inteligência estrangeiras - de prioridade baixa para alta no contexto das prioridades de inteligência nacional, disse Brenner.

Se a recomendação for implementada, fará "uma verdadeira diferença a cada dia para a análise de contra-inteligência", disse.

Para demonstrar a extensão da rede de espionagem chinesa nos Estados Unidos, Brenner citou o caso de Chi Mak, um cidadão americano nascido no sul da China, acusado na Justiça de tentar contrabandear informações sobre uma tecnologia secreta para tornar silenciosos os submarinos americanos.

Chi Mak trabalhou como fornecedor do mecanismo de silenciador elétrico para a Marinha Americana, a tecnologia projetada para suprimir a assinatura emitida pelos submarinos americanos e navios de guerra na superfície.

O chinês, que está sendo julgado na Califórnia, admitiu em interrogatório que ele estava repassando informações à China desde 1983 e que as tecnologias que ele revelou incluíam a tecnologia de distribuição de energia para o sistema de radar do cruzador Aegis, disse Brenner.

As informações desviadas "não são bobagens, mas diminui em anos a vantagem tecnológica da Marinha americana", disse.

Nesta quinta-feira, a China negou o envolvimento com o engenheiro e chamou as alegações sobre espionagem chinesa de "infundadas".

Mas Brenner sustentou que a ameaça da inteligência chinesa é real, afirmando que também existe um esforço concentrado do país de enviar estudantes graduados para os Estados Unidos na tentativa de trazer de volta informações críticas.

"Eles colocam pessoas em trabalhos aqui e não pediram informações por 20 e 30 anos e, então, acompanham suas carreiras. Eles são muito pacientes, vêm de culturas antigas que tendem a ser muito pacientes do que nós", acrescentou.

Brenner também mencionou a vulnerabilidade das redes de eletrônicas americanas da invasão de hackers e dos riscos de receber equipamentos, cujos componentes e software foram produzidos no exterior.

"A procedência desconhecida ou incompleta eleva o risco de que um governo estrangeiro ou organização possa tornar vulneráveis nossos sistemas de informações mais sensíveis", afirmou.

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