A Nota de Esclarecimento realmente é digna dos Cassetas.

O Globo (Brasília):
Câmara se queixa do "Casseta & Planeta"
Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta" exibido terça-feira passada.
Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada.
O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento.
Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça.
O presidente da Câmara também se disse indignado:
- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade para que façam graça.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas.
Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo não querer "dar importância à concorrência".

NOTA DE ESCLARECIMENTO
"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:
1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição.
2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.
3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a "interromper seu descanso."

Java Free.org (Nossos deputados)

Deputados reclamam de dado sobre gasto com gasolina

Denise Madueño

A reunião do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com os líderes partidários para discutir as votações na Casa se transformou, na maior parte do tempo, em uma sessão de reclamação da imprensa e em cobrança por atitudes contra as reportagens que enfocam os deputados e a Casa. Líderes se mostraram revoltados com a reportagem publicada na edição de segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, na qual revela que os deputados justificaram gastos de R$ 2,5 milhões da verba indenizatória apenas com gasolina. A reportagem mostra, com base na prestação de contas dos parlamentares, que a Câmara desembolsou com os deputados R$ 11 milhões de verba indenizatória de fevereiro a março desse ano.

Participantes da reunião com Chinaglia contaram que o deputado Deley (PSC-RJ) disse que houve um erro na prestação de contas e que a reportagem o apontou como o que mais gastou. O deputado, ex-jogador de futebol, disse aos líderes que já havia recebido muitas vaias nos campos, mas que agora, como deputado, estava levando mais vaias ainda. Líder do PV, o deputado Marcelo Ortiz (SP), foi um dos que mais reclamou da imprensa e cobrou defesa da instituição que, segundo ele, estava sendo "enxovalhada".

O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), se mostrou indignado com o comentário do jornalista da Rede Globo Arnaldo Jabor. "Ele disse que deviam prender todos os deputados. Quem comete irregularidade tem nome e CPF, não pode tratar todos como se fossem iguais", disse Arantes, para quem o comentarista passou dos limites. Líderes lembraram que a Câmara é desprestigiada enquanto o Senado, que tem a mesma verba indenizatória e não publica a prestação de contas dos senadores, é preservado de maneira injusta e não recebe críticas da imprensa.

O líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), mostrou na reunião uma nota do programa humorístico Casseta & Planeta, da Rede Globo. Na nota de Miro, no quadro intitulado "Deputados de Programa", os humoristas apareciam vestidos de terno em uma rua, propondo a venda de seus votos aos motoristas que passavam, em uma comparação com prostitutas.

"Se não responde a uma coisa dessa, é a mesma coisa de assinar em baixo", afirmou o líder do PDT, sem notar que estava citando um programa que foi ao ar em 2001. O deputado Ricardo Izar (PTB-SP), que na época era o procurador da Câmara, lembrou que se tratava de caso antigo. Mais tarde, Miro explicou que não defende a abertura de processo contra a imprensa, mas mudanças na prática da Casa como a melhor resposta. "Crítica é sempre bom. O diabo é quando todas elas são procedentes", disse Miro.

Apesar da discussão, nenhuma atitude ficou decidida na reunião. Chinaglia disse aos líderes que apresentassem sugestões sobre a melhor maneira de reagir às críticas. (AE)
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