Sumiço de garotas desvenda crimes

Filmagem da rodoviária
Investigação
Sumiço desvenda crimes
  • Duas meninas cariocas vêm para Goiânia sem autorização dos pais
  • Polícia encontra pista por filmagem de veículo na Rodoviária da Capital
  • Fuga era para visitar amiga. Por coincidência, estelionatário é preso
  • 28/04/2007
    Márcio Leijoto
    Da editoria de Cidades


    Um estelionatário que, entre tantos golpes, ajudava advogados a soltar criminosos com base em documentos falsos e estaria prestes a fechar um negócio com a Companhia Energética de Goiás (Celg), foi preso em Goiânia pelas polícias civil e militar durante investigação do paradeiro de duas adolescentes – uma de 13 e outra de 15 anos de idade – que fugiram de casa no Rio de Janeiro (RJ) no último dia 20, para morar com uma colega de 16 anos de idade, goianiense, que conheceram pelo site de relacionamentos Orkut.

    O golpista foi identificado como André Rafael Silva, 23, e não tinha nada a ver com a fuga das garotas. A polícia o prendeu enquanto localizava o mais recente proprietário do carro, um Corsa, que foi usado para pegá-las na rodoviária. André usara documentos falsos para adquirir o veículo e repassá-lo a uma garagem, que, em seguida o vendeu para a mãe da amiga das cariocas.

    O caso envolveu até o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que pediu a um assessor para ligar para a Segurança da Rodoviária de Goiânia e para a Polícia Militar local e pedisse para procurarem as meninas. Até a Polícia Federal foi acionada.

    A mãe da menina goianiense, que na manhã de quinta-feira, 26, teve a casa invadida por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e do serviço reservado (P2) da Polícia Militar (PM), foi considerada, no início, suspeita de pertencer a uma rede de prostituição e tráfico de mulheres. Na DPCA, ela passou o dia aos prantos, explicando que era apenas uma servidora pública do Estado e que as meninas disseram que tinham autorização dos pais para visitar a amiga em Goiânia.

    Tudo aconteceu porque as meninas do Rio de Janeiro não aceitavam que seus pais as proibissem de sair à noite e namorar. A mais velha pegou uma mesada de R$ 500 do pai, chamou a amiga e, de ônibus, as duas embarcaram para cá. Antes, conveceram a colega de Goiânia a recebê-las em casa. Mentiu que a escola estava em greve e que os pais autorizavam a viagem.

    Por fim, a servidora pública ouviu um sermão da delegada titular da DPCA, Adriana Accorsi: “Fique atenta com o que sua filha anda fazendo”. A filha, que ficou desesperada vendo a mãe na delegacia e também passou a quinta-feira toda chorando, ouviu da servidora outro sermão: “Não quero mais saber de você receber amigas em casa”, entre outras coisas. E as duas meninas cariocas foram proibidas de usar o Orkut (suas páginas não foram encontradas ontem), além de outros prováveis castigos.

    André Rafael, que não conhecia nenhuma das quatro mulheres envolvidas na história, vai permanecer detido em uma cela da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele não ouviu nenhum sermão, mas vai ter trabalho para explicar a origem de quase 2 mil cheques roubados, encontrados na sua casa, além de vários documentos frios e furtados.

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