Eleições no Japão

Japão: Aumentam pressões para primeiro-ministro se demitir
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, está hoje a enfrentar pressões crescentes para que se demita, no dia seguinte à considerável derrota eleitoral que a coligação governamental sofreu no Senado.

O descontentamento dos eleitores relativamente à política de pensões e a uma série de escândalos que envolveram o gabinete de Abe retirou a maioria ao Partido Liberal Democrata (PLD) na câmara alta, de 242 membros e proporcionou uma considerável vitória ao principal partido da oposição, o Partido Democrático (PD).

Editorialistas reclamaram hoje a demissão de Abe em face da revolta do público manifestada nas urnas.

«Os eleitores deram um claro sinal de falhanço do Governo», refere o diário Asahi. «O primeiro-ministro deve encarar os resultados com seriedade e demitir-se.»

O diário Mainichi, entretanto, recomenda a Abe que dissolva a câmara baixa para convocar eleições antecipadas que coloquem no poder outro primeiro-ministro. «Tendo decidido ficar apesar da derrota eleitoral, o primeiro-ministro deveria dissolver a câmara baixa para breve e pedir uma resposta aos eleitores», escreve o jornal.

Os resultados oficiais, anunciados na manhã de segunda-feira mostraram que o PLD e o seu pequeno parceiro de coligação, o Novo Komei, obtiveram 103 lugares, tendo perdido 30 e ficado muito aquém dos 122 necessários para assegurar a maioria. O PD subiu de 81 para 112 lugares.

Na noite de domingo, Abe aceitou a responsabilidade pelos resultados mas recusou demitir-se. No entanto, o número dois do PLD, o secretário-geral Hidenao Nakagawa foi baixa imediata provocada pela eleição de domingo.

Observadores consideram provável que Abe remodele o Governo, a fim de ganhar novo fôlego.

O PLD ainda controla a câmara baixa, que escolhe o primeiro-ministro, mas as pressões para a demissão de Abe podem começar a chegar do interior do seu partido.

Não seria caso único no Japão a demissão do primeiro-ministro provocada por uma forte derrota no Senado.

Em 1998, o primeiro-ministro Ryutaro Hashimoto demitiu-se depois de o PLD ter obtido apenas 44 lugares no Senado. Antes disso, Sousuke Uno demitiu-se de primeiro-ministro, em 1989, quando obteve apenas 36 lugares.

O próprio Abe demitiu-se, em 2004, de secretário-geral do PLD, quando o partido obteve apenas 49 lugares na câmara alta.

Diário Digital / Lusa

Fujimori não consegue se eleger no Japão
29/07/2007 23h38

O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori não conseguiu eleger para uma cadeira na câmara alta do Parlamento do Japão nas eleições realizadas neste domingo (29).

Fujimori - que tem dupla cidadania, japonesa e peruana - fez sua campanha a partir do Chile, onde está em prisão domiciliar.

Ele concorreu às eleições por um partido pequeno de oposição, o Novo Partido do Povo, formado em 2005.

Segundo a agência japonesa Kyodo, Fujimori disse que o resultado foi "infeliz".

Fonte: BBC Brasil

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Após derrota no Japão, Fujimori concentra-se em processo chileno

REUTERS

LIMA - Após ser derrotado em sua campanha por um assento no Senado do Japão, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori disse no domingo que se concentrará em demonstrar sua inocência no processo de extradição pedido pelo Peru e que continua correndo no Chile.

Fujimori, que no sábado completou 69 anos, está sob prisão domiciliar em um condomínio fechado ao norte de Santiago, de onde coordenou a campanha legislativa por um pequeno partido do Japão.

- É certo que o objetivo de minha eleição não foi alcançado, mas hoje reafirmo minha vontade de trabalhar para fortalecer a relação peruano-japonesa em benefício de nossos povos irmãos - disse o ex-mandatário do Peru.

Assessores de Fujimori argumentaram que a derrota foi causada em parte pela ausência do ex-presidente no país e ao pouco tempo para organizar a campanha, que começou no final de junho.

O ex-presidente, que governou entre 1990 e 2000, tem cidadania do Japão e do Peru.

Fujimori, filho de imigrantes japoneses, fez uma aposta política inédita para conseguir uma vaga no Senado do Japão através de uma campanha à distância, enquanto espera a decisão da Justiça chilena sobre sua extradição ou não ao Peru.

- Meu objetivo principal neste momento continua sendo demonstrar minha inocência dentro do processo de extradição no Chile, à espera da decisão definitiva da Corte Suprema - disse Fujimori.

- Quando o processo terminar, espero poder retomar minha vida política para voltar a trabalhar pelo bem estar de todos os peruanos - afirmou.

Fujimori é acusado pelo governo peruano de corrupção e abusos aos direitos humanos, mas nega os crimes.

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Iene ignora resultados das eleições no Japão

A divisa nipónica atingiu hoje o valor mais elevado dos últimos três meses face ao euro, com as quedas registadas na sexta-feira nos mercados internacionais a levarem os investidores a reduzirem as suas posições de risco, colocando de lado os efeitos negativos das eleições de domingo no Japão, nas quais os partidários do Primeiro-ministro Abe Shinzo sofreram uma forte derrota, levando a que seja pedida a demissão do chefe do Governo japonês.


Pedro Duarte


Assim, o euro chegou a ser transaccionado nos 160,64 ienes durante a madrugada, tendo depois recuperado para os 161,51 ienes.


Segundo os analistas, "Abe já disse que não se demitirá [no seguimento das eleições], pelo que o impacto no mercado cambial é limitado".


O euro encontra-se estável face ao dólar, sendo que às 8h46 era transaccionado nos 1,3668 dólares, depois de ter variado entre os 1,3671 e os 1,3611 dólares durante a madrugada.