O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, o Chupeta, saiu da sede da Polícia Federal (PF), na Zona Oeste de São Paulo, na tarde deste sábado (11). Ele será levado para a Penitenciária Federal de Mato Grosso do Sul. Por volta de 16h40, ele embarcou no avião da Polícia Federal, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião decolou às 17h.
A Vara de Execução Penal Federal de MS autorizou na sexta-feira (10) a transferência do traficante para aquele presídio, onde está preso o também traficante Fernandinho Beira-Mar.
O pedido de transferência foi feito à Justiça pela Polícia Federal de São Paulo. Os motivos alegados foram questões de segurança e que a sede da PF, na Zona Oeste, é apenas um local de passagem e não pode abrigar presos durante muito tempo.
A Justiça de São Paulo formalizou o pedido de transferência ao juiz Odilon de Oliveira, de Campo Grande. Ele passou a solicitação ao Ministério Público Federal do estado, que considerou que a transferência preenche todos os requisitos necessários. Com o parecer do MPF em mãos, o juiz autorizou a ida de Abadia para o Mato Grosso do Sul.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já havia concedido a vaga ao traficante no presídio federal. O pedido aprovado em Campo Grande agora retorna ao Depen, que cuida dos detalhes da transferência.
A Polícia Federal de São Paulo prendeu Abadía, um dos traficantes mais procurados nos Estados Unidos, na terça-feira (7) em uma casa em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. A fortuna estimada dele é de US$ 1,8 bilhão.
Transferência
A Polícia Federal queria transferir "o mais brevemente possível" o colombiano Juan Carlos Abadía para um presídio de segurança máxima por temer uma tentativa de resgate do criminoso, considerado um dos maiores traficantes do mundo.
A PF havia reforçado a segurança de sua sede em São Paulo, na Lapa, na Zona Oeste, onde ele está preso. "Foi preciso reforçar a segurança, já que, com um criminoso como esse, não podemos deixar de considerar a hipótese de uma tentativa de resgate", disse o superintendente da PF em São Paulo, Jaber Saad.
De acordo com Saad, mais funcionários haviam sido destacados para atuar como carcereiros na custódia da PF e o número de homens que cuidam da segurança na entrada do prédio da PF, na Zona Oeste de São Paulo, também foi reforçado.
Fonte: G1
ALAGOAS 24 HORAS
PF acha lancha de US$ 1 mi e mais R$ 4,8 mi de Abadía
Foto de divulgação
As buscas feitas pelos agentes da Polícia Federal atrás dos bens do traficante de drogas Juan Carlos Ramírez Abadía já resultaram na apreensão de US$ 1,37 milhão, 670 mil e R$ 355 mil (a soma equivale a R$ 4,8 milhões). Na manhã de ontem, policias federais acharam uma lancha de 52 pés (17 metros), avaliada em US$ 1 milhão, que Abadía comprara recentemente.
Os agentes já sabem que o colombiano, conhecido como Chupeta (Pirulito), tinha o hábito de enterrar dinheiro em suas propriedades. Para o advogado Sérgio Alambert, que defende o traficante, "esse negócio de enterrar e esconder dinheiro em paredes parece que é um hábito colombiano". Era assim que um dos maiores traficantes de droga do mundo esscondia no Brasil parte do lucro obtido com o tráfico de drogas.
Os policiais já encontraram dinheiro em duas casas em São Paulo e outra no Rio Grande do Sul. Anteontem à noite, agentes chefiados pelo delegado Fernando Franceschini recuperaram em Campinas US$ 952 mil e 420 mil (a soma equivale a R$ 2,9 milhões). À noite, ospoliciais foram revistar uma outra mansão do criminoso, em Florianópolis (SC), pois tinham informações de que Abadía esconderia ali 300 mil. Pela manhã, os agentes acharam a lancha no Porto de Vila Velha (ES). Abadía havia comprado a embarcação recentemente. Ela deveria estar em Angra dos Reis (RJ), mas foi enviada ao Espírito Santo, onde foi apreendida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
MONTEVIDÉU, 11 AGO (ANSA) - Funcionários da Brigada Antidrogas do Uruguai invadiram três escritórios jurídicos em Montevidéu que supostamente poderiam manipular negócios do narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, preso na terça-feira em São Paulo. |
Bilhete com mapa levou PF a apreender dinheiro de colombiano |
G1 |
Um mapa levou a Polícia Federal (PF) a desenterrar na noite de quinta-feira (9) uma parte da fortuna do traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, o Chupeta, preso em São Paulo na terça-feira (7). São dólares e euros equivalentes a mais de R$ 3 milhões. Um bilhete com um mapa encontrado na mansão do traficante em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, levou os agentes até Campinas, interior do estado. No local, os policiais encontraram pacotes com US$ 952 mil e 420 mil euros que estavam enterrados em uma casa em um condomínio de luxo. Em janeiro, a polícia colombiana encontrou US$ 81 milhões (cerca de R$ 160 milhões) enterrados em um imóvel do traficante na Colômbia. Na apreensão realizada no interior paulista, o morador da casa - também colombiano, foi preso junto com um motorista. Os dois são acusados de lavagem de dinheiro. O motorista recebia R$ 7 mil por mês de Abadia para guardar a fortuna. Ontem, a PF apreendeu em Vila Velha, no Espírito Santo, um iate avaliado em R$ 3 milhões. Segundo os agentes, o barco pertence a um empresário capixaba suspeito de ter ligações com a quadrilha. O superintendente da PF em São Paulo negou que as prisões em Campinas tenham sido feitas a partir de informações dadas por Abadia. O traficante já afirmou que quer colaborar com os policiais, mas até a tarde de sexta não foi assinado nenhum acordo de delação premiada, que prevê redução de pena em troca de informações que ajudem nas investigações. O superintendente disse também que Abadia pode ser transferido a qualquer momento. Ele deve ser levado para o presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde está outro traficante: Fernandinho Beira-Mar. A transferência foi autorizada na tarde de ontem pela Vara de Execução Penal Federal de Mato Grosso do Sul. Em Campinas, o objetivo da operação realizada pela PF era desmantelar uma das ramificações da organização liderada por Abadia, acusado de ser o maior traficante das Américas. Os agentes vasculharam casas de pessoas supostamente ligadas ao colombiano que está preso na sede da PF na Capital, na Lapa, Zona Oeste. Enquanto seguem as investigações em São Paulo, autoridades colombianas querem ouvir Abadia no Brasil. O pedido já foi feito à Justiça brasileira. A permanência do traficante na sede da PF em São Paulo é motivo de preocupação. Abadia era um dos traficantes mais procurados do mundo. Ele carrega a fama de ter assumido o lugar de Pablo Escobar, chefe do cartel de Medellín, morto em 1993. A recompensa por sua prisão vale, segundo autoridades norte-americanas, US$ 5 milhões. A PF descartou receber a recompensa. A PF identificou 16 empresas que podem ter sido usadas para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, entre a Colômbia e os Estados Unidos. Uma delas é um escritório de importação e exportação em Pinheiros, na Zona Sul da Capital, que está trancado e com dois cães soltos no estacionamento. As investigações mostraram ainda que o colombiano tentava abrir uma empresa da táxi aéreo no país. No Brasil, Ramirez Abadia é processado por lavagem de dinheiro. A PF diz que ele não se afastou dos traficantes colombianos. “Ele estava aqui para lavagem de dinheiro. Mas ele não deixou de participar do grupo que vinha traficando”, disse Jaber Saad, superintendente da PF. A polícia também pediu a prisão preventiva de 12 pessoas envolvidas com o traficante. Uma delas é a mulher de Ramirez Abadia. A organização liderada pelo colombiano vendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos, onde possuía ampla rede de distribuição. O dinheiro obtido na venda era retirado dos EUA através do México, enquanto o lucro da droga distribuída aos europeus saía do continente por meio da Espanha. Do México e da Espanha, o dinheiro era transferido para o Uruguai. Era aí que entravam em ação as empresas “laranjas” de Abadia no Brasil. As empresas, dos mais diferentes ramos, como comércio exterior, embarcações, e imóveis, faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro que entrava no Brasil. Já dentro do país, o traficante investia em imóveis (hotéis e mansões), na indústria e na aquisição de carros. |