A hipótese mais provável para a morte do agente penitenciário Ivson Correia Oliveira Santos, de 39 anos, durante sessão do filme Tropa de Elite, é suicídio, segundo os peritos do Instituto de Criminalística (IC), nesta terça pela manhã, no Recife. Foram analisados a arma que estava com ele - uma pistola 380 registrada em seu nome -, o projétil e uma bala que caiu da pistola.
O laudo residuográfico constatou a presença de pólvora na mão do agente, e segundo os peritos, a posição em que foi disparado o tiro descarta as possibilidades de assassinato ou disparo acidental. O perito Nemésio de Sena, que esteve no local, disse que foi procurado por colegas do agente. Eles informaram que Ivson teria feito algumas ligações, informando-os a respeito do suicídio. Os parentes pareciam surpresos no Instituto de Medicina Legal (IML). Ninguém quis comentar o caso, mas um amigo da família revelou que ele já teria assistido ao filme em DVD e não apresentou nenhuma alteração no momento nem nos últimos dias.
A investigação está sendo feita pela Delegacia da Boa Vista. As primeiras pessoas a serem ouvidas foram um policial federal e uma agente da Polícia Civil que estavam assistindo ao filme. Um dos supostos motivos que levaria Ivson Santos a cometer suicídio seria uma sindicância da Delegacia de Narcotráfico. O nome dele aparece envolvido num esquema de facilitação de entrada de drogas no Presídio de Igarassu, onde ele trabalhava.
Na ocasião, R$ 35 mil reais em dinheiro e 12 kg de maconha foram encontrados, e o chefe da segurança do presídio, de quem Ivson era auxiliar, foi preso em flagrante. Após o afastamento de mais dois agentes por determinação judicial, mesmo não sendo indiciado, Ivson foi transferido do Presídio de Igarassu para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).
Ivson Correia de Oliveira Santos foi atingido por um tiro na tarde dessa segunda-feira (15), durante sessão do filme Tropa de Elite, nesta segunda à noite, em cinema localizado no Shopping Tacaruna, no Recife. O corpo do agente será enterrado às 17h no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grade Recife. O agente penitenciário morava em Olinda, deixa esposa e um filho de um ano.