Jovem morto por tigresa nos EUA tentou salvar amigo da fera

Jovem morto por tigresa nos EUA tentou salvar amigo da fera

SÃO FRANCISCO - O jovem Carlos Sousa Jr, 17 anos, de ascendência portuguesa e brasileira, morto pela tigresa Tatiana no dia de Natal em um zoológico de São Francisco tentou salvar a vida do amigo Kulbir Dhaliwal, 23 anos, antes de ser atacado pelo animal. Segundo familiares e a polícia, Carlos e o irmão do amigo, Paul, 19 anos, tentaram desesperadamente distrair o enorme felino de 159 quilos quando ela acabou pulando a cerca e atacou Sousa.

"Ele não tentou correr para ajudar o amigo e foi ele quem se deu mais mal," disse o pai de Carlos. A primeira versão de que os garotos poderiam ter ajudado Tatiana a fugir numa brincadeira de fim trágico foi desmentida por informações das autoridades de que o muro do fosso que protege o público dos tigres tem altura de 3,75 metros, 1,20 metro a menos do padrão oficial. Ela também é 2,25 metros menor do que a altura inicialmente informada pelos funcionários do zôo.

"Houve diversas informações sobre o muro. Hoje fomos lá e o medimos nós mesmos," disse o diretor do zoológico Manuel Mollinedo, revelando que não sabia da falha que pode ter causado a tragédia. Nas 48 horas desde os ataques, foram divulgadsas pelo menos cinco alturas diferentes para o muro do fosso, uma dor de cabeça a mais para os investigadores encarregados de descobrir porque a fera pulou de seu habitat para matar Sousa e ferir Paul e Kulbir, ambos internados em estado grave.

As patas da tigresa morta a tiros pela polícia têm sinais de que ela escalou o muro, mas a verdade é difícil de determinar porque o zôo não tem câmeras. Um especialista em tigres da Associação Zoológica Americana deverá se juntar às investigações após os feriados para ajudar os investigadores com informações sobre o comportamento desses felinos. Ele poderá explicar se o animal de 2,4 metros de comprimento pode pular ou escalar um muro de 3,75 metros.

Não está afastada a hipótese de que Tatiana tenha sido provocada, um animal agressivo que já havia atacado uma tratadora. As autoridades informaram o achado de uma marca de pé numa das cercas em volta da morada da tigresa. Impressões dos pés das três vítimas foram tiradas para comparação.

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