Análises de DNA não permitem confirmar morte de Maddie
Há 12 horas
LISBOA (AFP) — As análises de DNA dos indícios encontrados no apartamento de onde desapareceu a pequena britânica Madeleine McCann, em maio passado, em Portugal, não permitem confirmar a sua morte, afirmaram neste sábado dois jornais portugueses, citando fontes ligadas à investigação.
Os peritos da polícia científica britânica (FSS), que efetuaram as análises, não conseguiram isolar o DNA dos "vestígios biológicos" descobertos neste apartamento de um complexo turístico de Praia da Luz (sul de Portugal), que estavam muito deteriorados, explicaram o jornal Diário de Notícias e a revista Expresso, depois de uma reunião de especialistas britânicos e portugueses na Inglaterra.
O resultado das análises preliminares "não permite estabelecer com certeza" que a menina morreu, e também não permite acusar seus pais, Kate e Gerry McCann, indiciados em 7 de setembro passado mas deixados em liberdade, escreveu Expresso.
Os pais de Maddie são acusados pela polícia judiciária (PJ) portuguesa de ter matado acidentalmente sua filha e dissimulado seu corpo.
Especialistas da FSS e da PJ portuguesa se reuniram quinta-feira na Inglaterra, num lugar não especificado oficialmente.
Os médico-legistas portugueses "foram conversar sobre os resultados das análises, fazer perguntas e entender a forma como foram realizados os testes", informou uma fonte do Instituto médico-legal, citada pela revista Expresso.
Os pais de Madeleine afirmam que ela desapareceu no dia 3 de maio quando dormia num apartamento do balneário de Praia da Luz, enquanto eles estavam jantando com amigos num restaurante próximo.
O casal McCann lançou uma grande campanha internacional de mobilização para encontrar sua filha. Depois de terem sido indiciados pela polícia portuguesa, eles contrataram uma equipe de detetives para provar sua inocência e seguir procurando Madeleine, que segundo eles foi seqüestrada.
Pais de Madeleine pedem para ser declarados inocentes
Agência ANSA
Londres - Os médicos britânicos Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, a garota inglesa desaparecida desde o último dia 3 de maio no sul de Portugal, pediram hoje à Polícia Judicial portuguesa para serem declarados inocentes do caso.
Os McCann denunciaram o caso de Maddie como tendo sido um seqüestro, no entanto, uma das hipóteses da polícia portuguesa é a de que o casal causou a morte acidental da filha e que tentou esconder as evidências.
O porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, disse que o casal "teve o bastante" com o drama.
O pedido coincide com a chegada de quatro detetives portugueses à Grã-Bretanha, os quais se reuniram ontem com especialistas forenses para discutir os resultados dos testes de DNA de evidências vinculadas ao caso.
"Já tivemos o bastante. Não há provas que incriminem Kate e Gerry pois eles são inocentes. Esperamos que esta visita ajude a acelerar o processo para tirar os McCann da investigação", acrescentou Mitchell.
Segundo o porta-voz, "o casal considera uma injustiça" que tenham sido declarados suspeitos, "quando deveriam estar se concentrando na busca por Madeleine".
Os laboratórios do Serviço Forense de Birmingham, na Inglaterra, analisaram evidências tiradas do veículo alugado pelos McCann em Praia da Luz, 25 dias após o desaparecimento da garota, e as provas presentes no quarto de hotel que a família estava hospedada.