Caso Isabella - A mãe

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Crianças emocionam mãe na missa de sétimo dia

Ana Carolina de Oliveira cantou com coro infantil e abraçou garoto; segundo parentes, família do pai não foi à cerimônia
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Rodrigo Brancatelli, Vitor Hugo Brandalise e Jones Rossi

A mãe de Isabella de Oliveira Nardoni, a bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira, passou o dia de ontem reunindo forças para comparecer à missa de 7º dia da menina na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria, zona norte da cidade. Teve uma consulta com um psicólogo, tomou os calmantes que vêm sendo receitados desde o começo da semana, recebeu a visita de quase uma dezena de amigos e parentes em sua casa. Vinte minutos depois de sentar na primeira fileira da igreja ao lado do seu irmão e dos pais, às 18h20, logo ao ver um grupo de 20 crianças da escola de Isabella e da comunidade, Ana Carolina abaixou a cabeça e chorou copiosamente.

“Ela está em estado de choque, ela quase não teve reações desde o acontecido”, disse o namorado da bancária, Junior Camargo. “Ela não tem condições de falar com vocês da imprensa. Amanhã (hoje), é aniversário dela... Imagina a situação.... É tudo muito difícil.”

Um amigo da família da mãe confeccionou cerca de 80 camisetas com a foto da garota, morta há uma semana, e a frase “Para sempre nossa estrelinha”. “Princess”, como Isabella era chamada pelos familiares, aparecia na camiseta em uma foto com tiara colorida na cabeça e um sorriso de orelha a orelha. A mesma foto foi distribuída às cerca de mil pessoas que estavam presentes na missa com a seguinte mensagem: “Isabella, Princess. O criador nos presenteou com a graça de cuidar de você por um curto espaço de tempo. Tempo este de grande intensidade e infinito amor. Senhor, muito obrigado. Seja feita a Tua vontade.”

Segundo a família Oliveira, ninguém da família do pai, que se encontra preso no 77º DP (Santa Cecília), compareceu à cerimônia. Amigos e parentes de Ana Carolina acompanhavam cada momento da missa com atenção e em profundo silêncio. Masataka Ota, de 51 anos, pai do garoto Ives Ota - seqüestrado e morto em 1997 - também compareceu para prestar solidariedade.

Ana Carolina permaneceu impassível durante a cerimônia, dirigindo o olhar para o grupo de 30 crianças da comunidade, sentado nos degraus do altar. Recebeu pêsames de várias pessoas, trocou algumas palavras e mais nada. Tomou apenas um copo de água antes da missa. Não falou com a imprensa nem procurou estender conversas.

ABRAÇO

Durante a missa, cantou e bateu palmas junto com o coro infantil. O momento mais emocionante, durante uma canção, foi quando um garoto do grupo se aproximou sorrindo e abraçou Ana Carolina. Ela, por alguns momentos, acariciou a criança.

Oito ex-colegas de classe de Isabella compareceram à cerimônia, em companhia de professores da primeira escola onde a menina estudou - dos 2 aos 4 anos -, o Centro de Educação e Recreação Criando Alegria.

“Muitas vezes, a Isabella chegava atrasada ao colégio, trazida pelos avós. Eu reclamava e a avó dela sempre dizia: ‘Minha princesinha quis dormir mais, deixa minha princesinha dormir’”, lembra a diretora da escola, Andréa Regina Rocha, vestindo uma camiseta em que Isabella aparece de vestido verde e sardas pintadas no rosto, fantasiada para uma festa junina, com os dizeres “Saudade, Isabella”.

Durante a missa, as pessoas respeitaram a dor da mãe. Não houve nenhuma manifestação pública de revolta. O padre Sebastião Oliveira também preferiu não tocar no caso durante a homilia.

Mas, durante as orações, destacou a dor da perda - falando à família de Isabella, no entanto, da mesma maneira como se dirigia para outras 5 famílias, que também prestaram homenagem ontem a seus parentes. “Conseguimos perceber a presença de Jesus quando alguém nos dá apoio e oferece um ombro para chorar.”


Na TV, mãe de Isabella diz que espera justiça

A bancária Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta no sábado passado, disse hoje em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo, que as investigações a respeito da morte de sua filha caminharam bem, após uma semana da tragédia. Ela disse, no entanto, que não sabe informar se o depoimento dela teria sido o diferencial para que o pai de Isabella, o advogado Alexandre Nardoni e a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, tivessem a prisão temporária decretada. "Dure o tempo que durar, espero que se encontre o culpado para que possa ser feita justiça", afirmou.

Hoje, no dia em que completa 24 anos, Ana Carolina agradeceu toda a solidariedade recebida nos últimos dias, em especial ontem, durante a missa de sétimo dia da morte de Isabella. Ela disse ainda que todas as manifestações de carinho são muito reconfortantes.


Mãe de Isabella diz que investigação caminha bem

Folha Online/AC

A bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira disse neste sábado que as investigações sobre a morte de sua filha Isabella, 5, que morreu no último dia 29 de março, estão caminhando "muito bem" e que espera o tempo que for necessário para que se faça justiça.

A garota teria sido arremessada do apartamento do pai, no 6º andar de um prédio no Carandiru, zona norte de São Paulo. Em entrevista ao jornal "Hoje", da TV Globo, Ana Carolina disse que não sabe se o seu depoimento foi fundamental para que a polícia solicitasse a prisão temporária do pai e da madrasta de Isabella: Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Não obtive nenhuma informação que o meu depoimento fez com que isso [prisão] acontecesse", afirmou.


Ana Carolina admitiu que a conclusão das investigações pode demorar mas disse que espera por justiça. "O processo, em uma semana, acho que caminhou muito bem. Se vai demorar mais um mês eu não sei. Eu quero ver o tempo necessário para que cumpram, façam e tenha justiça mesmo", disse. Versão O promotor Francisco José Taddei Cembranelli, que acompanha as investigações sobre a morte de Isabella, disse ontem que a versão apresentada pelo pai e pela madrasta da menina é "fantasiosa" e reforçou a hipótese de crime. Segundo ele, há contradições que precisam ser esclarecidas.
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Segundo a versão do pai de Isabella, a menina teria sido jogada do sexto andar do edifício, supostamente, por algum desafeto seu. O pai e a madrasta se apresentaram à Justiça na última quinta-feira (3), quase 20 horas depois de terem a prisão temporária por 30 dias --prorrogáveis por mais 30-- decretada pelo juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri. Ele também decretou sigilo no inquérito policial. De acordo com o promotor, o casal foi preso para que as investigações não fossem prejudicadas.

Caso estivessem em liberdade, poderiam ter contato com testemunhas, vizinhos ou ao local onde a menina morreu. Aniversário Ana Carolina, que hoje completa 24 anos, recebeu uma homenagem de um grupo de estudantes em frente à sua casa no início da tarde. Os estudantes prestaram solidariedade e cantaram "Parabéns pra Você".

Os estudantes declararam também que vão criar uma ONG que dará apoio a mães que perderam os seus filhos. Segundo os estudantes, o nome da entidade será Isabella, em homenagem à menina morta. Ana Carolina afirmou que irá integrar o grupo. Ela disse ainda que não queria ver ninguém triste porque Isabella não gostava de ninguém chorando. Missa Ontem, cerca de 1.000 pessoas acompanharam a missa de 7º dia de Isabella realizada na igreja Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria (zona norte de São Paulo).

A igreja ficou lotada, inclusive corredores, mezanino e escadarias da igreja. Já o altar ficou repleto de crianças da idade da garota com camisetas em homenagem a ela. O primeiro banco da fila central da igreja foi ocupado pela mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, seus irmãos e seus pais. Abalada, mas aparentemente calma, Ana cantou todos os hinos, bateu palmas, comungou e segurou crianças que estavam no altar.

Assim como todos os parentes, ela usava uma camiseta com uma foto da garota sorrindo e a frase "Isabella, para sempre nossa estrelinha". Segundo uma prima da mãe de Isabella, 400 camisetas foram feitas e distribuídas entre familiares. Massakata Ota, pai do menino Ives Ota, seqüestrado e morto em 1997, também participou da celebração. Ele foi vestindo uma camiseta em homenagem ao filho, mas também vestiu a de Isabella.


Mãe de Isabella dá apoio à criação de ONG

No início da noite deste sábado (5), a mãe da menina Isabella Nardoni, Ana Carolina de Oliveira, foi até o portão de sua casa na Zona Norte de São Paulo, para falar com o grupo de meninas que, pela tarde, cantou parabéns para ela. Ana Carolina completou 24 anos neste sábado.
Esta foi a quarta aparição da mãe da menina de 5 anos ao longo do dia, marcado pela visita de amigos, parentes e até pessoas desconhecidas que vieram prestar solidariedade. “Elas estão organizando uma ONG em nome da minha filha e eu vim entregar as camisetas”, disse dando as blusas com a foto de Isabella ao grupo.
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Questionada sobre como se sente diante de tantas manifestações de apoio, a bancária respondeu: “Estou muito feliz. Hoje é meu aniversário. Tem muita gente receptiva”. Ela disse que se comprometeu a organizar com as meninas o trabalho dessa ONG. “Vou organizar com elas e o pai do Yves (Ota) a ONG e ajudar mães que sofrem por perder seus filhos”, disse em referência a Massataka Ota, que também a visitou nesta sábado.

Segundo a família, não houve bolo para comemorar o aniversário. Entre as manifestações de apoio, está a de um grupo que fez uma corrente e, de mãos dadas, rezou um Pai Nosso na porta da casa da família Oliveira. As pessoas pediram Justiça e que o caso não fosse esquecido.


Mãe de Isabella recebe manifestantes e pede para ninguém chorar

Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta no sábado passado (29) em um prédio na Zona Norte da capital, recebeu neste sábado (5), na porta de sua casa na Vila Medeiros, um grupo de estudantes paulistanos que prestaram solidariedade a ela e se manifestaram contra a violência.

O grupo cantou “Parabéns pra você” para a bancária que completa 24 anos neste sábado. Ana Carolina foi aplaudida e também ouviu da estudantes a música "Eu sei que vou te amar". Eles são alunos da escola que Ana Carolina estudou e decidiram criar uma comunidade no Orkut para Isabella. Os estudantes disseram a ela que criarão uma organização não-governamental (ONG) com o nome de sua filha em prol da paz.

Ana Carolina afirmou que pretende integrar essa ONG, que dará apoio a mães que perderam seus filhos. "Vou ajudar todas as mães... Gostaria muito que isso não acontecesse nunca mais na vida de ninguém", disse ela. Uma das organizadoras do movimento, Renata Laurindo, de 16 anos, promete: "Sua filha não vai ser um caso à parte. Não vai se esquecida como muitas foram. Por isso, a ONG está sendo fundada".

A estudante Renata Laurindo disse que se comoveu com o caso de Isabella porque se lembra de Ana Carolina grávida na escola.

A mãe da garota pediu que as pessoas não chorassem mais, porque Isabella não gostava de ver ninguém triste. "Ela não gostava de me ver triste. Eu não vou sofrer. A única coisa que vou sentir é saudade", disse Ana Carolina.


Polícia pode ouvir irmão mais novo de Isabella

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, a madrasta e o pai

A morte da menina Isabella Nardoni, aos 5 anos de idade, pode ter uma testemunha-chave: o irmão, de 4 anos, por parte de pai. Para a polícia, é possível que seja dele, e não de Isabella, a voz de criança que gritava "pára, pai, pára", poucos minutos antes de Isabella ter sido encontrada caída no gramado do prédio em que morava seu pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos. Ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, de 24, são os principais suspeitos da morte da menina.

Reportagem de VEJA desta semana traz um relato completo dos dois lados desta história misteriosa: o do casal, que nega ter cometido o crime; e o das descobertas feitas pela polícia até agora, que contradizem alguns pontos da versão apresentada por Nardoni e Anna Carolina. A revista revela que, para resolver o enigma, a polícia estuda a possibilidade de ouvir o garoto. O depoimento, contudo, depende de autorização do Ministério Público.

Com base nos depoimentos colhidos durante a semana e nos resultados preliminares da perícia, os responsáveis pela investigação formularam a hipótese de que Isabella teria sido agredida por um dos integrantes do casal ainda no carro, no trajeto para casa. Com isso se explicariam os vestígios de sangue encontrados no interior do veículo, na maçaneta da porta de entrada do apartamento e em diversos cômodos da casa. A polícia cogita da possibilidade de a agressão ter continuado no apartamento, o que teria levado o irmãozinho a pedir que a agressão cessasse.

O corpo da menina apresentava sinais de asfixia sofrida antes da queda da janela. Investigadores consideram a possibilidade de, em dado momento, Nardoni e Anna Carolina terem achado que a menina estava morta. Ao jogá-la pela janela estariam tentando acobertar o que já supunham ter sido um assassinato. Essa possibilidade é chocante, e o dano ao casal será irreparável caso não se prove a culpa deles. Por essa razão, ela só será adotada oficialmente pela polícia se as evidências forem mesmo conclusivas.


Mãe de Isabella vai à escola pegar trabalhos feitos pela filha
Colaboração para a Folha

Ana Carolina Cunha de Oliveira, que hoje completa 24 anos, foi ontem de manhã à escola Isaac Newton, na Vila Gustavo (zona norte), buscar os desenhos e trabalhos feitos por sua filha, Isabella, morta no último sábado.

A informação foi dada pelo segurança da escola, que não quis se identificar. Os funcionários da escola estão instruídos a não dar declarações e o diretor não foi encontrado.

Isabella, que neste mês completaria 6 anos, estudava nessa escola desde o ano passado. Pais de outros alunos da escola que eram próximos à menina disseram que a madrasta e o pai foram vistos várias vezes na porta da escola à espera da menina. Eles contaram que o casal e a menina tinham uma relação amorosa.

Isabella estava no primeiro ano do fundamental e freqüentava a escola em período integral. Antes, ela era aluna da escola "Cantinho da Alegria".

Abordada por jornalistas na porta de sua casa ontem pela manhã, Ana Carolina disse apenas que tem recebido muitas mensagens de apoio e que tentará ler todas.

Leia a seguir a rápida entrevista que foi divulgada pela Rede Record.

PERGUNTA - Você não gostava que a sua filha fosse visitar o pai?
ANA CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA - Isso eu não vou te responder.

PERGUNTA - O Brasil inteiro está mandando e-mail para as redações. Isso te conforta de alguma maneira? Você consegue ler estas mensagens?
ANA CAROLINA - Algumas eu estou lendo. Até quando eu tinha mil eu tentei dar uma lida. Agora são mais de 100 mil. Eu não vou apagar nenhuma. Vou ler uma por uma. Não sei até quando, se vai demorar um ano, um mês, mas elas vão continuar lá.

PERGUNTA - A senhora pretende dar alguma declaração?
ANA CAROLINA - A minha posição hoje é não querer falar. Se isso vai acontecer amanhã ou depois, eu não sei. Eu posso até mudar de opinião, mas hoje isso não vai acontecer.