"Investir no Brasil é um bom negócio", afirmou Lula em um discurso para empresários e investidores dos dois países, destacando que os dados da economia brasileira são representativos.
Lula, que concluirá em algumas horas sua visita de Estado no país, afirmou que o programa de desenvolvimento brasileiro "reserva um espaço" à participação holandesa.
Lembrou que o PAC, que tem o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável no Brasil, prevê investimentos de mais de US$ 270 bilhões, até 2010, em centenas de obras de infra-estrutura, saneamento, energia e transportes.
Lula chamou a atenção sobre os planos do Brasil de ampliar o potencial de portos marítimos, um setor no qual a Holanda possui grande experiência.
Também voltou a reiterar, como em outros momentos de sua visita de dois dias, o excelente momento econômico do Brasil, e mostrou sua confiança de que o país crescerá, em 2008, mais do que os 5,4% registrado em 2007 (o FMI prevê 4,8%, segundo a projeção divulgada na quarta-feira passada).
Lula declarou que o Brasil tem reservas de US$ 200 bilhões, enquanto as importações e as exportações alcançam cifras históricas, a inflação é baixa e o crédito aumenta.
O resultado é o aumento da produção e do consumo nos últimos 16 trimestres consecutivos, acrescentou.
"Temos sinais claros de estabilidade e de expansão", insistiu o presidente, que lembrou que desde que tomou posse do cargo, no início de 2003, foram criados 10 milhões de empregos e 20 milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta no país.
Um dos executivos que assistiram aos debates de hoje, Ulisses da Silva, diretor-geral da petroquímica Braskem, destacou as perspectivas em bioetanol, já que o Brasil poderia exportá-lo à Holanda de modo que esse país seja "a porta" do biocombustíveis para a Europa.
Também destacou que a Holanda tem muita capacidade para investir em tecnologia, serviços e engenharia no Brasil. EFE mr/bf