Lula convida investidores holandeses a participar do auge econômico do Brasil

Haia, 11 abr (EFE).- O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou hoje as empresas holandesas a participar do auge econômico vivido pelo país, tanto nos setores mais dinâmicos como no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado por seu Governo em janeiro do ano passado.

"Investir no Brasil é um bom negócio", afirmou Lula em um discurso para empresários e investidores dos dois países, destacando que os dados da economia brasileira são representativos.

Lula, que concluirá em algumas horas sua visita de Estado no país, afirmou que o programa de desenvolvimento brasileiro "reserva um espaço" à participação holandesa.

Lembrou que o PAC, que tem o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável no Brasil, prevê investimentos de mais de US$ 270 bilhões, até 2010, em centenas de obras de infra-estrutura, saneamento, energia e transportes.

Lula chamou a atenção sobre os planos do Brasil de ampliar o potencial de portos marítimos, um setor no qual a Holanda possui grande experiência.

Também voltou a reiterar, como em outros momentos de sua visita de dois dias, o excelente momento econômico do Brasil, e mostrou sua confiança de que o país crescerá, em 2008, mais do que os 5,4% registrado em 2007 (o FMI prevê 4,8%, segundo a projeção divulgada na quarta-feira passada).

Lula declarou que o Brasil tem reservas de US$ 200 bilhões, enquanto as importações e as exportações alcançam cifras históricas, a inflação é baixa e o crédito aumenta.

O resultado é o aumento da produção e do consumo nos últimos 16 trimestres consecutivos, acrescentou.

"Temos sinais claros de estabilidade e de expansão", insistiu o presidente, que lembrou que desde que tomou posse do cargo, no início de 2003, foram criados 10 milhões de empregos e 20 milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta no país.

Um dos executivos que assistiram aos debates de hoje, Ulisses da Silva, diretor-geral da petroquímica Braskem, destacou as perspectivas em bioetanol, já que o Brasil poderia exportá-lo à Holanda de modo que esse país seja "a porta" do biocombustíveis para a Europa.

Também destacou que a Holanda tem muita capacidade para investir em tecnologia, serviços e engenharia no Brasil. EFE mr/bf