TUDO AGORA
A jornalista Lillian Witte Fibe, que assume na próxima segunda-feira (9) o comando da atração "Roda Viva", da TV Cultura, disse que tem uma carreira sem arrependimentos e que saiu da Rede Globo com uma "doença".
"A gente sai da TV Globo com uma doença chamada de editite, achando que tudo dá para cortar", afirmou a apresentadora ao comentar sobre os minutos e segundos contados na emissora, que preza pela rapidez em seu noticiário.
"Até no cinema, a gente vai e pensa, isso nesta cena é desnecessário", afirmou a apresentadora, que agora passará por um processo de "reabilitação" no programa "Roda Viva".
"O programa, e isso é algo que está cada vez mais raro na TV aberta, dá à pessoa a oportunidade de concluir um raciocínio. Na TV aberta a gente fica espremido por aquela sonora, 20 segundos, 1min30s", exemplificou Fibe.
Quanto à saída da Globo, Fibe afirma não nutrir arrependimentos. "Eu nunca me arrependi", disse Fibe também ao se referir sobre sua carreira em geral. Quanto à Globo, a apresentadora ainda agregou: "Creio que saí no momento certo, não querendo ser mal agradecida, mas acho que tive o timing, se houvesse ficado é que teria me arrependido".
Fibe entra no "Roda Viva" no lugar de Carlos Eduardo Lins da Silva, que se tornou o novo ombudsman da Folha de S.Paulo.
Apesar de ser um nome forte, Fibe disse que os programas de entrevistas na TV deveriam se centrar na figura de entrevistado e que isto acontece no "Roda Viva".
"O segredo do programa é o personagem, é o entrevistado. Quando isto não acontece, é um erro", afirmou a jornalista.
Ainda sobre o programa, Fibe disse ter ficado surpresa com a repercussão de sua ida para a atração. "É um programa que interessa, eu vi pela repercussão que teve minha ida, fiquei até surpresa", afirmou.
Sobre as possíveis mudanças no programa, a jornalista disse que é muito cedo para pensar em alterar algo.
"Se eu disser que não falta nada, que é um programa completo, é mentira, mas por enquanto, eu tenho que entrar, sentir o trabalho", disse Fibe, que confessou ainda estar pegando o ritmo da atração e errar de vez em quando o ponto ou o timing.
Quanto ao tema de sua estréia no "Roda Viva", uma entrevista com o ministro Carlos Minc (Meio-Ambiente), Fibe disse que se trata de um tema atual e que não deve ser repetitivo apesar da proximidade de exibição com a entrevista do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, que ocorreu na última segunda-feira (2).
Fonte: Folha Online
Repórter: DAYANNE MIKEVIS
Está certo que a noticia ficou antiga, pois o programa foi ao ar ontem,
mas não tem como negar que a entrevista tem um ótimo aproveitamento para alguns profissionais do ramo. Porém o exemplo que não consegui deixar de pensar ao ler a matéria foi o do "Programa do Jô". Poderia ser qualquer outro, mas esta parte: "O segredo do programa é o personagem, é o entrevistado. Quando isto não acontece, é um erro", fez até me lembrar dele pegando do braço do entrevistado e interrompendo-o para não deixá-lo aparecer mais que o apresentador e de quebra perder a concentração na resposta e deixar o telespectador também frustado.
E me desculpem por compará-lo com um programa sério de entrevista, oque não é bem o caso. (TSN)