Mulher Melancia é agredida

Mulher Melancia é agredida

Morador arremessou garrafas de vidro em cima da musa, na Favela Tavares Bastos

Pedro Moraes
pedromoraes@meiahora.comRoberta Fernandesroberta.fernandes@meiahora.com
Rio - Andressa Soares, a Mulher Melancia, foi agredida ontem na Favela Tavares Bastos, no Catete. Ela estava gravando matéria para o "Domingo Legal", programa de Gugu Liberato no SBT, quando morador jogou azulejos e garrafas na direção da casa onde a morenaça estava. O local é o mesmo onde a musa já tinha feito as fotos para seu primeiro ensaio pelada na "Playboy". Andressa foi ferida por um caco de vidro na perna.

Confira fotos da Melancia agredida

A confusão começou quando o morador Jonas Pires Filho, marido de Andréia Viana — que ameaçou processar a "Playboy" por problemas que teve na época das fotos —, soube que Melancia estava na casa de Martha da Conceição Costa, vizinha do casal e presidente da associação de moradores, onde já havia feito o ensaio para a revista. Quando as duas foram para a laje, Jonas começou a arremessar azulejos e garrafas de cerveja. Um caco de vidro atingiu Andressa na perna direita. O corte não foi profundo, mas sangrou muito.

A Polícia Militar chegou ao local após receber falsa informação de que a dançarina estava sendo linchada na comunidade. Ela foi levada para o Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, com escolta da PM, e teve que tomar cinco pontos. De lá, a musa seguiu para a 9ª DP (Catete), onde Martha já prestava queixa contra o vizinho. “Fui agredida e a menina ainda saiu ferida. Isso é um absurdo”, disse a presidente da associação de moradores.

Boletim de ocorrência

No boletim de ocorrência, conta que a Mulher Melancia foi ferida, mas a dançarina não registrou queixa contra Jonas: “Ele começou a jogar garrafas e calhou de acertar em mim. Mas o tempo todo ele dizia que não tinha nada contra mim, o problema era com a vizinha dele”.

Segundo Martha, o agressor xingou a dançarina de ‘vagabunda’. Na DP, Jonas reclamou da “bagunça” em frente à sua casa: “Quero paz. Isso acontece porque lá não tem tráfico. Se tivesse, não haveria essa palhaçada”.