Palco desaba, fere 7, e causa cancelamento de evento em Ribeirão Preto (SP)
FERNANDA CICILLINIFolha Online
da Folha Ribeirão
Duas horas antes da abertura dos portões para a 7ª edição do João Rock em Ribeirão Preto (314 km da capital), parte da estrutura metálica do palco desabou ferindo 7 pessoas: cinco funcionários e dois músicos integrantes da banda do cantor Jorge Ben Jor. O evento, que seria realizado no parque Permanente de Exposições, foi cancelado. A organização estuda uma nova data para show.
As vítimas foram socorridas por equipes do Corpo de Bombeiros e encaminhadas para hospitais na cidade. Duas vítimas tiveram fraturas expostas na perna. As outras tiverem ferimentos pelo corpo, segundo informações da organização e da Policia Militar.
A queda da estrutura aconteceu por volta das 12h30. Os portões seriam abertos para público às 14 h.
De acordo com a assessoria do João Rock, 30 mil pessoas de Ribeirão e região acompanhariam o show, que reuniria nove atrações, entre elas O Rappa, Charlie Brown Jr, Pitty, Jorge Ben Jor, Marcelo Nova e Natiruts.
Não foi permitido o acesso da imprensa ao local da queda. As imagens de cinegrafistas e fotógrafos eram feitas por cima de um muro que permitia a visão do palco.
De acordo testemunhas, o acidente aconteceu após uma ventania e atingiu, além de funcionários que trabalhavam no local e os músicos, duas vans que estavam próximas a estrutura. "Eu trabalhava no estacionamento e entrei para beber água quando deu uma ventania e tudo veio abaixo. As pessoas entraram em pânico. Tinha gente lá no alto [da estrutura] que viu que ia cair e se jogou", diz Marcos Antonio, 41, que presenciou o momento da queda.
Segundo o organizador do evento, Lut Marques, o show será remarcado. O dinheiro dos ingressos --vendidos por até R$ 60-- será devolvido a partir da próxima segunda-feira para quem desejar.
"Não adianta a gente tentar fazer uma coisa de uma maneira que não foi como nós planejamos. Foi uma fatalidade. Não é fácil adiar um evento desse porte, mas pela história do evento foi a opção que julgamos mais acertada", disse Marques.
De acordo com o capitão da Polícia Militar Luís Henrique Usai a estrutura já havia sido vistoriada no dia 11, quando a montagem terminou. "Pelas informações que nós temos, hoje eram feitos ajustes e afixadas algumas placas de propaganda de patrocinadores. No dia da vistoria, havia apenas o telão. A perícia técnica já trabalha no local para apurar se houve falha mecânica ou falha humana na montagem", disse o capitão.
Houve um tumulto em frente ao portão do parque onde aconteceriam os shows. A polícia fechou a rua que dá acesso ao local.
"É muito frustrante. Eu ainda sou da cidade, mas tem gente que veio de fora, até de outros estados e não vão ver nada", disse Leandro Rosseti, 21, ajudante de carregamento, que assistiria os shows.
