...aos que pensam em transgredir as normas olímpicas é melhor que não o façam.
Orlando Lizama Washington (EFE) - O sonho daqueles que desejam perder peso sem fazer esforço e dos que pretendem aumentar a resistência física num piscar de olhos se tornará realidade graças a duas recentes descobertas médicas.
Nada de dietas, olhares lânguidos e sem esperanças para uma deliciosa refeição, nem exercícios, suor ou dores musculares.
A solução está em dois remédios que, segundo descoberta recente, mantêm esbeltos e transformam o usuário em atletas incansáveis...
ratos de laboratório, por enquanto.
São os medicamentos GW1516, que não está à venda comercialmente, e outro só identificado como AICAR.
Em experiências feitas com roedores, os cientistas do Instituto Médico Howard Hughes e do Instituto Salk para Estudos Biológicos indicaram que as duas substâncias desencadeiam muitos dos efeitos fisiológicos de exercícios e aumentam a resistência, assim como a capacidade do corpo de queimar gorduras.
Em um relatório sobre o estudo divulgado hoje pela revista "Cell", os pesquisadores declaram que o potencial dos remédios vai muito além do combate à obesidade e ao cansaço.
Também poderiam ajudar pessoas com incapacidades e que sofrem de transtornos metabólicos ou distrofia muscular e no tratamento de doenças musculares, em pacientes que por problemas físicos não podem fazer exercícios.
Em trabalhos anteriores com ratos geneticamente manipulados, os cientistas já tinham determinado que um gene identificado como PPAR delta era ativado e transformava os animais em verdadeiros corredores de maratona.
Além disso, não aumentavam o peso mesmo quando faziam uma dieta que gerava uma obesidade relâmpago em ratos normais.
Ao se referir a GW1516, administrado a ratos sedentários durante quatro semanas, Vihang Narkar, pesquisador do Instituto Salk, revelou que os resultados foram misteriosos e surpreendentes.
"Conseguimos os benefícios de reduzir os ácidos graxos e os níveis de glicose, mas não houve absolutamente nenhum efeito no rendimento físico", apontou.
Então, os ratos foram submetidos à realização regular de exercícios nos quais cada um tinha que correr em uma faixa sem fim durante pelo menos 50 minutos.
Foi então que o mesmo remédio, que não tinha tido resultados nos roedores sedentários, melhorou a resistência em 77% e a fibra muscular em 38% dos mais ativos.
Os ratos foram submetidos depois a uma prova similar, mas com o remédio AICAR.
Neste caso, após quatro semanas e sem treino prévio, os ratos aumentaram a resistência em 44% em comparação com roedores não treinados.
"Após quatro semanas, os ratos estavam como se sempre houvessem feito exercícios. Correram mais tempo e uma maior distância do que outros animais mais preparados", acrescentou Ronald Evans, pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes, que liderou o estudo.
Segundo os cientistas, em ambos os casos os remédios desencadeiam uma série de mudanças que contribuem para que as células musculares aumentem seu rendimento e melhorem a capacidade do corpo de queimar gorduras.
Neste momento, em que os Jogos Olímpicos de Pequim estão para começar, a idéia de usar remédios que contenham uma dessas substâncias, ou as duas, poderia ser muito atraente.
Mas Evans adverte aos que pensam em transgredir as normas olímpicas de que é melhor que não o façam. Ele afirmou que já desenvolveu um teste que pode detectar facilmente a presença de GW1516 e AICAR tanto no sangue quanto na urina.
Além disso, já está em contato com a Associação Mundial Antidoping para aplicar o teste nas Olimpíadas. EFE
Nada de dietas, olhares lânguidos e sem esperanças para uma deliciosa refeição, nem exercícios, suor ou dores musculares.
A solução está em dois remédios que, segundo descoberta recente, mantêm esbeltos e transformam o usuário em atletas incansáveis...
ratos de laboratório, por enquanto.
São os medicamentos GW1516, que não está à venda comercialmente, e outro só identificado como AICAR.
Em experiências feitas com roedores, os cientistas do Instituto Médico Howard Hughes e do Instituto Salk para Estudos Biológicos indicaram que as duas substâncias desencadeiam muitos dos efeitos fisiológicos de exercícios e aumentam a resistência, assim como a capacidade do corpo de queimar gorduras.
Em um relatório sobre o estudo divulgado hoje pela revista "Cell", os pesquisadores declaram que o potencial dos remédios vai muito além do combate à obesidade e ao cansaço.
Também poderiam ajudar pessoas com incapacidades e que sofrem de transtornos metabólicos ou distrofia muscular e no tratamento de doenças musculares, em pacientes que por problemas físicos não podem fazer exercícios.
Em trabalhos anteriores com ratos geneticamente manipulados, os cientistas já tinham determinado que um gene identificado como PPAR delta era ativado e transformava os animais em verdadeiros corredores de maratona.
Além disso, não aumentavam o peso mesmo quando faziam uma dieta que gerava uma obesidade relâmpago em ratos normais.
Ao se referir a GW1516, administrado a ratos sedentários durante quatro semanas, Vihang Narkar, pesquisador do Instituto Salk, revelou que os resultados foram misteriosos e surpreendentes.
"Conseguimos os benefícios de reduzir os ácidos graxos e os níveis de glicose, mas não houve absolutamente nenhum efeito no rendimento físico", apontou.
Então, os ratos foram submetidos à realização regular de exercícios nos quais cada um tinha que correr em uma faixa sem fim durante pelo menos 50 minutos.
Foi então que o mesmo remédio, que não tinha tido resultados nos roedores sedentários, melhorou a resistência em 77% e a fibra muscular em 38% dos mais ativos.
Os ratos foram submetidos depois a uma prova similar, mas com o remédio AICAR.
Neste caso, após quatro semanas e sem treino prévio, os ratos aumentaram a resistência em 44% em comparação com roedores não treinados.
"Após quatro semanas, os ratos estavam como se sempre houvessem feito exercícios. Correram mais tempo e uma maior distância do que outros animais mais preparados", acrescentou Ronald Evans, pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes, que liderou o estudo.
Segundo os cientistas, em ambos os casos os remédios desencadeiam uma série de mudanças que contribuem para que as células musculares aumentem seu rendimento e melhorem a capacidade do corpo de queimar gorduras.
Neste momento, em que os Jogos Olímpicos de Pequim estão para começar, a idéia de usar remédios que contenham uma dessas substâncias, ou as duas, poderia ser muito atraente.
Mas Evans adverte aos que pensam em transgredir as normas olímpicas de que é melhor que não o façam. Ele afirmou que já desenvolveu um teste que pode detectar facilmente a presença de GW1516 e AICAR tanto no sangue quanto na urina.
Além disso, já está em contato com a Associação Mundial Antidoping para aplicar o teste nas Olimpíadas. EFE