sábado, 20 de setembro de 2008
FOLHA DE SÃO PAULO
Bolsas à espera de megapacote
A preparação, pelo governo Bush, de um pacote anticrise fez a semana dos mercados terminar em euforia. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subiu 3,35%. A Bovespa disparou 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999. As Bolsas de Londres e Paris tiveram seus maiores avanços num único dia. Em Moscou, o pregão foi interrompido pela valorização repentina alta de 28,7%.
Agripino faz "jogo sujo da política", diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou José Agripino Maia (DEM) durante comício da candidata do PT à Prefeitura de Natal, Fátima Bezerra, dizendo que o senador "faz o jogo sujo da política nacional". Agripino apóia a adversária de Fátima, Micarla de Sousa (PV).
Sem citar o nome do senador, Lula começou dizendo que foi a Natal para fazer "ajuste de contas". "Fizeram da minha vida um inferno no primeiro mandato e eu nunca levantei a voz. Esse cidadão que coordena a campanha da adversária de Fátima fez mais do que oposição a mim. Ele transformou em ódio o que a gente fazia, mas eu sabia que esse dia chegaria", disse Lula, ao pedir votos para o PT.
Durante a maior parte dos 25 minutos de discurso, o presidente atacou o democrata. "Essa lição vamos dar a ele em 2010. Vamos fazer o ajuste de contas aqui em Natal. Não serei candidato a nada, mas virei aqui quantas vezes precisar para derrubar quem faz o jogo sujo da política nacional", disse, ao concluir: "Não vou citar o nome, todos sabem quem é".
Ministro do STF critica projeto antigrampo que quer punir jornalista
Deputados e entidades ligadas à imprensa criticaram ontem o projeto do governo federal encaminhado ao Congresso que prevê a possibilidade de punição criminal ao veículo e ao jornalista que divulgarem escutas telefônicas ilegais ou legais sob segredo de Justiça.
O presidente e o relator da CPI dos Grampos da Câmara, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) e Nelson Pellegrino (PT-BA), respectivamente, classificaram o texto como "inconstitucional e desrespeitoso", pois fere a liberdade de imprensa e o direito à informação: "Esse tipo de coisa merece o meu desrespeito. Fere o direito ao sigilo da fonte do jornalista e o direito do cidadão de se informar", diz Itagiba.
Para o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), da CPI, o envio do projeto foi uma "jogada do governo para tentar esconder os problemas atuais do Brasil". O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) disse acreditar que o projeto não tem chance de ser aprovado na Câmara.
O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, disse ontem que "o problema envolve um valor maior, que é a obrigação dos veículos de informação de informarem o grande público. Não é o jornal ou a revista que quebra o sigilo. Ele não vai lá e tem acesso, são os dados que chegam até o jornal. A responsabilidade, portanto, não é do jornal, mas de quem deu o acesso aos dados sigilosos".
CORREIO BRAZILIENSE
Motorista infrator terá punição gradual
Com a justificativa de tornar mais justa a penalidade para os condutores que não respeitam as normas do trânsito, o Detran-DF decidiu mudar as regras do jogo. A gravidade da infração e o número de pontos passam a ser os fiéis da balança na hora de definir a punição para quem ultrapassar os 20 pontos na carteira na capital da República. Antes, tanto fazia acumular 22 ou 500 pontos — o prazo de suspensão era o mesmo. A partir de agora, uma nova tabela estabelece suspensões maiores conforme o tipo e quantidade de multas e o fator multiplicador. Levantamento preliminar do Detran a que o Correio teve acesso com exclusividade mostra que o número de mortes caiu 19,7% e o de acidentes com mortes é 22,2% menor desde que a lei seca entrou em vigor. Mesmo assim, ainda há quem considere a tolerância zero um exagero.
O preço do ócio
Nada se fez além de discursos frívolos para platéia minúscula nos plenários do Senado e da Câmara nesta semana. Em recesso branco por causa das eleições, os congressistas mantiveram as casas funcionando, ao custo diário de R$ 17 milhões, mas as deixaram às moscas.
Lula tenta mostrar força em Natal
Na reta final da campanha, presidente quer ajudar a petista Fátima Bezerra a superar Micarla de Souza, do PV que está disparada na frente. Dilma e Patrus também passaram pelo palanque da aliada do Planalto
Na rua, de olho em 2010
Pelo menos nove senadores temem ficar sem mandato por falta de votos e aproveitam para emplacar prefeitos que, daqui a dois anos, os ajudem a se manter no Congresso
Oposição critica volta de Lacerda
Com divulgação de relatório da PF sobre a incapacidade de equipamentos da Abin de realizarem grampos, PSDB quer que governo espere fim de apuração para reconduzir chefe afastado da agência ao cargo
O ESTADO DE SÃO PAULO
Plano dos EUA para crise terá "centenas de bilhões de dólares"
Tesouro americano vai comprar títulos podres em leilões; mercado reage com euforia
Grampo da PF sobre fraude pega genro de Lula
Marcelo Sato, genro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caiu no grampo da Influenza, investigação da Polícia Federal em Santa Catarina sobre suposto esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no Porto de Itajaí.
Sato aparece em conversas telefônicas com o empresário Francisco Ramos, o Chico Ramos, sócio-controlador da Agrenco do Brasil S/A e principal alvo da operação.
Casado com Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, Sato não é investigado pela PF, mas as interceptações sugerem seu empenho em atender demandas de interesse do executivo junto a órgãos públicos federais.
Dia 18 dezembro de 2007, às 15h42, os dois se falaram e a PF gravou. Ramos liga para Sato e diz que "precisa de um favor". O empresário quer um atalho para colocar na pauta da Agência Nacional do Petróleo (ANP) seu projeto para uma fábrica de biodiesel.
Serra elogia Kassab, que Alckmin acusa de golpista
O governador tucano reagiu, dizendo que Kassab “foi um vice leal e solidário”. O governador José Serra reagiu duramente às acusações do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), feitas no fim da manhã, e pela primeira vez na campanha avalizou publicamente a gestão de Gilberto Kassab (DEM) à frente da prefeitura, além de manifestar uma reprimenda ao tucano. "Gilberto Kassab foi um vice-prefeito leal e solidário", afirmou Serra ontem à noite, numa reprovação implícita às críticas desfechadas por Alckmin. O governador, que até aqui evitava declarações políticas, endossou a obra e o programa de Kassab: "À frente da Prefeitura de São Paulo, ele seguiu à risca nosso programa de governo."
Alckmin diz que em 2004 Kassab deu ''golpe'' para ser vice de Serra
A escalada de ataques organizada pela campanha do candidato do PSDB à prefeitura, Geraldo Alckmin, contra o prefeito Gilberto Kassab (DEM) - a mais recente arma dos tucanos para garantir uma vaga no segundo turno da eleição - alcançou ontem o ponto mais alto até agora no enfrentamento entre os dois partidos na disputa em São Paulo. Depois de passar a semana explorando as alianças feitas por Kassab no passado com os ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta, Alckmin acusou o adversário de ter dado um "golpe" para ser o vice do governador José Serra (PSDB) na eleição de 2004.
"O Serra quase desistiu de ser candidato", afirmou Alckmin, ontem pela manhã, ao referir-se ao episódio em que Kassab foi lançado candidato a vice na chapa tucana à prefeitura. "O Serra queria como candidato o Lars Grael (colega de partido do prefeito). Depois se acertou e já estava escolhido praticamente o Alexandre Moraes (atual secretário municipal de Transportes). Foi um golpe na véspera da convenção (a indicação de Kassab)."
O GLOBO
Após depressão, socorro oficial leva euforia às bolsas
Bovespa sobe 9,57%, maior alta desde 99. Leilão do BC derruba dólar. O anuncia da criação de um fundo para compra de créditos podres do sistema financeiro americano – que poderá custar “centenas de bilhões de dólares” ou até US$ 2 trilhões – e medidas de segurança emergenciais para conter a especulação financeira fizeram o mundo respirar aliviado ontem, após uma semana de agonia.
Dirceu temia ser preso com Mangabeira
O ex-ministro José Dirceu revelou a amigos que saiu do país para não ser preso pela PF no caso Daniel Dantas, informa Jorge Bastos Moreno. O ministro Mangabeira também seria preso.
União não sabe o que possui no Rio
Promessa comum aos candidatos a prefeito, o uso de imóveis federais para resolver a crise de moradias no Rio esbarra na falta de informações. A União desconhece quantos prédios e terrenos possui na cidade.